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WEB AULA 1 Unidade 3 – Conceitos Básicos, Abordagem Clássica e Abordagem Humanística Olá a todos! Sejam bem-vindos! Antes de iniciarmos nossos trabalhos, você terá uma visão geral da unidade II. Esta unidade, visa sensibilizar o futuro profissional para a importância da Administração de Recursos Humanos diante do atual cenário de mudanças constantes e velozes. Orientações: Caro Aluno, OLÁ! Esta é a nossa primeira web aula da terceira unidade. Por esse motivo, vamos usá-la para aprofundar o conhecimento sobre importância da administração, fundamentos, princípios e história. ADMINISTRAÇÃO: CONCEITO E IMPORTÂNCIA "Administrar é, portanto, um processo pelo qual o administrador cria, dirige, mantém, opera e controla uma administração." KWASNICKA (pág. 17, 1995) A IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO Segundo Kwasnicka (1995, p.17), a tarefa de administrar, é um processo integrativo da atividade organizacional que permeia nossa vida diária que não se encontra restrito às fábricas, hospitais, lojas e escolas. É importante em qualquer atividade formalmente estruturada que envolva recursos humanos e materiais, tecnologia, restrição ambiental, entre outros. Trata-se de um processo consistente de tomada de decisões, envolvendo recursos e objetivos com o intuito de assegurar a eficiência e eficácia, na obtenção de resultados específicos. Portanto, administrar é um processo realizado em uma organização, um departamento, um setor ou área, independente da sua ordem de grandeza. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO Os princípios estabelecidos para a administração no início do século XX previam uma administração rígida, onde o chefe ou o proprietário, no caso da pequena empresa, eram os donos absolutos das decisões; a autoridade vinha de cima para baixo e as suas atividades principais eram mandar fazer as tarefas e controlá-las com muito rigor. O objetivo principal era produzir mais e com mais eficiência, para que o lucro fosse maior. Não havia qualquer tipo de comunicação entre as pessoas do setor administrativo da empresa ou pessoas próprias para executar tal tarefa (administração); não havia confiança para delegar ou tomar decisões, apenas os donos das empresas executavam as ideias que achavam certas. HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO COMO CIÊNCIA Onde se inicia a história da administração é puramente uma questão de escolha. Nós podemos, por exemplo, começar pela Antiguidade, Idade Média ou Renascimento; outros preferem iniciar pela Revolução Industrial. A Antiguidade caracteriza-se por ter sido uma época particularmente profícua para as ciências. Seus pensadores e filósofos criaram e desenvolveram muitas áreas do conhecimento humano com tal profundidade que até hoje se fazem sentir os efeitos dos seus trabalhos. No que se refere à administração, nunca foram encontradas obras que comprovem seu desenvolvimento na Antiguidade, entretanto, a construção de uma pirâmide, a estrutura da uma cidade como Atenas e a administração de um império tão vasto, como o Império Romano, certamente revelam conhecimentos de administração. É difícil compreender, à primeira vista, por que a administração não recebeu igual tratamento na época; porém, a realidade social contemporânea torna mais fácil a compreensão deste fenômeno. Predominava, nessa época, um forte preconceito em relação ao trabalho, a tal ponto que era considerado uma atividade desprezível. Uma das principais razões para esse preconceito foi a escravidão, que na época era legalizada, oferecendo solução fácil aos problemas práticos e, ao mesmo tempo, criando uma inevitável correlação entre trabalho e escravo. Outra razão, também importante, foi a orientação de povos primitivos para a guerra, na sobressai a importância do soldado e, consequentemente, a inferioridade social daqueles que trabalham e que, portanto, não podem dedicar-se às guerras. Os antigos acreditavam que havia dois campos antagônicos de atuação: o intectual, cabível aos cidadãos, e o material, cabível aos escravos. A aplicação das ciências em problemas práticos era condenada. PRINCÍPIOS DE TAYLOR: Frederick Winslow Taylor entrou em contato com os problemas de administração em 1884. Ele reconheceu que eram os trabalhadores que moviam as fábricas. A primeira apresentação sistemática de Taylor foi formulada após ele verificar que no sistema de pagamento, por dia de trabalho, os homens diminuíam a produção, prolongando assim os dias de trabalho, evitando desta forma os possíveis cortes de funcionários. Taylor intitulou este trabalho "A piece-rate system", usando dois métodos no tratamento desta questão: 1. O estudo do tempo base para obter o tempo-padrão, concebendo um método para a fixação prévia e precisa de um padrão de desempenho que permitia a extensão do sistema para o trabalho não repetitivo. 