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Aula 2 Fase de Cria

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Aula 1: Fase de Cria
Produção 2
Bovinocultura de Corte
Professor: Sabrina 
Introdução:
A cadeia produtiva da carne bovina
Pecuaristas Consultorias industria de insumos frigoríficos varejo consumidor
Insumos: Subsistema de apoio, Pressões Ambientais, Biotecnologia, Consolidação
Agricultura/Pecuária: Subsistema de produção da matéria prima, complexidade Gerencial, Pressões Ambientais
Indústria: Subsistema de industrialização, Heterogenicidade, Consolidação/Custos, Competitividade. 
Atacado: Subsistema de comercialização, Logistica, Contratos. 
Varejo: Subsistema de comercialização,Consolidação, qualidade/consumidor
Consumidor: Subsistema de consumo, Hábitos, Globalização, preocupação com a saúde e forma. 
Introdução
Cadeia desorganizada conseqüências:
Falta de segurança alimentar;
Alto grau de abates clandestinos (40%);
Dificuldade de implantação da rastreabilidade;
Produtores não fornecem animais padronizados (peso, idade, acabamento da carcaça);
Frigoríficos não pagam por padronização dos animais a serem abatidos. 
Desafios da cadeia produtiva da carne:
Agregar valor aos produtos;
Para competir mercado externo;
Qualidade, padrão e constancia, estabelecer marcas.
Pagamento diferenciado por qualidade (implementar programas de tipificação e classificação de carcaças);
Marketing para estimular consumo interno;
Controle sanitário eficiente fazenda e indústria
Programa de bonificação para pagamento de carcaças bovinas
Peso estimulo para animais com mais de 17 @
Acabamento gordura de cobertura com mais de 4 mm (máximo 10mm)
Idade Preferência para animais com até 4 dentes permanantes (equivalente a 3 anos)
Volume quanto maior o lote melhor (volume de gado no ano)
Uniformidade do lote (mínimo de 60 a 70%)
Certificações
Fidelidade premiação pelo comprimento de escalas de abates previamente acordados (contratos)
Qualidade do couro
Fases da Pecuária de corte
Fase de cria: nascimento a desmama
Recria: desmama até a entrada em reprodução (fêmeas) e a engorda (machos).
Importância da fase de cria
Fertilidade e sobrevivência bezerros;
Característica mais importantes na
Determinação da rentabilidade de bovinos de corte.
Como avaliar a eficiência da fase de cria?
Analisando os índices reprodutivos e produtivos;
Fase de cria 
→ A fase de cria corresponde ao nascimento a desmama. É a fase que antecede a recria. A fase de cria é importante para fertilidade e sobrevivência de bezerros. Essas características são importantes para a determinação da rentabilidade de bovinos de corte e é fortemente influencia pela nutrição. A avaliação da eficiência da fase de cria ocorre através da análise dos índices zootécnicos, principalmente os reprodutivos e produtivos. 
→ A restrição alimentar, ou um manejo que não atenda as necessidades de mantença do animal pós-parto retarda seu crescimento, consequente a puberdade, a primeira concepção e o primeiro parto, considerando as fêmeas destinadas a reprodução. Os principais índices avaliados são IEP (intervalo de parto), idade ao 1º parto, taxa de fertilidade, taxa de natalidade e período de serviço.
Índices de eficiência reprodutiva e produtiva
Intervalo de parto 
Nº de dias entre dois partos consecutivos;
IEP ideal: 12 meses (1 bezerro/ano);
IEP: 13 a 14 meses bons;
Primiparas e vacas velhas > IEP
→ O intervalo de parto corresponde ao número de dias entre dois partos consecutivos. O IPE ideal é de 12 meses, havendo nascimento de um bezerro por ano. O IEP de 13 a 14 meses são bons, mas acima de 18 meses é muito ruim. É importante salientar que as vacas primíparas e as vacas mais velhas possuem um IEP maior, o que é desvantajoso do ponto de vista produtivo, já que é preferível que nasça mais bezerros em menos tempo possível. Isso ocorre porque as vacas em idade avançada (acima de 9 anos) tendem a parir bezerros mais leves e desmamam bezerros mais leves umas vez que sua produção de leite não é tão evidente em quantidade quanto fêmeas mais jovens. Como o atual sistema de produção se baseia em animais com o primeiro parto tardio, o produtos tende a manter o animal mais tempo as vacas parindo no sistema de produção. A consequência é ocorrência de vacas velhas parindo dentro do sistema. A fêmeas primíparas possuem algumas características que faz com que haja maior IEP, entre elas incluem fatores como o seu úbere ainda não estar completamente formado, o primeiro parto é mais estressante para esses animais, assim como o manejo, e além disso, seu sistema fisiológico não está completamente preparado para o primeiro parto e a primeira lactação. 
