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controle cultural

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS 
UNIDADE DE PASSOS 
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA AGRONÔMICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÉTODOS DE CONTROLE DE DOENÇAS 
FITOPATOLÓGICAS 
 
 
 
 
 
Maria Eduarda Múrcia Liotti 
 
 
 
 
 
Passos - MG 
2017 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO .........................................................................................................2 
2 ELIMINAÇÃO OU REDUÇÃO DO INÓCULO INICIAL (Y0) ..................................... 3 
2.1 ROTAÇÃO DE CULTURA...........................................................................3 
3 REDUÇÃO DOS CICLOS DE DOENÇAS NO CAMPO (r).......................................3 
3.1 "ROUGUING”............................................................................................4 
4 REDUÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO DO PATÓGENO (t)................................4 
 4.1 ÉPOCA DE PLANTIO................................................................................4 
5 CONCLUSÃO ...........................................................................................................5 
6 REFERÊNCIAS ........................................................................................................5 
 
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1 INTRODUÇÃO 
 
Será apresentado nesse trabalho métodos de controle cultural de doenças em 
algumas culturas. Controle cultural consiste em manipular práticas agrícolas visando 
erradicar ou diminuir a quantidade de inóculo de um patógeno presente em uma 
certa área, criando condições desfavoráveis para a sobrevivência dos mesmos, 
atuando principalmente na fase de sobrevivência do patógeno. 
 
Esse método de controle se divide em algumas principais práticas: rotação de 
culturas, “rouguing”, eliminação/queima de restos culturais, inundação, incorporação 
de matéria orgânica, preparo do solo, adubação, irrigação, densidade do plantio, 
épocas de plantio/colheita, barreiras físicas, entre outras. O controle cultural, mesmo 
sendo muito eficiente, é menos difundido que outros métodos mais conhecidos, 
como por exemplo o método de controle químico. 
 
Vários fatores reduzem o interesse no uso desse método, como econômicos e 
profissionais. Econômico porque o produtor espera obter o máximo de lucro e com o 
mínimo de risco, e profissional pois o controle exige alto conhecimento de condições 
particulares do solo, desestimulando seu uso. 
 
O método de controle cultural se baseia, como em todos os outros, no 
triangulo da doença, interação hospedeiro, patógeno, ambiente. Além dessa 
interação pode-se afirmar, que, a adoção desse controle é mais fácil e de maior 
eficácia quando o hospedeiro é suscetível durante todo o ciclo, ou em uma fase 
dele. 
 
É importante considerar os efeitos das práticas no manejo das doenças. 
Serão apresentadas apenas três das principais práticas, envolvendo como atuam 
cada pratica, eficiência e exemplo. 
 
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2 ELIMINAÇÃO OU REDUÇÃO DO INÓCULO INICIAL (Y0) 
 
As práticas para a eliminação/redução do inóculo inicial pretendem, 
principalmente, reduzir ao máximo o inóculo presente no solo ou em restos culturais. 
Como exemplo para essa prática, será explicado sobre a rotação de cultura. 
 
2.1 ROTAÇÃO DE CULTURA 
A rotação de cultura é o método mais antigo e o mais usado no controle 
cultural. Consiste na alternância ordenada de diferentes culturas em um determinado 
ciclo na mesma área e na mesma estação do ano. Ela está relacionada com a fase 
saprofítica do patógeno, portanto, têm os seguintes princípios: produzir quantidade 
suficiente de fitomassa, promover condições favoráveis de solo, diminuindo a 
suscetibilidade das plantas aos patógenos e pragas, promover a diversificação dos 
de princípios ativos, entre outros. 
Com a rotação de cultura diminui a sobrevivência do patógeno, pela 
eliminação das plantas hospedeiras e decomposição dos restos culturais. Para a 
cultura do algodoeiro é fundamental o controle de nematoides, pois ele exerce efeito 
de anulação sobre os patógenos habitantes do solo, a melhor opção para a 
alternância é o amendoim. 
O sistema de monocultura estimula a reprodução do patógeno (inóculo alto), o 
sistema que envolve a alternância de culturas auxilia na diminuição do inóculo, com 
o estimulo à competição da microflora substituindo o patógeno principal. 
 
3 REDUÇÃO DOS CICLOS DE DOENÇAS NO CAMPO (r) 
O objetivo das práticas de redução de “r” é reduzir a multiplicação do 
patógeno no campo, pela redução da produção de inóculo ou da sua eficiência, 
principalmente na parte aérea, ou seja, quanto menos inóculo for produzido, menos 
ciclos secundários se desenvolverá e, consequentemente, reduz a taxa de 
progresso da doença. 
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Muitas das práticas de redução dos ciclos de doença modificam o microclima 
na cultura, visando a diminuição de infecção. Uma dessas práticas é o “rouguing” 
que será explicado a diante. 
 