2. Projetou um esquema de pagamento por peça, diminuindo os ganhos daqueles que não atingissem os padrões, salários substancialmente altos aos bons trabalhadores, assegurando-lhes que, se mantivessem o ritmo de trabalho especificado, seus salários nunca seriam cortados. Taylor viu, assim, que uma das formas de atingir seus objetivos era introduzir métodos de trabalho eficientes que incluíam: padronização de ferramentas e equipamentos; rotina de programação; cartões de instrução; estudos de movimentos; seleção de trabalhadores mais adequados; garantia de amplo material para os trabalhadores; introdução de símbolos como índices. A alteração mais evidente na organização foi a introdução de um departamento de planejamento que Taylor definiu como centro cerebral da empresa. As descobertas de Taylor representam uma evolução que continuou sendo aperfeiçoada, mesmo depois de sua morte, por Henry Laurence Gantt, que se preocupou com o aspecto psicológico e humanístico, insistindo na importância do elemento humano na produtividade. Gantt desenvolveu um plano de salários e incentivos ao trabalho operário e o auxílio do planejamento do trabalho do indivíduo, desenvolvendo um gráfico de distribuição de carga de trabalho, denominado Gráfico de Gantt. Outro nome que contribuiu para o desenvolvimento do trabalho de Taylor foi Frank Buncker Gilbreth, seguidor da mesma linha de Gantt. CONTRIBUIÇÕES DE HENRY FAYOL O trabalho de Henry Fayol foi considerado uma das maiores contribuições para o campo da gerência e da administração. Ao contrário de Taylor, Fayol trabalhou nos níveis organizacionais, preocupado com a função administrativa da direção. Com isso, concluiu que há uma necessidade definida e uma possibilidade de ensinar administração. Publicou um trabalho em 1908 que intitulou "Os Princípios da Administração", onde procurou, de forma mais clara, os elementos primários do processo administrativo, que vêm sendo utilizados até hoje: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO, E CONTROLE. A Tarefa Você está sendo convidado a realizar um pequeno estudo de caso para verificar se ficou bem clara a distinção entre esses dois autores da abordagem Clássica. (Taylor e Fayol) Processo 1) Após a leitura, resolva este "case". O Faraó Quéps reúne-se com dois grandes consultores em administração que vieram do futuro.O Faraó pretende construir uma grande pirâmide, com cerca de 2.300.000 blocos de pedra. Ele quer recomendações desses consultores para assegurar a realização do projeto. Um escriba anota as recomendações, mas registra erradamente os nomes dos consultores. Corrija o trabalho do escriba. Escreva embaixo de cada recomendação o nome do consultor que pode tê-la feito. Os consultores que estavam presentes na reunião eram: Taylor e Fayol. Recomendações:a) Não se esqueça de que você é o Faraó. Sua principal tarefa é garantir a construção da Pirâmide. Não se perca com detalhes operacionais. Mantenha- se em seu papel de executivo do projeto. Autor:________________ b) Uma das formas para você atingir seus objetivos é o trabalho ser realizado de acordo com ferramentas padronizadas, uma rotina de programação, e com trabalhadores adequados. Autor:________________ Aprofundando o conhecimento: Explore mais esse assunto por meio da leitura da Unidade 2 da sua apostila (Teorias da Administração). Continuando: Considerações: Esta leitura auxilia no desenvolvimento das habilidades conceituais, para que se possa compreender o que são as teorias e sua importância para a administração. Conclusão Este exercício tem como objetivo mostrar a contribuição desses dois autores para a administração. ABORDAGEM HUMANÍSTICA A Tarefa Dando sequência à contextualização teórica, vamos aprofundar o conhecimento sobre a Abordagem Humanística. Leia o texto abaixo: RELACÕES HUMANAS FILOSOFIA DAS RELACÕES HUMANAS Um dos fundadores da escola humana da filosofia da administração foi Elton Mayo. O "Experimento de Hawthorne" é o estudo mais citado para investigar o complexo da natureza humana no trabalho. O propósito inicial do experimento era verificar o efeito da iluminação no trabalhador e em seu trabalho. Grupos de funcionários foram selecionados para tal estudo. Estes funcionários sentiram-se motivados e, consequentemente, a produtividade aumentou. O "Estudo de Hawthorne" foi um marco na teoria comportamental humana. As conclusões mais importantes foram: 1. Determinação do nível de produção por normas sociais e integração do indivíduo ao grupo. 