Intervalo ao 1º parto 
N°de dias entre nascimento e 1°parto;
Determinada pela precocidade sexual;
Influenciada pelo grupo genético e nutrição;
Ideal 2 anos (concepção 15 meses);
Bom 3 anos (concepção 27 meses);
→ Corresponde ao número de dias entre o nascimento e o 1º parto. Esse índice é determinado pela precocidade sexual, ou seja, a idade com eu o animal alcança a puberdade, cujo fato que mais influencia é a genética, bem como a nutrição. O ideal é uma idade ao 1º parto com 2 anos (concepção aos 15 meses), mas 3 anos ainda é bom (concepção aos 17 meses). 
→ Os animais da raça Nelore costumam ter uma idade ao primeiro parto mais tardio que os animais da raça Angus, por exemplo. Porém, esse panorama pode ser modificado, cujas técnicas podem variam em resultados a curto prazo ou a longo prazo. A curto prazo a forma mais comumente utilizada PE o cruzamento entre raças taurinas, que possuem certa precocidade, havendo introdução de animais com tamanho intermediário e uam precocidade intermediárias entre essas duas raças. É importante salientar, porém, que não são em todos os lugares que esses cruzamentos são feitos, uma vez que o fator climático varia no território brasileiro e é um fator determinante para a produção. A longo prazo, é costume fazer seleção genética dos animais. 
→ O fator que mais interfere na idade à primeira cria é a o tempo à concepção e o que mais influencia este é o tempo na recria. A primeira cria com 24 meses (dois anos) de idade, cuja concepção foi de 15 meses reflete uma suplementação durante a fase de recria com um GMD de 750 gramas. Neste caso a recria costuma ser de 8 meses, considerando uma desmama com 7 meses, ocorre uma concepção em torno de 15 meses. Como o parto do bovino é de 9 meses, a idade à primeira cria contabilidade a idade à concepção (15 meses) e o tempo de gestação (9 meses). 
Simulação idade 1º cria (24m)
Concepção 15 meses;
GMD = nascimento a desmama GMD = 150 kg (desm) –30 kg (nasc) / 210 dias GMD = 571 gramas
Ela teve 7 m (desm) + 8 m (recria) = 15 m (cober) 
GMD = desmama a cobertura GMD = 330 kg (cob) -150 kg (desm) / 240 dias GMD = 750 gramas
Esse panorama, com uma fêmea sendo coberta aos 15 meses com 330 kg, reflete uma suplementação com um manejo nutricional eficiente, já que durante boa parte da recria é comum haver seca, em que há pouca proteína bruta disponível pela fibra. Esta, além disso, torna-se menos digestível devido ao aumento do tempo de passagem no TGI do animal e ao aumento do teor de lignina nesta. Como a fisiologia digestiva de ruminantes requer uma fonte nitrogenada, principalmente no que diz respeito a manutenção da microbiota ruminal relacionada com o fornecimento de proteínas ao animal, uma falta de proteína verdadeira (substrato para as bactérias ruminais) levará a um menor aporte de proteína ao animal e este irá demorar mais tempo para alcançar o peso adequado à puberdade e, por sua vez, a concepção. Neste caso, não há sequer a manutenção das exigências de mantença do animal, o animal perde então de 100 a 200 gramas por dia de peso, pela falta de proteína bruta no capim.
concepção 39 meses; 
→ Já um panorama em que a concepção ocorre com 39 meses devido a uma recria com 32 meses com um GMD de 220 gramas durante a recria, reflete um animal que atinge 330 kg com 960 dias, ou seja, um animal tardio, um animal que demandou mais tempo a crescer, provavelmentedevido a um manejo nutricional inadequado. Normalmente, é possível enxergar uma curva com efeito sanfona, em que nos períodos de seca durante a recria, o animal não é suplementado e acaba perdendo peso. Ao fina, tem-se animais que alcançam uma idade ao 1º parto com 4 anos de idade. 
