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Aula 12 Raiva

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Aula 13: Raiva
Doenças Infecciosas
Professor: Clayton
Neurológicas (animais de criação), vermelha do suíno, vesicular, respiratória e neurológica das aves. 
Raiva furiosa carnívoros (cães e gatos)
Raiva
Enfermidade infecto-contagiosa aguda, quase sempre fatal, caracterizada por sinais nervosos ora representados pela agressividade, ora pela paralisia que na grande maioria das vezes culmina com a morte do paciente. 
Em equídeo ocorre o desenvolvimento viral na medula espinhal.
A importância se deve a ocorrência das subnotificações, e socialmente é uma zoonose.
Representa mais ou menos 50% dos diagnósticos laboratoriais de encefalopatias.
Diagnóstico diferencial:
Vaca louca, carência nutricional, listeriose, polioencéfalomalácia, babesiose cerebral, intoxicações, botulismo, herpes vírus tipo 5, tétano e doença de Aujesky, carência nutricional. Intoxicação por chumbo, tumores. 
Agente:
Família: Rhabdoviridae
Gênero: Lyssavírus
Ordem: Mononegairrales
RNA vírus, envelopado, grande, em forma de projétil, inclusão intracitoplasmática eosinofílica específica (corpúsculo de Negri) biossíntese de proteínas virais muito grandes. O envelope viral é um fragmento da membrana citoplasmaticos que o vírus carrega, a membrana lipoproteica é destruída por solventes orgânicos, digerem a gordura e agem como agentes desinfetantes excelentes. 
Solvente: detergentes, álcool, formol, éter, clorofórmio, cresol , fenol e b-propiolactona 
Agentes físicos: raio UV e temperatura. 
Etiologia:
Sorotipo 1 – Genótipo 1 (Rabies Vírus) 
Agressividade + Paralisia +++ herbívoros raiva paralítica
Agressividade ++ Paralisia ++ carnívoros raiva furiosa (sintomas mais intensos, por causa das variantes 1 e 2 pelo desenvolvimento do vírus no hipocampo “Centro de controle do comportamento”
Tipificação antigênica:
Anticorpos monoclonais década de 80
Painel do CDC: 12 perfis antigênicos (5 identificados no BR)
Cão – raiva urbana, que manifesta-se da forma furiosa (variantes que circulavam em cães e gatos)
Desmodus rotundus – variante que causa a raiva paralítica nos herbívoros
Tadarida brasiliensis – morcegos, causam a raiva paralítica. 
LAsiurus spp – morcegos
Vantagens:
Comparação de diferentes variantes, conhecer a distribuição geográfica e temporal, reconhecer a espécie que mantém o ciclo. 
Sensibilidade:
Solventes orgânicos: detergentes, álcool, éter, clorofórmio, cresol, fenol, B- propriolactona. (para inativas o vírus na produção dos vírus em laboratórios vacinais)
Agentes físicos: UV, temperatura. 
Ocorrência em todo mundo (raiva urbana). Espécies Sensíveis: afeta todos os animais de sangue quente, mamíferos, inclusive o homem. Aves são resistentes. 
Anticorpos monoclonais década de 80
Painel do CDS são descritos 12 perfis antigênicos, 5 deles identificados no Brasil.
Vantagens: comparação de diferentes variantes, conhecer a distribuição geográfica e temporal das variantes, reconhecer a espécie que faz a manutenção do ciclo. 
Ciclos de transmissão:
30 a 60 dias de incubação do vírus em herbívoros
20 a 40 dias em incubação de cães e gatos
Até + de 6 meses de incubação em morcegos. 
Morcegos: excretam vírus pela saliva, sem apresentam os sintomas. 
Transmissão direta: por mordedura dos morcegos ao se alimentarem de sangue de outros animais. 
Transmissão indireta: por se alimentarem e ingerirem de um animal doente (cão, gatos ou morcegos)
Transmissão: mordedura, arranhadura profunda, aerossóis (inalação – urina, fezes de morcegos em locais fechados como cavernas), lambedura de mucosas, transplante de tecido infectado
Patogenia:
Transmissão centrípeta do tecido para o SNC, e disseminação centrífuga (do SNC para tecidos e glândula salivar, células acinosas secretam salivas). Células com receptores para acetilcolina (nervos e/ou músculos) o vírus da RAIVA usa o receptor da aceyilcolina para entrar e se replicar, assim o primeiro local de replicação viral após ser inoculado, é a musculatura, onde ele se replicar e pela placa motora acessa as vias nervosas para o sistema nervoso central por uma migração centripeta do vírus da RAIVA. Posteriormente o vírus se replicar nasncelulas acinosas da glândula salivar. Onde houver músculos e terminações nervosas, o vírus estará distribuído, em todo o corpo do animal. 
