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Apostila MCM 10 alterada II para circuito integrado

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CIRCUITOS INTEGRADOS APLICADOS EM ELETRÔNICA
REGULADORES DE TENSÃO COM SAÍDA FIXA
 NOÇÕES TEÓRICAS
Considerações gerais
Os reguladores monolíticos de tensão são circuitos integrados lineares, capazes de fornecer tensões de saída contínuas de valor fixo ou variável.
Nos reguladores de tensão ideal a tensão de saída não depende da tensão de entrada, nem da carga, e nem da temperatura.
O esquema mais simples para montar um regulador é o ilustrado na fig. 1; na prática, este esquema não é utilizado, mas é a base de todos os reguladores que são diferentes no modo de gerar o elo de realimentação e a tensão de referência.Na fig. 2 é ilustrada uma simples realização prática da fig.1 1
Realização prática do esquema da fig. 1
Normalmente, a tensão de entrada do regulador monolítico de tensão fornece uma fonte de alimentação sem estabilizar, constituída por um transformador, um jumper de diodos e um filtro capacitivo (veja fig. 3).
A razão que justifica o emprego dos reguladores de tensão é que as fontes sem estabilizar fornecem uma voltagem que, em relação as variações de temperatura de tensão de entrada ou de corrente, apresentam características de estabilidade insuficientes para os circuitos eletrônicos.
O regulador monolítico efetua sua ação de regulagem através da realimentação negativa, assumindo uma parte da tensão de saída e comparando-a com uma tensão de referência: a magnitude de saída do comparador atua sobre um dispositivo capaz de variar a tensão de saída.
O dispositivo de controle da tensão de saída consiste num transistor que está conectado em série com a carga.
Como magnitude de referência pode-se utilizar a tensão fornecida por uma bateria, a tensão de “breakdown” de um diodo Zener, ou a de qualquer sistema capaz de proporcionar uma tensão fixa independente das condições exteriores.
Fig. 3
Neste capítulo examinaremos o regulador integrado de tensão 7805, que fornece uma tensão de saída fixa de 5 V.
O esquema do regulador 7805 está ilustrado na fig. 4.
Fig. 4
Parâmetros característicos: variação da carga
Uma das características mais significativas de um regulador de tensão é sua capacidade de não depender da carga aplicada, ou seja, de manter sua tensão de saída fixa no valor nominal por qualquer que seja o valor da carga, e a corrente fornecida.
Na realidade, um regulador não pode ser insensível a carga, porque os componentes que o constitui estão submetidos a certos parâmetros característicos de funcionamento que dependem da corrente.
No entanto, é preciso que esta dependência entre a tensão de saída e a corrente de saída seja mínima, e isto pode ser observado num dos exercícios previstos neste capítulo.
Nestes dispositivos há normalmente um circuito limitador da corrente máxima fornecida, cuja função é de protege-los contra curtos-circuitos acidentais na saída, ou então, quando se pretende extrair uma corrente demasiada alta em relação a capacidade dos mesmos.
Parâmetros característicos: variação da tensão de entrada
Entre as ações desempenhadas por um regulador, a de estabilizar a tensão de saída ao variar a tensão de entrada é a mais importante; isto é o motivo principal de empregar o regulador de tensão.
A ação de estabilização ao variar a tensão de entrada pode definir-se considerando as variações da amplitude desta tensão como a ondulação residual presente na saída do filtro da fonte de alimentação.
Nesta caso, também a dependência entre a tensão de saída e a de entrada é muito reduzida (como comprovaremos nos exercícios sugeridos).
Prática
Montar o esquema da fig.5 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Regulando RV1, aplicar na entrada de IC1 uma tensão contínua de 10 V de amplitude.
Medir a tensão de saída com o multímetro digital.
Variar a tensão de entrada de IC1 entre 10 V e 7 V observando como varia a saída.
Seguir diminuindo a tensão de entrada até que a de saída abaixe, medir a tensão de entrada.
Substituir R2 por R1 (desconectando o jumper J9 e conectando o J8) e repetir as medidas anteriores.
Cálculo de rejeição da ondulação da tensão de entrada
Montar o esquema da fig. C5 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Desconectar os jumpers J3 e J8, conectar os jumpers J2 e J9, e aplicar entre o borne 5 e o de terra, uma tensão senoidal (fornecida pelo gerador de sinais) com uma amplitude de 3 V pico a pico, e uma freqüência de 1 KHz. Assim poderá chegar na entrada do regulador uma tensão contínua de 8,5 V com um componente senoidal sobreposto.
Conectar uma das pontas do osciloscópio na saída do circuito (selecionar o modo de funcionamento “AC” e a sensibilidade máxima).
Medir no osciloscópio a ondulação residual do regulador. Se esta não puder medir (por seu valor ser demasiado pequeno), considere-a de 1 mVpp.
Aumentar a freqüência do sinal senoidal atribuindo todos os valores indicados na tabela C.1
 