2. Os indivíduos não agem isoladamente, mas seguem o grupo. 3. As recompensas e sanções impostas pelo grupo determinam o comportamento do indivíduo. 4. O reconhecimento da existência de grupos informais bem estruturados. 5. As relações humanas constituem as interações entre pessoas e grupos. 6. A importância do conteúdo do cargo no moral do indivíduo. Processo 1 - Após realizar a webaula 1 e fazer a leitura do texto da webaula 2, observe o quadro abaixo. COMPARAÇÃO ENTRE A TEORIA CLÁSSICA E A TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS TEORIA CLÁSSICA TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS Trata a organização como máquina Trata a organização como grupos de pessoas; Enfatiza as tarefas ou a tecnologia Enfatiza as pessoas Inspirada em sistemas de engenharia Inspirada em sistema de psicologia Autoridade centralizada Delegação de autoridade Linhas claras de autoridade Autonomia dos empregados Especialização e competência técnica Confiança e abertura Acentuada divisão do trabalho Ênfase nas relações entre as pessoas Confiança nas regras e nos regulamentos Confiança nas pessoas Clara separação entre linha e staff Dinâmica grupal e interpessoal Fala-se agora em: Motivação; Liderança; Comunicação; Organização informal; Dinâmica de grupo, etc MOTIVAÇÃO HUMANA A motivação procura explicar por que as pessoas se comportam. O ser humano é motivado, não por estímulos econômicos e salariais, mas por recompensas sociais, simbólicas e não materiais. 1. TEORIA DE CAMPO DE LEWIN Kurt Lewin elaborou a teoria de campo que se baseia no seguinte: O comportamento humano não depende somente do passado, ou do futuro, mas do campo dinâmico atual e presente. Campo dinâmico é o espaço de vida que contém a pessoa e o seu ambiente psicológico. Para Lewin, toda necessidade cria um estado de tensão no indivíduo, uma predisposição à ação. 2. NECESSIDADES HUMANAS BÁSICAS A TRH constatou a existência das necessidades humanas básicas. Necessidades ou motivos são forças conscientes ou inconscientes que levam o indivíduo a um determinado comportamento. A motivação refere-se ao comportamento que é causado por necessidade dentro do indivíduo e que é dirigido em direção aos objetivos que podem satisfazer essas necessidades. O ser humano é considerado um animal dotado de necessidades. Satisfeita uma necessidade, surge outra em seu lugar, e, assim por diante, contínua e infinitamente. Ao longo de sua vida, o homem evolui por três níveis ou estágios de Motivação: à medida que cresce e amadurece, vai ultrapassando os estágios mais baixos e desenvolvendo necessidades de níveis mais elevados. a) Necessidades Fisiológicas: São as necessidades primárias, vitais ou vegetativas, relacionadas com a sobrevivência do indivíduo. São inatas e instintivas. Exige satisfação periódica e cíclica. São as de alimentação, sono, atividade física, satisfação sexual, abrigo, proteção contra os perigos. b) Necessidades Psicológicas São necessidades secundárias e exclusivas do homem. São aprendidas e adquiridas no decorrer da vida e representam um padrão mais elevado e complexo de necessidades. As necessidades psicológicas são: Necessidade de segurança íntima: leva o indivíduo à autodefesa, procura de proteção contra o perigo, ameaça ou privação. Necessidade de participação: aprovação social, reconhecimento do grupo, de dar e receber amizade. Necessidade de autoconfiança: refere-se à maneira pela qual cada pessoa se vê e se avalia, ao autorrespeito e à consideração que tem para consigo mesmo. Necessidade de afeição: é a necessidade de dar e receber afeto, amor e carinho. c) Necessidades de Autorrealização São as necessidades mais elevadas e decorrem da educação e da cultura da pessoa. É o impulso de realizar o próprio potencial de estar em contínuo autodesenvolvimento. 3. CICLO MOTIVACIONAL O ciclo motivacional começa com o surgimento de uma necessidade. Toda vez que surge uma necessidade, esta rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um comportamento ou ação capaz de descarregar a tensão ou de livrá-lo do desconforto e do desequilíbrio. Satisfeita a necessidade, o organismo volta ao equilíbrio, caso contrário, ela pode ser frustrada. Outras vezes a necessidade não é satisfeita nem frustrada, mas transferida ou compensada, ou seja, quando o motivo de uma promoção para um cargo superior é contornado por um bom aumento de salário ou por uma nova sala de trabalho. 