Em herbívoros a transmissão é indireta.
Disseminação centrípeta da mordedura para o músculo estriado, nervos periféricos, cérebro.
Disseminação centrifuga: do SNC para glândula salivar (células acinosas), córneas e vísceras. Pode ser usado o imprint de córnea para diagnóstico. 
Período de Incubação: 
Extremamente variável (até meses), local da mordedura, quantidade de vírus, gravidade da lesão. Quanto mais próximo da cabeça (SNC) menor será o período de incubação. Em média o período de incubação varia de 20 a 40 dias. 
Sinais Clínicos: 
Formas furiosa acontece nos transmissores ou paralítica ocorre nos herbívoros, nos hospedeiros terminais. Começa com a agressividade e termina com a paralisia.
Sintomas: Período podrômico, fase aguda.
Agressividade + Paralisia +++ herbívoros raiva paralítica
Agressividade ++ Paralisia ++ carnívoros raiva furiosa geral há alterações de comportamento, nos animais, se afastam dos outros animais em busca de lugares mais calmos, isso devido a sua hipersensibilidade visual e auditiva. O animal não tem controle motor, começa a sapateira e arrasta a pinça do casco no chão, pode ainda apresentar hipermetria, movimentos de pedalagem e paralisia dos centros respiratórios, leva a morte respiratória. 
Herbívoros: 
Problemas locomotores (arrastando as pinças do casco)
Animal parado e bambeando, tropeçando e caindo (decúbito lateral)
Vacas ficam vocalizando. 
Animal tenta se alimentar, mas não consegue (por paralisia dos músculos da deglutição)
Movimentos de pedalagem (tentando se levantar)
Convulsões, cabeça rígida (para cima ou para o flanco)
Parada respiratória, pela paralisia dos músculos respiratórios
Prurido regional (com dor ou não infecção local), hiperlibido, paresia e decúbito external, sem controle motor, paralisia progressiva, hipersalivação, opistótono, coma e morte. 
Cães e gatos:
Se escondem em local escuro e calmo
Hiperssensibilidade aos estímulos externos (luz, barulho...)
Mesmos sintomas que dos herbívoros só que o tempo de agressividade é maior. 
Tenta se alimentar, mas não consegue pela dor na deglutição
Hidrofobia não tem, ele quer água mas não consegue ingerir. 
Presença ou não de lesões na pele (mordeduras de morcegos)
Diagnóstico Laboratorial:
Antemortem (humanos)
Imprint de córnea (IFD)
Saliva (isolamento e RT PCR)
Soro (ELISA, SN, ac-Fc’)
Fluido cérebroespinhal (anticorpos)
Biópsia (folículo piloso e nuca- IFD antígenos em nervos cutâneos)
Pósmortem (animais)
Histopatológico (Muitos erros)
Imunohistoquímico: imunofluorescencia indireta e PAP peroxidase anti-peroxidase. 
Sorológico: Elisa
Virológico: isolamento e inoculação em camundongos. 
IFD: detecção do agente viral
Prova biológica: CAM (camundongos, avaliação dos corpúsculos de Negri no SNC deles) e CCL (cultivo celular). A prova biológica serve para isolamento da replicação viral nestes camundongos e células. 
A imunofluorescencia be a prova biológica, sais considerados exames 1ue fé uma diagnóstico pelos laboratórios nacionais. 
As amostras remetidas sob refrigeração serão processadas por meio da IFD e ou prova biológica (inoculação em camundongos ou células). As amostras conservadas em formal 10% serão enviadas para a histopatologia e estocadas até a conclusão dos resultados. 
Os camundongos serão mantidos em observação durante 21 a 30 dias. O cérebro dos que morrem é submetido a IFD para a raiva. 
Prognóstico:
O clínico deve considerar como 100% letal o êxito da enfermidade em aniamsi que apresentam os sintomas de raiva. 
