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DIREITO DO TRABALHO EMPREGADO X EMPREGADOR

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Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Administração
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DIREITO DO TRABALHO
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Disciplina: LEG. SOCIAL
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: RH
https://www.google.com.br/search?q=charge+sobre+empregado+x+empregador&rlz=1C1SAVM_enBR544BR544&espv=210&es_sm=122&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=o3AeU9rCCKXq0QHW4oDYCw&ved=0CCwQsAQ&biw=1366&bih=643
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TRABALHADORES
a. Urbanos – aqueles que desenvolvem atividades industriais, comerciais ou de prestação de serviços não relacionados à exploração agropastoril. 
b. Rurais – aqueles que desempenham atividades de exploração agropastoril, através da prestação de serviços não eventuais a empregador rural.
c. Domésticos – aqueles que prestam serviços de natureza não lucrativa em âmbito residencial;
d. Servidores Públicos Civis – aqueles mencionados no § 2º do artigo 39 da CF;
e. Militares – aqueles contemplados no § 11 do artigo 42 da CF.
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Preocupado com a possibilidade dos abusos do poder econômico do empregador no momento de contratar, o legislador trabalhista foi rigoroso na regulamentação dos direitos dos empregados. Por isso, o contrato de trabalho tem suas regras mínimas impostas por lei, uma vez que os contratantes não possuem igualdade econômica como acontece, via de regra, nos contratos de natureza civil, em que qualquer direito pode ser ajustado ante a livre autonomia de vontade (partes patrimonialmente iguais).
Como é sabido, estas regras impostas pela lei são de ordem pública, cogentes e imperativas. Logo, as partes não podem delas dispor. Tal fato limita sobremaneira a autonomia de vontade dos contratantes, reduzindo a capacidade de ajustar. 
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CONTRATO DE TRABALHO
Haverá contrato de trabalho sempre que uma pessoa física se obrigar a realizar atos, executar obras ou prestar serviços para outra e sob dependência desta, durante um período determinado ou indeterminado de tempo, mediante o pagamento de uma remuneração; quanto à relação de emprego, dar-se-á quando uma pessoa realizar atos, executar obras ou prestar serviços para outra, sob dependência desta, em forma voluntária e mediante o pagamento de uma remuneração, qualquer que seja o ato que lhe dê origem.
É o contrato de direito privado, consensual, sinalagmático (perfeito), comutativo, de trato sucessivo, oneroso e, regra geral, do tipo dos contratos de adesão.
O artigo 442 da CLT estabelece que contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à relação de emprego. 
O contrato de trabalho tem como conteúdo a relação de emprego que se estabelece entre empregador e empregado, tratando-se, portanto, de um negócio jurídico realizado entre empregado e empregador.
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CARACTERISTICAS DO CONTRATO DE TRABALHO
É contrato sinalagmático ou bilateral, com obrigações equivalentes; 
consensual, pois a lei não exige forma especial para sua validade; 
cumulativo, eis que equivalente as prestações combinadas; 
expresso (verbal ou escrito) ou tácito;
de trato sucessivo, que é relação de débito permanente; 
de prestação continuada; 
oneroso, pois a prestação de trabalho corresponde a prestação de salário;
subordinativo e de adesão. 
contrato concluído intuitu personae em relação à pessoa do empregado, em razão do caráter fiduciário que permeia a relação, e do elemento confiança inerente ao contrato de trabalho.
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CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
Quanto à forma: pode ser verbal ou escrito, a relação jurídica pode ser formada pelo ajuste expresso escrito, pelo ajuste expresso verbal ou pelo ajuste tácito; 
Quanto à duração: há contratos por prazo indeterminado e contratos por prazo determinado (CLT, art. 443); a diferença entre ambos depende simplesmente de ver se na sua formação as partes ajustaram ou não o seu termo final; se houve o ajuste o quanto ao termo final, o contrato será por prazo determinado; a forma comum é o contrato por prazo indeterminado. 
 
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 Será determinado quando:
O serviço justifica por sua natureza ou transitoriedade a prefixação do prazo. O serviço transitório surge em virtude do tempo ser limitado, a atividade neste caso tem que ser breve, como exemplo, podemos citar a contratação de pessoas para trabalhar na época do Natal. 
