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Direito Tributario - Imposto de Importação e Exportação

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ESTUDO DIRIGIDO 1 - II, IE
IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO-II
(Regulamento Aduaneiro: Decreto 6759/2009)
1. COMPETÊNCIA DO II
– A competência do II é da União: CF, Art 153, I; CTN, Art.19, CF, Art. 22, VIII (compete à União legislar sobre comércio exterior); CF, Art. 237 – Ministério da Fazenda (fiscalização).
-A explicação para que a competência do II seja atribuída à União é a possibilidade de conflitos internacionais decorrentes do comércio internacional. E é a União que representa o País nas questões internacionais.
2. FUNÇÃO DO II – A função do II é extrafiscal. O imposto que tem a função de regular a atividade econômica do País. Por isso, imposto pode ser majorado, sobretaxando produtos trazidos do exterior, para que não haja concorrência desigual com os produtos nacionais (caráter protecionista), bem como pode ser reduzido, a fim de permitir o ingresso no país de produtos estrangeiros, com o objetivo de evitar o desabastecimento interno, ou de provocar a concorrência, etc. (caráter regulatório)
-O II é também visto como imposto seletivo, pois varia de acordo com o país de origem das mercadorias e com as características do produto. O II serve como uma barreira alfandegária à entrada de produtos estrangeiros. Entretanto, existem alguns acordos internacionais, que visam a reduzir tais barreiras, como por exemplo, o GATT.
-O GATT “General Agreement on Tariffs and Trade” (Acordo Geral de Tarifas e Comércio) é um acordo internacional, do qual o Brasil é signatário, que foi criado em 1947, em Genebra, na Suíça, com o objetivo de reduzir as barreiras tarifárias impostas pelos países nas transações comerciais. Desde 1994, GATT foi incorporado pela OMC – Organização Mundial do Comércio.
-Súmulas do Supremo Tribunal Federal:
-Súmula 661/STF. Na entrada de mercadoria importada do exterior, é legítima a cobrança do ICMS por ocasião do desembaraço aduaneiro.
-Súmula 660/STF “Não incide ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja contribuinte do imposto.” (Republicada DJU de 28/03/2006)
-Súmulas do Superior Tribunal de Justiça:
-Súmula 20/STJ: “A mercadoria importada de país signatário do GATT é isenta do ICM, quando contemplado com esse favor o similar nacional”. 
-Súmula 71/STJ: “O bacalhau importado de país signatário do GATT é isento do ICM”. 
-Súmula 124/STJ: “A Taxa de Melhoramento dos Portos tem base de cálculo diversa do Imposto de Importação, sendo legítima a sua cobrança sobre a importação de mercadorias de países signatários do GATT, da ALALC ou ALADI”. 
-Súmula 155/STJ: “O ICMS incide na importação de aeronave, por pessoa física, para uso próprio”. (a Súmula 155/STJ foi prejudicada pela Súmula 660/STF).
-Súmula 198/STJ: “Na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio, incide o ICMS”. (a Súmula 198/STJ foi prejudicada pela Súmula 660/STF)
3. FATO GERADOR DO II
3.a)- é a entrada do produto estrangeiro no território nacional (CTN, Art. 19)
3.b) Art. 72.  O fato gerador do imposto de importação é a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro .
3.c)- Para efeito de cálculo do imposto, é a data de registro da Declaração de Importação (Decreto 6759/09, Art. 73, I).
OBS: Quando houver conflito de interesse entre o Fisco e o contribuinte quanto ao momento do fato gerador, deve prevalecer o entendimento do STJ, de que o fato gerador do II se consuma na data de registro da declaração de importação.
STJ (EDREsp 313117/PE, Rel. Min. Denise Arruda, DJ 10.05.2004, p. 167) entendeu que, “nos termos do art. 23 do Decreto-Lei nº 37, de 18 de novembro de 1966, na importação de mercadoria despachada para consumo, o fato gerador do imposto de importação consuma-se na data do registro da declaração de importação”.
-Como se observa, o entendimento do STJ foi absorvido pelo Regulamento Aduaneiro - Decreto 6759/09, Art. 73, I.
OBS. 1: GATT “General Agreement on Tariffs and Trade” (Acordo Geral de Tarifas e Comércio):
(Súmula 575/STF: “À mercadoria importada de país signatário do (GATT), ou membro da (ALALC), estende-se a isenção do imposto de circulação de mercadoria concedida a similar nacional.”
OBS 2: DRAWBACK – forma de proteção da indústria nacional pela qual o produtor, quando exporta produto acabado, é ressarcido do Imposto de Importação incidente sobre a própria importação de insumos de origem estrangeira.
Decreto 6759/2009 - Do Drawback na Modalidade de Isenção :
Art. 171.  A isenção do imposto, ao amparo do regime aduaneiro especial de drawback, será concedida na importação de mercadorias, em quantidade e qualidade equivalente à utilizada no beneficiamento, fabricação, complementação ou acondicionamento de produto exportado, observado o disposto nos arts. 393 a 396 (Decreto-Lei no 37, de 1966, art. 78, inciso III). 
OBS 3- DUMPING – invasão de mercadorias estrangeiras por preços abaixo do custo praticado na indústria nacional, em potencial prática de lesão às leis do trabalho e comerciais do país destinatário do bem. Há empresas exportadoras que se unem para esse fim.
OBS 4 – Admissão temporária – é a permanência de produtos estrangeiros no território nacional, por determinado tempo e sob algumas condições, havendo a suspensão da cobrança de impostos devidos na importação. Ex: exposição em feiras, congressos, etc.
- O II incide somente sobre os produtos estrangeiros que ingressem no país de forma definitiva.