330 kg é o que representa 70 a 75% do peso à idade adulta, indicando que ela alcançou a maturidade sexual. A recria nesse caso durou 32 meses, quase 3 anos pois a vaca ganhava apenas 200g por dia, enquanto o normal seria 650 - 700 g/dia
Idade ao 1º parto:
→ Portanto, é possível concluir que a idade ao primeiro parto é influenciada principalmente por dois fatores: 
Concepção aos 15 meses e que raças mestiças ou zebuínas selecionadas pela precocidade
Precocidade sexual: ou seja idade que alcança a puberdade influenciada principalmente pela genética da raça; 
Duração da recria: influenciada principalmente pelo manejo nutricional. Parto com 24 meses (recria com 8 meses) reflete um GMD de 750 gramas com 36 meses (recria de 20 meses) um GMD de 300 gramas e um parto com 48 meses (recria com 32 meses) um GMD de 200 gramas. 
→ A idade ao 1º parto influencia diretamente na rentabilidade, uma vez que se considera 10 anos de vida produtiva da vaca com IEP de 12 meses, isso reflete a quantidade de bezerros que o produtor adquire durante esses dez anos. Idade ao 1º parto tardia reflete menos tempo de vida produtiva da vaca e IEPs muito longos reflete menos bezerros durante esse tempo. 
→ O preço de bezerro desmamado é de R$ 300,00. Um lote de vacas com idade ao 1º parto com 24 meses, o produtor terá 8 crias para cada vaca (R$ 2.400,00), com 36 meses, terá 7 crias e 48 meses, 6 crias durante a vida produtiva de cada vaca. 
1°parto 24 meses = 8 crias/ bezeeros paridos na vida útil da vaca = R$ 2.400,00
1°parto 36 meses = 7 crias = R$ 2.100,00
1°parto 48 meses = 6 crias = R$ 1.800,00
Fertilidade = nº matrizes prenhas ao ano x 100
 nº matrizes acasaladas
Taxa de fertilidade 
→ É dada pelo número de matrizes prenhas ao ano pelo número de matrizes acasaladas. Logo se de 500 matrizes acasaladas 350 ficaram prenhes naqueles ano a taxa de fertilidade será de 70%. O mínimo aceitável é de 75% e o satisfatório é de 85 a 90%. 
Taxa de natalidade Natalidade = nº bezerros nascidos vivos x 100
 nº matrizes acasaladas
→ É dada pelo número de nascidos vivos pelo número de matrizes acasaladas. Logo, se de 500 matrizes acasaladas 370 bezerros nasceram vivos a taxa de fertilidade será de 74%. O satisfatório é de 80 a 90%.
 
Período de serviço 
→ É o número de dias entre o parto e a nova concepção, ou seja, período em que a vaca se recupera do parto e volta a ciclar. O ideal são 90 dias após o parto, que abrange 45 dias de involução uterina somado a 21 dias até o primeiro cio e mais 21 dias deste até o segundo cio, que é o cio fértil. O maior desafio do ciclo produtivo é reduzir o OS e a fêmea que pare com uma reserva corporal baixa tende a ter uma PS, uma vez eu esta irá demorar mais tempo para voltar a ciclar. Isso porque a reserva corporal e, portanto a nutrição, são imprescindíveis para a reprodução, para que a fêmea cicle novamente. A vaca ainda tem que atender as demandas da lactação, e da nova concepção, assim ela precisa de uma correta suplementação alimentar. 
→ O OS pode ser calculado pela diferença entre IEP e o PG. Por exemplo, uma vaca com IEP de 384 dias subtraído a um PG de 280, resultarão em um PS de 104 dias. 
nº bezerros mortos x 100
nº bezerros nascidos vivos
Taxa de mortalidade 
→ É dado pelo número de bezerros mortos pelo número de nascidos vivos. Se de 500 bezerros nascidos vivos, 10 morre, a taxa de mortalidade é de 2%. O satisfatório é uma taxa de mortalidade de até 5%. Essa taxa é influenciada pelo manejo nas primeiras horas pós-parto, como a cura do umbigo, a garantia de que o bezerro mame o colostro nas primeiras horas de vida e outras.
Taxa de desmame Nº de bezerros desmamados ao ano x 100
Nº matrizes acasaladas
→É dada através do número de bezerros desmamados pelo número de matrizes acasaladas. Se de 500 matrizes 370 bezerros foram desmamados, a taxa de desmama será de 74%. O ideal é que seja maior que 75%.
