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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE INSTITUTO DE MATEMÁTICA, ESTATÍSTICA E FÍSICA ENGENHARIA DE COMPUTAÇÃO UNIDADE 7 – FUNÇÕES A VÁRIAS VARIÁVEIS DERIVADAS PARCIAIS DERIVADA PARCIAL IMPLÍCITA INTEGRAL DUPLA INTEGRAL TRIPLA ÁREAS POR INTEGRAL DUPLA VOLUMES POR INTEGRAL TRIPLA PROFa JURSELEM C. PEREZ JANEIRO / 2014 FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 2 7.1. Definição de uma função a várias variáveis 3 7.2. Limite de uma função a várias variáveis 4 7.3. Derivadas Parciais 4 7.3.1. Derivadas Parciais de Funções a duas variáveis 4 7.3.2. Derivadas Parciais Sucessivas 4 7.3.3. Derivadas Parciais de Funções com mais de duas variáveis 5 7.3.4. Regra da Cadeia 5 7.3.5. Derivada Parcial Implícita 6 7.4. Integração Múltipla 6 7.4.1. Integrais Duplas 6 7.4.1.1. Integral Dupla estendida a uma região R 7 7.4.1.2. Propriedades das integrais duplas 8 7.4.1.3. Áreas de regiões planas por integração dupla em coordenadas cartesianas 8 7.4.2. Integrais Triplas 9 7.4.2.1. Volume de sólidos por integração tripla em coordenadas cartesianas 10 FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 3 7.1- DEFINIÇÃO DE UMA FUNÇÃO DE VÁRIAS VARIÁVEIS: 1o) Função a três variáveis: Se A é um conjunto de termos ordenados de números reais, então a cada termo (x, y, z) de A está associado um único número real w do conjunto B, portanto f é uma função a três variáveis no espaço tridimensional. Exemplo: O volume V de um paralelepípedo de comprimento, largura e altura, respectivamente, x, y e z, é representado por: V = x y z. Logo, o volume é função de três variáveis. 2o) Função a várias variáveis: Uma função f a n variáveis reais é considerada como uma regra que associa um único número real v para cada ponto de algum conjunto no espaço n- dimensional. FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 4 7.2. LIMITE DE FUNÇÃO DE VÁRIAS VARIÁVEIS: Seja y),x(f uma função de duas variáveis definida no intervalo aberto f , y,x 00 , então se y),x(f aproxima-se de um número L quando y,x tende ao valor 0 y,x 0 , indicamos que: Lyx,f lim y,xy,x 00 7.3. DERIVADAS PARCIAIS: 7.3.1. Derivadas Parciais de Funções a duas variáveis: Sendo y),x(fz , então a derivada parcial de f em relação a x (também chamada derivada parcial de z em relação a x) é a derivada em relação a x, mantendo-se a variável y fixa e variando x. E pode ser expressa como o limite: x y)f(x,- y)x,f(x lim x z 0 x Analogamente, a derivada parcial de f em relação a y (também denominada derivada parcial de z em relação a y) é a derivada em relação a y, quando se mantém a variável x fixa e varia y. E pode ser escrita como o limite: y y)f(x,-y)yf(x, lim y z 0 y 7.3.2- Derivadas Parciais Sucessivas: Seja y) ,x(fz uma função derivável, admitindo-se duas derivadas de primeira ordem: x z e y z . Se estas derivadas são funções de x e y, então podemos determinar as derivadas parciais de segunda ordem de z, as quais são definidas por: 2 x z x z x 2 e x y z x z y 2 2 y z y z y 2 e y x z y z x 2 As derivadas parciais de 3a ordem, de 4a ordem e de ordens superiores podem ser obtidas derivando sucessivamente. Portanto, temos: 23 x z x x z 23 ; 22 y z x y x z 23 ; 34 y z y y z 34 . Observação: A ordem de derivação numa derivada parcial sucessiva não altera o resultado final. Exemplos: FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 5 7.3.3- Derivadas Parciais de Funções com mais de duas variáveis: Para uma função w = f (x, y, z) há três derivadas parciais: x w , y w e z w . A derivada x w é calculada mantendo y e z constantes e derivando em relação a x. Para y w as variáveis x e z mantêm-se constantes e, para z w as variáveis x e y são mantidas constantes. As derivadas de y x w 2 ordem superior podem ser: 2 x w 2 , 2 y w 2 , 2z w 2 , y x w 2 , z y w 2 , y x w 2 3 , z x w 2 3 , z y w 2 3 , z y x w 3 e, assim sucessivamente. Exemplos: 7.3.4- Regra da Cadeia: Utiliza-se a regra da cadeia para o caso de funções de várias variáveis. 