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DOENÇAS INFECCIOSAS Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4 Leptospirose Doença infectocontagiosa sistêmica de origem bacteriana causada por uma espiroqueta patogênica do gênero Leptospira, caracterizada por febre, icterícia, alterações hepáticas e renais, mialgias Sinonímia: Febre dos pântanos, doença dos arrozais, febre dos alagadores, síndrome de Will. Importância em saúde pública: é uma antropozoonose (transmitida ao homem principalmente através do contato com coleções de água, contaminadas com urina de ratos infectados) É uma doença sazonal que ocorre principalmente na época das chuvas no verão, que há enchentes e alagamentos que facilitam a propagação da bactéria. Notificação compulsória. Importância econômica: gato não manifesta a doença, praticamente é refratário, mas pode ser contaminado e ser reservatório. A leptospirose no cão se não tratada corretamente pode ser tornar letal, e nos humanos também. Atinge rins, fígado, baço. Em bovinos e suínos (animais de produção) cursa com quadro crônico para subclínico, caracterizado por uma doença reprodutiva como aborto, crias fracas, retenção de placenta Ordem Spirochaetales – Família Spirochaetaceae – Borrelia spp Ordem Spirochaetales – Família Leptospiraceae – Leptospira spp Epidemiologia: Distribuição mundial Espécies susceptíveis Sinantrópicos: ratos e camundongos Domésticos: cães, bovinos, suínos, equinos, ovinos e caprinos. Homem: hospedeiro terminal e acidental. Reservatórios: animais domésticos e silvestres (gambás, preás, raposas, morcegos e roedores), portadores ou convalescentes. Pode ser endêmica ou epidêmica. Tem mortalidade alta e baixa morbidade Biovares mais importantes nas espécies: Cão: canícola e icterohaemorragiae Homem: icterohaemorragiae Leptospira interrogans Sorovares Reservatórios Primários Hospedeiros L. icterohaemorhagiae Rattus norvegicus Bov, Sui, Equi, Cão e homem L. canicola Cães Bov, Sui, Equi, Cão e homem L. pomona Suínos e bovinos Suí, Bov, Ovi, Equi L. grippotyphosa Animais silvestres Bov, Sui, Equi, Cão e homem L. hardjo Bovinos Bovinos Sensibilidade: Dessecação, pH ácido, radiação solar e temperaturas baixas (menor que 7) ou altas (maiores que 37°C) Via mais frequente de infecção: pele ou mucosa Oivnos: L hardjo, leptospirúria por até 11 meses, os animais infectados por leptospira, frequentemente eliminam a bactéria na água. Quando o gado susceptível, bebe água contaminada, a leptospirose pode ser disseminada. Porta de entrada: Boca, pele e mucosas Eliminação: Descarga uterina, placenta, anexos fetais, fetos abortados, leite (mastite por vi ascendente) A urina é a principal via de eliminação pela água ou pelo solo molhado, podendo contaminar os ratos marsupiais, que são os reservatórios e eliminam a bactéria na sua urina que vai para aágua ou solo molhado e contamina os humanos de forma sazonal e relacionada aos afazeres ocupacionais, ainda contamina bovinos, suínos, equinos, caprinos e ovinos sendo uma doença aguda, que vai causar abortos e infecção congênita. V8: parvovirose, cinomose, leptospirose, hepatite infecciosa caninca, adenovirose, rotavirose, coronavirose. Contem antígenos para canícola e icterohaemorragiae Já a vacina V10 contém antígenos a mais para leptospiras pomona e grippothyfose, feitas para animais que convivem com outros animais de produção (suínos e bovinos) Portador renal elimina a leptospirose no ambiente pela urina. Vias de transmissão: contato direto (hábitos de limpeza), sistema respiratório, venéreo, uterina, mamária. Estão diretamente relacionadas com a eliminação e persistência