Fig. C01.
Para cada valor de freqüência de ondulação de tensão de saída, calcular a rejeição de ondulação da entrada em dB (atenuação em dB = 20 vezes o logaritmo de base 10 do valor pico a pico da ondulação de saída) e colocar os dados no espaço reservado para ele.
Observar como varia a ondulação da tensão de saída em função da freqüência da tensão de entrada.
Fixar o valor de freqüência da senóide em 100 Hz.
Determinação da corrente absorvida pelo regulador de tensão ao variar a carga
Montar o esquema da fig. C.5 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Intercalar o multímetro digital programado como amperímetro, entre os bornes 1 e 2, e medir a corrente de entrada do regulador.
Desconectar o jumper J8 e deixar a saída sem carga.
Nestas condições, medir a corrente de entrada.
 Conectar outra vez o jumper J9 e medir a corrente de entrada.
Determinação da variação da tensão de saída ao variar a corrente fornecida à carga.
Montar o esquema da fig. C.5 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Desconectar o jumper J8 e conectar o jumper J10.
Aplicar entre o borne 6 e o de massa um sinal de onda quadrada (fornecida pelo gerador de funções) com uma amplitude entre 0 V e 3 V e uma freqüência de 10 KHz.
Acaba-se de realizar uma carga variável porque os valores da resistência que o transistor apresenta são muito diferentes, se este último estiver no estado ON, ou no estado OFF.
Conectar uma das pontas do osciloscópio na saída do regulador de tensão (borne 4).
Selecionar para o osciloscópio, o modo de funcionamento “AC” e a sensibilidade máxima.
Medir a ondulação residual da tensão de saída: esta oscilação se atribui à variação da corrente fornecida na carga.
1 Questionário Recapitulativo
1. Num regulador de tensão, como se realiza a regulagem da tensão de saída?
 
 1 Através de uma realimentação negativa.
 2 Através de uma realimentação positiva.
 3 Através de um controle de elo aberto.
 4 Através de uma comparação entre a tensão de entrada e a de saída.
2. Se na entrada de um circuito integrado 7805 aplicar uma tensão de 12 Vcc (sendo a corrente absorvida de 100 mA), quanto vale a potência dissipada no circuito integrado?
 
 1 300 mW.
 2 500 mW.
 3 700 mW.
 4 900 mW.
3. Segundo as folhas de dados adjuntas, quanto vale a variação da tensão de saída ao variar a corrente fornecida entre 5 mA e 1,5 A (valores típicos).
 