3.c)- IMPORTAÇÃO DE BENS POR PESSOA FÍSICA (OU JURÍDICA), PARA USO PRÓPRIO –ICMS NÃO SE SUJEITA AO IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO
Súmula 660/STF: “Não incide ICMS na importação de bens por pessoa física ou jurídica que não seja contribuinte do imposto.” (Republicada DJU de 28/03/2006)
 A justificativa do STF é que o ICMS é não-cumulativo e que tem caráter mercantil (venda), portanto a importação p/ uso próprio não se sujeita ao ICMS. 
-Apesar de haver previsão constitucional para incidência de ICMS ( CF, Art.155, §2º, IX , introduzido pela EC nº 33/2001), o STF, ao se manifestar sobre o assunto decidiu pela não incidência, republicando, em 28/03/2006, a Súmula 660/STF. Ficaram prejudicadas as Súmulas 155 e 198 do STJ, que previam tal incidência.
4. BASE DE CÁLCULO DO II 
4.a) quando a alíquota for específica (CTN, Art. 20, I) será a quantidade de mercadoria expressa na unidade de medida indicada na Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB). Ex: um imposto de “X” reais, por tonelada, por metro cúbico, etc.
4.b) Quando a alíquota for ad valorem (%) – CTN, Art. 20, II - será o valor aduaneiro ( Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e comércio – GATT).O valor aduaneiro geralmente é consta da fatura comercial. 
- O CTN menciona que, quando a alíquota for ad valorem, a base de cálculo será o preço normal, que é o preço de venda em condições de livre concorrência)
4.c) preço da arrematação – em caso de produto apreendido ou abandonado e levado a leilão.
- A base de cálculo do II não pode ser alterada pelo Poder Executivo. O Art. 21 do CTN, que prevê a possibilidade de alteração da base de cálculo do II, é considerado inconstitucional, em face da CF, Art. 153, §1º, que permite somente alterar as alíquotas.
- Decreto 6759/09, Art. 90 - O imposto será calculado pela aplicação das alíquotas fixadas na Tarifa Externa Comum sobre a base de cálculo (...).
 
5. ALÍQUOTA DO II- CF, Art. 153, §1º (LER) - CF, Art. 150,§ 1º (LER
-As alíquotas do II são definidas na Tarifa Externa Comum (TEC), que é a tarifa aduaneira utilizada pelos países do Mercosul e é baseada na Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM). Imposto de Importação = TEC (%) x Valor Aduaneiro.
-As alíquotas podem ser específicas, ad valorem ou mistas.
a) específicas – valor em dinheiro que incide sobre a unidade de medida (Ex: R$ 42,00 por metro cúbico)
b) ad valorem – aplicação de alíquotas (em forma de percetual - %) sobre determinado valor de operação. Ex: 10% sobre 15.000,00
c)mistas – combinação das duas formas. Ex: 10% sobre R$ 5.000,00 e R$ 5,00 por kg.
-Ao alterar as alíquotas do II, devem ser observadas as disposiçõesem acordos ou tratados internacionais, tais como Mercosul, ALADI ( Associação Latino-Americana de Integração), e outros.
-As alíquotas do II podem ser alteradas pelo Poder Executivo (CF, Art.153,§1º).
-Compete à Câmara de Comércio Exterior alterar as alíquotas do imposto de importação (Regulamento Aduaneiro, Art. 92)
- SÚMULA 576/STF – É lícita a cobrança do ICMS sobre produtos importados sob o regime de alíquota zero.
6. CONTRIBUINTE DO II – é qualquer pessoa física ou jurídica que promova a entrada no país de produto estrangeiro, ou que o receba ou o adquira. (CTN, Art. 22, I e II; DL nº 37/66, Art. 31; e Decreto 6759/2009, Arts. 104,105 e 106).
Decreto 6759/2009, Art. 104 - É contribuinte do imposto:
I - o importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro;
II - o destinatário de remessa postal internacional indicado pelo respectivo remetente; e
III - o adquirente de mercadoria entrepostada.
 
Art. 105.  É responsável pelo imposto:
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno;
II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia de mercadoria sob controle aduaneiro; ou
III - qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 
Art. 106.  É responsável solidário:
I - o adquirente ou o cessionário de mercadoria beneficiada com isenção ou redução do imposto;
II - o representante, no País, do transportador estrangeiro;
III - o adquirente de mercadoria de procedência estrangeira, no caso de importação realizada por sua conta e ordem, por intermédio de pessoa jurídica importadora;
IV - o encomendante predeterminado que adquire mercadoria de procedência estrangeira de pessoa jurídica importadora;
V - o expedidor, o operador de transporte multimodal ou qualquer subcontratado para a realização do transporte multimodal;
VI - o beneficiário de regime aduaneiro suspensivo destinado à industrialização para exportação, no caso de admissão de mercadoria no regime por outro beneficiário, mediante sua anuência, com vistas à execução de etapa da cadeia industrial do produto a ser exportado; e
VII - qualquer outra pessoa que a lei assim designar. 
7. LANÇAMENTO DO II – é por declaração, nos termos do CTN, Art. 147.
8. PRINCÍPIOS NÃO APLICÁVEIS AO II:
- CF, Art. 153,§1º (legalidade tributária).
-CF, Art. 150, §1º, 1ª parte (anterioridade de exercício).
- CF, Art. 150, §1º, 2ª parte (anterioridade mínima).
II. IMPOSTO SOBRE A EXPORTAÇÃO – IE
(Regulamento Aduaneiro: Decreto 6759/2009)
1. COMPETÊNCIA DO IE - é da União (CF, Art. 153, II e CTN, Art. 23)
2. FUNÇÃO DO IE 
- EXTRAFISCAL - é muito mais um instrumento de manipulação das políticas de câmbio e comércio exterior do que simples instrumento de arrecadação.
- Serve de instrumento de execução da política econômica no comércio internacional. 