 
Taxa de descarte 
→ Reflete a quantidade de vacas descartadas no ano. Quanto maior a taxa de descarte maior a pressão de seleção, ou seja, maior a intensidade de seleção devido ao progresso genético. Por exemplo, se de 1000 vacas forem descartadas 300 a taxa de descarte é de 30%. A taxa de descarte deve ser de 10 a 30%. 
Peso a desmama 
→ É o foco da seleção de matrizes em programas de melhoramento, pois reflete e a produção de leite da fêmea e as características da matriz, já que uma fêmea que produz uma boa quantidade de leite tenderá a ter bezerros à desmama mais pesados. Como já salientado, as vacas velhas e as primíparas possuem um menor PD, havendo o ápice de produção de leite na meia-idade. 
→ O bezerro deve ser desmama com 40 a 50% do peso adulto da vaca e, logo, Logo se o peso adulto for de 450 kg, o bezerro deverá ser desmamado com 180 a 225 kg de peso vivo que equivale a 6 a 7 arrobas. 
Peso de bezerro desmamado por matriz acasalada 
→ É dado pelo número de bezerros desmamado multiplicado pelo peso a desmama pelo número de matrizes acasaladas. Se de 447 matrizes o número de bezerros desmamados for de 355 bezerros desmamados com 117 kg, o peso de bezzero desmamado por matriz será de 140 kg. Esse índice é o mais importante para avaliar a produtividade na venda de bezerros, uma vez que compila em um único índice todos aqueles relacionados à cria. 
→ É influenciado pela idade ao primeiro parto, e peso à desmama. Quanto maior for o peso do bezerro por matriz mais eficiente é a fase de cria. 
Uma @ equivale a 30 kg de peso vivo, ou 15 kg de carcaça. 
Taxa de desfrute 
→ Avalia a produtividade como um todo. Envolve parâmetros de cria e recria, ou seja, envolve o ciclo completo. Reflete ao número de produtos dentro do sistema. É influenciado principalmente pela idade de abate, já que quanto menor foi essa idade maior a taxa de desfrute. Considerando que nos EUA os animais possuem precocidade e saem do sistema mais rapidamente em comparação aos animais no Brasil, é de se esperar que a taxa de desfrute no território nacional seja demos que nos EUA. De fato, no Brasil a taxa de desfrute é de 20% e nos EUA é de 30%. 
Idade ao primeiro parto elevado, e peso ao desmame
→ É dado pelo número de animais abatidos/vendidos pelo número total de cabeças no rebanho.
→ Portanto, é importante avaliar e interpretar os índices reprodutivos e produtivos afim de avaliar e eficiência da fase de cria e identificar os gargalos. A prioridade da fase de cria são, em primeiro lugar, a fertilidade (maior de 75%) e, em segundo, a sobrevivência e desempenho dos bezerros. Com isso todos os esforços na fase de cria devem ser direcionados para alcançar uma maior fertilidade das fêmeas e menor mortalidade de bezerros.
→ O grande desafio do manejo reprodutivo é reduzir o período de serviço, cujo ponto chave é a nutrição pré e pós-parto. A redução do OS irá refletir em fazer vacas recém paridas retornarem ao cio rapidamente e emprenharem novamente. Isso pode ser facilmente monitorado quando há concentração dos animais que ocorre através de uma estação de monta. A primeira estação de monta normalmente dura em torno de quatro até seis meses, devido ao manejo que é prejudicado quando os animais se deparam com uma Mudança de rotina, gerando estresse e certa resistência dos animais. A partir da segunda e terceira monta, o período é menor, podendo alcançar uma estação de monta com 60 dias.
 Valor da idade ao 1º parto, intervalor de partos, e períodos de serviços longos são gargalos na produção dos animais. 
