Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PATOLOGIA CLÍNICA E CIRÚRGICA Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4 Cuidados Pré e Pós Cirúrgicos PRÉ-CIRÚRGICO Objetivos: Determinar o risco do paciente Traçar prognóstico Elaborar plano de tratamento Obter dados para comparações pós-cirúrgicas Anamnese Queixa Sinais clínicos Dieta Rotina de exercícios Ambiente Histórico de doenças Tratamentos prévios Medicações: anti-inflamatórios, antibióticos, anticonvulsivantes. Por quanto tempo? Vacinação Vômito Diarreia Apetite Exposição a toxinas ou objetos estranhos Exame físico. Condição corporal Atitude/estado mental Traumatizado ABC (Airways, breathing, Circulatory status). Exame neurológico – ao menos o básico pra saber se o animal está andando. Exame ortopédico. Classificação ASA (American society of anesthesiologists). CLASSIFICAÇÃO ESTADO DO ANIMAL EXEMPLOS ASA I normal, sem doença sistêmica Cirurgias eletivas, castração ASA II doença sistêmica leve, sem limitação funcional Fratura, luxação, tumor de mama ASA III doença sistêmica grave que limita a atividade, mas não é incapacitante Piometra aberta, pneumonia, anemia, sopro cardíaco, desidratação, compactação equino. ASA IV doença incapacitante de ameaça constante a vida ICC, IRA ou IRC, IH, hemorragia grave, vólvulo intestinal equino, DVG. ASA V moribundo, pouca expectativa, com ou sem cirurgia Choque séptico, MOFS, poli traumatismo grave, ruptura intestinal no equino. E identifica a cirurgia como emergência Bioquímica Sérica Ureia Alta – azotemias pré-renal, doença renal ou azotemias pós-renal. Baixa – insuficiência hepática, dieta de baixa proteína, PUPD Creatinina Alta – desidratação, uroabdomen, ruptura de uretra, trauma muscular grave. Alta de ALT (TGP) Doença hepatocelular Magnitude não reflete diagnóstico nem prognóstico. Corticoide e fenobarbital aumentam TGP. Baixa de Albumina Doença hepatocelular Perda renal Perda intestinal Alta de Fosfatase Alcalina Doença hepática Doença biliar Esteroides Fenobarbital Animal em crescimento Animal sem alterações clínicas. Alta de bilirrubina Doença hepatocelular Colestase/obstrução extra hepática Anemia hemolítica Sepsis severa (SIRS – MODS) SIRS > MODS > MOFT > ÓBITO (procurar significado) Hipercalcemia (Ionizado) Sindrome paraneoplásica Hipervitaminose D Hiperparatireoidismo primário Hipoadreno (Adson) IRC Doença granulomatosas? Hiperfosfatemia Normal em animais em crescimento IRA ou IRC Hipofosfatemia Excesso de insulina. Volta da alimentação (refeeding síndrome) Hiperglicemia Diabetes melittus Stress em gatos (200-400 mg/dL) Hipoglicemia Doença hepática Neoplasia SIRS Hipoadreno (Adson) Jejum em neonatos – no máximo 4 horas. Hipernatremia Diabetes insipidus Vômito, diarreia, IR, Fluidoterapia errada. Hiponatremia Diarreia Fluidoterapia errada Vômito NaCl 0,9% no soro fisiológico. 154mEq/L Concentração normal de Na no sangue: 135-145 Concentração de Cl = 100-108 Dando esses eletrólitos em excesso. Hipercalemia Adson IR Uroabdome, ruptura de uretra Obstrução do trato urinário Hipocalemia Diarreia Fluidoterapia errada Vômito, diuréticos. Herbívoros – equinos e ruminantes, consomem pastagens verdes que são ricas em K e o K é absorvido passiva e livremente no tecido gástrico. Uma dieta muito rica em K eu preciso ter um mecanismo de eliminação muito eficiente, 24 horas de jejum é o suficiente para causar depressão de K nesses animais. Hiperlactatemia SIRS (MODS – MOFS) Desidratação Estabilização do paciente Repor fluidos e eletrólitos. Restabelecer equilíbrio ácido-base. Melhorar estado nutricional em pacientes eletivos. Hipóxia