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AULA ATIVIDADE ECONOMIA E MODELO DE GESTÃO

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UNOPAR VIRTUAL 
 
Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 
 
Aula atividade 
 
Objetivo da atividade: 
Discutir teoria e conceitos econômicos. 
 
Orientações: 
Caro Aluno, 
Em equipes de, no máximo, três alunos leiam o texto a seguir, discutam 
o assunto e respondam às questões propostas. Organizem-se no grande grupo 
para repassar para o restante da sala as respostas encontradas, de forma que 
haja um debate sobre o assunto proposto. Mande as respostas e dúvidas pelo 
Chat atividade. 
 
Questão para o trabalho: 
A. “O liberalismo, consubstanciado na filosofia do laissez-faire”. Qual é o significado 
de Laissez-faire? 
 
B. Com a evolução da economia, surgiram no âmbito do Sistema Capitalista teorias 
que ditam a forma de atuação das economias. O que é Economia e qual a sua 
importância? 
 
C. Qual era o princípio do Liberalismo Econômico? 
 
D. Qual o papel do Estado na Economia? 
 
E. Por um lado, o pensamento neoliberal enfatiza os controles macroeconômicos 
(gastos públicos, carga tributária, inflação etc.); por outro lado, enfatiza a livre 
iniciativa do empresariado como motor da economia. O que significa o conceito 
de neoliberalismo? 
 
TEXTO 
Disciplina: Economia e Modelo de Gestão 
Prof.ª: Joenice Leandro Diniz 
Aula: 01- Conceitos Fundamentais 
 
 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
 
Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 
 
1 - Evolução do pensamento econômico 
Com a evolução da economia, surgiram no âmbito do Sistema Capitalista 
algumas teorias econômicas que ditaram a forma de atuação das economias, 
sobretudo nos países ocidentais. Sandroni (2001) nota que, até o final do século 
XIX, acreditava-se que o papel do Estado seria o de somente garantir a livre 
concorrência do mercado; esse pensamento, que levou o nome de liberalismo 
econômico (cujo principal defensor era o escocês Adam Smith), acreditava que o 
mercado seria autoajustável, ou seja, à medida que as pessoas buscassem, de 
forma eficiente, o desenvolvimento de seus próprios negócios, as empresas 
cresceriam, empregos seriam gerados e toda a sociedade automaticamente seria 
beneficiada. 
No entanto, com o desenvolvimento do sistema capitalista e a formação das 
grandes empresas e monopólios no final do século XIX, os princípios do liberalismo 
econômico foram perdendo força; após a I Guerra Mundial, o Estado já toma a frente 
na recuperação dos países e, com a quebra da Bolsa de Nova Iorque, em 1929, o 
liberalismo cede espaço de vez para as ideias Keynesianas (do inglês John Maynard 
Keynes), que pregam a intervenção estatal na economia para assegurar o bem-estar 
da população. Em resumo, as principais teorias foram o Liberalismo, o 
Keynesianismo e, mais recentemente, o Neoliberalismo. Vamos conhecer cada uma 
delas: 
 
1.1 LIBERALISMO 
 
Os economistas clássicos, liderados pelo escocês Adam Smith (1723-1790, 
escocês, considerado o “pai” do liberalismo econômico), entendem que o princípio 
regulador da vida econômica é a livre concorrência. Rizzieiri (2001) nota que numa 
economia de mercado (capitalista), nenhum agente econômico (indivíduo ou 
empresa) se preocupa em desempenhar o papel de gerenciar o mercado, de forma 
a organizar seu funcionamento, pois estão preocupadas em resolver isoladamente 
seus próprios negócios e sobreviver na concorrência imposta pelos mercados. Para 
os economistas clássicos, o mercado é autoajustável, tendendo sempre ao equilíbrio 
se há excesso de oferta ou demanda. Essa livre concorrência e ausência do Estado 
como regulador da economia recebeu o nome, por Adam Smith, de “mão invisível”. 
Em outras palavras, entendiam os defensores do Liberalismo que o mercado deve 
 
 
 