- A incidência do IE fica a depender de situações ocasionais, ligadas à conjuntura econômica, tais como a elevação de preços, no mercado externo, de produtos brasileiros exportáveis ou da necessidade de garantir o abastecimento do mercado interno, compensar subsídios por exigência internacional. Existe um acultura um;ndial de que “não se deve exportar impostos”. Por isso, o IE incide somente nos produtos destinados ao exterior que constem da lista divulgada pela CAMEX (Câmara de Comércio Exterior)
Decreto 6759/09, Art. 212, §2º: A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto.
3. FATO GERADOR DO IE
- CTN, Art. 23 - É a saída do território nacional para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados.
-Decreto-Lei nº 1.578/77, Art.1º, §1º: - o fato gerador se materializa pela expedição da guia de exportação ou documento equivalente, podendo sua exigibilidade acontecer mesmo antes que se opere a saída do produto, a critério da Receita Federal;
-Decreto 6759/09, Art. 213 - O imposto de exportação tem como fato gerador a saída da mercadoria do território aduaneiro.
Parágrafo único.  Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na data de registro do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior (SISCOMEX) (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o). 
OBS: Como se verifica na legislação acima, há divergência quanto ao momento de ocorrência do fato gerador do IE, o que pode gerar conflito de interesse entre o Fisco e o contribuinte. Entretanto, o STJ entende que o fato gerador do imposto de exportação ocorre na data de registro da operação de exportação no SISCOMEX.
“A jurisprudência desta Casa é firme na orientação de que o fato gerador do imposto de exportação sobre o açúcar é contado do registro de vendas no SISCOMEX e, sendo este anterior à entrada em vigor da Resolução do BACEN n° 2.112/94, esta não pode onerar o ato jurídico celebrado sob a égide da legislação anterior ( AgRg no AgRg no REsp 365882 / PR) (STJ/ 1ª Turma: (data julgamento: 10/04/2007) “
4. BASE DE CÁLCULO DO IE - A base de cálculo do IE será:
a) a unidade de medida do bem, quando a alíquota for específica, que é indicada na Tarifa Aduaneira do Brasil (TAB).
b) o preço normal, quando a alíquota for ad valorem. Será, portanto, o valor aduaneiro, previsto no inciso VII. Nº 2, do GATT (Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio). Logo, o Fisco não está vinculado ao valor expresso na fatura comercial.
c)- O preço à vista do produto – FOB ( Free on board) é indicativo do preço normal.
SÚMULA 572/STF: “No cálculo do ICM devido na saída de mercadorias para o Exterior, não se incluem fretes pagos a terceiros, seguros e despesas de embarque”
- Decreto 6759/09, Art. 214 - A base de cálculo do imposto é o preço normal que a mercadoria, ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência no mercado internacional, observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior 
- A base de cálculo do IE não pode ser alterada pelo Poder Executivo. O Art. 26 do CTN, que prevê a possibilidade de alteração da base de cálculo do IE, é considerado inconstitucional, em face da CF, Art. 153, §1º, que permite somente alterar as alíquotas.
5. ALÍQUOTAS DO IE
--As alíquotas do IE estão previstas na TAB (Tarifa Aduaneira do Brasil) e podem ser específicas ou ad valorem.
- Atualmente, a alíquota do IE é de 30%, sendo facultado ao Poder Executivo aumentá-la em até cinco vezes, conforme a Lei nº 9716/98. Portanto, a alíquota máxima do IE poderá atingir até 150% (Decreto nº 1578/77, Art. 3º e Decreto 6759/09, Art. 215, §§1º, 2º e 3º).
 
6.SUJEITO PASSIVO DO IE
 – É o exportador ou quem a ele a lei equiparar (CTN, Art. 27);
--Decreto nº 1578/77, Art. 5º - é o exportador ou qualquer pessoa a quem a ele a lei equiparar, ou seja, é qualquer pessoa que promova a saída do produto nacional oiu nacionalizado, do território nacional.
-Decreto 6759/09 - Art. 217 - É contribuinte do imposto o exportador, assim considerada qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do território aduaneiro. 
7. PRINCÍPIOS NÃO APLICÁVEIS AO IE
- CF, Art. 153,§1º (legalidade tributária)
-CF, Art. 150, §1º, 1ª parte (anterioridade de exercício)
- CF, Art. 150, §1º, 2ª parte (anterioridade mínima)
OBSERVAÇÕES:
1) No Brasil, o texto constitucional prevê regras de imunidade: -ISS( CF, Art. 156, §3º, II) ; -ICMS (CF, Art. 155, §2º, X); -IPI (CF, Art. 153, §3º, III).