4. MORAL E CLIMA ORGANIZACIONAL O moral é uma decorrência do estado motivacional provocado pela satisfação ou não satisfação das necessidades individuais das pessoas. O moral é responsável pelas atitudes das pessoas. O moral elevado é acompanhado de uma atitude de interesse, identificação, aceitação, entusiasmo e impulso positivo em relação ao trabalho. O moral baixo é acompanhado por atitudes de desinteresse, negação, rejeição, pessimismo e apatia com relação ao trabalho. Clima Organizacional é o ambiente psicológico e social que existe em uma organização e que condiciona o comportamento de seus membros. LIDERANÇA LIDERANÇA: TEORIAS DE TRAÇOS DE PERSONALIDADE traços físicos: energia, aparência e peso traços intelectuais: adaptabilidade, agressividade, entusiasmo e autoconfiança traços sociais: cooperação, habilidades administrativas e interpessoais traços relacionados à tarefa: iniciativa, persistência e impulso de realização LIDERANÇA: TEORIA SOBRE ESTILOS DE LIDERANÇAS AUTOCRÁTICA - centralização total da autoridade e das decisões na pessoa do líder. Autocrática: o trabalho somente se desenvolve com a presença física do líder. LIBERAL - total liberdade do grupo para tomada de decisões; o líder apenas participa quando é solicitado.Liberal: pouco respeito em relação ao líder e forte individualismo agressivo DEMOCRÁTICA - caracterizada pela figura do líder como orientador do grupo. As decisões são discutidas pelo grupo com a presença do líder. Democrática: líder e subordinados desenvolvem uma comunicação franca, espontânea e cordial. Há um sentido de responsabilidade mútua. LIDERANÇA: TEORIA SITUACIONAL Não existe um único estilo ou característica de liderança válida para toda e qualquer situação. É primordial que o gerente tenha consciência de qual estilo é mais presente na sua administração com o objetivo de melhor avaliar a situação e poder fortalecer o seu desempenho. Enfim, o melhor estilo é aquele em que o gerente tenha abertura para perceber a situação, de uma forma tal que consiga optar pelo estilo mais adequado. Quanto menor o uso de autoridade pelo administrador, maior a área de liberdade dos subordinados e vice-versa. COMUNICAÇÃO Proporciona informação e compreensão necessárias para que as pessoas possam se conduzir em suas tarefas; proporciona as atitudes necessárias que promovam a motivação, cooperação e satisfação nos cargos; a pessoa trabalha melhor quando conhece os padrões de seu trabalho; a organização opera mais eficientemente quando a pessoa e seu chefe têm um entendimento comum de suas responsabilidades e padrões de desempenho que a empresa espera obter deles. cada pessoa pode ser auxiliada a dar a máxima contribuição à organização e a utilizar ao máximo as suas habilidades e capacidades. ORGANIZAÇÃO INFORMAL Conjunto de interações e relacionamentos que se estabelecem entre as pessoas. Características: Relação de coesão ou de antagonismo: relações pessoais de simpatia ou de antipatia, de diferentes intensidades. Status: o prestígio está mais ligado na participação do indivíduo na organização informal (grupo), do que propriamente na organização formal (cargo). Colaboração espontânea A possibilidade da oposição à organização informal: esta pode se desenvolver contra a organização formal, devido à inabilidade da direção de propiciar um clima favorável. Padrões de relações e atitudes Mudanças de níveis e alterações dos grupos informais: devido à mudança de pessoal na organização formal. DINÂMICA DE GRUPO Kurt Lewin é fundador da Escola da Dinâmica de Grupo; Dinâmica de grupo é a soma de interesse dos componentes dos grupos e que pode ser ativada por meio de estímulos e motivações, no intuito de maior harmonia e melhor relacionamento humano. O comportamento, as atitudes, as crenças e os valores do indivíduo baseiam-se firmemente nos grupos aos quais pertencem. ATIVIDADE Para refletir: Assista ao vídeo: Gladiador: como vencer conflitos preservando os valores éticos. http://www.youtube.com/watch?v=I1JAud8xWc8 Conclusão Os conceitos clássicos de autoridade, hierarquia, racionalização do trabalho, departamentalização, princípios gerais de administração passam a ser contestados. O engenheiro e o técnico cedem lugar ao psicólogo e ao sociólogo; O método e a máquina perdem a primazia em favor da dinâmica de grupo. O homo