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Pacientes tem mais acesso a informação - internet, livros, mídia (sensacionalista) Postura mais questionadora Código de defesa do consumidor – relações de consumo entre profissional (prestador de serviço) e paciente (consumidor) A doutrina jurídica considera o paciente como parte desfavorecida nas relações sociais. Código civil de 2002, Art. 186 e 187: Obrigação de reparar o dano provocado a outrem, seja por ato próprio, ou por terceiro por quem tem a obrigação de zelar. Ato Ilícito Ação comissiva ou omissiva, imputável ao agente, danoso para o lesado e contrário a ordem jurídica. Aquele que violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. É o dever do profissional reparar um dano causado a um paciente, seja o sujeito passivo ou ativo, seja por coisa ou animal ou por imposição legal. Erro profissional Dano ao paciente RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL CIVIL Reparação do dano PENAL Lesões corporais causadas ÉTICO Conduta profissional regulada conselho ADMINISTRATIVO Dentista concursado AÇÃO PENAL Sujeito à pena de detenção, podendo ser convertida em prestação de serviços à comunidade. Julgado • lesão corporal culposa • omissão de socorro • exercício ilegal da profissão AÇÃO CIVIL Ressarcir o paciente pelo dano causado Valor estabelecido pelo juíz Ação Ética Advertência Censura Suspensão 30 dias Cassação carteira profissional Para que o CD seja responsabilizado juridicamente por fato danoso em um paciente, deve ser tal fato imbuído de três requisitos (Código civil art.186): CONDUTA DO AGENTE NEXO CAUSAL DANO OCASIONADO PELA CULPA ODONTOLÓGICA ▪ “Diz respeito à ação comissiva ou omissiva do agente” ▪ É necessário que o profissional seja legalmente habilitado e em exercício da Odontologia DANO PATRIMONIAL MORAL ESTÉTICO EMERGENTE DE LUCRO CESSANTE PSICOLÓGICO Físico ▪ “É o laço que interliga a CAUSA (não execução da obrigação) ao EFEITO (dano provocado)” ▪ Sem sua comprovação o dano não é ressarcido A culpa odontológica: Dolosa (intenção) Culposa: Negligência Imperícia Imprudência NEGLIGÊNCIA É entendida como a OMISSÃO quanto às regras de conduta que obrigam agir com atenção, solicitude, capacidade e discernimento. Falta de atenção ou de cuidado. PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR TELEFONE FALTA DE CUIDADOS NA ASSEPSIA DO INSTRUMENTAL ESQUECIMENTO DE CORPO ESTRANHO DENTRO DO DENTE DEIXAR DE ENCAMINHAR PACIENTE QUE NECESSITA DE OUTRA INTERVENÇÃO Negligência Negligência ▪ Deixar de orientar paciente nos cuidados pós-operatórios; ▪ Omissão na solicitação de exames complementares IMPRUDÊNCIA ▪ É a AÇÃO PRECIPITADA NÃO CAUTELOSA, sem se preocupar com as consequências nocivas. ▪ Excesso de confiança na sua habilidade Realização de cirurgias de maior complexidade em curto tempo; Utilização de técnica cirúrgicas não aprovadas cientificamente; („afoito‟) IMPERÍCIA É proceder SEM o conhecimento técnico necessário para fazer tal procedimento o realiza fora do ramo de sua competência. Prática de intervenção de maior complexidade em especialidade na qual não está habilitado em vez de encaminhar pra especialista; Fratura de mandíbula durante exodontia; Lesão de nervo por técnica incorreta da anestesia; Código Civil – 2002 Art. 951 “ É devida indenização por aquele que no exercício profissional, por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente, agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho. RELAÇÃO ENTRE AS PARTES TIPO DE OBRIGAÇÃO ANÁLISE DA CULPA Contratual Extracontratual Meio Resultado Subjetiva Objetiva Responsabilidade subjetiva • Ação culposa do ofensor • Existência do dano • Nexo de causalidade entre a ação e o dano Responsabilidade objetiva • Dano • Nexo de causalidade