Quando se tratar de atividades empresariais de caráter transitório. 
Neste caso a atividade da empresa é breve e justifica o contrato a prazo, é que acontece nas atividades realizadas pelos circenses.
Mediante realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. Só é possível diante de circunstancias que justificaram o contrato a termo, o que ocorre, por exemplo, com o contrato de safra.
Contrato de Experiência. Este tipo de contrato irá fazer com que o indivíduo seja avaliado, verificar se o mesmo tem condições de exercer a atividade, verificando seu desempenho em determinada função.
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Contrato de trabalho individual: é o acordo, tácito ou expresso, formado entre empregador e empregado, para a prestação de serviço pessoal, contendo os elementos que caracterizam uma relação de emprego.
Contrato de trabalho coletivo: é o acordo de caráter normativo, formado por uma ou mais empresas com entidades sindicais, representativas dos empregados de determinadas categorias, visando a auto-composição de seus conflitos coletivos.
Contrato de trabalho de equipe: é aquele firmado entre a empresa e um conjunto de empregados, representados por um chefe, de modo que o empregador não tem sobre os trabalhadores do grupo os mesmos direitos que teria sobre cada indivíduo (no caso de contrato individual), diminuindo, assim, a responsabilidade da empresa; é forma contratual não prevista expressamente na legislação trabalhista brasileira, mas aceita pela doutrina e pela jurisprudência.
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Contrato de trabalho e contrato de sociedade: no contrato de trabalho, existe sempre troca de prestações entre o empregado e o empregador, sendo o primeiro subordinado ao segundo; no contrato de sociedade, há trabalho comum, e também a intenção comum dos sócios de compartilharem lucros e assumirem as perdas e os riscos do empreendimento (affectio societatis), inexistindo, além disso, qualquer vínculo de subordinação entre os sócios.
Contrato de trabalho e contrato de empreitada: no contrato de trabalho, existe vínculo jurídico de subordinação, sendo o empregado supervisionado pelo empregador, seu objeto é fundamentalmente o trabalho subordinado; no contrato de empreitada, a execução do trabalho não é dirigida nem fiscalizada de modo contínuo pelo contratante, seu objeto é o resultado do trabalho.
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 Contrato de trabalho e contrato de mandato: tanto em um como o outro existem vínculos de subordinação jurídica a quem remunera o serviço; no entanto, o vínculo de subordinação é mais acentuado no contrato de trabalho; o de mandato permite maior autonomia ao mandatário; a distinção consiste no grau de subordinação.
 
Contrato de aprendizagem é aquele firmado entre o empresário e o aprendiz obriga o primeiro a ministrar ensinamentos metódicos de ofício ao segundo, deve ser escrito e registrado na carteira de trabalho, tendo remuneração não inferior ao salário mínimo. 
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Este excesso de dirigismo estatal limitativo da autonomia dos contratantes também
ocorre em outros contratos, como o de seguro, transporte, locação, consumidor etc., logo, não é um fenômeno peculiar do Direito do Trabalho
Com razão De Page quando diz que a relação de emprego é contratualista e tem fortes características de contrato de adesão, mas não o é, pois é possível o empregado ter autonomia para ajustar benesses acima da lei.
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Os arts. 2o e 3o da CLT relacionam todos os requisitos necessários para a configuração da relação de emprego:
Art. 2º Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Art. 3º Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natUreza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário (grifos nossos).
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Para que um trabalhador urbano ou rural seja considerado como empregado, mister que preencha, ao mesmo tempo, todos os requisitos abaixo:
pessoalidade; 
subordinação; 
c) onerosidade; 
d) não eventualidade; 
e) o empregado não corre o risco do
 empreendimento.
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Via de consequência, a ausência de qualquer um destes requisitos descaracteriza o trabalhador como empregado.
Podemos então, de acordo com os pressupostos acima, conceituar empregado como toda pessoa física que preste serviço a empregador (pessoa física ou jurídica) de forma não eventual, com subordinação jurídica, mediante salário, sem correr os riscos do negócio.