da leptospira no ambiente Patogenia: fonte de infecção hospedeiro leptospiremia Período de Incubação: 2 a 12 dias Órgãos diversos: Sistema Fagocítico Mononuclear, fígado, rins, baço, causa lesão endotelial aguda (CID – coagulação intravascular disseminada) Lesão renal: Insuficiência renal aguda Nefrite Síndrome clínica associada com o declínio rápido na função renal Sinais clínicos em função da incapacidade de excreção adequada de resíduos metabólicos e regulação do equilíbrio hidroeletrolítico. Perfil bioquímico: ureia sanguínea, creatinina sérica, enzimas hepáticas: ALT, AST, FA. Hematúria, proteinúria, piúria, bilirrubinúria, glicosúria. Exames: hemograma completo, no leucograma há neutrofilia Perfil renal, perfil hepático, na ultrassonografia há hepato e esplenomegalia, urinálise, sorologia (há microaglutinação em lâmina, e observação em campo escuro) Leptospirúria por tempo prolongado (até mesmo após a remissão completa dos sintomas clínicos) Tratamento pode ser ineficaz devido a relação espécie hospedeira. Ovinos infectados por Leptospira hardjo, podem apresentar leptospirúria por até 11 meses. Há um quadro de insuficiência renal nos bovinos que não é tão frequente como nas outras espécies. Lesão hepática Insuficiência hepática aguda (ocorre quando uma lesão grave súbita compromete pelo menos 70 a 80% do tecido hepático funcional). Comprometimento dos fatores de coagulação, assim há lesões hemorrágicas. Necrose hepática aguda, Icterícia e fibrose hepática. Fisiologia da degradação de eritrócitos: Ferro é reabsorvido, sistema fagocítico mononuclear faz a lise dos eritrócitos. Porfirina vai a biliverdina bilirrubina bilirrubina se conjuga a albumina no fígado são excretados pela bile (diglicuronato de bilirrubina) Icterícia ocorre quando há o aumento da bilirrubina no plasma e tecidos. Pode ser pré hepática (quando há episódios hemolíticos agudos), hepática (quando há lesão direta as células hepáticas), ou pós hepática (lesão posterior eliminação) Lesão entérica: enterite catarral hemorrágica (principalmente em cães), quadro nos cães. Trato reprodutivo: Abortamento no 3º trimestre gestacional, inclusive sem prévia manifestação clínica, aborto equino principalmente pelos sorovares Pomona, hardjo e grippotyphosa. Outras manifestações: Encefalite é a mais comum em caprinos e ovinos. Oftalmite recidivante em equinos infectados pelo sorovar Pomona Em bezerros, mais frequência de septicemia com hemólise e hemoglobinúria. Caso o animal sobreviva pode evoluir para a fase crônica. Sintomas clínicos em bovinos (Formas Clínicas) Fase aguda Febre alta, anorexia, petéquias nas mucosas, anemia hemolítica aguda com hemoglobinúria, icterícia e mucosas hipocoradas. Taxa de mortalidade alta em bezerros, diminuição da produtividade leiteira (o leite fica avermelhada ou com coágulos de sangue). Quadros de mastite, aborto. Fase subaguda: Difere da aguda somente em grau, o aborto ocorre após 3 ou 4 semanas. Fase Crônica: Sinais clínicos são moderados e podem estar restritos ao abortamento no terço final da gestação. L. Hardjo restrito basicamente ao útero e glândulas mamárias (surtos de mastites em 50% do rebanho) gera a síndrome da queda do leite. Quase não apresentam sintomas renais e hepáticos, os sintomas mais visíveis são apenas os sintomas reprodutivos. Assim eles não morrem de lesões renais, continuam eliminando a leptospira na urina por até 12 meses. Fase assintomática de bovinos: Abortamentos em terço final da gestação e retenção placentária Surtos ocorrem quando bovinos se alimentam em um pasto úmido ou alagadiço, e bebem água em aguadas, e fazem urina na água, assim