RESPONSABILIDADE SUBJETIVA para os profissionais da saúde - Código Civil - Art. 951 Considerando que a responsabilidade do CD é subjetiva, sendo necessária a caracterização da culpa, o paciente não comprovando culpa, não há como responsabilizar o profissional se este demonstrar que agiu em acordo com os procedimentos técnicos recomendados. Responsabilidade objetiva: Empresas, Planos odontológicos, Pessoas jurídicas. O paciente deve apenas provar que o dano é proveniente do tratamento, independente da CULPA dos profissionais; Na condição de empregado, o CD responderá apenas em caso de culpa. PESSOA FÍSICA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA TEM QUE APRESENTAR CULPA PESSOA JURÍDICA RESPONSABILIDADE OBJETIVA NÃO HÁ CARACTERIZAÇÃO DE CULPA CDC - Art. 14, Parágrafo 4º “A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.” OBRIGAÇÃO DE MEIO: Obrigação não se vincula ao resultado final Ônus da prova – paciente deve provar o erro do CD “Fica obrigado que o CD se comprometa a pôr todos os seus conhecimentos de que dispões a serviço de seu paciente. Pois, por mais capaz que seja NÃO tem condições de GARANTIR a restituição integral de um paciente.” OBRIGAÇÃO DE RESULTADO: Obrigação de atingir determinado resultado Inversão do ônus da prova – CD tem que provar que não tem culpa “Pouco importa se houve ou não culpa do profissional, o que realmente interessa é se o resultado foi ALCANÇADO.” Meio: CBMF, endodontia, ortodontia, PNE Resultado: Dentística, radiologia, odontologia em saúde coletiva, patologia bucal Mista: Periodontia, prótese, odontopediatria, ortodontia Rodrigues et al, 2006; Fernandes, 2010 Contrato é um instrumento para formalizar a responsabilidade civil do CD, se de MEIO ou de RESULTADO RESPONSABILIDADE CONTRATUAL • CONTRATO escrito, verbal ou TÁCITO RESPOSABILIDADE EXTRACONTRATUAL CONTRATO TÁCITO ▪ É estabelecido no momento em que um paciente adentra o consultório de um profissional da Odontologia, com o fim de ser submetido a um tratamento. ▪ Não é um contrato escrito, decorre da simples relação de confiança profissional-paciente RESPOSABILIDADE EXTRACONTRATUAL ou AQUILIANA Ocorre em casos onde o paciente não tem condições de escolher o profissional e muito menos assinar qualquer tipo de contrato ou escolher tratamento. Emergências. O profissional NÃO se eximirá da responsabilidade Responsabilidade contratual Obrigação de MEIO ou de RESULTADO Responsabilidade extracontratual Obrigação de MEIO CÓDIGO CIVIL – Art. 206 • Prescreve em 3 anos a pretensão de reparação civil CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR – Art. 27 • Prescreve em 5 anos, iniciando a contagem do prazo a partir do conhecimento do dano Jurisprudência se inclina pela manutenção do prazo de 5 anos, observado no Código de Defesa do Consumidor, por ser mais favorável ao paciente e por ser uma lei especial. • RAIO ATINGINDO EQUIPAMENTO DURANTE ATENDIMENTO CASO FORTUITO • QUEBRA DE EQUIPAMENTO • NÃO POR FALTA DE MANUTENÇÃO FORÇAMAIOR • EXCLUSIVA OU CONCORRENTE • COOPERAÇÃO DO PACIENTE X SUCESSO DO TRATAMENTO CULPA DA VÍTIMA • ASB e TPD FATO DE TERCEIRO MELHORAR SUA FORMAÇÃO, TÉCNICA E CIENTÍFICA BUSCAR RELAÇÃO HARMONIOSA COM O PACIENTE ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA PREENCHER CORRETAMENTE DOCUMENTAÇÃO (MEIOS DE PROVA) TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Não criar expectativa no paciente – Fotos com resultado final, DSD... Falhas na comunicação: Falta de esclarecimento sobre as limitações do tratamento Falta de troca de ideias sobre alternativas de tratamento Falta de discussão sobre valores financeiros dos procedimentos “Estará assinando uma confissão tácita de insegurança profissional” Excesso de confiança?
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