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2. EMPREGADO URBANO OU RURAL 
2.1. Pessoalidade	
O contrato de emprego é pessoal em relação ao empregado. Isto quer dizer que aquele indivíduo foi escolhido por suas qualificações pessoais ou virtudes (formação técnica, acadêmica, perfil profissional, personalidade, grau de confiança que nele é depositada etc.). 
É contratado para prestar pessoalmente os serviços, não podendo ser substituído por outro qualquer de sua escolha, aleatoriamente. Todavia, pode o empregador pôr um substituto de sua escolha ou aquiescer com a substituição indicada pelo trabalhador. Isto quer dizer que o contrato é firmado com certa e determinada pessoa.
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O trabalhador é sempre uma pessoa física, isto se explica porque o trabalho se constitui numa obrigação de fazer inseparável da pessoa humana, o que consequentemente acarreta a intervenção do Estado, minimizando a autonomia das partes, impondo normas para tutelar seus direitos fundamentais.
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Pessoalidade ou caráter intuitu personae significa que é aquela pessoa física escolhida quem deve executar o serviço contratado porque o contrato de trabalho é intransmissível. 
Assim, o empregado não pode, quando bem entender, mandar o amigo, o vizinho, o pai ou o irmão no seu lugar para trabalhar. 
Na verdade, o que é pessoal é o contrato efetuado entre aquele empregado e o seu empregador porque este negócio jurídico é intransmissível. Porém, a execução do serviço, o trabalho em si, pode ser transferida a outro trabalhador, a critério do patrão.
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A pessoalidade não quer dizer que o trabalho só poderá ser desenvolvido, com exclusividade, por aquele empregado, e nenhum outro. 
Na verdade, o empregador poderá trocar de empregado, seja para substituí-lo no posto de trabalho, seja para cobrir suas faltas, férias ou atrasos. 
Isto significa que o obreiro pode ser trocado por outro empregado, por escolha do empregador ou com o consentimento deste, mas não pode se fazer substituir livremente por alguém da sua própria escolha, estranho aos quadros da empresa e sem o consentimento do patrão.
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A repetição dos serviços de um mesmo empregado para um mesmo tomador, seja de forma contínua (todos os dias) ou intermitente (alguns dias da semana, quinzena ou mês, mas durante longo período) comprova a pessoalidade daquele trabalhador.
Desta forma, o músico que comparece toda quinta-feira na casa de show durante anos, executa o trabalho pessoalmente, apesar de os colegas trabalharem em outros dias. O profissional que trabalha quinzenalmente para determinado empresa, durante anos a fio, executa trabalho pessoal, apesar do corpo de advogados de trabalho contínuo do próprio escritório. O garçom que trabalha apenas aos sábados e domingos no restaurante, todas as semanas, também executa trabalho pessoal.
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A prestação dos serviços é pessoal, pois só a pessoa humana presta serviços. Quis dizer, na verdade, que o contrato é pessoal.
Personalíssima é aquela obrigação que só pode ser realizada pelo contratado e mais ninguém e, portanto, extingue se o contratado não a executar, ressaltando que ninguém mais poderá fazê-lo por ele. 
A obrigação personalíssima ou infungível não admite a substituição do obrigado, pois depende da atuação pessoal do devedor (empregado). Não sendo executada pelo obrigado (empregado) a obrigação converte-se em perdas e danos – art. 247 do CC.
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Há obrigações em que um número indeterminado de pessoas possui habilidade para executá-las, pois fungíveis. Entretanto, há outras em que a obrigação de fazer (prestar o serviço) é contraída exclusivamente por valores intrínsecos da pessoa do obrigado, como: fama, talento, interpretação, criação, habilidade, parentesco etc. 
Estas são as obrigações infungíveis ou de caráter personalíssimo. 
Assim, quando se contrata um atleta, um artista, ou o médico em face da sua experiência e currículo, não pode outro executar o serviço contratado, porque infungível aquela obrigação de fazer.
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Ora, o contrato de trabalho recai sobre a pessoa do trabalhador, o que quer dizer que ele deve responder pessoalmente pela obrigação de prestar os serviços. Todavia, poderá ser facilmente substituído em casos de faltas, atrasos, férias, repou- sos, folgas etc., desde que por outro trabalhador com a habilidade necessária para aquele trabalho e de escolha ou aceitação do patrão. Isto quer dizer que o serviço não é personalíssimo, mas tão somente o contrato com cada empregado. 
