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Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 1 Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emílio Carlos Nelli Silva Escola Politécnica da USP Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 2 • Máquinas de fluxo: • Motor - energia oferecida pela natureza trabalho mecânico (ex: turbina) • Gerador – trabalho mecânico energia a um fluido transporte (ex: bomba) • Componentes principais: rotor e sistema diretor • Classificação: • Motor e Gerador • Máquinas de ação e reação • Máquinas de fluxo radial, axial, misto e tangencial Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 3 • Filosofia de Abordagem • Previsão de desempenho das máquinas de fluxo = não pode ser feita analiticamente • Cada caso = testes e ensaios características de operação de cada máquina e desempenho • Testes: até recentemente = modelos instalados e operados em bancadas • À partir de 1980: intensificação da simulação numérica • Recursos computacionais experimentos reais • Porém, experimentos = fornecem elementos para modelagem físico-matemática dos problemas a serem simulados = não serão abandonados Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 4 • Filosofia de Abordagem • Máquinas de fluxo = grandes dimensões modelos de pequeno porte para ensaios em laboratório transferência de resultados para os seus protótipos = recurso matemático = Semelhança • Vantagem adicional da Semelhança: estudar a influência de parâmetros de interesse num determinado modelo transferir resultados para toda uma família de máquinas a que o modelo pertence (a família será definida pela rotação específica) Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 5 • Filosofia de Abordagem • Forma de aplicação da teoria da semelhança em cursos anteriores = aplicação formal do teorema de Buckinghan, ou teorema π • Aqui = análise física e intuitiva = obter relações de proporcionalidade entre as grandezas físicas parâmetros dimensionais e adimensionais de interesse Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 6 • Premissas: máquinas semelhantes • Máquinas de fluxo: características de desempenho relacionadas = verificadas duas premissas • Órgãos em contato com escoamento (ex.: rotor) – modelo e protótipo: geometricamente semelhantes • Modelo e protótipo: pontos análogos de funcionamento (ou operação) = mesmas condições de operação = mesmo rendimento • Máquinas geometricamente semelhantes , operando em pontos análogos de funcionamento, têm seus respectivos triângulos de velocidade também semelhantes • Esse resultado é utilizado para transferência de valores (ex.: potência) entre modelo e protótipo = determinação de parâmetros de protótipo partindo de parâmetros do modelo Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 7 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Objetivo: confirmar a afirmação anterior, referente à semelhança dos triângulos de velocidade = partindo das premissas, temos triângulos semelhantes • Portanto: serão analisadas as condições de proporcionalidade dos triângulos de velocidade nas máquinas de fluxo •Análise: triângulos das faces de pressão e sucção do rotor – fornecem subsídios suficientes para o cálculo do desempenho das máquinas Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 8 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Face de sucção - Entrada de Bombas; Saída de Turbinas • Semelhança geométrica: • α1: constante em bombas • β1: constante em turbinas • Operação em pontos análogos de funcionamento: • α1: constante em turbinas • β1: constante em bombas • Isso implica em: triângulos na face de sucção de 2 máquinas de fluxo geometricamente semelhantes, operando em condições análogas, são semelhantes - máximo rendimento - máximo rendimento Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 9 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas • Semelhança geométrica: • β2: constante em bombas • Operação em pontos análogos de funcionamento: • α2: constante em turbinas • Outra condição de igualdade entre ângulos = semelhança entre triângulos na face de pressão: não é encontrada deve ser buscada uma relação entre lados dos triângulos verificar semelhança Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 10 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas • Será estudada a relação u2/cm2: se for igual para modelo e protótipo semelhança dos triângulos • u2 e cm2 = facilidade de determinação e análise