Profilaxia: 
É a medida mais importante em veterinária: aspectos de saúde pública, aspectos econômicos, onde a raiva ocorra endemicamente nos rebanhos,prevenção da raiva é baseada no controle dos transmissores e uso de vacinas. 
Prevenção e controle da raiva: vacinação dos cães e gatos. 
Retirada dos transmissores urbanos e rurais. 
Uso da pasta vampiricida nos animais a campo: passar a pasta em cima do ferimento, contendo varfarina que é um composto anticoagulante, ao lamber o morcego se intoxica e ao lamber um ao outro mata os demais. 
Líquido de aplicação dorso lombar nos animais. Interfere na cascata de coagulação.
Uso de telas e redes, capturas de morcegos em seus habitats, passar a pasta no dorso dos morcegos, e um lambe o outro, 1 tratado consegue tratar até 20 não tratados. Capturar fêmeas para o maior sucesso 1 macho p/ 20 fêmeas. 
Vacinação: 2ml líquida
Qualidade da vacina, transporte, armazenamento, aplicação, temperatura, se é com seringa ou com pistola, período de incubação influem na imunização. 
Garantia de imunidade com vacinas de boa qualidade. 
Vacinação anual ou semestral, a partir dos 3 meses
Primovacinados - repetir aos 30 dias. 
Encefalopatia Espongiforme dos bovinos (EEB) BSE. Doença da vaca louca
Doença Degenerativa crônica do SNC dos bovinos. Doença priônica (PTN)
Causada por príons, se devem a uma modificação espacial das PrP, prt inexistente naturalmente nas células.
Mesmas manifestações da raiva, porém com tempo diferente mais longas. 
Meses apresentando os sintomas, já na raiva os sintomas duram apenas 10 dias. 
Adquirem pela alimentação (rações de origem animal), caracterizada clinicamente por nervosismo, reação exagerada a estímulos externos, e dificuldade de locomotor, principalmente dos membros pélvicos. Faz parte do grupo das EETs (encefalopatias espongiformes transmissíveis)
Scrapie – introduziu a BSE
EETs em pessoas idosas
Doença de Grauzfeldt-Jacob
Síndrome de Gerstmann-Straussler-Scheinker
Kuru
Insônia famíliar fatal
Técnicas de diagnóstico: histopatologia, com vacuolarização de células do encéfalo. 
A partir da década de 70 número de diagnósticos positivos para raiva, amostras do SNC colhidas de herbívoros mortos com sintomatologia nervosa.
Doença crônica debilitante, de 2 a 5 anos de idade. Período de incubação: 2 a 5 anos
Intrução normativa nº 15 de 15 de fevereiro de 2002: estabelece a histopatologia como exame de eleição para o diagnóstico de EETs realizada em laboratórios credenciados. 
Bovinos com + de 2 anos 			Enviar amostras para raiva, BSE ou Scrapie. 
Caprinos/Ovinos com + de 1 anos 
Vaca louca actocne (animais oriundos do próprio país): EUA, Canadá, Japão, Oeste Europeu.
Vaca louca exógena
Observações Epidemiológicas
A maioria dos bovinos afetados são infectados na idade jovem, o rebanho mais afetado é o leiteiro. A idade de maior incidência variava entre 4 e 5 anos, o período de incubação oscilava entre 2,5 e 8 anos, em alguns casos durava mais tempo ou perdurava por toda a vida, a exportação de farinha de carne e ossos para a Europa e países da América e da Ásia após 1980. 
Período de incubação: longo, meses a anos. (2 a 8 anos, média de 5 anos) podendo durar toda a vida. 
Evolução: 3 semanas a 6 meses
São sensíveis ao hipoclorito 2%, benzeno, autoclave por 18 minutos. 
Sinais Clínicos:
Hipersensibilidade: ao toque, som e luz. 
Hipermetria, ataxia (maior em membros pélvicos), quedas, andar rígido, paresia posterior, dificuldade de levantar e decúbito. 
Etiologia:
Agente infeccioso, não convencional
Não induzia a uma resposta inflamatória, não incitava a produção de anticorpos, são resistentes a proteases, extremamente resistentes aos meios convencionais de desinfecção: calor, formalina e UV. 
Causas aparentes: 
Produtos químicos, medicamentos veterinários, importação de animais, sêmen ou produtos de origem animal, transmissão direta ou indireta do prurido lombar – Scrapie (uso de farinha de carne e osso de ruminantes)
Causas pré-disponentes: crise do petróleo, qualidades nutritivas.