1oCaso:Sendo w..., z, y,,xfu e h(t) w, h(t),...z h(t), y),t(hx , então essa função composta é diferenciável, dada por: t d wd w u ... t d z d z u t d yd y u t d xd x u t d u d Exemplos: 2oCaso:Sendo w..., z, y,,xfu e )x,...,x,x,x(hx n321 , )x ,..x,x,x(hy n321 , )x ,..,x,x,x(hz n321 até )x , ,..x,x,x(hw n321 , de modo que n32 x..., , x, x,xfu 1 , logo a função é diferenciável e definida por: 11111 x w w u ... x z z u x y y u x x x u x u 22222 x w w u ... x z z u x y y u x x x u x u nnnnn x w w u ... x z z u x y y u x x x u x u Exemplos: FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 6 7.3.5- Derivada Parcial Implícita: Seja y = f(x) definida pela equação 0 y,xF , então 0xf ,xF . Logo, a derivada desta função implícita é definida por: y F x F - xd yd , onde 0 y F De modo semelhante, a equação 0z y,,xF define z como função implícita de duas variáveis independentes x e y. Portanto as derivadas parciais de z em relação a x e y são: z F x F - x z e z F y F - y z , sendo 0 z F . Exemplos: 7.4- INTEGRAÇÃO MÚLTIPLA: Quando tratamos da diferenciação das funções de mais de uma variável independente encontramos duas espécies de diferenciais parciais e totais. Sabendo que integração é a operação inversa da diferenciação, é lógico que ao procurar integrar expressões diferenciais de mais de uma variável independente temos que considerar o seguinte: - a integral de diferenciais parciais; - a integral de diferenciais totais. Vimos que as diferenciais podem ser de 1a, 2a, 3a ... ordem. As de 1a ordem resultam em integrais simples e as de ordem superior resultam em integrais múltiplas. 7.4.1 – INTEGRAIS DUPLAS: Integrais duplas sãoaquelas cujo integrando contém diferenciais de 2a ordem. Sendo y ,xfz , a diferencial parcial em relação a x é x z , cuja diferencial parcial de 2a ordem em relação a x é 2 x z x x z 2 . FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 7 Portanto, xd x z xd xd x z 2 2 2 2 2 . Da mesma forma se tivermos: yd y x z xd xd y x z y d yd x d y x z 222 7.4.1.1 - INTEGRAL DUPLA ESTENDIDA A UMA REGIÃO “R” : Considerando-se uma função y ,xfz definida numa região fechada e limitada R do plano xy. Traçando retas paralelas aos eixos dos x e dos y, respectivamente, recobrimos a região R por pequenos retângulos, conforme a figura. Consideremos somente os retângulos Rk que estão totalmente contidos em R, numerando-os de 1 até n. Em cada retângulo Rk, escolhemos um ponto kk y ,x e formamos a soma n 1k kkk A y ,xf , onde kkk y . x A é a área do retângulo Rk. Suponhamos, agora que mais retas paralelas aos eixos dos x e dos y são traçadas, tornando as dimensões dos retângulos cada vez menores. Nessa situação se n 1k kkk n A y,xf lim existe, ele é chamado integral dupla de f (x, y) sobre a região R. Denotamos: R Ad yx,f ou R yd x d yx,f FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 8 7.4.1.2 – PROPRIEDADES DAS INTEGRAIS DUPLAS: 1a) Sendo c uma constante e f uma função integrável numa região fechada R, então c . f é integrável em R e RR Ad y)f(x, c Ad yx,f .c . 2a) Se as funções f e g são integráveis numa região fechada R, logo a função f + g é integrável em R e RRR Ad y)g(x, Ad y)f(x, Ad yx,f yx,g . 3a) Seja f uma função contínua numa região fechada R, tal que a região R seja composta de duas sub-regiões R1 e R2 que não tem pontos em comum, exceto os pontos de suas fronteiras. Então: 21 RRR Ad y)f(x, Ad y)f(x, Ad yx,f . Exemplos: 7.4.1.3 – ÁREAS DE REGIÕES PLANAS POR INTEGRAÇÃO DUPLA EM COORDENADAS CARTESIANAS: Sendo a região R percorrida por uma função f(x, y) = 1, então a área será expressa pela integral dupla: RR x d y dA ou y d x dA y2 y2 x1 x2 by ay )y(fx )y(fx 2 1 2 1 dy dx A ou bx ax )x(fy )x(fy 2 1 2 1 dx dy A Exemplos: FURG - IMEF - CÁLCULO DIF. E INTEGRAL I 9 7.4.2- INTEGRAIS TRIPLAS: Seja z) y,,x(fw uma função definida e contínua numa região fechada e limitada T do espaço. Subdividimos T em pequenas sub-regiões traçando planos paralelos aos planos coordenados, de acordo com a figura abaixo. Numeramos os paralelepípedos no interior de T de 1 até n. Em cada um dos pequenos paralelepípedos Ti, escolhemos um ponto arbitrário kkk z , y,x . Formamos a soma n k kkkk V z , y,xf 1 , onde kkkk z . y . x V é o volume do paralelepípedo Vk. Suponhamos, agora que planos paralelos aos planos coordenados são traçados, tornando as dimensões dos paralelepípedos cada vez menores. Nessa situação se n 1k kkkk n V z , y,xf lim existe, ele é chamado integral tripla de f (x, y, z) sobre a região T e representamos por: T Vd z) y,f(x, ou T dzdy dx )z,y,x(f Observação: As propriedades são análogas as integrais duplas. Exemplos: 7.4.2.1 – VOLUME DE SÓLIDOS POR INTEGRAÇÃO TRIPLA EM COORDENADAS CARTESIANAS O volume de um sólido limitado por superfícies, cujas equações são dadas, é determinado efetuando-se três sucessivas integrações. T V d V ou bz az )z(fy )z(fy )z,y(fx )z,y(fx 2 1 2 1 2 1 dz dy dx V Exemplos:
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