p1m 1 m1m 1 c u c u p2m 2 m2m 2 c u c u • Na face de sucção da máquina: • Queremos mostrar que: Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 11 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas • Relação entre velocidades meridianas: p11 1 22 2 p1m 2m m11 1 22 2 m1m 2m A m A m c c e A m A m c c • Regime permanente e escoamento incompressível: p2 1 p1m 2m m2 1 m1m 2m A A c c e A A c c • Obs.: Compressíveis: verificar números de Mach nas faces de pressão e sucção da máquina. Se iguais proporcionalidade desejada entre as massas específicas Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 12 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Face de pressão - Saída de Bombas; Entrada de Turbinas • Por outro lado: p1m 2 m1m 2 p1 1m 1 2 m1 1m 1 2 p1 1m 1 2 m1 1m 1 2 p1m 1 m1m 1 c u c u u c u u u c u u u c D D u c D D c u c u • Usando a relação anterior: p2 1 p1m 2m m2 1 m1m 2m A A c c e A A c c • Teremos: p2 1 2m 2 m2 1 2m 2 A A c u A A c u p2m 2 m2m 2 c u c u • Obs.: hipótese: regime permanente Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 13 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Relações de proporcionalidade • Comprovada a semelhança velocidade genérica Vi numa dada face da máquina: uVi • Sabe-se que: nDnr2ru • Então: • ω: velocidade angular; • n: rotação; • D: diâmetro do rotor da face de estudo; nDu Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 14 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Trabalho específico e cargas • Comprovada a semelhança • Da equação de Euler: ut ucY nDnDYt 2nDYt tt gHY 2t nDH Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 15 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Vazão em volume • Comprovada a semelhança • Da equação da continuidade, para fluidos incompressíveis e em escoamento permanente: VAQ 32 nDQDnDQ • Área do escoamento: proporcional ao quadrado do diâmetro na face em estudo Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 16 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Vazão em massa • Comprovada a semelhança • Da equação da continuidade, para regime permanente: VAm 32 nDQDnDQ • Área do escoamento: proporcional ao quadrado do diâmetro na face em estudo Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 17 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Potência fluida para quaisquer fluidos • Comprovada a semelhança • Da seguinte equação: gQHPf 53 f DnP • Obtêm-se 23ff nDnDPQHP Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 18 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Potência fluida para fluidos incompressíveis • Comprovada a semelhança • ρ = constante • Da seguinte relação: QHPf 53 f DnP • Obtêm-se 23f nDnDP Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva p3p nDQ 2ppt nDH 19 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Proporcionalidade Igualdade • Das relações anteriores: • Máquinas de fluxo – modelo e protótipo – semelhantes: 2mmt nDH m3m nDQ 2p 2 m pt mt nD nD H H p3 m 3 p m nD nD Q Q • À partir destas: adimensionais clássicos para máquinas hidráulicas de fluxo: 2p p 2 m m 1 nD gH nD gH modelo protótipo p3 p m 3 m 2 nD Q nD Q Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva p3p nDQ 2ppt nDH 20 • Proporcionalidade entre triângulos de velocidade • Proporcionalidade Igualdade • Exemplo: Turbinas • Velocidade cu1=0: 2mmt nDH m3m nDQ g cnD H 2u2t • Assim: modelo protótipo 2 p2 2 m2 p2p2 m2m2 p2up2 m2um2 pt mt nD nD unD unD cnD cnD H H Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 21 • Parâmetros de interesse • Análise dimensional de problemas conhecidos = definição de parâmetros convenientes para o seu estudo sistemático • Máquinas de fluxo: obter parâmetros que permitam: • classificar máquinas em famílias • expressar características de famílias de máquinas • Grandezas (parâmetros) de interesse em máquinas de fluxo: n, Q, H, D, P • Obs.: • índice inferior m: modelo • índice inferior p: protótipo • Obs.: para efeito de análise: semelhança geométrica e mesmo ponto de funcionamento = semelhança • Obs.: ponto de funcionamento = ótimo = máximo rendimento (fora desse ponto = raro) Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 22 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Buscam-se parâmetros característicos de máquinas que operam sob condições pré-definidas quando duas das grandezas nm, Qm, Hm, Dm, ou Pm, tomam valor unitário Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 23 