8
→ Considerando o início da estação de monta em novembro que é também o início da estação das águas (de outubro à fevereiro), é fácil perceber a necessidade de um melhor aporte nutricional durante esse período queé o ponto-chave para que haja a concepção, sabendo que a estação das água reflete uma melhor qualidade das forragens. Se a concepção ocorreu no início da estação, em novembro, a desmama irá ocorrer em março, sete meses depois do nascimento de nove meses. Com isso, o bezerro irá desmamar durante a período de seca, com menor qualidade de forragens. Logo é fácil presumir que o bezerro irá não terá um aporte nutricional adequado sem que haja alguma suplementação. O terço final da gestação (início de junho) é o período em que a fêmea precisa de melhor reserva nutricional, pois é quando o bezerro está em ímpeto de crescimento. Considerando que em junho é um mês que abrange o período de seca, é necessário fazer uma suplementação a essa vaca para que ela garanta não só sua necessidade de mantença como o crescimento do bezerro. O ideal é que haja um monitoramento das fêmeas que necessitem desse aporte nutricional, feito através da avaliação do score corporal das fêmeas durante e gestação. É possível monitorar uma estação de monta para que os bezerros nasçam durante a época das águas, porém apesar de a vantagem ser um favorecimento da qualidade das forragens (mais novas e baixas) para esse animais, a desvantagem é que nessa época a umidade relativa do ar aumenta e com isso há uma maior incidência de verminose, havendo como consequência uma maior probabilidade de os bezerros adquirirem doenças decorrentes desses endoparasitas e haver um alto índice de mortalidade no rebanho. 
→ É importante salientar que as fêmeas prenhes que precisem ser suplementadas devem receber esse aporte nutricional a partir da metade da gestação, uma vez que há uma dificuldade muito maior de recuperação do score corporal no terço final da gestação, já que é pouco disponível e isso irá requerer um gasto muito maior por parte do produtor para se recuperar uma condição ideal da fêmea no parto. 
→ A suplementação no pré e pós-parto irá refletir na diminuição do IEP e PS e isso só é possível com a avaliação do score corporal das dos animais. Fêmeas que não concebem duas vezes consecutivas devem ser descartadas, uma vez que ir´representar gastos ao produtor que não estará recebendo o retorno desses animais. O uso de biotecnologias, como inseminação artificial, é uma opção para a concepção EM, porém deve-se fazer uso dessas tecnologias somente em rebanho com potencial, pois do contrário haverá gastos desnecessários pelo produtor. Da mesma, não adianta o produtor investir em animal com potencial genético e biotecnologia se não garantir um aporte nutricional adequado para que o animal expresse seu potencial.
 
Gargalo da fase cria
Fazer vacas recém-paridas retornem ao cio rapidamente e emprenharem novamente.
Reduzir o período de serviço
Por que é tão difícil reduzir PS ?
 Reprodução não é prioridade fisiológicavacas;
1.prioridade se manter viva;
2.crescer;
3.nutrir o bezerro por meio da lactação.
→ A principal dificuldade na redução do OS reside no fato de que a reprodução não é prioridade fisiológica da fêmea. A prioridade da fêmea é a sobrevivência, seguido do crescimento, seguido da garantia de nutrição do bezerro por meio da lactação, somente para então ela voltar a ciclar e recomeçar o ciclo reprodutivo. Para tanto as vacas devem parir com boa condição corporal, com reservas energéticas para atender as demandas metabólicas, inclusive as de reprodução. Se o ECC da vaca no meio da gestação for igual a 4 imprescindível elevar esse ECC a 6 até o parto, ou seja, elevar 72 kg de peso vivo, considerando 36 kg para cada unidade de ECC. Se esse ganho for iniciado 180 dias antes do parto irá representar um GMD de 400 gramas. Pra tanto o produtor precisa utilizar-se de suplementação proteinado adicionado a um pasto vedado.
O último ponto, a reprodução, é a menor das prioridades das fêmeas. Assim para haver correta condição para reprodução, é necessário que as demais questões da pirâmide sejam cumpridas. 
A vaca primípara: ainda está em crescimento, são mais exigentes que as multíparas, tem maior dificuldade em emprenhar. 
Como minimizar este problema?
Relação nutrição x reprodução; Vacas bem nutridas; Apresentem maior fertilidade;
Como reduzir o PS?
Vacas devem parir com boa condição corporal, com reservas energéticas para atender as demandas metabólicas, inclusive as de reprodução. Avaliando o escore corporal da vaca ao parto, condição fundamental para redução do período de serviço.
→ O ECC (escore da condição corporal) é um método subjetivo que tem como princípio a atribuição de notas ao animal, conforme a reservas de gordura. A avaliação ocorre principalmente das vértebras, vazio e base da cauda do animal. O escore corporal do bovino varia de 1 a 9, cujos extremos são muito magra e muito gorda. Cada unidade de escala equivale a aproximadamente 36 kg de peso vivo. ECC 6 representa uma boa reserva corporal que permite rápido restabelecimento da atividade reprodutiva pós-parto. Já ECCs maiores que 7 representa desperdício de energia, além de maior número de serviços por concepção e dificuldade no parto. 