os demais animais que virão beber água depois estarão se contaminando com a água. Sintomas Clínicos em Equinos: Abortamentos com maior frequência após os 6 meses, fetos natimortos, nascem crias fracas. Oftalmites recidivantes com ataques recorrentes de fotofobia, lacrimejamentos constantes, conjuntivite, ceratite pericorneal, hipópio e uveíte. Podem ser processos bilaterais que evoluem para cegueira. Sintomas Clínicos em Suínos: Febre, diarreia (3 dias), rara hemoglobinúria, abortos após 3 meses, fetos mumificados ou macerados, natimortos/neonatosdoentes, nefrite intersticial severa. Sintomas Clínicos de Ovinos e Caprinos: Febre, anorexia e raramente abortos. Sintomas Clínicos Cães: Sinais sistêmicos: febre, depressão, anorexia, vômitos, relutância em se mover, diarréia, desidratação, sudorese profusa, congestão de mucosas, colapso vascular, morte. Insuficiência renal aguda (oligúria ou anúria), coagulopatia intravascular disseminada (hemorragias petequiais, equimoses, melena, hematêmese, epistaxes). Abortos, natimortos e meningites são raras. Achados de necropsia: Hipertrofia ganglionar, icterícia, petéquias na subserosa e submucosa, esplenomegalia, fígado (hepatomegalia e áreas amareladas irregulares), os rins podem estar congestos ou aumentados de volume com hemorragias corticais em casos agudos e focos necróticos. Achados de necropsia: Hipertrofia ganglionar, icterícia, petéquias na subserosa e submucosa, esplenomegalia, no fígado há hepatomegalia e áreas amareladas irregulares, rins congestos aumentados de volume com hemorragias corticais em casos agudos e focos necróticos. Histopatologia: Nefrite intersticial difusa, necrose hapática centrolobular, lesões vasculares nas meninges cerebrais, enterite catarral hemorrágica (cães), fetos geralmente autolisados. Diagnóstico: Clínico, bacterioscopia: microscopia de campo escuro (resultado negativo não significa a ausência de enfermidade. Material: sangue (fase aguda), urina a partir do 15° dia, líquor. Imunofluorescência direta Métodos culturais: Cultivos direto Materiais: sangue, líquor, urina, conteúdo estomacal do aborto, fragmento de rim, fígado e baço. Inoculação em animais sensíveis. Métodos sorológicos: Soroaglutinação, fixação do complemento, elisa. Diagnóstico diferencial: Babesiose, intoxicação por samambaia, anemia hemolítica autoimune, hepatite viral canina, neoplasia hepática, neoplasia renal nos casos agudos e de brucelose canina, herpes vírus (abortos) nos casos crônicos. Tratamento: Penicilina, estreptomicina, terramicina. Fase aguda: Terapia intensiva de suporte dependendo da severidade do quadro, o prognóstico é reservado e quando já está instalada a insuficiência renal/ou disfunção hepática, desfavorável em paciente com choque ou coagulação intravascular disseminada. Medidas preventivas: Conjunto de ações nos elos da cadeia epidemiológica Fontes de infecções (diagnóstico/tratamento do animal em separado, combates aos reservatórios) Vias de transmissão (eliminação do excesso de água livre, higiene das instalações, IA) Saneamento básico, desratização do ambiente urbano, desinfecção do ambiente, vacinação. Vacinação em pequenos ou grandes animais. Animais susceptíveis (imunoprofilaxia) Animais de produção: vacinaçãoes semestrais com dose de reforço nas primo-vacinações (30 dias), 1ª dose aos 4 meses. Cães: pelo menos 3 doses para imunização primária, reforço semestral. Volume de água Hipoclorito de Sódio Tempo de Contato 1000 L 2 copinhos de café 30 minutos 200 L 1 colher de sopa 30 minutos 20 L 1 colher de chá 30 minutos 1L 2 gotas 30 minutos
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