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DOENÇAS INFECCIOSAS Universidade Federal Rural Do Rio De Janeiro – Campus Seropédica Medicina Veterinária - Jeferson Bruno Da Silva – Matrícula: 201406074-4 Raiva Neurológicas (animais de criação), vermelha do suíno, vesicular, respiratória e neurológica das aves. Raiva furiosa carnívoros (cães e gatos) Definição: Enfermidade infecto-contagiosa aguda, quase sempre fatal, caracterizada por sinais nervosos ora representados pela agressividade, ora pela paralisia que na grande maioria das vezes culmina com a morte do paciente. Em equídeo ocorre o desenvolvimento viral na medula espinhal. A importância se deve a ocorrência das subnotificações, e socialmente é uma zoonose. Representa mais ou menos 50% dos diagnósticos laboratoriais de encefalopatias. Diagnóstico diferencial: Vaca louca, carência nutricional, listeriose, polioencéfalomalácia, babesiose cerebral, intoxicações, botulismo, herpes vírus tipo 5, tétano e doença de Aujesky. Agente: Família: Rhabdoviridae Gênero: Lyssavírus Ordem: Mononegairrales RNA vírus, envelopado, grande, em forma de projétil, inclusão intracitoplasmática eosinofílica específica (corpúsculo de Negri) biossíntese de proteínas virais muito grandes. Etiologia: Sorotipo 1 – Genótipo 1 (Rabies Vírus) Agressividade + Paralisia +++ herbívoros raiva paralítica Agressividade ++ Paralisia ++ carnívoros raiva furiosa (sintomas mais intensos, por causa das variantes 1 e 2 pelo desenvolvimento do vírus no hipocampo “Centro de controle do comportamento” Tipificação antigênica: Anticorpos monoclonais década de 80 Painel do CDC: 12 perfis antigênicos (5 identificados no BR) Cão – raiva urbana, que manifesta-se da forma furiosa (variantes que circulavam em cães e gatos) Desmodus rotundus – variante que causa a raiva paralítica nos herbívoros Tadarida brasiliensis – morcegos, causam a raiva paralítica. LAsiurus spp – morcegos Vantagens: Comparação de diferentes variantes, conhecer a distribuição geográfica e temporal, reconhecer a espécie que mantém o ciclo. Sensibilidade: Solventes orgânicos: detergentes, álcool, éter, clorofórmio, cresol, fenol, B- propriolactona. (para inativas o vírus na produção dos vírus em laboratórios vacinais) Agentes físicos: UV, temperatura. Ocorrência em todo mundo (raiva urbana). Espécies Sensíveis: afeta todos os animais de sangue quente, mamíferos, inclusive o homem. Aves são resistentes. Ciclos de transmissão: 30 a 60 dias de incubação do vírus em herbívoros 20 a 40 dias em incubação de cães e gatos Até + de 6 meses de incubação em morcegos. Morcegos: excretam vírus pela saliva, sem apresentam os sintomas. Transmissão direta: por mordedura dos morcegos ao se alimentarem de sangue de outros animais. Transmissão indireta: por se alimentarem e ingerirem de um animal doente (cão, gatos ou morcegos) Transmissão: mordedura, arranhadura profunda, aerossóis (inalação – urina, fezes de morcegos em locais fechados como cavernas), lambedura de mucosas, transplante de tecido infectado Patogenia: Transmissão centrípeta do tecido para o SNC, e disseminação centrífuga (do SNC para tecidos e glândula salivar, células acinosas secretam salivas). Células com receptores para acetilcolina (nervos e/ou músculos) Em herbívoros a transmissão é indireta. Disseminação centrípeta da mordedura para o músculo estriado, nervos periféricos, cérebro. Disseminação centrifuga: do SNC para glândula salivar (células acinosas), córneas e vísceras. Pode ser usado o imprint de córnea para diagnóstico. Período de Incubação: Extremamente variável (até meses), local