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Ciclo Celular e Mitose

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Mitose
A divisão mitótica ocorre em células haploides e diploides e é responsável não só pelo crescimento do indivíduo, mas também pela reprodução, pela reposição celular e pelo reparo de tecidos danificados ou injuriados. 
Intérfase
É o período mais longo do ciclo celular (período entre duas mitoses). Cromossomos ocorrem como filamentos distendidos e espalhados por toda área nuclear, não sendo individualmente visualizados ao microscópio óptico.
Dobra seu volume para possibilitar que duas novas células iguais em tamanho e composição sejam originadas. Intensa transcrição (síntese de RNA) e tradução (síntese de proteínas), multiplicação de organelas, aumento da MP e do citoesqueleto. DNA é sintetizado somente em uma subfase da interfase denominada S (de synthesis), onde há também a intensa síntese de proteínas histônicas (constituintes da cromatina).
O período que antecede S é denominado G1 e o que sucede S é denominado G2 (G=gap). É no G1 que a célula recebe estímulo para se dividir. Sinais externos desencadeiam reações em cascata que controlarão todas as etapas seguintes. Em G1-S também ocorre a duplicação do centrossomo (centro organizador de microtúbulos, formada por um par de centríolos, localiza-se próximo ao EN). Essa duplicação garante a formação de dois polos do fuso e possibilita com que cada célula filha receba um centrossomo. Microtúbulos longos do áster, irradiando dos centrossomos.
Células humanas diploides têm 2n = 46 cromossomos; uma célula em G1 é constituída de 46 moléculas de DNA (uma para cada um dos 23 pares de homólogos). Na fase S cada molécula de DNA dá origem a outra idêntica a ela, de forma que, em G2, a célula humana tem 92 moléculas de DNA, sendo que cada um dos 46 cromossomos contém duas moléculas de DNA (cromátides irmãs) que se mantêm associadas por coesinas (complexos proteicos). Tais células continuam diploides, tendo 2n=46 cromossomos, embora com o dobro de conteúdo de DNA (4C).
G2 é o periodo de verificação (se todo DNA duplicou de forma correta e se houve aumento adequado do volume) antes de iniciar a divisão celular.
Prófase
Se inicia pelo início da condensação da cromatina, podendo-se observar o aparecimento de filamentos mais espessos. (Se deve em parte, à um complexo proteico denominado condensina) Ainda na prófase fragmentação gradual do nucléolo, cujos componentes, em parte dispersam-se pelo citoplasma e em parte, permanecem associados à periferia dos cromossomos.
Prometáfase
Cromatina mais condensada, com filamentos mais grossos, e o nucléolo não é mais visualizado. O EN e as organelas membranosas (como CG e RE) fragmentam-se em vesículas. Centrossomos continuam migrando para polos opostos. Formação do cinetocoro, estrutura proteica ligada à região do centrômero de cada cromátide irmã, na qual os microtúbulos do fuso (cinetocóricos) associam-se e exercem tensão sobre essas cromátides. Ainda na pró-metáfase ocorre a remoção das coesinas presentes entre os braços das cromátides irmãs, mas não das coesinas da região centromérica. A remoção das coesinas ocorre por fosforilações e levam a perda da habilidade de sai ligação com a cromatina.
Metáfase
É a fase em que a cromatina atinge o máximo de condensação. Cromossomos atingem uma posição de equilíbrio em um plano na região equatorial da célula entre os dois polos. A coesão somente é desfeita na transição metáfase-anáfase. 
Complexo promotor da anáfase (ou APC), ligado a proteína Cdc20 (ativadora), promove um processo de ubiquitinação (adição de um peptídeo ubiquitina, marcando a proteína receptora para ser degradada por proteossomos) de uma outra proteína denominada securina, responsável por manter inativa a enzima separase (que é capaz de clivar a subunidade Scc1 do complexo de coesinas). Separase tem como função a separação das cromátides irmãs. A securina, uma vez ubiquitinada pelo complexo APC/Cdc20, degrada e libera a separase, que então fica ativa e passa a realizar proteólise do complexo da coesina.
Anáfase
Começa abruptamente com a separação das cromátides irmãs que se movem para os polos. O posicionamento de cada homólogo do par independente um do outro no equador da célula permite que, ao separar as cromátides, cada célula-filha receba todos os pares de cromossomos, mantendo a ploidia.
O mov das cromátides irmãs (agora denominada cromossomo-filho) para polos opostos é resultante da combinação de dois processos, anáfase A e B.
Na anáfase A, o movimento do cromossomo-filho se dá pela ação de proteínas motoras presentes no cinetocoro, que usam energia da quebra do ATP para “puxar” cromossomos em direção aos polos. Ocorre também, o encurtamento dos microtúbulos por meio da despolimerização na sua extremidade (+) ligada ao cinetocoro.
Na anáfase B, há o distanciamento dos dois polos do fuso levando a um alongamento da célula. Tal processo é garantido pela interação entre dois fatores: mediação por proteínas motoras do tipo dineína (que associam-se à extremidade + dos microtúbulos astrais e ao córtex celular) e ligação de proteínas motoras do tipo cinesina à extremidade + dos microtúbulos polares. O deslocamento destas, promove o afastamento dos polos. Células utilizam anáfase A ou B, dependendo do tipo celular!
Telófase
Se caracteriza pela reestruturação do envoltório nuclear, reassociação dos componentes dispersos pelo citosol na pró-metáfase. Cromossomos se descompactam gradativamente até o final dessa fase, assumindo estado mais distendido da cromatina e característico da interfase. Os microtúbulos cinetocóricos desaparecem e os polares permanecem apenas na região equatorial, onde se dará a citocinese. As organelas membranosas são reconstituídas e juntamente com as demais, são distribuídas aleatoriamente entre as duas células-filhas.
Citocinese
É a divisão citoplasmática da célula em duas, de maneira a assegurar que cada célula-filha receba um núcleo e quantidades suficientes dos constituintes celulares. Em células animais e de fungos, o local em que ocorre a citocinese é marcado na anáfase por um anel de actina e miosina II, associado à MP, na região equatorial denominado anel contrátil. Na telófase, o anel contrai e essa região, também marcada pelo fuso residual de microtúbulos polares, vai sendo estrangulada, dividindo a célula em duas. Já nas células vegetais, em função da presença de parede vegetal, ocorre a formação de uma placa celular na região equatorial da célula denominada fragmoplasto, a qual se origina a partir de vesículas provenientes do CG contendo precursores da nova parede celular que separará as duas células filhas. O fragmoplasto contém actina e miosina. No interior das vesículas (fragmossomos) estão presentes os precursores das macromoléculas formadoras da parede celular.

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