3.1 “ROUGUING” 
O “rouguing” é a prática mais comum em áreas de pequena produção, seu 
objetivo é eliminar as plantas doentes ou indesejáveis da área de cultivo para 
diminuir a quantidade de inóculo produzido. 
É muito utilizado na produção de mudas para a cana-de-açúcar, garantindo 
a qualidade dos indivíduos que serão futuramente plantados. Além de ser muito 
utilizado na produção de semente de qualidade, como na produção de sementes de 
arroz. 
 
4 REDUÇÃO DO TEMPO DE EXPOSIÇÃO DO PATÓGENO (t) 
Na maioria das práticas que desejam reduzir o tempo de exposição da 
cultura ao patógeno deve ser feita em pré-plantio, como: a seleção do lugar, época 
do plantio, profundidade, material propagativo e, também, a seleção do cultivar que 
será planta. Para a melhor compreensão dessa prática, será explicado a seleção da 
época de plantio: 
4.1 SELEÇÃO DA ÉPOCA DE PLANTIO 
A época de plantio varia de cultivar para cultivar, para isso a época de 
plantio pode ser antecipada ou retardada, dependendo da cultura e da doença. 
Sobretudo o que se busca com a mudança da época de plantio é evitar que as 
condições do microclima estejam favoráveis à doença. 
Essa pratica é direcionada, principalmente, para a obtenção de bom 
rendimento. Um exemplo de utilização desse método é o melhoramento genético de 
milho, para melhorar a produção e garantir a pureza, outro exemplo do uso desse 
método, porém para a redução do tempo de exposição do patógeno é o alho, 
adiantando a época de plantio, para a prevenção da podridão-branca. 
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conclui-se que para um bom desenvolvimento das plantas e boa produção é 
necessária a execução de uma prática cultural ou uma interação entre as práticas 
culturais, independentemente de qual seja o cultivo. 
Deve ser observada a época adequada para cada trato cultural, do plantio à 
colheita, principalmente no desbaste de plantas, controle de plantas daninhas, 
adubações, desbaste de frutos e plantas infectadas (“rouguing”), proteção dos frutos, 
época de plantio e na rotação de cultura. 
Todas as operações devem ser preparadas cuidadosamente, caso seja 
necessário, uma visita diária ao campo para o controle correto das necessidades do 
cultivo. 
 
6 REFERÊNCIAS 
 
ALVES, F; RESENDE, N; SILVA, R. Sistema de produção de melancia. Disponível 
em < 
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Melancia/SistemaProdu
caoMelancia/tratosculturais.htm> Acesso em: 09 de outubro de 2017; 
ARAUJO, A. Controle cultural de doenças no algodoeiro. Disponível em: < 
www.cnpa.embrapa.br/produtos/algodao/publicacoes/cba6/palestras/1402.pdf>. 
Acesso em: 09 de outubro de 2017; 
BIANCHINI, V; CROCHEMORE,M; DORIGO, A; FILHO, A; PICHETH, J. Produção 
de Sementes em Pequenas Propriedades. Circular Técnico IAPAR, v.129, pg. 27-
29, 2007; 
COSTA, J; DEBIASI, H; FRANCHINI, J; TORRES, E. Importância da rotação de 
culturas para a produção agrícola sustentável no Paraná. Documento Embrapa 
Soja, Campo Mourão, v.327, pg 7-13, 2011; 
FRANCHINI, J; GALERANI, P; GARCIA, A; GAUDENCIO, C; GONÇALVES, S. 
Rotação de culturas. Circular Técnico Embrapa, Londrina, v.45, pg. 1-10, 2007; 
6 
 
NUNES, J. Práticas de manejo da doença. Disponível em:< 
https://www.agrolink.com.br/culturas/soja/praticas-de-manejo_361548.html>. Acesso 
em: 09 de outubro de 2017; 
PEREIRA, R; PINHEIRO, J. Manejo integrado de doenças em hortaliças em 
cultivo orgânico. Circular Técnico Embrapa, Brasília, v. 111, pg. 1-12, 2012; 
TRECENTI, R. Manejo de doenças e pragas. Disponível em: 
<http://www.diadecampo.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=21297&secao=
Colunas%20e%20Artigos >. Acesso em: 09 de outubro de 2017.

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