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Material de Estudo Aula 2 Registro de Marcas

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REGISTRO DE MARCAS 
Considerações 
 
 
ROTEIRO 
 
1. INTRODUÇÃO 
2. CONCEITO 
3. O QUE SE REGISTRA COMO MARCA 
4. NÃO SUJEITOS A REGISTRO 
5. REGISTRO DE MARCA 
6. VIGÊNCIA DE REGISTRO 
7. PERDAS DE DIREITOS 
7.1. Caducidade 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Nesta aula, demonstraremos e analisaremos as exigências, obrigatoriedades, assim como 
conceitos específicos no que tange ao registro de marcas. Os mesmos estão dispostos e 
serão desenvolvidos com vista na Lei n° 9.279, de 14 de maio de 1996 que regula direitos 
e obrigações relativos à propriedade industrial. 
 
2. CONCEITO 
 
Segundo várias definições, marca é uma representação simbólica da empresa e de seu 
produto, sendo entendido também como um sinal distintivo cujas funções principais são de 
identificar a origem e distinguir produtos ou serviços. 
 
Não são raros os casos que a marca torna-se o maior patrimônio da empresa, superando o 
valor das instalações, máquinas e muitos ativos. Além do valor de mercado, o registro da 
marca ajuda a proteger o empresário contra ações judiciais e pirataria, não podendo ser 
deixado de lado o processo de massificação de imagem de uma marca seja prejudicado pela 
falta de seu registro. 
 
O registro da marca é conferido e efetuado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial 
(INPI), que é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Indústria, Comércio Exterior e 
Serviços. 
 
3. O QUE SE REGISTRA COMO MARCA 
 
Segundo o artigo 122 da Lei n° 9.279/1996 são suscetíveis de registro como marca os sinais 
distintivos visualmente perceptíveis, não compreendidos nas proibições legais, ou seja, não 
deverá incorrer em sua forma e essência em condições de ilegalidade seja em função da sua 
própria constituição, da legalidade ou da sua condição de disponibilidade, assim como 
revestir-se de sinais visualmente perceptíveis, de ser distinto, para se prestarem a assinalar 
e distinguir produtos ou serviços dos demais, de procedência diversa. 
 
4. NÃO SUJEITOS A REGISTRO 
 
Itens que não estão sujeitos a registro como marca: Lei n° 9.279/1996, art. 124 
 
a) brasão, armas, medalha, bandeira, emblema, distintivo e monumento oficiais, públicos, 
nacionais, estrangeiros ou internacionais, bem como a respectiva designação, figura ou 
imitação; 
b) letra, algarismo e data, isoladamente, salvo quando revestidos de suficiente forma 
distintiva; 
 
 
2 
REGISTRO DE MARCAS 
Considerações 
 
 
c) expressão, figura, desenho ou qualquer outro sinal contrário a moral e aos bons costumes 
ou que ofenda a honra ou imagem de pessoas ou atente contra liberdade de consciência, 
crença, culto religioso ou ideia e sentimento dignos de respeito e veneração; 
d) designação ou sigla de entidade ou órgão público, quando não requerido o registro pela 
própria entidade ou órgão público; 
e) reprodução ou imitação de elemento característico ou diferenciador de título de 
estabelecimento ou nome de empresa de terceiros, suscetível de causar confusão ou 
associação com estes sinais distintivos; 
f) sinal de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando 
tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado comumente para 
designar uma característica do produto ou serviço, quanto à natureza, nacionalidade, peso, 
valor, qualidade e época de produção ou de prestação do serviço, salvo quando 
revestidos de suficiente forma distintiva; 
g) sinal ou expressão empregada apenas como meio de propaganda; 
h) cores e suas denominações, salvo se dispostas ou combinadas de modo peculiar e 
distintivo; 
i) indicação geográfica, sua imitação suscetível de causar confusão ou sinal que possa 
falsamente induzir indicação geográfica; 
j) sinal que induza a falsa indicação quanto à origem, procedência, natureza, qualidade ou 
utilidade do produto ou serviço a que a marca se destina; 
k) reprodução ou imitação de cunho oficial, regularmente adotada para garantia de padrão de 
qualquer gênero ou natureza; 
l) reprodução ou imitação de sinal que tenha sido registrado como marca coletiva ou de 
certificação por terceiro, exceto nos casos de expiração do registro. 
m) nome, prêmio ou símbolo de evento esportivo, artístico, cultural, social, político, econômico 
ou técnico, oficial ou oficialmente reconhecido, bem como a imitação suscetível de criar 
confusão, salvo quando autorizados pela autoridade competente ou entidade promotora do 
evento; 
n) reprodução ou imitação de título, apólice, moeda e cédula da União, dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Territórios, dos Municípios, ou de país; 
o) nome civil ou sua assinatura, nome de família ou patronímico e imagem de terceiros, salvo 
com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores; 
p) pseudônimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artístico singular ou coletivo, salvo 
com consentimento do titular, herdeiros ou sucessores; 
q) obra literária, artística ou científica, assim como os títulos que estejam protegidos pelo 
direito autoral e sejam suscetíveis de causar confusão ou associação, salvo com 
consentimento do autor ou titular; 
r) termo técnico usado na indústria, na ciência e na arte, que tenha relação com o produto ou 
serviço a distinguir; 
s) reprodução ou imitação, no todo ou em parte, ainda que com acréscimo, de marca alheia 
registrada, para distinguir ou certificar produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, 
suscetível de causar confusão ou associação com marca alheia; 
t) dualidade de marcas de um só titular para o mesmo produto ou serviço, salvo quando, no 
caso de marcas de mesma natureza, se revestirem de suficiente forma distintiva; 
u) a forma necessária, comum ou vulgar do produto ou de acondicionamento, ou, ainda, 
aquela que não possa ser dissociada de efeito técnico; 
v) objeto que estiver protegido por registro de desenho industrial de terceiro; 
w) sinal que imite ou reproduza, no todo ou em parte, marca que o requerente evidentemente 
não poderia desconhecer em razão de sua atividade, cujo titular seja sediado ou domiciliado 
em território nacional ou em país com o qual o Brasil mantenha acordo ou que assegure 
reciprocidade de tratamento, se a marca se destinar a distinguir produto ou serviço 
idêntico, semelhante ou afim, suscetível de causar confusão ou associação com aquela marca 
alheia. 
 