 1 10 mV.
 2 15 mV.
 3 20 mV.
 4 25 mV.
4. A estabilização de saída em relação à de entrada deve opor-se:
 1 à variação do valor médio da entrada.
 2 às ondulações de entrada.
 3 ambas as respostas anteriores são válidas.
 4 nenhuma das respostas anteriores são válidas.
5. Supondo que o regulador temuma rejeição das ondulações de entrada de 60 dB e que a amplitude destas ondulações seja de 2 Vpp, quanto valerá a ondulação residual na saída do regulador?
 1 2 mV.
 2 14 mV.
 3 29 mV.
 4 41 mV.
6. Se a tensão de entrada de um regulador 7805 passa de 10 V a 20 V o valor da potência dissipada pelo circuito integrado:
 1 mantém-se igual.
 2 torna-se o dobro.
 3 se reduz pela metade.
 4 torna-se o triplo.
�
2.1 NOÇÕES TEÓRICAS
Os reguladores monolíticos de tensão com saída variável são circuitos integrados capazes de fornecer tensões de saída reguláveis por meio de um potenciômetro conectado exteriormente nos mesmos.
O circuito integrado analisado neste capítulo é o LM317.
Para variar a tensão de saída se recorre a um potenciômetro que permita introduzir um certo nível de tensão num bloco especial incorporado no mesmo regulador.
Ao variar esta tensão se obtém uma saída variável entre 1,2 V e 37 V.
Nas folhas de dados fornecidas pelo fabricante podemos ver que as características de regulagem das tensões de entrada e de saída, assim como também as de regulagem ao variar a carga do regulador variável LM317 são iguais às dos reguladores de tensão, com saída fixa que estão normalmente no mercado.
O problema de ter uma tensão de saída mínima de 1,2 V (no lugar de 0 V) se soluciona aplicando aos bornes de referência uma tensão de -1,2 V, no lugar de agregar um potenciômetro conectado ao terra.
O esquema elétrico do regulador com saída variável está ilustrado na fig. 1.
As conexões do regulador variável adotadas para variar a tensão de saída são as ilustradas na figura C02.2. Desta, entendemos que a tensão de saída varia linearmente em função da resistência do trimmer. Do ponto de vista quantitativo temos:
Vout = 1,25 . (1 + R2/R1) + Iadj . R2
onde Iadj é uma corrente que flui até o pino de regulagem do circuito integrado, cujo valor é normalmente de 50 (A.
Demonstrar como o regulador integrado LM317 é capaz de fornecer uma tensão de saída variável.
Montar o esquema da fig. C02.3 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Regular RV2 até que se obtenha o valor mínimo de tensão na entrada de regulagem (marcada pela letra C) do regulador.
Medir com um voltímetro digital a tensão de saída (borne 10).
Regulando RV2, fixar na entrada C todos os valores de tensão indicados na tabela C02.1, e para cada um destes, colocar na mesma os da tensão de saída.
Cálculo da rejeição de ondulação da tensão de entrada
Montar o esquema da fig. C02.3 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Desconectar as pontes J11 e J18 e conectar os jumpers J12 e J19; logo, aplicar entre o borne 5 e o de massa uma tensão senoidal (fornecida pelo gerador de sinais) com uma amplitude de 3 Vpp e uma freqüência de 1 KHz. Assim poderá chegar na entrada do regulador uma tensão contínua de 8,5 V com uma senóide sobreposta.
Conectar uma das pontas do osciloscópio na saída do circuito (selecionar o modo de funcionamento “AC” e a sensibilidade máxima do instrumento).
Medir no osciloscópio a ondulação residual do regulador. Se esta não puder medir (por seu valor ser demasiado pequeno) considere-a de 1 mVpp nos cálculos seguintes.
Aumentar a freqüência do sinal senoidal atribuindo-lhe todos os valores indicados na tabela C02.2.
Para cada valor de freqüência medir a ondulação da tensão de saída, calcular o valor de rejeição da ondulação de entrada em dB (atenuação em dB = 20 vezes o logaritmo de base 10 do valor pico a pico da ondulação de entrada dividido pelo valor pico a pico da ondulação de saída) e colocar os dados no espaço reservado para eles.
Observar como varia a ondulação da tensão de saída em função da freqüência da tensão de entrada.
�
Determinar a corrente absorvida pelo regulador de tensão ao variar a carga.
Montar o esquema da fig. C02.3 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Intercalar o multímetro digital programado como amperímetro, entre os bornes 1 e 2, e medir a corrente de entrada do regulador.
Desconectar o jumper J18 e deixar a saída sem carga.
Nestas condições medir a corrente de entrada.
2. Questionário Recapitulativo
1. O que é um regulador variável de tensão?
 