Deve-se ter atenção ao escore corporal de vacas ao parto
	Escore
	Condição Corporal
	Observações 
	1 a 3
	Muito magras
	Falta de musculatura.Espinhas dorsais agudas ao tato. Ílios, ísquios, inserção da cauda e costelas proeminentes
	4
	Magras
	Costelas, ancas e ísquios ainda visíveis. Processo transverso das vértebras lombares não pode ser visto individualmente. Garupa ligeiramente côncava.
	5
	Moderadas
	Paleta, coxão e garupa com cobertura muscular média. Ultimas costelas visíveis, boa musculatura sem acumulo de gordura.
	6
	Boa
	Espinhas dorsais não podem ser vistas, mas podem ser sentidas. As pontas da anca não são mais visíveis. Boa musculatura e alguma gordura na inserção da cauda. Aparência lisa.
	7
	Gorda
	Animal suavemente coberto de musculatura, mas os depósitos de gordura não são acentuados. As espinhas dorsais podem ser sentidas com pressão firme, mas são mais arredondadas que agudas. Cupim bem cheio e acumulo de gordura na inserção da cauda.
	8 a 9
	Muito gordas
	Acúmulo de gordura visível principalmente na inserção da cauda e linha dorso lombar. Espinhas dorsais, costelas, pontas de anca e ísquios cobertos de musculatura não podem ser sentidos, mesmo com pressão forme.
Vacas que parem magras apresentam:
Baixa reserva corporal para atender exigências fisiológica reprodução.
Longo período de serviço e IEP;
Diminuição da produção de leite e colostro (< poder imunização);
Menor peso a desmama bezerros;
Vacas devem parir escore 6
Boa reserva corporal;
Permite rápido restabelecimento da atividade reprodutiva pós-parto;
Vacas que parem muito gordas> 7
Representa desperdício de energia;
Maior nº de serviços por concepção;
Dificuldade no parto;
Qual é o melhor momento para recuperar o ECC das vacas?
	Fase 1
	Fase 2
	Fase 3
	Fase 4
	Meio da gestação
	60 a 90 dias pré-parto
	Parto até a cobertura
	Cobertura até a desmama
	Facilidade de recuperar ECC
Baixas exigências
Início da seca
	Rápido crescimento do feto. 
Alta exigência
Final da Seca
	Fase mais critica: cio, lactação, reservas
Alta exigência
Início das águas
	Manutenção, Lactação
Exigência média
Final das Águas
Recuperação escore corporal
Separar animais em lotes por escore;
Suplementar vacas escore baixo;
Melhor momento meio gestação;
Uma unidade de escala do ECC equivale ±36 kg de PV;
Vaca meio gestação escore = 4;
Elevar escore = 6 ao parto.
Recuperação nutricional no meio da gestação
Escore 6 –4 = 2;
2 x 36 kg = 72 kg PV;
Ganhos nos últimos 180 dias de gestação;
72 kg /180 dias = 400 g/dia.
GMD = 400 g
Águas: pasto boa qualidade;
Seca: suplementação proteinado + pasto vedado;
Recuperar escore no 1/3 final de gestação é mais caro.
Recuperação nutricional no final da gestação
Escore 4 –6 = 2;
2 x 36 kg = 72 kg PV;
Ganhos nos últimos 90 dias de gestação;
72 kg /90 dias = 0,8 kg/dia.
Resumindo: melhormomento para recuperação do ECC é no meio da gestação
Resumindo: dois períodos críticos do ciclo de produção é o final gestação e início lactação
Isso vem ressaltar a importância da EM onde os partos ocorrem nas épocas adequadas.
Vacas com baixa condição corporal apresentam > concentrações de opioides endógenos, alongando anestro pós-parto
→ Outra questão a ser levantada é que as vacas com baixa condição corporal, magras apresentam maiores concentrações de opióides endógenos, que alongam o anestro pós-parto. Os principais fatores que influenciam o anestro pós-parto são: idade, nutrição, estresse, período de amamentação, presença do macho (quando na presença do machos, as fêmeas retornam ao cio mais rapidamente), deficiência de alguns minerais (zinco, cobre, iodo, fósforo e cálcio). 