2) Decisão do STF firmando entendimento de que a possibilidade de alteração das alíquotas do IE não é atribuição exclusiva do Presidente da República, o que pode ser feito pela CAMEX:
“IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO: ALTERAÇÃO DE ALÍQUOTA E COMPETÊNCIA - A competência estabelecida no art. 153, § 1º, da CF (“Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: … § 1º – É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I,II, IV e V.”) não é exclusiva do Presidente da República, haja vista ter sido deferida, genericamente, ao Executivo, o que permite que seja exercida por órgão que integre a estrutura deste Poder. Com base nesse entendimento, o Tribunal, por maioria, negou provimento a recurso extraordinário contra acórdão do TRF da 4ª Região, que, nessa linha, reconhecera a legitimidade da alteração de alíquotas do imposto de exportação, observados os limites impostos pelo Decreto-Lei 1.578/77, pela Resolução 15/2001 da Câmara de Comércio Exterior – CAMEX, órgão do Poder Executivo. Reportou-se à orientação fixada no julgamento do RE 225655/PB (DJU de 28.4.2000), no sentido de inexistir norma constitucional ou legal que estabeleça ser a faculdade do citado dispositivo constitucional de exercício privativo do Presidente da República. Asseverou-se que o art. 153, § 1º, da CF, ao atribuir, de forma genérica, ao Poder Executivo a faculdade de alterar as alíquotas de determinados impostos, atendidos os limites legais, teria aberto a possibilidade da criação de um órgão governamental para se desincumbir dessa atribuição e que, no caso, esse órgão seria a CAMEX, criada pela Medida Provisória 2.123-28/2001. Registrou-se que a atuação da CAMEX teria sido regulamentada, inicialmente, pelo Decreto 3.756/2001, no qual o Presidente da República teria invocado, dentre outros fundamentos, as atribuições que lhe confere o art. 84, IV e VI, da CF, bem como o disposto no Decreto-lei 1.578/77, no parágrafo único do art. 1º da Lei 8.085/90, na Lei 9.019/95 e no art. 28 da Medida Provisória 2.123-28/2001. Observou-se que esse decreto teria sido revogado pelo Decreto 3.981/2001, também revogado, por sua vez, pelo Decreto 4.732/2003, os quais, em seu art. 2º, XIII, previam ser da competência da CAMEX a fixação das alíquotas do imposto de exportação, respeitadas as condições estabelecidas no Decreto-lei 1.578/77. Observou-se, ainda, que o imposto de exportação, dada a sua natureza, apresentaria um caráter nitidamente extrafiscal, constituindo, sobretudo, uma técnica de intervenção estatal, com o escopo de obter um desenvolvimento econômico equilibrado e socialmente justo. Assim, a competência excepcional atribuída ao Poder Executivo da União para alterar as alíquotas do tributo sob análise, dentro das condições e dos limites estabelecidos nas leis e nos regulamentos pertinentes, decorreria, exatamente, de seu caráter regulatório, cuja conformação deveria amoldar-se, com a maior presteza possível, às vicissitudes dos mercados nacional e internacional. Vencidos os Ministros Carlos Britto e Marco Aurélio, que proviam o recurso.
RE 570680/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 28.10.2009. (RE-570680) “
3) Supremo decide que incide CSLL sobre receitas decorrentes de exportações, pois a base de cálculo da CSLL é o lucro líquido, que não se confunde com receita. 
Supremo decide que incide CSLL sobre exportações
Por Rodrigo Haidar - Revista Consultor Jurídico, 12 de agosto de 2010
“Ministros do Supremo decidem que empresas exportadoras não são isentas da dedução da CSLL e da CPMF. O cálculo da dedução relativa à CPMF deve ser feito com base no lucro obtido antes da extinção da contribuição - José Cruz/ABr
Por seis votos a cinco, o Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quinta-feira (12/8/2010) que a cobrança da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incide sobre o lucro obtido por empresas exportadoras. Os ministros definiram que receita não é lucro. Logo, o dispositivo constitucional que prevê imunidade da cobrança de contribuição sobre as receitas obtidas com exportações não se aplica à CSLL. O voto do ministro Joaquim Barbosa, nesta quinta-feira (12/8), desempatou o julgamento.
Por nove votos a dois, os ministros também definiram que a cobrança de contribuição sobre a movimentação financeira dessas receitas é legítima. Apenas o ministro Marco Aurélio e o presidente do STF, Cezar Peluso, votaram contra a incidência da CPMF nas receitas obtidas com exportações.
A questão julgada envolveu a cifra de R$ 36 bilhões que teriam de ser devolvidos aos contribuintes, caso a União tivesse perdido o julgamento. De acordo com o procurador da Fazenda Luís Carlos Martins Alves, a derrota também significaria uma perda de R$ 8 bilhões na arrecadação.
Venceu a tese de que o contribuinte não tem o direito de excluir da base de cálculo da CSLL e da CPMF as receitas oriundas das operações de exportação efetuadas a partir da EC 33/2001, pois sua base de cálculo é o lucro líquido, que não se confunde com a receita. Se as receitas derivadas de exportações são imunes a contribuições, isso não implica que o lucro advindo dessas receitas também o seja, pois receita e lucro não se confundem.
No caso da CSLL, o julgamento havia sido suspenso com o empate de cinco votos a cinco na semana passada por conta da ausência do ministro Joaquim Barbosa em plenário. O ministro, que renovou sua licença médica por 60 dias, veio esta semana ao STF para decidir algumas questões, entre elas a da CSLL. Ao votar nesta quinta, Barbosa desempatou a questão contra os contribuintes. Ele retomará a licença a partir da semana que vem.
As empresas questionavam a cobrança da CSLL e da CPMF (que foi extinta em 2007) com base na Emenda Constitucional 33, de 2001. A emenda inseriu a seguinte regra no artigo 149, parágrafo 2ª da Constituição:. “As contribuições sociais (...) e de intervenção no domínio econômico (...)I. não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”.
Para a União, a regra livra as exportações de tributos como o PIS e a Cofins, que pesam diretamente sobre o faturamento. Mas não há imunidade em relação à CSLL, já que ela tributa o lucro. Já os exportadores alegam que tributar o lucro seria uma forma indireta de o fisco abocanhar as receitas, o que vai contra a intenção da Emenda, que foi a de não exportar impostos e manter o produto nacional competitivo.
Além de Joaquim Barbosa, votaram a favor dos argumentos da União os ministros Marco Aurélio, Menezes Direito (que morreu em 2009), Ricardo Lewandowski, Ayres Britto e Ellen Gracie. Os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Eros Grau (aposentado), Cezar Peluso e Celso de Mello votaram a favor do contribuinte, mas foram vencidos.”
4) DESONERAÇÃO e INCIDÊNCIA IE:
- O IE é imposto pouco cobrado, em todos os países do mundo, uma vez que retira a competitividade do produto nacional no comércio internacional. Existe uma cultura de que não se deve exportar impostos.