 1 É um circuito que gera uma tensão de saída alternada.
 2 É um circuito que gera uma tensão de saída contínua, mas não estabilizada.
 3 É um circuito que gera uma tensão de saída contínua, estabilizada e fixa.
 4 É um circuito que gera uma tensão de saída contínua, estabilizada e regulável no exterior.
2. No esquema da fig. C02.3, como varia a tensão de saída?
 
 1 Através de um divisor resistivo.
 2 Através de um potenciômetro.
 3 Através de uma rede R-C.
 4 Através de uma realimentação negativa.
3. Se a carga conectada a um regulador variável LM317 é uma resistência de 100 (, quanto vale a potência dissipada pelo mesmo, quando a tensão de entrada vale 30 V e de saída 10 V?
 
 1 1 W aprox.
 2 2 W aprox.
 3 3 W aprox.
 4 4 W aprox.
4. No exemplo anterior, o que ocorre quando a tensão de saída alcança o valor de 20 V?
 1 Diminui tanto a potência dissipada pelo circuito LM317, como a corrente de saída.
 2 A potência dissipada pelo circuito LM317 diminui e a corrente de saída aumenta.
 3 Aumenta tanto a potência dissipada pelo circuito LM317, como a corrente de saída.
 4 A potência dissipada pelo circuito LM317 aumenta, e a corrente de saída diminui.
 5 A potência dissipada pelo circuito LM317 não varia e a corrente aumenta.
TEMPORIZADORES
Objetivos:
Temporizador: análise dos níveis de tensão necessária para a aplicação em suas entradas, para que a saída comute.
Análise do temporizador quando funciona como multivibrador monoestável.
Análise do temporizador quando funciona como multivibrador estável.
Análise do temporizador quando funciona como divisor de freqüência.
Análise do temporizador quando funciona como gerador PPM.
3.1 NOÇÕES TEÓRICAS
Os temporizadores são circuitos cuja saída está submetida temporariamente à entrada. Esta dependência pode se atribuir a uma simples mudança no tempo (a saída vai ao nível alto depois de percorrido certo tempo, a partir do momento em que um sinal de nível alto chega na entrada), ou então, ao comportamento destes circuitos como multivibradores monoestáveis (a aplicação de um pulso de duração ( na entrada dá lugar a um pulso de saída de duração (‘).
Neste capítulo examinaremos o circuito integrado linear 555 (figuras C03.1 e C03.2) que constitui um temporizador monolítico, capaz de fornecer um sinal de saída cujo retardo em relação ao de entrada pode variar de alguns micro-segundos a várias horas. O circuito NE555 tem outras características, como a de poder funcionar como circuito monoestável ou como oscilador.
Quando funciona como gerador de retardo ou como circuito monoestável o intervalo de tempo controla um capacitor e uma resistência que se conectam ao mesmo circuito integrado no exterior.
�
Esquema de blocos
Quando funciona como oscilador (multivibrador estável) a freqüência e o ciclo de serviço os controlam independente de duas resistências e um capacitor que se conectam exteriormente.
Como podemos observar nas figuras C03.1 e C03.2, o circuito integrado NE555 tem oito pinos exteriores: um de alimentação, um de GND e seis de entrada/saída.
Dois dos pinos de entrada são denominados referência (“Threshold”) e disparo (“Trigger”), com o seguinte significado: a tensão da entrada de referência é comparada internamente com um nível de tensão fixa (cuja denominação convencional é do “nível de disparo” ). Asaída do comparador se conecta com a entrada “set” (posição) de um flip-flop R-S, e a tensão da entrada de referência se compara com um nível de tensão fixa (que é diferente do anterior e que denominaremos “nível de referência . A saída do comparador se conecta com a entrada “reset” (reposição) do mesmo flip-flop R-S.
Normalmente, os níveis de tensão comparados com os sinais presentes nas entradas de referência e de disparo correspondem a dois terços, e a um terço da tensão de alimentação.