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Rotação específica referida à vazão, nq • Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob vazão unitária e carga – altura de queda / altura manométrica total – unitária • Máquina de referência: nm, Qm=1m 3/s, Hm=1m • Para a máquina genérica conhecida : np, Qp, Hp • Como visto: 75,0p 5,0 pp m p m p pp m mp pm pt p p pt p 3 m 3 p 2 m 2 p m pt mt H Qn n D D H Qn n Dn Dn H Q Q 1 H 1 nD nD nD nD Q Q H H n H D 5,0 • Obs.: obtenção do número tipo K: mesmo procedimento Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 24 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Rotação específica referida à potência, ns • Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob carga e potência unitárias • Máquina de referência: nm, Pm=1cv, Hm=1m • Para a máquina genérica conhecida : np, Pp, Hp • Realizando operações semelhantes às praticadas para nq: 25,1 5,0 s H nP n Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 25 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Rotação específica referida à cavitação, nqc • Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob vazão unitária e NPSH unitário • NPSH: pressão absoluta na face de sucção de uma máquina hidráulica de fluxo = principal parâmetro na análise de cavitação • Realizando operações semelhantes às praticadas para nq: 75,0 5,0 qc NPSH nQ n Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 26 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Vazão unitária, Q11 • Vazão de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob carga unitária e possui diâmetro unitário • Realizando operações semelhantes às praticadas para nq: 25,011 DH Q Q Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 27 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Diâmetro unitário, D11 • Diâmetro de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob vazão unitária e carga unitária • Realizando operações semelhantes às praticadas para nq: 5,0 25,0 11 Q DH D • Usando o trabalho específico ao invés da carga, obtém-se o diâmetro específico: 5,0 25,0 5,0 25,0 específico Q gHD Q DY D Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 28 • Parâmetros de interesse • Parâmetros dimensionais representativos de famílias de máquinas • Rotação unitária, n11 • Rotação de uma máquina de referência, modelo, geometricamente semelhante a outras conhecidas, que opera sob carga unitária e possui diâmetro unitário• Realizando operações semelhantes às praticadas para nq: 5,0qc H nD n Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 29 • Parâmetros de interesse • Parâmetros adimensionais • Buscam-se parâmetros representativos de famílias de máquinas, definidos por relações entre grandezas mantidas constantes para essas máquinas • Velocidade ideal ou coeficiente de velocidade, Vid (ou Kv) • Relação entre uma velocidade do triângulo de velocidades de uma máquina de fluxo e a velocidade de Torricelli, Vt • Velocidade de Torricelli: obtenção - energia potencial de um escoamento ao final de um conduto = com a energia cinética na mesma seção (desprezadas as perdas) gH2Vt gH2 V KV ivid Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 30 • Relação modelo-protótipo Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo • Admissão de mesmo rendimento tanto no modelo quanto no protótipo nem sempre se revela correta • Ex.: Condições diferentes de execução e escoamento; canais de rotores maiores = redução das influências viscosas • Máquinas de maior porte = protótipos: rendimentos superiores • Correção dos rendimentos: levantamentos experimentais = expressões empíricas = cada fabricante tem sua formulação (segredo) • Pesquisadores: fórmulas empíricas para turbinas hidráulicas: correção do rendimento do protótipo: 2,0 p m m Re Re 1K54,0064,11 mp Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 31 • Relação modelo-protótipo Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo • Bombas: não há formulações teóricas confiáveis = número muito grande de bombas no mercado, enorme variedade de fabricantes e níveis de qualidade • Variação do rendimento com o número de Reynolds – vários diâmetros de sucção de rotores (usar com reserva): Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 32 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Rotação específica • Ao redor de 1914: Rudolf Camerer, professor da Universidade Técnica de Munique – propôs parâmetro que englobava grandezas principais de uma máquinas de fluxo • Idéia: identificar uma família de máquinas => utilizada para seleção • Inicialmente definida para máquinas hidráulicas: rotação específica referida à potência = rotação de uma máquina de referência, geometricamente semelhante a outras, operando a uma potência de 1cv e uma altura de queda ou manométrica total de 1m: 4 5s H Pn n • n: rotação em rpm; • P: potência fluida em cavalos • H: altura de queda ou manométrica total em metros Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 33 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Rotação específica • Aumento das faixas de aplicação das máquinas hidráulicas e operação de bombas com fluidos variados => inconveniente trabalhar com uma grandeza extensiva (potência) = depende da massa específica, pois parâmetro caracteriza máquina + fluido, não só máquina • Idéia: definir rotação referida a vazão: 75,0q H Qn n • n: rotação em rpm; • Q: vazão em volume em m3/s • H: altura de queda ou manométrica total em metros • Rotação específica referida à vazão = rotação de uma máquina de referência, geometricamente semelhante a outras, operando sob vazão e carga unitárias. Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 34 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Rotação específica • Por fim, necessidade de padronização = SI => rotação em SI = número-tipo, nova “rotação específica referida à vazão”: q 2 n1082,1K • na realidade, K = velocidade angular • Tende a substituir os outros dois no futuro • Relações: q 5,0 s nn 75,075,0 Y Q gH60 Qn2 K • γ: peso específico do fluido em escoamento pela máquina • obs. 1: daqui em diante, rotação específica referida à vazão = rotação específica • obs. 2: usar ponto de máximo rendimento no cálculo! Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 35 • Diagrama de Cordier • Exemplo da aplicação dos parâmetros dimensionais para universalização de resultados • K e D11, : envolvem n, Q, H, D e P = adequadamente associadas entre si, permitem definir as características operaconais das máquinas • Obs.: obtido com máquinas reais • Obs.: gerado à partir de nuvem de pontos valores aproximados Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 36 • Diagrama de Cordier • Recordando: classificação das máquinas de fluxo Teoria de Semelhança em Máquinas de Fluxo Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 37 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Rotações específicas para rotores associados • Associações em série: escoamento na saída de um rotor = escoamento na entrada do próximo (específicas de bombas, compressores e turbinas a gás) Q1=Q2=…=Qj=Qassociacao e Hassociacao=jHj (se H1=H2=…=Hj) associaçãoqqj j associação associaçãoq qj associação associação associaçãoq j j qj nn j H H n n H Qn ne H Qn n 75,0 75,0 75,0 75,075,0 Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo •Associações em paralelo: saídas interligadas (comuns em bombas e turbinas) associaçãoqqi i associação associaçãoq qi associação associação associaçãoq i i qi nn i Q Q n n H Qn ne H Qn n 5,0 5,0 5,0 75,075,0 paralelo: H1=H2=…=Hi=Hassociacao e Qassociacao=iQi (se Q1=Q2=…=Qi) Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 39 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Seleção de turbinas hidráulicas 1. Determina-se a rotação especifica da máquina (nas dimensões corretas) 2. Compara-se o valor obtido com valores numéricos de referência encontrados na literatura. Exemplo: • obs.: áreas hachuradas: melhores condições operacionais Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 40 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Seleção de turbinas hidráulicas • obs.: áreas de superposição = qualquer uma das formas construtivas - escolha definitiva depende de critérios técnicos e econômicos adicionais • Predefinição das turbinas - diagrama seguinte: • Altura de queda H (m) x vazão Q (m3/s) • Potência mostrada – segmentos de reta de inclinação negativa • Áreas indicativas das faixas de aplicação das formas construtivas Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 41 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo 1. Determina-se a rotação específica da máquina (nas dimensões corretas), ou também o número-tipo (normalmente) 2. Compara-se o valor obtido com valores numéricos de referência encontrados na literatura – nesse caso, tabelas indicativas de faixas: • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Seleção de bombas hidráulicas Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 