- A cobrança do IE pode ocorrer em situações excepcionais, pois Esse tipo de imposto somente existe como instrumento de política econômica, destinado a corrigir eventuais distorções de preços, compensar subsídios internos por exigência internacional, ou outras restritas utilizações puramente extrafiscais. 
- O § 3º do art. 1º do DL 1.578/77, alterado pela Lei 9.716/98, expressamente dispõe que “o Poder Executivo relacionará os produtos sujeitos ao imposto”. 
Decreto 6759/09:
Art. 212.  O imposto de exportação incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior (Decreto-Lei no 1.578, de 11 de outubro de 1977, art. 1o, caput). 
§ 1o  Considera-se nacionalizada a mercadoria estrangeira importada a título definitivo. 
§ 2o  A Câmara de Comércio Exterior, observada a legislação específica, relacionará as mercadorias sujeitas ao imposto (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 3o, com a redação dada pela Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998, art. 1o). 
Portanto, a regra é o produto não estar sujeito ao IE, a menos que ele conste expressamente de ato do Poder Executivo.
9. REPERTÓRIO DE JURISPRUDÊNCIA II e IE
1)
INFORMATIVO 348/STF –Brasília, 17 a 21 de maio de 2004
SEGUNDA TURMA Imunidade Tributária: Material Assimilável a Papel
A Turma negou provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do TJ/SP, que concluiu pela não incidência do ICMS na operação de importação de filmes de laminação utilizados na produção de capas de livros. Entendeu-se aplicável ao caso a imunidade tributáriaprevista no art 150, VI, d, da CF ("Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... VI - instituir impostos sobre:... d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão."), por se considerar que o material em questão (polímero de propileno ou filme BOPP), consistente numa película, de uso constante, destinada a dar resistência às capas de livros, que se integra ao produto final, seria assimilável ao papel. Precedentes citados: RE 204234/RS (DJU de 10.10.97); RE 174476/SP (DJU de 12.12.97); RE 190761/SP (DJU de 12.12.97); RE 225960/RS (DJU de 2.6.2000) e RE 203859/SP (DJU de 24.08.2001).
RE 392221/SP, rel. Min. Carlos Velloso, 18.5.2004.(RE-392221)
XXXXXXXXXXXXXXX
2)
Informativo Nº349/STF -Brasília, 24 a 28 de maio de 2004-
Imunidade Tributária: Álbum de Figurinhas
A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF ("... é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:... VI: instituir impostos sobre:... d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.") abrange livros ilustrados com cromos de complementação (álbum de figurinhas), visto que os mesmos visam estimular o público infantil a se familiarizar com os meios de comunicação impressos, o que atende a finalidade do benefício instituído pela norma constitucional de facilitar o acesso à cultura, à informação e à educação. Com base nesse entendimento, a Turma deu provimento a recurso extraordinário interposto contra acórdão do TJ/SP que afastara a imunidade mencionada por entender que, pelo fato das figurinhas terem o mesmo tema de programa televisivo, as mesmas serviriam apenas de veículo de propaganda do programa. Salientou-se, ainda, que o acórdão, ao atribuir à publicação a natureza exclusivamente comercial, exercera um grau de subjetividade que a Constituição não delegou ao intérprete. Precedente citado: RE 101441/RS (DJU de 19.8.88).
RE 221239/SP, rel. Min. Ellen Gracie, 25.5.2004.(RE-221239)
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STJ -  AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO... 
Data de Publicação: 03/02/2009
Ementa: TRIBUTÁRIO -ICMS -IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO POR PESSOA FÍSICA -USO PRÓPRIO -NÃO-INCIDÊNCIA -PRECEDENTE DO STF -INAPLICABILIDADE DA SÚMULA 198 /STJ PRECEDENTES. 1. Nos termos do enunciado 198 da Súmula do Superior Tribunal de Justiça, "na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio, incide o ICMS." (Primeira Seção, DJ 21.10.1997.) 2. Segundo o Plenário do Supremo Tribunal Federal, "a incidência do ICMS na importação de mercadoria tem como fato gerador operação de natu... 
Encontrado em: quando se tratar de bem importado por pessoa física." (RE 203.075 /DF, Rel. Min... INEXIGIBILIDADE PESSOA FÍSICA STF RE 203075 /DF, RE-AGRG 255682/RS SÚMULA 198 /STJ APLICAÇÃO 
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4)
STJ -  RECURSO ESPECIAL REsp 937629 SP 2007/0068418-2 (STJ) 
Data de Publicação: 17 de Setembro de 2007
Ementa: TRIBUTÁRIO. IPI. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. VEÍCULO AUTOMOTOR. PESSOA FÍSICA. NÃO-INCIDÊNCIA. ENCERRAMENTO DA MATÉRIA PELO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Recurso especial interposto contra acórdão que determinou o recolhimento do IPI incidente sobre a importação de automóvel destinado ao uso pessoal do recorrente. 2. Entendimento deste relator, com base na Súmula nº 198 /STJ, de que "na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio, incide o ICMS". 3. No entanto, o colen... 