Estes níveis podem variar-se utilizando a entrada “Controle de voltagem” (controle de tensão); ao aplicar uma tensão nesta entrada é possível variar a tensão do nível de disparo e a do nível de referência até obter o valor desejado.
Quando a tensão de entrada de disparo chega abaixo do nível de referência (1/3 Vcc) o flip-flop adquiri o valor 1.
Quando a tensão da entrada de referência chega acima do nível de referência o flip-flop adquiri o valor 0.
Com a entrada “reset” do circuito integrado 555 é possível anular o valor das demais entradas, assim como também o estado em que estiver o temporizador, portanto, ao aplicar seu sinal a saída passa ao estado 0 e mantém-se neste estado se a entrada “reset” estiver ativa.
Quando o estado da saída é 0, o transistor “DISCHARGE” (de descarga) está na condição “ON” e o potencial do ponto conectado ao pino “DISCHARGE” é igual ao valor de tensão Vce do transistor. 
Conexões do temporizador: funcionamento como circuito monoestável
Para funcionar como multivibrador monoestável as conexões do temporizador são as ilustradas na fig. C03.3.
Neste caso, quando o dispositivo lhe aplica um pulso de entrada se obtém um pulso de saída cuja amplitude não depende da forma de onda de entrada, mas da constante de tempo R.C.
Antes que chegue um pulso negativo na entrada de disparo, o capacitor C mantém-se descarregado por causa do transistor Q que conduz, pois o nível de saída é baixo.
Quando chega um pulso negativo na entrada de disparo, o estado da saída torna-se alto, e o transistor Q se bloqueia fazendo com que o capacitor se carregue através da resistência R com uma constante de tempo ( (dada por ( = R.C).
Fig. C03.3
Assim que a tensão do capacitor C alcançar o valor do nível de entrada, a saída torna-se baixa, e o transistor Q torna-se condutor descarregando o capacitor C.
Enquanto se efetua a carga, a tensão C alcança o nível de referência e a saída comutará ao estado 0 num lapso de tempo constante, apesar de chegar na entrada de disparo outros pulsos (ainda durante a mesma carga).
Em outros termos, o fato de que chegue um pulso na entrada de disparo ao carregar-se, o capacitor C não influi sobre a carga (dizemos que o dispositivo monoestável não é reativável).
Levando em consideração o nível de referência e a tensão de saturação do transistor Q, a amplitude do pulso de saída será aproximadamente:
( = 1,1.R.C
Funcionamento como circuito estável
É possível montar um multivibrador estável utilizando o circuito da fig. C03.3 e intercalando uma resistência entre o pino “discharge” e o de referência.
O esquema obtido é o ilustrado na fig. C03.4.
Como pode-se ver, não se pode aplicar um sinal de entrada exterior no pino de disparo porque este último é conectado com o pino de referência.
Neste caso, o capacitor C se carrega através das resistências R1 e R2, e se descarrega através de R2.
Portanto, o ciclo de serviço dependerá dos valores das resistências R1 e R2.
Quando a saída é alta, o transistor Q fica bloqueado e o capacitor se carrega até chegar ao nível de referência, nível no qual a saída será baixa e o transistor conduzirá.
No ponto “discharge” terá o valor da tensão de saturação do transistor Q e o capacitor se descarregará através da resistência R2.
O descarregamento seguirá efetuando-se até que a tensão do capacitor C chegue abaixo do nível de disparo e faça com que a saída comute no nível alto, dando início a um novo ciclo.
Fig. C03.4
Portanto, entendemos que a tensão do capacitor C pode variar dentro do intervalo entre o nível de referência e o de disparo.
Como no caso do dispositivo monoestável, os tempos de carregamento e de descarregamento, a freqüência e o ciclo de serviço, não dependem da tensão de alimentação.
Lembrando que os níveis de disparo e de referência são Vcc/3 e 2 . Vcc/3 podemos dizer que a fórmula aplicada na carga do capacitor é a seguinte:
V’( t ) = Vcc - (Vcc - Vcc/3) . exp ( -t )
 C .(R1+R2)
 