Dispneia, taquipneia, ortopneia, taquicardia, cianose. Nível ideal de oxigênio = acima de 90. Oxigenoterapia 6 a 10 L/hora 50 mL/kg/min Manter a saturação maior que 90% Fluidoterapia Em pacientes hipovolêmicos 60-90 ml/kg (cão) 45-60 ml/kg (gato e cavalo) 20ml/kg em bolus e acompanhar a queda do lactato. Hemoderivados Sangue total – 20-22ml/kg Plasma – 10-20ml/kg coag, 45 – 1g/dl alb. Papa de hemácia – 6-10ml/kg (quando eu preciso só de hemácia, separando ela do plasma) Albumina humana 25% Coloides: albumina < 1,5g/dl; etamilo; plasma; albumina sérica humana; 20 ml/kg/dia. Solução salina hipertônica (NaCl 7,5%) – 4ml/kg (usado para elevar a pressão, eleva-se o débito cardíaco e causa vasopressão). Antibiótico Profilaxia Justificativa Mesmo em condições ideais, % infecção não é = 0. Fatores inerentes a resposta imune x carga bacteriana. Prevenção da invasão de microrganismos antecipadamente esperados no local cirúrgico. Critérios para utilização: Risco de infecção alto (limpo contaminado – contaminado – sujo) Infecção pode acarretar consequências ameaçadoras da vida (neurocirurgia) ou desastres cirúrgicos (implantes). Ponto chave Seleção, tempo de aplicação, descontinuação; Local cirúrgico Patógenos Comuns Trato gastrointestinal Esôfago, estômago, duodeno Bacilos Gram – Coccos Gram + Trato Biliar Bacilos Gram – Enterococcus Clostridium Cólon, reto Bacilos Gram – Enterococcos Clostridium e outros anaeróbios Trato geniturinário Bacilos Gram – Enterococcus Sistema Nervoso Central Staphylococcus Oftálmicas Staphylococcus Streptococcus Bacilos Gram – Ortopédicas Staphylococcus MRSA – superbactéria que infecta: humanos, cães, gatos, cavalos etc. Seleção Efeito contra o organismo esperado Estar em concentrações efetivas no local a ser operado Uso intravenoso preferencialmente Bacteriostáticas x Bactericida CIM – concentração inibitória mínima – concentração na qual eu inibo a replicação bacteriana, mas não mato a bactéria. CBM – concentração bactericida mínima – concentração para matar 99,9% das bactérias. Proporção CMB/CIM < 4 são bacterianas. Tempo de aplicação Dentro de 1 hora da incisão da pele Repetir a dose a cada 1 a 2 meias vidas. CUIDADOS PÓS-CIRÚRGICOS Objetivos: Normalizar a homeostase Prover analgesia Identificar complicações Prover nutrição Evitar interferência - Fluidoterapia Eletrólitos Eq. Ácido base Lactato - Manter temperatura - Mudança de decúbito x ansiedade. Observar respiração: respiração é diferente de movimento respiratório, saturação de oxigênio. Observar estado mental: demora de retorno, convulsões; Observar hemorragias: mucosas pálidas, saturação de oxigeno baixa, pulso fraco, FC alta, TPC aumentado, acompanhar hematócrito e US abdominal. Desnutrição proteico-calórica Atrofia de músculos e órgãos Imunossupressão – começa em mais de 24 horas de jejum. Cicatrização insuficiente Anemia Hipoproteinemia Morte Impedimento Anorexia Mal absorção Catabolismo (aumento da demanda) Stress Neoplasias Cálculo BEM (energia metabolizável basal) < 2kg de peso BEM (Kcal/dia) = 70 x (peso)0,75 > 2kg de peso BEM (Kcal/dia) = 30 x (peso) + 70 Cálculo BEM x Fator de correção Repouso em jaula 1.00 - 1.25 Stress pós cirúrgico 1.25 - 1.35 Trauma ou câncer 1.35 – 1.50 Sepsis 1.50 – 1.70 Grandes queimaduras 1.70 - 2.00 Nutrição Fornecimento Parenteral Enteral Tubo nasoesofágico Tubo por faringostomia Tubo por esofagostomia (mais utilizado) Tubo por gastrostomia Tubo por enterostomia. Evitar interferência O uso de colares para dar maior segurança aos animais. Conclusões A cirurgia não começa na incisão e não termina na sutura.
Compartilhar