da mordedura, quantidade de vírus, gravidade da lesão. Sinais Clínicos: Formas furiosa ou paralítica Sintomas: Período podrômico, fase aguda. Agressividade + Paralisia +++ herbívoros raiva paralítica Agressividade ++ Paralisia ++ carnívoros raiva furiosa Herbívoros: Problemas locomotores (arrastando as pinças do casco) Animal parado e bambeando, tropeçando e caindo (decúbito lateral) Vacas ficam vocalizando. Animal tenta se alimentar, mas não consegue (por paralisia dos músculos da deglutição) Movimentos de pedalagem (tentando se levantar) Convulsões, cabeça rígida (para cima ou para o flanco) Parada respiratória, pela paralisia dos músculos respiratórios Prurido regional (com dor ou não infecção local), hiperlibido, paresia e decúbito external, sem controle motor, paralisia progressiva, hipersalivação, opistótono, coma e morte. Cães e gatos: Se escondem em local escuro e calmo Hiperssensibilidade aos estímulos externos (luz, barulho...) Mesmos sintomas que dos herbívoros só que o tempo de agressividade é maior. Tenta se alimentar, mas não consegue pela dor na deglutição Hidrofobia não tem, ele quer água mas não consegue ingerir. Presença ou não de lesões na pele (mordeduras de morcegos) Diagnóstico Laboratorial: Antemortem (humanos) Imprint de córnea (IFD) Saliva (isolamento e RT PCR) Soro (ELISA, SN, ac-Fc’) Fluido cérebroespinhal (anticorpos) Biópsia (folículo piloso e nuca- IFD antígenos em nervos cutâneos) Pósmortem (animais) Histopatológico (Muitos erros) Imunohistoquímico: imnuifluorêscencia e PAP peroxidase anti-peroxidase. Sorológico: Elisa Virológico: isolamento e inoculação em camundongos. IFD: detecção do agente viral Prova biológica: CAM (camundongos, avaliação dos corpúsculos de Negri no SNC deles) e CCL (cultivo celular). A prova biológica serve para isolamento da replicação viral nestes camundongos e células. As amostras remetidas sob refrigeração serão processadas por meio da IFD e ou prova biológica (inoculação em camundongos ou células). As amostras conservadas em formal 10% serão enviadas para a histopatologia e estocadas até a conclusão dos resultados. Os camundongos serão mantidos em observação durante 21 a 30 dias. O cérebro dos que morrem é submetido a IFD para a raiva. Prognóstico: O clínico deve considerar como 100% letal o êxito da enfermidade em aniamsi que apresentam os sintomas de raiva. Profilaxia: É a medida mais importante em veterinária: aspectos de saúde pública, aspectos econômicos, onde a raiva ocorra endemicamente nos rebanhos, prevenção da raiva é baseada no controle dos transmissores e uso de vacinas. Prevenção e controle da raiva: vacinação dos cães e gatos. Retirada dos transmissores urbanos e rurais. Uso da pasta vampiricida nos animais a campo: passar a pasta em cima do ferimento, contendo varfarina que é um composto anticoagulante, ao lamber o morcego se intoxica e ao lamber um ao outro mata os demais. Líquido de aplicação dorso lombar nos animais. Interfere na cascata de coagulação. Uso de telas e redes, capturas de morcegos em seus habitats, passar a pasta no dorso dos morcegos, e um lambe o outro, 1 tratado consegue tratar até 20 não tratados. Capturar fêmeas para o maior sucesso 1 macho p/ 20 fêmeas. Vacinação: 2ml líquida Qualidade da vacina, transporte, armazenamento, aplicação, temperatura, se é com seringa ou com pistola, período de incubação influem na imunização. Garantia de imunidade com vacinas de boa qualidade. Vacinação anual ou semestral, a partir dos 3 meses Primovacinados - repetir aos 30 dias.
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