O intervalo de tempo que a saída permanece alta é dado pelo valor de “t”, sendo que V’(t) é igual a tensão do nível de entrada:
 
�
T’ = -C.(R1 + R2) . In (1/2) = 0.693 . (R1 + R2) . C
Referindo-se ao descarregamento do capacitor temos:
V” ( t ) = 2/3 . Vcc . exp -t
 C. R2 
O capacitor seguirá descarregando-se até que alcance o nível da tensão de disparo; para isto:
V” ( T ) = 2/3 . Vcc . exp (-t / R2.C)
onde:
 T” = - R2 . C . 1n (1/2) = 0.693 . R2 . C
O período total da tensão de saída é dado pela fórmula:
T = T’ + T” 
 
Enquanto o ciclo de serviço é calculado com base na relação entre a resistência R2 e a resistência em série, constituída por R1 e R2.
Determinação do nível de tensão necessária na aplicação das entradas de disparo e de referência para fazer com que a saída comute.
Montar o esquema da fig. C03.5 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Calcular o valor teórico do nível de disparo como se indica no parágrafo C03.1.
Conectar uma das pontas do osciloscópio no ponto conectado com a entrada de disparo (TR) e com a de referência (TH): para isto pode-se utilizar a parte direita da ponte J48.
Medir o valor da tensão presente no ponto em que a amplitude é mínima: neste ponto a tensão da entrada de disparo é menor que o nível de disparo, o que faz com que a saída comute no estado 1.
Comparar o dado teórico com o experimental.
Calcular o valor teórico do nível de referência como se indica no parágrafo C03.1.
Medir o valor da tensão presente no ponto em que a amplitude é máxima: neste ponto a tensão da entrada de referência é maior que o nível de referência, o que faz com que a saída comute no estado 0.
Comparar o dado teórico com o experimental.
Medir no osciloscópio a freqüência da tensão de saída.
Medir outra vez a freqüência de oscilação.
 
Q1. Porque a freqüência de saída diminuiu?
 