economicus cede o lugar ao homem social. Essa revolução na Administração ocorreu nos prenúncios da Segundo Guerra Mundial, ressaltando o caráter democrático. A ênfase nas tarefas e na estrutura é substituída pela ênfase nas pessoas. Parabéns a todos que chegaram até aqui! WEB AULA 1 Unidade 4 – Abordagem Organizacional e Processo Administrativo EVOLUÇÃO HISTÓRICA E ATUAIS TENDÊNCIAS. Introdução Olá a todos! Você está sendo convidado a realizar uma reflexão sobre a área de Recursos Humanos. A Tarefa 1 - Leia o texto abaixo para acompanhar a evolução da área de Recursos Humanos. RECURSOS HUMANOS NA HISTÓRIA DAS ORGANIZAÇÕES Considerando o avanço ocorrido no tradicional departamento de pessoal da década de 1950, passando pela divisão de relações industriais na década de 1960 à recente área de recursos humanos, observam-se significativas mudanças destes paradigmas que apontam para uma nova fase de gestão de pessoas. Por conseguinte, a gestão de pessoas surge na atualidade como o núcleo vital e estratégico para assegurar o funcionamento do organismo empresarial, uma vez que a principal tarefa relacionada a ela é exatamente a de cuidar do valioso patrimônio intelectual das organizações, ou seja, as pessoas. Ao longo de toda história da humanidade sucedem-se os desdobramentos da atividade laboral do ser humano. A partir da Revolução Industrial é que surge o conceito atual de trabalho. Na era da industrialização clássica, a organização era vista, basicamente, como uma estrutura formal, constituída de órgãos, cargos e tarefas. O trabalho era rotineiro, com pequeno grau de envolvimento dos operários. A cultura organizacional predominante era voltada para o passado e para conservação das tradições e valores. As pessoas eram consideradas recursos de produção, juntamente com outros recursos organizacionais. Dentro dessa concepção, a administração das pessoas recebia a denominação de Relações Industriais. A teoria clássica foi substituída pela teoria neoclássica da administração e o modelo burocrático foi redimensionado pela teoria estruturalista. A teoria das Relações Humanas foi substituída pela Comportamental. Ao longo do período, surge a teoria da Contingência. A visão sistêmica e multidisciplinar e o relativismo tomam conta da teoria administrativa. A escola neoclássica deu ênfase à prática da administração e ao processo administrativo que envolvia planejar, organizar, dirigir e controlar, tendo em vista os objetivos almejados. Em decorrência, surgiu a chamada administração por objetivos, que visava a organização racional das atividades humanas. Assim, as organizações passaram a ser vistas como sistemas sociais abertos. A cultura organizacional deixou de privilegiar as tradições, cedendo lugar à inovação. A concepção das Relações Industriais foi substituída pela nova maneira de administrar as pessoas, a qual recebeu o nome de Administração de Recursos Humanos. Na década de 90 começou a era da informação, que está em vigor até hoje. O capital financeiro deixou de ser o recurso mais importante, cedendo lugar ao conhecimento. Nestas circunstâncias, a antiga Administração de Recursos Humanos cedeu lugar a uma nova abordagem: Gestão de Pessoas. A gestão de pessoas, no contexto atual, considera as pessoas o principal ativo da organização. Daí a necessidade de tornar as organizações mais conscientes e atentas a seus funcionários. Processo 2 - Agora, leia o texto abaixo e reflita sobre as exigências do mercado nos dias de hoje e sobre o seu papel neste processo. PROCURA-SE: O ESPECIALISTA EM TUDO O mercado de trabalho está mais apertado do que nunca. Ao escutar os recrutadores das empresas e ler os anúncios de empregos, você poderia concluir que os empregadores querem a pessoa impossível: "menos de 25 anos, cinco anos de experiência em programação, com fortes habilidades gerenciais demonstradas, desejável experiência em internet." As organizações não somente querem habilidades técnicas nos novos empregados, mas também sabedoria em negócios e gerenciamento. As empresas estão procurando além do típico especialista em ciência da computação e sistemas de informação. Elas querem mais estudantes com habilidades em ciências humanas, finanças, marketing recursos humanos. Querem habilidades técnicas também - tudo na mesma pessoa. Pessoas com fortes habilidades em comunicações e relacionamentosão especialmente valorizadas. Uma série de pesquisas de empregadores mostra uma tremenda necessidade das chamadas habilidades "leves", ou seja, capacidade de escutar, sensibilidade, maneira