Buscar

Teoria psicanalítica.docx Neurose e Psicose Pesquisa

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Teoria psicanalítica
terça-feira, 29 de maio de 2012
As quatro estruturas da psicopatologia
A neurose por ser brevemente definida como uma desordem mental, consciente pelo sujeito, desordem esta que não atinge as funções essenciais da personalidade, ou ainda, doença nervosa sem causa somática, mas psíquica, não tendo o poder de transformar a personalidade do sujeito[1]. “Com efeito, o que quer dizer as palavras “consciente” e “não tendo o poder de transformar a personalidade do sujeito” no registro da neurose?
Os neuróticos caracterizam-se pelo sofrimento que sua psicopatologia lhes inflige, sendo este sofrimento a causa mesma da deliberação do sujeito no sentido de procurar um analista na esperança de uma cura. A patologia neurótica não impede o sujeito de possuir uma vida social mais ou menos saudável, e ele mesmo está cônscio de seu sofrimento. O neurótico obsessivo embora não consiga por conta própria se libertar de seus medos, sabe que no fundo são absurdos. Todas as pessoas psiquicamente normais sentem medo diante do perigo, diferentemente, o neurótico é afligido por um medo mórbido, doentio e sem qualquer fundamento[2]. Segundo Freud, a causa da neurose reside na ideia de conflito interno entre duas forças opostas que constituem o nosso psiquismo[3]. Ao afirmar que os neuróticos sofrem de reminiscências, Freud confere a uma experiência passada a causa da neurose, pelo conflito, existente entre um desejo, ligado às pulsões e ao ID, e o dever moral, que emana do Superego, gerando, por conseguinte, o sentimento de culpa. E como as pulsões precisam ser necessariamente descarregadas acabam por gerar um sintoma neurótico.
A histeria, não obstante ser distinta da neurose obsessiva, apontada precedentemente, também é classificada como uma neurose, com o seguinte distintivo: o sintoma histérico é conversivo, isto é, o sintoma se manifesta no corpo do sujeito na forma de paralisias, coceiras, cegueira, etc. A título de exemplo, pode-se mencionar a paciente de Freud chamada Dora, que apresentava entre outros sintomas uma tosse nervosa. O sintoma desapareceu quando Dora reconheceu, pelo método psicanalítico que a irritação da garganta ligava-se a um desejo inconsciente de sucção da vara pela qual ela se identificava à amante de seu pai[4].
No tocante à psicose, convém compará-la com a neurose para uma melhor compreensão. Conforme visto anteriormente, o neurótico sabe que seus medos e fantasias são absurdos. Ao contrário, um sujeito que sofre de psicose acredita que suas próprias representações fantasiosas são reais. O psicótico não consegue ver o absurdo, por exemplo, da afirmação de ser Napoleão ou Jesus Cristo, pois o psicótico fica estranho à realidade, isto é, torna-se um alienado. A psicose impede que o doente compare o que ele imagina como o que acontece na realidade. Portanto, o psicótico perde totalmente a noção de seu estado[6]. Como vimos, o neurótico busca ajuda psicanalítica porque sofre, e através da associação livre, auxiliado pelo psicanalista, alcança a cura de sua neurose simplesmente ao conhecer a causa geradora do sintoma. 
BIBLIOGRAFIA
BRABANT, Georges Philippe. Chaves da Psicanálise. Zahar Editores. Rio de Janeiro: 1973.
ESTEVAM, Carlos. Freud: vida e obra. José Álvaro Editor. Rio de Janeiro: 1968.
VALINIEFF, Pierre. Psicanálise e complexos. Edições MM. Rio de Janeiro: 1971.
SANTOS, Adelson Bruno dos Reis / Ceccareli, Paulo Roberto. Perversão sexual, ética e clínica psicanalítica. Revista Latinoam. Psicopat. Fund. Vol.12, n.2. São Paulo: 2002.
http://teoriapsicanalitica.blogspot.com.br/2012/05/as-quatro-estruturas-da-psicopatologia.html

Outros materiais