 1 Porque variou a tensão de alimentação.
 2 Porque variou as referências de comutação.
 3 Porque a resistência R41 está em curto-circuito.
 4 Porque o valor da capacidade C10 é o dobro.
�
Funcionamento do temporizador como multivibrador monoestável
Montar o esquema da fig. C03.6 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Aplicar entre o borne 19 e o de massa, um sinal de onda quadrada (fornecida pelo gerador de sinais) com uma amplitude entre 0 V e 5 V e uma freqüência de 1 KHz.
Conectar uma das pontas do osciloscópio no borne 19 e a outra na saída do temporizador (utilizar a resistência R43 ou a ponte J51): verificar em qual borne há um sinal de pulso positivo, toda vez que passar uma frente negativa da onda quadrada de entrada.
Calcular de modo teórico, a duração do pulso de saída com as relações vistas no parágrafo C03.1.
Medir no osciloscópio a duração do pulso de saída.
Aumentar a freqüência do sinal de entrada até chegar ao valor 10 KHz, e verificar se a duração do pulso positivo de saída não depende da freqüência de entrada.
Os componentes sem número foram colocados na parte posterior do módulo.
Fig. C03.6
2. Porque a duração do pulso de saída não depende da freqüência do sinal de entrada?
 SET
 A B
 1 3 Porque depende somente da tensão de alimentação.
 2 4Porque depende somente do valor de R41.
 3 2 Porque depende somente do valor de C10.
 4 1 Porque depende somente da tensão de alimentação, do valor de R41 e de C10.
Funcionamento do temporizador como multivibrador estável
Montar o esquema da fig. C03.5 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Conectar uma das pontas do osciloscópio na saída do temporizador.
Conectar a outra ponta do osciloscópio na entrada de disparo (TR).
Utilizando as relações vistas no parágrafo C03.1, calcular o tempo que a saída mantém-se alta e baixa.
Medir no osciloscópio o tempo que a saída mantém-se alta e baixa.
Comparar os resultados teóricos com os experimentais.
Calcular o ciclo de serviço do sinal de saída utilizando as relações teóricas.
Calcular o ciclo de serviço do sinal de saída, com base nos resultados experimentais.
3. Entre as ações indicadas, o que foi feito para se obter as formas de onda vistas no osciloscópio? 
 SET
 A B
 1 3 foi conectado R41 em curto-circuito.
 2 4 foi conectado R42 em curto-circuito.
 3 1 foi conectado C10 em curto-circuito.
 4 2 foi conectado C11 em curto-circuito.
Funcionamento do temporizador como gerador PPM
Montar o esquema da fig. C03.7 conectando todos os jumpers indicados na mesma.
Aplicar entre o borne 20 e o de terra, uma tensão triangular (fornecida pelo gerador de sinais) com uma amplitude entre 0 V e 4 V e uma freqüência de 500 Hz.
Conectar uma das pontas do osciloscópio no borne 20.
Conectar a outra ponta do osciloscópio na saída do temporizador.
Observar se a amplitude dos pulsos de saída é proporcional ao valor da tensão aplicada no borne 20.
Fig. C03.7
4. O que muda no temporizador ao aplicar uma tensão variável no borne 20?
 1 Só a tensão de disparo.
 2 Só a tensão de referência.
 3 Tanto a tensão de disparo como a de referência.
 4 A amplitude da tensão de saída.
.3 QUESTIONÁRIO RECAPITULATIVO 
1. O que é um temporizador?
 
 Um circuito capaz de fornecer um pulso de saída de duração pré
 estabelecida.
 2 Um circuito capaz de gerar uma onda quadrada simétrica.
 3 Um circuito capaz de gerar uma onda quadrada não simétrica.
 4 As três respostas anteriores são válidas.
2. Em relação ao circuito integrado analisado neste capítulo, quanto vale o nível de referência quando a tensão de alimentação é de 9 V?
 
 1 3 V.
 2 4 V.
 3 5 V.
 4 6 V.
3. Qual a função da entrada de “reset”?
 
 
 1 A de levar a zero a saída do comparador de disparo.
 2 A de levar o transistor Q1 ao estado OFF.
 3 A de levar a zero só a saída do circuito.
 4 A de levar a zero a saída do circuito e a do flip-flop R-S.
4. Observe a figura C03.6. Quanto dura o pulso de saída, quando R41 = 10 K( e C10 = 100 nF?
 
 1 75 (s.
 2 350 (s.
 3 1,1 ms.
 4 3,8 ms.
5. Observe a figura C03.5. Quanto dura o sinal de saída no nível alto, quando R41 = 10 K(, R42 = 15 K( e C10 = 10 nF?
 
 
 1 138 (s.
 2 173 (s.
 3 209 (s.
 4 241 (s.
�
6. Nas mesmas condições vista na pergunta anterior, quanto dura o sinal de saída no nível baixo?
 
 
 
 1 48 (s.
 2 64 (s.
 3 86 (s. 
 4 104 (s.
7. Sendo R41 = 10 K(, quanto valerá a resistência R42 para dar um ciclo de serviço de 0,2?
 
 1 2,5 K(.
 2 3,3 K(.
 3 4,7 K(.
 4 5,6 K(.
8. Os níveis de tensão entre os quais o capacitor da figura C03.4 oscila dependem:
 
 1 somente da tensão de alimentação.
 2 da tensão de alimentação, de R3, de R4 e de C4.
 3 somente de R3, de R4 e de C4.
 4 dos níveis da tensão de saída.
Observe as figuras com aplicações de circuitos integrados digitais 
Fig. C04.2
Fig. C05.3
Anotações
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