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Todavia, o contrato, além de pessoal, pode prever um tipo de obrigação personalíssima, isto é, que só poderá ser desenvolvida pelo contratante e mais ninguém, como, por exemplo, o contrato de emprego firmado entre uma clínica de cirurgia plástica e o Ivo Pitangui. 
Só ele pode executar o serviço, pois o cliente, quando procura a clínica, quer ser operado por ele, exclusivamente. Isto é excepcional.
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A pessoalidade é percebida ou comprovada pela repetição no tempo dos serviços por um mesmo trabalhador, isto porque o fato de uma mesma pessoa ter executado o serviço por meses ou anos comprova que o contrato foi dirigido à pessoa do trabalhador, impedindo assim que qualquer outro possa executá-lo com aquele mesmo contrato.
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Em virtude disto, afirmamos que o contrato de trabalho tem caráter pessoal, o que pode ser comprovado pela intenção expressa das partes (contrato escrito ou oral) ou pela simples repetição
da mão de obra no tempo por uma mesma pessoa. O trabalho em si não é uma obrigação personalíssima, pois pode ser executado por outros, o que é personalíssimo é o contrato de emprego ou a obrigação que dele decorre.
A Súmula no 159, I, do TST reflete esta posição, pois permite, de forma clara, a substituição do empregado em razão de suas férias, o que demonstra o caráter pessoal da relação de trabalho e não personalíssimo.
Súmula no 159 do TST: Substituição de caráter não eventual e vacância do cargo.
I – Enquanto perdurar a substituição que não tenha caráter meramente eventual, inclusive nas férias, o empregado substituto fará jus ao salário contratual do substituído. 
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A repetição da mão de obra de um mesmo trabalhador para um tomador pode caracterizar a pessoalidade ou o trabalho não eventual.
Autônomo é o trabalhador que explora seu ofício ou profissão com habitualidade, por conta e risco próprio. A palavra habitualidade tem o conceito temporal, ou seja, que a atividade é exercida com repetição. 
O exercício da atividade é habitual em relação ao trabalhador (que tem constância e repetição no seu labor) e não em relação a cada tomador, como é o caso do empregado, cuja necessidade de sua mão de obra para o empregador é permanente. Normalmente executa seus serviços para diversos tomadores (clientela variada), sem exclusividade, com independência no ajuste, nas tratativas, no preço, no prazo e na execução do contrato. Corre o risco do negócio e não tem vínculo de emprego.
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Serão autônomos quando exercerem sua profissão como atividade econômica de sobrevivência, por conta própria, assumindo todos os riscos desta atividade. 
Serão empregados quando preenchidos os requisitos previstos nos arts. 2o e 3o da CLT.
A Lei no 7.316/85 não estabelece que os profissionais liberais são empregados, já que tal fato só ocorrerá quando presentes os elementos dos arts. 2o e 3o da CLT; apenas equipara a atuação dos sindicatos dessa categoria com a dos sindicatos de categorias diferenciadas.
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TRABALHADOR AVULSO PORTUÁRIO E NÃO PORTUÁRIO 
A palavra “avulso” deriva do latim avulsus, que significa separar, destacar, desligar.
Avulso é o trabalhador normalmente intermediado pelo sindicato ou pelo OGMO, para prestar serviços a tomadores diversos, sem pessoalidade, em sistema de rodízio. Outra característica do avulso é o pagamento em forma de rateio pro- cedido pelo sindicato ou OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra). 
Portanto, os avulsos não são empregados. Mesmo assim, têm os mesmos direitos dos demais trabalhadores com vínculo de emprego (art. 7o, XXXIV, da CRFB).
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De acordo com o art. 9o, VI, do Decreto 3.048/99: avulso é “aquele que, sindicalizado ou não, presta serviços de natureza urbana ou rural, a diversas em- presas, sem vínculo empregatício, com a intermediação obrigatória do órgão gestor de mão de obra, nos termos da Lei no 8.630, de 25 de fevereiro de 1993,21 ou do sindicato da categoria (...)”.