Anestro pós parto
Fatores que interferem no período de anestro pós-parto
Praticas para estimular a ovulação
Manejo da condição corporal
Fêmeas parir bom ECC = 6;
Nutrição pré e pós parto;
Manipulação do bezerro
Objetivo;
Minimizar efeitos contato mãe-cria;
Reduzir liberação opióides endógenos.
→ A desmama precoce tem como principais objetivos minimizar efeitos no contato mãe-cria e reduzir liberação opióides endógenos. A desmama precoce (90 a 120 dias / 3 a 4 meses) consiste da desmama do bezerro mais cedo do que a desmama tradicional de 7 a 8 meses. Essa prática diminui o estresse da amamentação, principalmente se tratando de vacas primíparas, diminui a exigência nutricional da vaca, a vaca tende a recuperar o ECC mais rapidamente e antecipa seu retorno ao cio. Porém, como os animai que estão sendo amamentados com 3 a 4 meses, não possuem uma microbiota ruminal adaptada ao pasto, faz-se o uso de suplementação e retirando-o da mãe aos poucos para que ocorra uma adaptação desse animal a mudança na dieta e desenvolvimento das papilas ruminais. 
→ A desmama precoce é recomendada após períodos de escassez de pasto. Deve ser realizada dentro da EM e é indicada para vacas primíparas e vacas de baixo ECC. A limitação se dá na suplementação do bezerro até 7 meses. 
→ O creep feeding é uma alimentação destinada a bezerros e quando empregado tende a aumentar o peso dos bezerros á desmama. Consiste em uma fonte proteica verdadeira e fonte de proteína degradada no rumen (ureia) e uma fonte energética. É importante salientar que a ureia não pode ser dada ao animal com menos de três meses e o milho deve ser triturado grosseiramente, o que estimula o desenvolvimento ruminal. 
→ A desmama temporária consiste em remover o bezerro do contato com a mãe por 48-72 horas (2-3 dias). Este processo deve ser repetido de 30 em 30 dias e ser feito no início da EM. A desmama temporária deve ser feita com bezerros acima de 40 dias de idade. A vantagem é um retorno ao cio um pouco antes que na desmama tradicional, com um desgaste menor da fêmea. A desvantagem é o manejo difícil desse processo, que se torna mais difícil ainda se for considerado ainda na primeira EM. 
→ A mamada controlada consiste em um processo de 1 ou 2 mamadas ao dia por 20 minutos que deve ser realizado a partir de 60 dias pós-parto. Essa prática pode levar a um menor peso à desmama, além de haver limitações de manejo, dificuldade de grandes rebanhos. 
→ A presença do macho reduz o anestro pós-parto. As vacas expostas ao touro ou rufião 3 dias após o parto retornam ao cio em média 20 dias mais cedo. 
2º Prioridade fase de cria - diminuir a mortalidade dos bezerros
Isso vem ressaltar a importância da estação de monta onde ocorre uma concentração de nascimentos facilitando o manejo do rebanho de cria.
Ingestão do colostro: Todos os anticorpos são passados via colostro
→ Os fatores determinantes para a diminuição da mortalidade dos bezerros: cura do umbigo, ingestão do colostro, administração de ivermectina, mochação (em 30 a 45 dias), vacinação e identificação. 
Corte e cura do umbigo 
Umbigo do recém-nascido
Porta entrada para microorganismos;
Cura umbigo iodo 10%;
Prática importante evita várias doenças.
Cortar 3 cm da inserção;
Aplicar solução tintura iodo 10%;
3 dias consecutivos x 2 vezes dia.
Aplicar bezerros nascimento
1ml de ivermectim 50 kg peso vivo
Controla miiases no umbigo (bicheiras)
A identificação do Bezerro é ideal para o controle zootécnico
30 a 45 dias
Mochar ferro de mochar bem quente
Queimar com parte côncava todo o botão
Por: 20 segundos c/ movimentos vai:vem
Após aplicar ungüento
Aplicar: 1ml ivermectim p/ cada 50 kg PV
Descorna ferro quente
45 dias de vida
• Corte os pelos ao redor do botão com tesoura
• Pressione o ferro sobre o botão ósseo com movimentos circulares queimando toda a superfície.
• Aplique ungüento repelente e cicatrizante.
•Aplique 1 ml de ivermectina para 50 kg PV
Conclusão
Fase de cria maiores perdas por mortalidade 5 a 10%;
Condição da vaca ao parto;
Cura do umbigo;
Ingestão do colostro (máximo 6 horas após nascimento).

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