42 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Seleção de bombas hidráulicas Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 43 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Seleção de bombas hidráulicas • Curvas características também são mostradas• Rotações específicas menores que 10 • bombas volumétricas • rotores associados em série!!! • Bombas-turbina: projetadas como bombas => selecionadas como tais • porém, mínimo de 25 e não 10 para rotação específica é considerado = desempenho elevado tanto como bomba quanto como turbina (relacionado com a forma construtiva do rotor) qjassociaçãoq nn • Observações: Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 44 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Seleção das demais máquinas de fluxo • Não-hidráulicas: número-tipo • Visando dar um apanhado geral, incluem-se também hidráulicas: Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 45 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Pré-cálculo da rotação específica para máquinas hidráulicas • Bombas: n, Q e H são dados de projeto => nq • Turbinas: conhecemos apenas Q e H • A rotação depende de fatores como o número de pares de pólos do gerador e o diâmetro do rotor, entre outros => impasse • Assim, pesquisadores sugeriram predeterminar a rotação específica à partir da altura de queda, parâmetro praticamente constante durante a operação das turbinas • Análises estatísticas de um número elevado de máquinas de mesma família, permitiram obter expressões para o pré-cálculo de máquinas de grande porte: (P>10MW – segundo norma NBR 9969) jato 1 PeltonH2,196n 5,0q FrancisH7,1303n 654,0q bomba como operação em TurbinaBombaH9,579n 496,0q KaplanH7,791n 486,0q BulboH2,1059n 625,0q Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Parâmetros de definição das máquinas de fluxo • Pré-cálculo da rotação nominal 46 • Com o valor aproximado de nq, pode-se obter o valor da rotação nominal. • Compara-se então essa com os valores síncronos de rotação exigidos pelo gerador para viabilizar a freqüência da rede de distribuição de energia • Rotação síncrona da máquina elétrica (1/s) = f/p • f = freqüência da rede elétrica (Hz) • p = número de pares de pólos da máquina elétrica Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 47 • Representação das características de operação • Bombas hidráulicas – curvas topográficas Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Exemplo: bomba Sulzer 200-400, a 3550rpm Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 48 • Representação das características de operação • Bombas hidráulicas – curvas topográficas Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Exemplo: bomba Sulzer 200-400, a 3550rpm Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 49 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Representação das características de operação • Turbinas hidráulicas – curvas topográficas • Exemplo: bomba- turbina em operação como turbina, na China • Trabalha-se com parâmetros semelhantes à rotação específica = universalizar valores para famílias de turbinas • Variável independente: vazão Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 50 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Representação das características de operação • Turbinas hidráulicas – curvas topográficas • H varia pouco em turbinas => parâmetro não aparece no gráfico • a3: abertura das palhetas diretrizes da turbina, para controle de vazão • η: rendimento útil da bomba-turbina, operando como turbina • σ: coeficiente de Thoma (referente a cavitação) • n11: rotação unitária: rotação de uma turbina de referência, operando sob carga unitária e com diâmetro externo unitário • Q11: vazão unitária: vazão de uma turbina de referência, operando sob carga unitária e com diâmetro externo unitário 25,0115,011 DH Q Qe H nD n Prof. Dr. Emilio C. Nelli Silva 51 Equações Fundamentais das Máquinas de Fluxo • Características de operação: Ventiladores e compressores •Exemplo: ventilador centrífugo Kepler Weber CC RF 17 (3500rpm) •Pressão estática = grandeza indicativa do trabalho realizado, ao invés de H (tb para compressores) •Variações de pressão pequenas => fluido admitido incompressível => grandeza representativa do fluxo é Q •Rotação pode ser variada ao longo da operação => podem aparecer curvas características para algumas rotações na faixa de operação da máquina
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