de escrever e de se expressar, capacidade de trabalhar em equipe. Em muitas empresas modernas, os especialistas em sistemas de informação se reportam não somente à gerência dos sistemas de informação, mas também às gerências dentro das unidades de negócio, como vendas, finanças ou produção. Nesses casos, as habilidades em comunicação são indispensáveis. Os especialistas em contratações concordam que as habilidades "leves" são ainda mais importantes para uma carreira em sistemas de informação do que as habilidades técnicas. Pelo fato de a direção da tecnologia e dos negócios mudarem tão rapidamente, o indivíduo deve ser capaz de dominar novas tecnologias enquanto usa suas habilidades "leves" para ficar em contato com as necessidades da empresa e da direção do mercado. Muitos acreditam que a eficácia da empresa é aumentada quando um especialista em sistemas de informação pode fazer estágios para conhecer melhor as operações da empresa, para ver onde a tecnologia é aplicada, ou quando um técnico especialista tem experiência com sistemas de informação. A combinação das duas experiências ajuda ambos os especialistas a ver formas de usar a tecnologia da informação para melhorar o negócio. John Zarb, responsável pela área da tecnologia da informação da Libbey, Inc., lê livros de filosofia empresarial e também publicações sobre tecnologia. Ele recomenda que sua equipe participe de seminário da indústria, visite os locais onde operam seus usuários e receba treinamento formal em oratória, escrita ou habilidades de comunicação interpessoal. Fonte: LAUDON, Kenneth C. e LAUDON, Jane P. - Sistemas de Infomação -com internet: Rio de Janeiro, LTC, 1999 p. 25. PARA ONDE VAI A TGA (TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO)? Caro Aluno, A teoria Administrativa tem pouco mais de cem anos, mas já passou por grandes transformações. Agora está enfrentando a forte turbulência da Era da Informação. As mudanças e transformações passam a ser gradativamente mais rápidas e intensas . Elas são diversas e alcançam patamares completamente diferentes do passado. O centro da sociedade moderna é a Tecnologia da Informação. A ERA DA INFORMAÇÃO: MUDANÇA E INCERTEZA A Era da Informação surgiu na década de 1990, graças ao desenvolvimento tecnológico. Neste momento, então, o capital financeiro cede o espaço para o capital intelectual, para o conhecimento. A influência da Tecnologia da informação Computador, televisão e as telecomunicações invadem a vida das pessoas, trazendo também o conceito de escritório virtual ou não-territorial, acabando com o papelório e necessidade de grandes móveis. Na era da informação instantânea, as coisas mudam rápida e incessantemente. A administração torna-se um artigo de primeira necessidade. A NOVA LÓGICA DAS ORGANIZAÇÕES A velocidade da mudança e os desafios do mundo globalizado estão conduzindo a um sentido de emergência quanto ao ajustamento e adaptabilidade das organizações. O QUE ESTÁ ACONTECENDO? A teoria administrativa está passando por uma profunda e intensa revisão. O mundo mudou e muita gente acha que ela também deve mudar. Certamente. Mas, para onde? Em que direção? Algumas abordagens a seguir poderão mostrar os caminhos futuros da teoria administrativa. GESTÃO DO CONHECIMENTO E CAPITAL INTELECTUAL A era da informação transformou os paradigmas de recursos para as organizações, ou seja, o capital financeiro e os demais recursos têm sua relativa importância, mas cedem lugar ao capital intelectual, o qual é baseado no conhecimento. O conhecimento vem das pessoas. São as pessoas que aprendem, desenvolvem e aplicam o conhecimento na utilização adequada dos demais recursos organizacionais. Portanto, os demais recursos são dependentes da inteligência humana. Organizações bem sucedidas são aquelas que identificam, conquistam, motivam pessoas para que estas aprendam e apliquem conhecimento adquiridos na solução de problemas e na busca continuada da inovação dos processos, objetivando à excelência da qualidade. A organização baseada no conhecimento depende da gestão deste, que é um processo integrado destinado a criar, organizar, disseminar e intensificar o capital intelectual, visando melhorar o desempenho global da organização. Visando melhorar a gestão do seu capital intelectual, muitas organizações desenvolvem processos de educação corporativa, universidades corporativas e virtuais. Os objetivos da educação corporativa envolvem: processo de aprendizagem; foco nos assuntos empresariais de maior importância; proporciona