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REGISTRO DE MARCAS 
Considerações 
 
 
5. REGISTRO DE MARCA 
 
O registro de uma marca, pode ser requerido por uma pessoa, física ou jurídica, podendo ser 
de direito público ou privado, de forma que as pessoas jurídicas de direito privado poderão 
requerer o registro da marca, referente a atividade que exerçam efetiva e licitamente, que 
poderá ser requerido por ela ou por suas controladoras. Lei n° 9.279/1996, art. 128 
 
As marcas com natureza coletiva apenas poderão ser solicitadas pela pessoa jurídica que 
representa o grupo, mesmo que ela explore uma atividade diferenciada dos seus membros. 
 
A marca de certificação apenas poderá ser requerida por quem realmente e diretamente tem 
o interesse comercial ou industrial no produto que será atestado, de forma que não poderá 
ser requerida aleatoriamente. 
 
A propriedade da marca é conferida e adquirida pelo registro válido da mesma, que será 
assegurado ao seu proprietário o uso exclusivo no território nacional. Lei n° 9.279/1996, art. 
129 
 
6. VIGÊNCIA DE REGISTRO 
 
O período de vigência do registro da marca é de 10 (dez) anos, que poderá ser prorrogável 
por igual período. Lei n° 9.279/1996, art. 133 
 
Contando com o pagamento da respectiva contribuição, poderá ser formulado o pedido de 
prorrogação durante o último ano de vigência do registro atual, ou, poderá ser requerido nos 
seis meses seguintes ao término do prazo, porém, será cobrado retribuição adicional. 
 
7. PERDAS DE DIREITOS 
 
Será extinguido o registro da marca, nas hipóteses que menciona o artigo 142 da Lei n° 
9.279/1996,sendo pela expiração do prazo de vigência, pela renúncia, que poderá ser total 
ou parcial em relação aos produtos ou serviços assinalados pela marca, pela caducidade ou 
pela não nomeação de procurador quando o titular se domiciliar no exterior, artigo 217 da Lei 
n° 9.279/1996). 
 
7.1. Caducidade 
 
Conceitos específicos devem ser observados neste caso para determinar a caducidade do 
registro, que menciona os artigos 143 a 144 da Lei n° 9.279/1996. 
 
Caducará o registro, a requerimento de qualquer pessoa com legítimo interesse se, decorridos 
5 (cinco) anos da sua concessão, na data do requerimento quando o uso da marca não tiver 
sido iniciado no Brasil ou o uso da marca tiver sido interrompido por mais de 5 (cinco) anos 
consecutivos, ou se, no mesmo prazo, a marca tiver sido usada com modificação que implique 
alteração de seu caráter distintivo original, tal como constante do certificado de registro. 
 
Neste caso, o titular será intimado a no prazo de 60 (sessenta) dias a se pronunciar a justificar 
o não uso da marca, com razões legítimas de forma que se aceitas não incorrerá em 
caducidade do registro. 
 
O uso da marca deverá compreender produtos ou serviços constantes do certificado, sob 
pena de caducar parcialmente o registro em relação aos não semelhantes ou afins daqueles 
para os quais a marca foi comprovadamente usada. Porém, nestes casos, o contribuinte 
poderá impetrar recursos quanto a decisão de caducidade do registro. Fonte: Lei 9.279/1996

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