O trabalhador avulso pode ser portuário ou não portuário.
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TRABALHADOR TEMPORÁRIO
O trabalhador temporário é o contratado sob a égide da Lei no 6.019/74 e pelo Decreto no 73.841 de 13/03/74, por uma empresa prestadora de mão de obra para executar seus serviços para um tomador, sem que isto importe em vínculo de emprego com a empresa cliente. 
O trabalhador temporário é empregado da empresa temporária, que pode ser pessoa física ou jurídica urbana, e tem os direitos previstos no art. 12 da Lei no 6.019/74 e na CLT, desde que compatíveis.
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Os principais requisitos para validade deste contrato são:
a) contrato escrito entre empregado e empregador (empresa intermediadora de mão de obra);
b) contrato (civil) escrito entre a empresa prestadora e a tomadora, con- tendo o motivo da contratação;
c) duração máxima de três meses, salvo autorização do Ministério do Trabalho, desde que não exceda seis meses.
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TRABALHADORES INTELECTUAIS
Com a proletarização do trabalho intelectual, algumas atividades foram deslocadas para outros setores. 
Os trabalhadores intelectuais que até então, laboravam de forma independente (autônomos), passaram à condição de empregados de grandes empreendimentos. 
Daí, multiplicaram-se os profissionistas.
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ALTOS EMPREGADOS OU EMPREGADOS DE CONFIANÇA 
 “Exerce a representação comercial autônoma a pessoa jurídica ou pessoa física, sem relação de emprego, que desempenha, em caráter não eventual por conta de uma ou mais pessoas, a mediação para a realização de negócios mercantis, agenciando propostas ou pedidos, para transmiti-los aos representados, praticando ou não atos relacionados com a execução dos negócios” (art. 1o, caput, da Lei no 4.886/65).
As distinções entre o representante comercial (Lei no 4.886/65) e o vendedor, viajante ou pracista empregado (Lei no 3.207/57) são poucas, mas fundamentais. Por isso, toda a atenção é necessária para distingui-los, já que o primeiro não tem vínculo de emprego e o segundo tem.
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SUCESSÃO
A sucessão de titulares da empresa está prevista no art. 10 e art. 448 da CLT e não se aplica ao doméstico seja porque o empregador doméstico não é empresário, seja porque o doméstico está excluído da CLT – art. 7o, a, da CLT.
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COOPERADO X COOPERATIVA 
É a associação voluntária de pessoas que contribuem com seus esforços pessoais ou suas economias, a fim de obter para si as vantagens que o grupamento possa propiciar.
A palavra cooperativa nos leva ao verbo cooperar que significa atuar em conjunto com outras pessoas para um mesmo fim; contribuição com esforços pessoais ou materiais para atingir uma finalidade comum ao grupo. 
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As cooperativas podem ser de crédito, quando se destinarem ao empréstimo em condições mais vantajosas que as do mercado; de consumo, quando seu objetivo for a aquisição de produtos alimentícios, caseiros, eletrônicos etc.; de produção, quando sua destinação estiver ligada à produção pecuária, agrária, mineira etc.; em forma de consórcio, quando se destinarem à venda facilitada de veículos ou outros produtos etc. 
COOPERATIVA DE “FACHADA”. INTERMEDIAÇÃO DE Mão de obra. VÍNCULO COM O TOMADOR. A presença dos requisitos caracterizadores da relação de emprego entre o “cooperado” e o tomador comprova a fraude da condição de cooperado, máxime quando os serviços são essenciais ao tomador. Ac. (unânime) RO.01410-2003-005-01-00-5. TRT. 1a Reg. 8a T. Rel. Juíza Vólia Bomfim Cassar, sessão do dia 27/07/2005.
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ESTAGIÁRIO
O estágio era regido pela Lei no 6.494/77 e pelo Decreto 87.497/82. Hoje o estágio está regulado pela Lei no 11.788/2008. Quando não existia regramento legal disciplinando a matéria, o Ministério do Trabalho regulava as relações entre estagiário e a parte concedente do estágio (tomador) através da Portaria no 1.002/67, hoje superada pela Lei.