currículo fundamentado em cidadania corporativa; contexto situacional e competências básicas; treina toda a cadeia de valor (clientes, distribuidores, fornecedores, terceiros, instituições de ensino superior, etc.); proporciona diferentes formatos de apresentação da aprendizagem; encoraja e facilita o comprometimento das lideranças com o aprendizado; globalização do desenvolvimento de soluções de aprendizagem; proporciona vantagens competitivas para a organização entrar em novos mercados. A base para o sucesso não depende somente da organização do conhecimento da empresa, mas também em identificar e utilizar todas as informações internas e externas em prol do ambiente de negócios, buscando produtividade, dinamismo e competitividade. Considerações Ao longo do tempo, as teorias administrativas apresentam diferentes abordagens para a administração das organizações, refletindo cada qual os fenômenos históricos, sociais, culturais, tecnológicos e econômicos de sua época. É prematuro afirmar que uma ou outra teoria está ultrapassada nos dias atuais. Cabe ao administrador ter visão eclética de todas as teorias, procedendo à leitura da realidade atual, diagnosticando a situação e antevendo a abordagem mais indicada a ser aplicada. A administração moderna surge como única instituição comum que promove o desenvolvimento das organizações e países, transcendendo todas as fronteiras mundiais. É a ferramenta que torna as organizações capazes de gerar resultados e produzir o desenvolvimento. Atividade Você que vai administrar o recurso mais importante de uma organização, assista ao vídeo: VIDA DE ADMINISTRADOR e aproveite para refletir. Avaliação A unidade 2, composta por estas duas webaulas, será avaliada através de questões objetivas e dissertativas. Conclusão As organizações não somente querem habilidades técnicas nos novos empregados, mas também sabedoria em negócios e gerenciamento. Elas querem mais estudantes com habilidades em ciências humanas, finanças, marketing, recursos humanos. "A administração não é um modo de vida ou filosofia isolada; é o pensamento e ação que unem a vida humana na busca dos valores sociais." KWASNICKA (2006) Segundo a autora, a administração deve ser encarada como parte da sociedade, e sua atividade, como consequência dos valores sociais. Hoje, ao se falar em administração, não se pode deixar de fora temas como: ética e responsabilidade social, desenvolvimento sustentável, empreendedorismo e administração participativa. As futuras organizações levarão em consideração essas tendências atuais, a valorização do indivíduo, a preservação do ambiente em que atuam. A automação e outros avanços tecnológicos continuarão a mudar a composição básica da força de trabalho, com grande ênfase na especialização e na administração do conhecimento. Haverá sistemas adaptáveis, mudando rapidamente,com uma crescente regularidade. A administração definida como planejamento, organização, direção e controle das atividades da empresa continua como filosofia administrativa, mas enfrentará os desafios do futuro. Curiosidades Oração do Administrador "Senhor, diante das organizações devo ter CONSCIÊNCIA de minhas responsabilidades como ADMINISTRADOR. Reconheço minhas limitações,mas, humildemente, junto com meus companheiros de trabalho busco o consenso para alcançar a SOLUÇÃO e tornar o trabalho menos penoso e mais produtivo; Senhor, despido do egoísmo, quero crescer, fazendo crescer, também, os que me cercam e que são a razão de minha escolha profissional; Senhor, ADMINISTRE o meu coração para que ele siga o caminho do bem, pois, a mim caberá realizar obras sadias para tornar as organizações cada vez melhores e mais humanas." Juramento do Administrador "Prometo dignificar minha profissão, consciente de minhas responsabilidades legais, observar o Código de Ética, objetivando o aperfeiçoamento da Ciência da Administração, o desenvolvimento das instituições e a grandeza do homem e da pátria". Saudações! Parabéns a todos que chegaram até aqui! Boa sorte e sucesso na carreira e no curso!!! Bibliografia CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. 7.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2002. 457p. LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003. LAUDON, Kenneth C. e LAUDON, Jane P. - Sistemas de Infomação -com internet: Rio de Janeiro, LTC, 1999. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Introdução à administração. 6.ed. São Paulo: Atlas, 2004. 434p.
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