 
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Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos 
se resolver por si só, e que ele tem a capacidade de ajustar a economia toda vez 
que ela apresentar distorções. Assim, o próprio mercado, por sua atuação, se 
encarregaria de corrigir as distorções, voltando à sua normalidade. 
Sandroni (2001) sintetiza as principais características do liberalismo, que são: 
a ampla liberdade individual; a democracia representativa, com separação entre os 
poderes executivo, legislativo e judiciário; o direito à propriedade; a livre iniciativa e a 
concorrência como princípios capazes de alinhar interesses individuais e coletivos, 
em direção ao progresso social. Gastaldi (2002) nota que, por trás dos princípios 
fundamentais do liberalismo e da escola clássica, encontra-se a lei da oferta e da 
procura. Nesse âmbito, o papel do Estado estaria limitado a algumas funções 
essenciais, como a manutenção da lei e da ordem, respeitando as propriedades 
privadas; e o mercado continuava como objeto de análise econômica (MENDONÇA; 
ARAÚJO, 2003). O Liberalismo prevaleceu até o início do século XX. Esta teoria 
defendia o sistema de concorrência pura, em que não havia a intervenção do Estado 
na atividade econômica. 
 
1.2 KEYNESIANISMO 
 
Rossetti (1994 p. 106) nota que: 
 
O liberalismo, consubstanciado na filosofia do laissez-faire, propunha a não 
intervenção do Estado no sistema econômico, acreditando os economistas 
clássicos que a ordem econômica seria governada por um conjunto de leis 
naturais. Todavia, o extremo liberalismo proposto no século XVIII gerou uma 
série de problemas sociais, enquanto o conjunto das leis naturais, 
responsável pela regulação automática da atividade econômica, parecia 
desmoronar-se diante das constantes crises que abalavam as economias 
nacionais. 
 
Rossetti (1994) observa que, ao longo do tempo, começou-se a perceber que 
vários empreendimentos não lucrativos para a iniciativa privada são necessários à 
comunidade. Mas quem seria o responsável por tais empreendimentos? 
Observe a seguinte situação: em uma cidade existe uma praça (um espaço 
púbico) que qualquer pessoa pode frequentar. Sendo que a praça é da população, é 
dever dela zelar pela conservação do local, correto? Ou seja, a população deveria 
varrer o chão, trocar as lâmpadas, zelar para que os bancos da praça não sejam 
quebrados e para que crimes não aconteçam naquele local. Na verdade, o que 
normalmente acontece é que, mesmo a praça sendo da população, esta não se 
 
 
 
 
UNOPAR VIRTUAL 
 
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responsabiliza pela sua conservação. Dessa forma, caberia ao Estado (governo) 
cuidar desse empreendimento. 
Começou-se a perceber que o Estado tem outras funções, como garantir 
saúde pública e educação de qualidade, infraestrutura e uma justa distribuição de 
renda, por exemplo. O Estado também teria o papel de “pensar” o desenvolvimento 
de um país e atuar como principal agente de reconstrução em caso de catástrofes 
ou em épocas pós-guerra. De forma geral, o Estado atua em áreas em que a 
iniciativa privada não tem interesse em atuar. Assim, o Estado tem a função de 
corrigir imperfeições do mercado para garantir maior equidade ao sistema. Um dos 
principais responsáveis por trazer à tona tal discussão sobre o papel do Estado foi o 
economista inglês John Maynard Keynes1 (1883-1946, considerado o economista 
mais influente da primeira metade do século XX), cuja obra rompeu com a tradicional 
visão do Estado ausente e foi responsável por colocar o Estado como o grande 
agente de desenvolvimento, focando, principalmente, a questão do desemprego. 
De acordo com Rossetti (1994), os princípios clássicos permaneceram 
vigentes até as primeiras décadas do século XX – mais especificamente até a crise 
de 1929. As ideias keynesianas, após a crise de 1929, conseguiram, enfim, colocar 
em evidência as falhas do mercado e sua incapacidade de se autoajustar. De fato, 
Pinho (2001, p.42) mostra que a crise da Bolsa de Nova Iorque em 1929 (e a 
Grande Depressão a seguir) gerou uma “crise de consciência” nos economistas, 
pois percebeu-se que o pensamento clássico não lhes permitia analisar de forma 
plena a dinâmica econômica e percebeu-se que a lei da oferta e demanda não 
funcionava de maneira perfeita como se esperava. 
Apesar de defender a participação do governo na atividade econômica, a 
teoria de Keynes não defendia o controle total pelo Estado e mantinha-se a favor do 
respeito à propriedade privada. O Estado somente deveria atuar onde a iniciativa 
privada não tinha interesse em participar. 
De acordo com Sandroni (2001), as ideias keynesianas influenciaram o 
programa de recuperação econômica do Presidente Roosevelt na década de 30, nos 
Estados Unidos. A partir daí, surge a crença de que o capitalismo poderia ser salvo, 
desde que os governos soubessem usar os instrumentos de que dispunham: cobrar 
impostos, reduzir juros, contrair empréstimos e gastar dinheiro. 
 