Considera-se estagiário o estudante que, sem vínculo de emprego, presta servi- ços a uma pessoa jurídica, que lhe oferece um procedimento didático-profissional, que envolve atividades
sociais, profissionais e culturais, através da participação em situações reais de vida e de trabalho, sob a coordenação da instituição de ensino, estágio curricular
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5. MÃE CRECHEIRA, MÃE SOCIAL, MÃE SUBSTITUTA
A atividade de mãe social foi criada no Brasil pela Lei no 7.644/87, com o objetivo de acolher um menor abandonado, dar-lhe educação e receber, em contrapartida, um incentivo financeiro por isso.
Trata-se de trabalho de cunho social que visa diminuir o abandono de crianças no Brasil e segue o mesmo princípio do conhecido sistema de intercâmbio cultural, onde a pessoa que recebe o adolescente no exterior, e o educa, tem isenções fiscais e benefícios locais.
Antes da Lei no 7.644/87 já havia algo parecido no Brasil, que eram as “mães crecheiras”, que trabalhavam em creches ou em instituições como a LBA65 e a Febem, e recebiam, em alguns casos, pequenos benefícios como um lanche ou ajuda para o transporte.
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Mãe social é aquela que se dedica à assistência do menor abandonado, dentro do sistema de casas-lares. São requisitos para a admissão: idade mínima de 25 anos; boa sanidade mental e física; ter o ensino fundamental; ter sido aprovada pela Legião asileira de Assistência. Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor.
As casas-lares, quando agrupadas, formam creches e associações, sendo que a Lei no 7.644/87 estabelece, no art. 3o, o limite de 10 menores por mãe social.
O exercício da profissão de mãe social, após o processo de seleção e estágio, acarreta o vínculo de emprego, devendo ser anotada a CTPS. 
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TRABALHADOR ESTRANGEIRO
O estrangeiro só pode exercer atividade remunerada no Brasil se obtiver autorização para tanto, através de visto temporário ou definitivo (arts. 13 até 16 da Lei no 6.815/80), ou na forma determinada pelo Conselho Nacional de Imigração.
Temporário, nos casos de contratação de artista ou desportista, cientista, professor, técnico ou profissional de outra categoria, ministro religioso, correspondente de jornal, revista etc. (Decreto-Lei no 691/69).
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TRABALHO VOLUNTÁRIO
A Lei no 9.608/98 denominou de trabalho voluntário “a atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive mutualidade” (art. 1o).
TRABALHO DO PRESO
Não há vínculo de emprego entre o preso e o Estado, seja porque não aprovado em concurso público (art. 37, II, da CRFB), seja porque a lei expressamente se ma- nifesta nesse sentido – art. 28, § 2o, da Lei no 7.210/84 (Lei de Execução Penal).
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Empregador “por Equiparação”
De acordo com o art. 2o da CLT: Art. 2o (...)
§ 1o Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados (grifos nossos).
Percebe-se no § 1o do art. 2o da CLT que o legislador utilizou a expressão “equiparam-se”.
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 EMPREGADOR
O legislador considerou que a “empresa” é a empregadora e não a pessoa física ou jurídica.
Portanto, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas e outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados, devem ser considerados empregadores para todos os efeitos e não somente para os “efeitos exclusivos da relação de emprego”. Assim também a jurisprudência majoritária.
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RECURSO DE REVISTA. GRUPO ECONÔMICO. ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS. CONFIGURAÇÃO. Para caracterizar-se grupo econômico, não é essencial o exercício de atividade lucrativa por parte de seus integrantes. Exegese combinada dos §§ 2o e 1o do art. 2o da CLT. Recurso de revista a que se nega provimento. TST-RR-590609/99 – Rel. Designado: Ministro Gelson de Azevedo. DJU 16/04/2004.
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Empresa e Estabelecimento
Estabelecimento é o conjunto de bens corpóreos e incorpóreos que instrumen- talizam e realizam a empresa – art. 1.142 do CC.
Empresa é a unidade econômica produtiva organizada e como tal seu conteúdo é abstrato. Evaristo de Moraes Filho14 a conceitua como organização de trabalho alheio.
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Bibliografia:
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do Trabalho, 8ª edição. Método, 05/2013. VitalBook file.
Charges: 
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