Resistencia: ao calor 1h a 360ºC, 24h a 160ºC de calor seco, cozimento e incineração. 
Enzimas (proteases), congelamento, alterações de pH (2,2), desinfetantes, álcool, formalina 20% por 4 meses, clorofórmio, compostos iodóforos e fenólicos. Peróxido de hidrogênio, detergentes, raios ultravioletas, desinfetantes químicos, dessecação, gases (óxido de etileno e formaldeído), enterramento e radiações ionizantes gama. 
Distúrbios de comportamento alerta e excitáveis:
Movimentos, nervosos da orelha, olhar assustado e esbugalhado, lamber frequentemente o focinho, franger o nariz, apreensão, medo, ranger dos dentes, salivação. 
Coleta de material para diagnóstico de EEB e raiva:
Desarticilação da cabeça
Articulação atlanto-occiptal. 
Craniotomia: retirar o encéfalo sem ? impacto
Hemisférios, cerebelo e tronco. 
Corte nos pedúnculos cerebrais, cortes no tálamo. 
	Raiva (resfriado)
	BSE (fixado em formol 10%)
	Tálamo (porção final 1ª fatia)
	Todo o resto do tálamo
	Tronco (porção final 1ª fatia)
	Todo o resto do tronco
	Cerebelo (porção central 1ª fatia)
	Todo o resto do cerebelo
	½ rostral dos hemisférios
	Todo o resto dos hemisférios
Gânglios trigeminais: reagem para a raiva, listeriose, herpes vírus tipo 5, e doença de Aujesky
Rede admirável: reagem para diarreia viral bovina (BVD), Febre Catarral Maligna (vasculite)
Lesões microscópicas vacuolarização do citoplasma celular
Outro teste ouro para diagnóstico: imunoperoxidase (evidenciar a presença da proteína no local), Western ImmunoBloting. 
Scrapie: prurido lombar em caprinos e ovinos.
Doença endêmica, neurodegenerativa. 
Sintomas: intensificação do estado de alerta, agressividade, tremores musculares, convulsões, perda da coordenação motora, andar desequilibrado, coçar patológico. 
A incidência ocorre em função da idade (18 meses a 3 anos de idade)
Lesões histopatológicas (alterações espongiformes e perda de neurônios)
Período de Incubação: 1 a 2 anos
Curso da doença: 10 dias a 6 meses
Diagnóstico da BSE: não há teste para detectar a doença no animal vivo. Técnicas imunológicas para detectar o PrP (príon),resistente a proteases. 
Western immunoblotting, imunohistoquímica, Elisa, Immunobloting
Controle: conscientização, fiscalização a campo, os animais suspeitos devem ser sacrificados e incinerados. 
Prevenção: Controle da imunização da importação (MAPA/DSA) de animais ou produtos de origem animal, de países com a doença. Proibição do abate de bovinos importados de risco, vigilância EEB a campo. 
Inspeção antemortem, vigilância EEB em matadouros, remoção de material de risco, BPF controle da origem dos insumos, esterilização das farinhas, controle da contaminação cruzada, não permitir a reciclagem do agente (feed ban), proibição do uso de ração para ruminantes com as proteínas da carne.
Exame clínico de bovinos com BSE – MAPA
Animais eram infectados pelo agente presente no alimento (farinha de ossos e carnes, a partir o reaproveitamento de ossos e carcaças. Sendo possível também a transmissão entre mãe e filho.
Bovinos suspeitos devem ser identificados e eutanasiados
Exame Clínico:
Distúrbios no comportamento
Os animais ficam nervosos, alertas, excitáveis, demonstram medo, salivação, olhares esbugalhados, lambem frequentemente os focinhos, rangem os dentes, frangem os narizes, fasciculações musculares em paleta e membros pélvicos são observadas, e há movimentação nervosa da orelha. No estado terminal da BSE, há dificuldade de se levantar e decúbito permanente. 
Distúrbios na sensibilidade ao toque, luz e som
Hipersensibilidade ao toque, ao som (inquietude), e a luz com espasmos múltiplos e súbitos e fasciculações musculares. 
	
Distúrbios na locomoção.
Andar anormal com intensidade variável, hipermetria e ataxia.

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