Encontrado em: : RE 203.075 /DF , Min. Maurício Corrêa, Plenário, 'DJ' de 29.10.1999; RE 191.346 /RS, Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, 'DJ' de 20.11.1998; RE 298.630 /SP... 203075/DF , Rel. p/ acórdão Min. Maurício Corrêa, dando nova interpretação ao art 
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5)
Processo: RE 419620 SP 
Relator(a):Min. DIAS TOFFOLI \ Julgamento:18/12/2009 \Publicação:
DJe-027 DIVULG 11/02/2010 PUBLIC 12/02/2010 \ 
Vistos.Walter Martins Ferreira Filho e Estado de São Paulo interpõem recursos extraordinários, fundados na alínea "a" do permissivo constitucional, contra acórdão da Quinta Câmara Cível de Férias do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim do:"ICMS. Automóvel importado por particular para uso próprio. Incidência do tributo. Ausência de violação do princípio da não cumulatividade. Fato gerador ocorrido com a entrada do veículo importado no estabelecimento do importador" (fl. 158).Opostos embargos de declaração pelo Estado de São Paulo (fls.176 a 180), foram rejeitados (fls. 233 a 235).O Superior Tribunal de Justiça, em acórdão transitado em julgado (fls. 377 a 382 e 384), deu provimento ao recurso especial interposto pelo contribuinte e desproveu o da Fazenda Estadual . O julgado teve a seguinte ementa:"EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OMISSÃO. TRIBUTÁRIO. IMPORTAÇÃO DE VEÍCULO. PESSOA FÍSICA. ICMS. NÃO INCIDÊNCIA.1. O Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu que ‘ a incidência do ICMS na importação de mercadoria tem como fato gerador operação de natureza mercantil ou assemelhada, sendo inexigível o imposto quando se tratar de bem importado por pessoa física’(RE n. 203.075/DF, relator Ministro Maurício Corrêa, DJ de 29.10.99).2. O Caráter prejudicial do exame realizado pela Excelsa Corte nesta matéria acabou por esvaziar qualquer incursão no âmbito infraconstitucional, mitigando, inclusive, a aplicação do enunciado n. 198 desta Corte.3. Embargos de declaração da Fazenda rejeitados. Embargos do contribuinte acolhidos com efeitos modificativos para dar provimento ao recurso especial" (fl. 382).Decido.Conforme relatado, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial do contribuinte e, ao fazê-lo, nos termos do artigo 512 do Código de Processo Civil, substituiu o acórdão recorrido, assentando ser incabível a cobrança do ICMS no caso dos autos.Assim, houve perda do objeto deste apelo extremo, consoante firme jurisprudência desta Suprema Corte. Nesse sentido, anote-se:"PROCESSUAL CIVIL. SUBSTITUIÇÃO DO ARESTO IMPUGNADO PELA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PERDA DE OBJETO DO APELO EXTREMO. O Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial interposto simultaneamente com o apelo extremo. Decisão essa que substituiu o acórdão proferido pelo Tribunal de origem. Logo, o recurso extraordinário se encontra prejudicado. Precedente: AI 227.510, sob a relatoria do ministro Março Aurélio. Agravo regimental manifestamente infundado, ao qual se nega provimento. Condenação da parte agravante a pagar à parte agravada multa de 10% (dez por cento) do valor atualizado da causa, ficando a interposição de qualquer outro recurso condicionada ao depósito do respectivo valor. Isso com lastro no § 2º do art. 557 do Código de Processo Civil" (RE nº 529.439/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJe de 17/10/08)."PROCESSO CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO. SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO DO TRF PELO DO STJ. 1. O acórdão do Superior Tribunal de Justiça substituiu o acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal, nos termos do art. 512 do CPC. 2. O recurso extraordinário, interposto do acórdão do TRF, no caso, está prejudicado pela perda superveniente de seu objeto, em decorrência do provimento do recurso especial da ora agravante. 3. Agravo regimental improvido" (RE nº 506.500/PR-AgR, Segunda Turma,Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 12/6/09).Ante o exposto, nos termos do artigo 21, inciso IX, do RISTF, julgo prejudicados os recursos extraordinários.Publique-se.Brasília, 18 de dezembro de 2009.Ministro DIAS TOFFOLI Relator
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6)
STJ - RECURSO ESPECIAL: REsp 937629 SP 2007/0068418-2
Tributário. Ipi. Desembaraço Aduaneiro. Veículo Automotor. Pessoa Física. Não-incidência. Encerramento da Matéria Pelo Colendo Supremo Tribunal Federal.
Processo: REsp 937629 SP 2007/0068418-2 \ Relator(a): Ministro JOSÉ DELGADO \ Julgamento:17/09/2007 Órgão Julgador: T1 - PRIMEIRA TURMA
Publicação: DJ 04.10.2007 p. 203
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TRIBUTÁRIO. IPI. DESEMBARAÇO ADUANEIRO. VEÍCULO AUTOMOTOR. PESSOA FÍSICA. NÃO-INCIDÊNCIA. ENCERRAMENTO DA MATÉRIA PELO COLENDO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
1. Recurso especial interposto contra acórdão que determinou o recolhimento do IPI incidente sobre a importação de automóvel destinado ao uso pessoal do recorrente.
2. Entendimento deste relator, com base na Súmula nº 198/STJ, de que "na importação de veículo por pessoa física, destinado a uso próprio, incide o ICMS".
3. No entanto, o colendo Supremo Tribunal Federal, em decisão proferida no REnº 203075/DF, Rel. p/ acórdão Min. Maurício Corrêa, dando nova interpretação ao art. 155, § 2º, IX, 'a', da CF/88, decidiu, por maioria de votos, que a incidência do ICMS sobre a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, não se aplica às operações de importação de bens realizadas por pessoa física para uso próprio. Com base nesse entendimento, o STF manteve decisão do Tribunal de origem que isentara o impetrante do pagamento de ICMS de veículo importado para uso próprio. Os Srs. Ministros Ilmar Galvão, Relator, e Nelson Jobim, ficaram vencidos ao entenderem que o ICMS deve incidir inclusive nas operações realizadas por particular.
4. No que se refere especificamente ao IPI, da mesma forma o Pretório Excelso também já se pronunciou a respeito: "Veículo importado por pessoa física que não é comerciante nem empresário, destinado ao uso próprio: não-incidência do IPI: aplicabilidade do princípio da não-cumulatividade: CF, art. 153, § 3º, II. Precedentes do STF relativamente ao ICMS, anteriormente à EC 33/2001: RE 203.075/DF, Min. Maurício Corrêa, Plenário, 'DJ' de 29.10.1999; RE 191.346/RS, Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, 'DJ' de 20.11.1998; RE 298.630/SP, Min. Moreira Alves, 1ª Turma, 'DJ' de 09.11.2001" (AgReg no RE nº 255682/RS, 2ª Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 10/02/2006).