1 A obra mais importante de Keynes foi “A Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda”, de 1936, 
que teve papel fundamental para o fim das ideias liberais no mainstream da economia após a crise de 
1929. Em 1944, Keynes representou a Inglaterra na Conferência Monetária de Bretton Woods, que 
criou o Fundo Monetário Internacional (FMI), do qual Keynes, em 1946, tornou-se presidente. 
 
 
 
 
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Em 1944, os países ricos estabeleceram regras intervencionistas para a 
economia mundial, através do acordo de Bretton Woods. Entre outras medidas, 
surgiu o FMI (Fundo Monetário Internacional). O triunfo das ideias keynesianas foi 
entendido como a vitória do intervencionismo estatal moderado sobre o liberalismo 
radical. 
Mendonça e Araújo (2003, p. 3) notam que “as questões relativas à atividade 
econômica estatal tornaram-se um tema fundamental e uma disciplina autônoma 
dentro da ciência econômica”. A análise da política econômica emergiu a partir da 
ação do Estado sobre a economia, dando aos governantes a tarefa de encontrar a 
política econômica ótima para cada situação e implementá-la. A partir do final dos 
anos de 1970, com a crise dos países desenvolvidos, ocasionada pelas altas taxas 
de inflação, burocracia estatal e crescimento da dívida pública, o keynesianismo 
começou a perder espaço novamente para as ideias liberais; porém, desta vez, 
estas surgiram com uma nova roupagem: o neoliberalismo. 
 
1.3 NEOLIBERALISMO 
 
As ideias keynesianas permaneceram em voga nas políticas econômicas dos 
países ocidentais até meados dos anos 70. A partir daí, em um contexto de grande 
poder estatal e taxas crescentes de inflação, abriu-se espaço para uma volta das 
políticas liberais, porém com algumas diferenças. Essas políticas liberais levaram o 
nome de neoliberalismo. De acordo com Sandroni (2001), os neoliberais não 
acreditavam que a “mão invisível” seria capaz de gerar benefícios individuais e 
sociais; o neoliberalismo surgiu defendendo a propriedade privada e a iniciativa 
individual, porém, com a presença do Estado para ajudar e inibir ineficiências e 
corrigir deficiências de mercado. 
De acordo com os princípios do neoliberalismo, o disciplinamento econômico 
(estabilidade financeira) é fundamental; e o principal agente controlador dessa 
disciplina seria o Estado. Sandroni (2001) nota que, atualmente, o termo 
neoliberalismo tem sido usado como forma de ilustrar a livre atuação das forças de 
mercado, o fim do intervencionismo estatal, a privatização das empresas e serviços 
prestados pelo governo, a abertura da economia e sua integração plena no mercado 
global. Por um lado, o pensamento neoliberal enfatiza os controles 
macroeconômicos (gastos públicos, carga tributária, inflação etc.); por outro lado, 
enfatiza a livre iniciativa do empresariado como motor da economia. 
 
 
 
 
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Assim, estamos passando por um novo movimento econômico em defesa da 
concorrência pura, porém adaptada aos novos tempos, depois de um longo período 
de predominância do keynesianismo. 
 
PARA CONCLUIR, podemos observar que a ciência econômica tem 
influência direta na vida de pessoas e empresas. Nas empresas, em específico, a 
compreensão dos conceitos econômicos fundamentais auxilia na racionalização da 
tomada de decisão. Entender que o eixo central da economia é a escassez em 
contraposição às necessidades ilimitadas da sociedade é fundamental para 
entendermos o porquê da existência e a importância da ciência econômica. 
 
Observações: 
Caro aluno, 
Peça para o tutor de sala enviar suas dúvidas pelo Chat Atividade para que o 
professor possa esclarecê-las. 
 
 
Tenham um ótimo trabalho! 
 Prof.ª Joenice Leandro Diniz

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