5. Diante dessa interpretação do ICMS e do IPI à luz constitucional, proferida em sede derradeira pela mais alta Corte de Justiça do país, posta com o propósito de definir a incidência do tributo na importação de bem por pessoa física para uso próprio, torna-se incongruente e incompatível com o sistema jurídico pátrio qualquer pronunciamento em sentido contrário.
6. Recurso provido para afastar a exigência do IPI
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8)
A Turma negou provimento ao recurso da companhia importadora, observando que a jurisprudência deste Superior Tribunal e da Suprema Corte considera que o fato gerador do imposto de importação consuma-se na data do registro da declaração de importação na repartição aduaneira (art. 19 do CTN, art. 23 do Dec. n. 37/1966 e Dec. n. 4.543/2002), sendo irrelevante a data da celebração do contrato de compra e venda ou a do embarque ou a do ingresso no país da mercadoria importada. No caso, o juízo singular consignou que, na data do mandado de segurança (impetrado contra a autoridade inspetora da alfândega portuária com objetivo de submeter a importação das mercadorias à legislação anterior, à época da negociação das mercadorias), não havia o registro da declaração de importação. Dessa forma, não há dúvida de que incide a Portaria n. 50 que, a partir de 26/1/1994, majorou a alíquota do imposto de importação de 20% para 34%, apesar de as mercadorias em comento terem entrado no país em 27/1/1994 (um dia após a data da citada portaria). Precedentes citados do STF: RE 225.602-CE, DJ 6/4/2001; ADI 1.293-DF, DJ 16/6/1995; do STJ: REsp 313.117-PE, DJ 17/11/2003; REsp 250.379-PE, DJ 9/9/2002; EDcl no AgRg no REsp 170.163-SP, DJ 5/8/2002, e REsp 213.909-PR, DJ 11/10/1999. REsp 1.016.132-SP, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 26/5/2009.
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9)
FATO GERADOR. IMPOSTO. IMPORTAÇÃO. VEÍCULOS. 
O fato gerador do imposto de importação ocorre com o registro da declaração de importação na repartição aduaneira, aplicando-se a alíquota vigente à época. No caso dos autos, as declarações de importação foram registradas na repartição aduaneira entre 12/12/1994 e 6/3/1995, conseqüentemente, antes da vigência do Dec. n. 1.475, de 30/3/1995, que majorou o imposto de importação de 32% para 70%. Diante do exposto, a Turma proveu o recurso da importadora. Precedentes citados do STF: EDcl no RE 91.309-2-SP, DJ 12/3/1980; ADin 1.293-DF, DJ 16/6/1995; do STJ: REsp 250.379-PE, DJ 9/9/2002, e REsp 670.658-RN, DJ 14/9/2006. REsp 1.000.829-ES, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 9/12/2008.
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10)
O STJ, no REsp 390176/PA (Rel. Min. Franciulli Neto, DJ 05.05.2004, p. 147), entendeu que “o artigo 37 do Decreto-Lei nº 1.544/76, com a redação dada pela Lei nº 8.387/91, permite a saída de bens importados que ingressaram na Zona Franca de Manaus para outros pontos do território nacional, desde que efetuado o pagamento dos impostos exigíveis sobre importações do exterior. In casu, portanto, a saída da Zona Franca de Manaus de mercadorias anteriormente importadas por empresa lá sediada, para outra parte do território nacional, exige o pagamento do Imposto de Importação e do IPI.”
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11)
A imunidade de que desfrutam livros, jornais, periódicos e papel destinado para impressão, prevista no art. 150, inciso VI, da Constituição Federal, vem sendo reconhecida para impressão de apostilas escolares (REOMS nº 98.04.08444-9/PR, relatado por mim) e, inclusive, mais recentemente também para a película importada que dá maior resistência às capas de livros, que se integra ao produto final (RE 392221/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, julg. 18.05.2004, Informativo 348) e até mesmo para álbum de figurinhas, “visto que os mesmos visam estimular o público infantil a se familiarizar com os meios de comunicação impressos, o que atende a finalidade do benefício instituído pela norma constitucional de facilitar o acesso à cultura, à informação e à educação”. (RE 221239/SP, Rel. Min. Ellen Gracie, julg 25.05.2004, Informativo 349)
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
( SOBRE IMPOSTOS SOBRE COMÉRCIO EXTERIOR)
1)Qual o ente público competente para legislar sobre o comércio exterior e a quem cabe a sua fiscalização? Fundamentar a resposta.
2)A importação de película importada para dar maior resistência às capas dos livros, é hipótese de incidência do imposto sobre a importação? Justificar a resposta.
3)De acordo com a CF, as contribuições sociais não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. É possível a incidência da CSLL (contribuição social sobre o lucro líquido das empresas exportadoras? Justificar a resposta.
4)De acordo com o entendimento do STJ, em caso de mercadoria despachada para consumo, quando se materializa o fato gerador do imposto de importação.
5)Determinada empresa de exportação teve furtado um lote de mercadorias que seriam destinadas à exportação e deseja ter reconhecida a imunidade de IPI incidente na exportação, com base na CF, Art. 153, §3º, III. Qual o entendimento jurisprudencial sobre o assunto?
6)Os produtos estrangeiros que ingressam no Brasil via Zona Franca de Manaus, mas se destinarem a outros pontos do território nacional, ficam sujeitos ao pagamento de imposto de importação e de IPI?
7)Jurisprudêncius de Olivaris importou um veículo automotor para uso próprio. Tal operaçãõ sujeita-se ao IPI e ICMS? Justificar com base na Constituição Federal e na Jurisprudência do STJ e do STF.
8).(ESAF/AFRF/2002-2) QUESTÃO 32 - Quanto ao imposto de exportação, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.
V( ) O imposto incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.
V ( ) Pelas regras vigentes, o imposto é excepcional, pois somente os produtos relacionados estão a ele sujeitos.
V ( ) O preço, a vista, da mercadoria, FOB ou colocada na fronteira, é indicativo do preço normal, que é a base de cálculo do imposto.
 a) V, V, V
b)V, V, F
c) V, F, F
d) F, F, F
e) F, V, F
9) Com base na CF, na legislação aplicável e na jurisprudência, responda: - É lícita a alteração de alíquotas do IE, mediante Resolução da CAMEX?
10) De acordo com recente Decisão do STF, as contribuições sociais sobre o lucro líquido, incidem nas exportações?
11) QUESTÃO - O Imposto sobre a Exportação – IE, cuja competência pertence à União, incide na exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. Sobre ele é incorreto afirmar que:
(A) as alíquotas podem ser alteradas pela Câmara de Comércio Exterior, sendo que a alíquota máxima é de 150%.
(B) nacionalizados são os produtos que tenham ingressado regularmente para incorporação à economia nacional, submetendo-se ao desembaraço aduaneiro, vale dizer, com a respectiva tributação, sendo o caso.
(C) o fato gerador ocorre com a saída física do produto do país, pouco importando, portanto, a data do registro da operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior –SISCOMEX.
(D) o imposto incide apenas sobre produtos relacionados pela Câmara de Comércio Exterior.
(E) nacionais são os produtos produzidos no próprio país. 
Justificar a resposta:
Estudo de Casos:
Caso nº 1 
Considere, hipoteticamente, que o Ministro da Fazenda, por meio de instrumento normativo infralegal, venha a majorar a alíquota do IE sobre determinado produto destinado ao exterior, e que a empresa ALFFA-Export, principal exportadora do produto venha a insurgir-se contra a exação, alegando que 
	“a) o Ministro da Fazenda não teria legitimidade para alterar a alíquota do imposto, porque tal atribuição seria exclusiva do Chefe do Executivo Federal”, e que 
	b)“a alteração de qualquer tributo através de instrumento normativo infralegal, violaria o princípio da legalidade tributária”. 
	Analisar a questão, comentando sobre a procedência (ou não) das alegações da empresa, com base na Constituição Federal e na orientação jurisprudencial do Superior Tribunal Federal.
Caso nº 2 -A empresa Import, que atua no ramo de importações, no dia 3 de junho de 2013, celebrou contrato de importação de determinado produto cuja alíquota era de 10% sobre o valor do bem. A mercadoria deu entrada no território aduaneiro no dia 24 de junho de 2013, sendo certo que não foi feito o registro da operação no SISCOMEX. No dia 25 de junho de 2013, quando ainda não havia sido feito o registro no SISCOMEX, o governo federal publicou decreto majorando a alíquota para 15%. A empresa entende que a sua operação de importação não deve ser tributada pela alíquota majorada, alegando que o fato gerador do imposto ocorreu no dia 3 de junho 2013, portanto, em data anterior à publicação do decreto majorador. - Considerando as disposições jurisprudenciais (STJ) sobre o assunto, a alegação da empresa DEVE PROSPERAR? JUSTIFICAR.
Caso nº 2 -A empresa Import, que atua no ramo de importações, no dia 3 de junho de 2013, celebrou contrato de importação de determinado produto cuja alíquota era de 10% sobre o valor do bem. A mercadoria deu entrada no território aduaneiro no dia 24 de junho de 2013, sendo certo que não foi feito o registro da operação no SISCOMEX. No dia 25 de junho de 2013, quando ainda não havia sido feito o registro no SISCOMEX, o governo federal publicou decreto majorando a alíquota para 15%. A empresa entende que a sua operação de importação não deve ser tributada pela alíquota majorada, alegando que o fato gerador do imposto ocorreu no dia 3 de junho 2013, portanto, em data anterior à publicação do decreto majorador. - Considerando as disposições jurisprudenciais (STJ) sobre o assunto, a alegação da empresa DEVE PROSPERAR? JUSTIFICAR.
Outras questões
QUESTÃO 01.(ESAF/AFRF/2002-2) QUESTÃO 32 - Quanto ao imposto de exportação, avalie o acerto das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em seguida, marque a opção correta.
 ( ) O imposto incide sobre mercadoria nacional ou nacionalizada destinada ao exterior.
 ( ) Pelas regras vigentes, o imposto é excepcional, pois somente os produtos relacionados estão a ele sujeitos.
 ( ) O preço, a vista, da mercadoria, FOB ou colocada na fronteira, é indicativo do preço normal, que é a base de cálculo do imposto.
a) V, V, V
b) V, V, F
c) V, F, F
d) F, F, F
QUESTÃO 02 - O Imposto sobre a Exportação – IE, cuja competência pertence à União, incide na exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados. Sobre ele é incorreto afirmar que:
(A) as alíquotas podem ser alteradas pela Câmara de Comércio Exterior, sendo que a alíquota máxima é de 150%.
(B) nacionalizados são os produtos que tenham ingressado regularmente para incorporação à economia nacional, submetendo-se ao desembaraço aduaneiro, vale dizer, com a respectiva tributação, sendo o caso.
(C) o fato gerador ocorre com a saída física do produto do país, pouco importando, portanto, a data do registro da operação no Sistema Integrado de Comércio Exterior –SISCOMEX.
(D) o imposto incide apenas sobre produtos relacionados pela Câmara de Comércio Exterior.
(E) nacionais são os produtos produzidos no próprio país.

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