Buscar

U3 apostila

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

EA
D
Textos Didáticos, 
Didatizados e 
Paradidáticos 3
1. OBJETIVOS
•	 Refletir	 sobre	a	presença	dos	 livros	didáticos	na	escola,	
sobre	sua	contribuição	e	sobre	os	cuidados	que	devemos	
ter	ao	adotá-los.
•	 Conhecer	o	processo	de	didatização	de	textos	e	sua	inser-
ção	no	ensino	de	literatura.
•	 Elaborar	critérios	para	a	escolha	dos	livros	paradidáticos	e	
de	leitura	que	costumam	acompanhar	o	ensino	de	Língua	
Portuguesa.
•	 Observar	a	relação	entre	a	 literatura	e	as	outras	 lingua-
gens	e	perceber	que	contribuições	as	adaptações	de	obras	
literárias	podem	trazer	para	o	aprendizado	do	aluno,	bem	
como	algumas	restrições	ao	seu	uso.
© Metodologia do Ensino: Literatura84
2. CONTEÚDOS
•	 Textos	didáticos.
•	 Textos	didatizados.
•	 Textos	paradidáticos.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
1)	 Lembre-se	 sempre	 de	 que	 os	 conceitos	 contidos	 no	
Glossário	e	no	Mapa	Conceitual são	ferramentas	impor-
tantes	para	o	estudo	das	unidades.
2)	 Na	bibliografia	 indicada	 ao	 final	 desta	unidade,	 você	en-
contrará	 indicações	 importantes	 para	 complementar	 seu	
estudo	sobre	os	temas	que	nela	trabalharemos.	Lembre-se	
de	que	este	caderno	contém	apenas	referências	dos	con-
teúdos	e	que,	para	ampliar	sua	aprendizagem,	você	deverá	
consultar	outras	fontes	indicadas.
3)	 Os	 links	 indicados	nesta	unidade	 também	oferecem	ex-
celente	material	complementar	para	que	você	possa	am-
pliar	seu	conhecimento	a	respeito	dos	livros	didáticos,	di-
datizados	e	paradidáticos.	Acesse-os,	leia-os	e	anote	suas	
observações	para	discutir,	depois,	com	seus	colegas.
4)	 Nesta	 unidade,	 trabalharemos	 com	 conceitos	 e	 ideias	
advindos	 de	 um	 projeto	 de	 pesquisa	 desenvolvido	 na	
Universidade	de	São	Paulo	e	que	vale	a	pena	conhecer	
melhor.	
A circulação de textos na escola
Nos anos 1990 e seguintes, um grupo de pesquisadores da Universidade de São 
Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram 
um projeto temático que versava sobre a circulação de textos na escola, sob a 
coordenação da Profa. Dra. Ligia Chiappini, da USP. O projeto foi desenvolvido 
a partir da observação sistemática (estágios) de mais de mil horas-aula em es-
colas, na sua grande maioria, da rede estadual de ensino; estas observações, 
registradas, constituíram um banco de dados que foi, depois, minuciosamente 
analisado por um corpo de pesquisadores que reunia bolsistas de iniciação cien-
tífica, professores com bolsa de aperfeiçoamento, mestres e doutores.
O resultado dos trabalhos da primeira fase foi apresentado em três volumes, 
cada um coordenado por um ou mais docentes da USP. O primeiro, denomina-
do Aprender e ensinar com textos de alunos (CHAPPINI, 1997a), esteve sob a 
85
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
coordenação de João Wanderley Geraldi, docente da Unicamp e reuniu sete 
capítulos cuja temática girava em torno das relações entre a fala e a escrita na 
escola, a produção de textos, a reescritura de textos.
O terceiro volume foi coordenado por Adilson Citelli, docente da USP, e teve 
como título Aprender e ensinar com textos não escolares (CHIAPPINI, 1997b). 
Nele são apresentadas reflexões sobre alguns meios de comunicação que inci-
dem sobre a escola, tais como a televisão, o telejornal, o rádio, os quadrinhos, o 
teatro e os jogos interativos.
O segundo volume, que é o que nos interessa nesta unidade, mais de perto, teve 
sua composição coordenada por Helena Brandão e Guaraciaba Micheletti, que 
eram, então, professoras da USP. Intitulado Aprender e ensinar com textos di-
dáticos e paradidáticos (CHIAPPINI, 1997), esse volume inclui estudos sobre os 
textos didáticos e didatizados, a cópia e a leitura oral na escola, os exercícios de 
interpretação de textos e o trabalho com o poema na escola e os paradidáticos 
no contexto escolar.
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Na	unidade	anterior,	você	estudou	alguns	aspectos	que	dizem	
respeito	à	presença	de	textos	literários	na	sala	de	aula	do	ensino	básico.	
Você	deve	 ter	percebido	que	grande	parte	dos	 textos	que	
circulam	na	escola	são	provenientes	dos	livros	didáticos,	então	é	
sobre	eles	que	nos	debruçaremos	agora,	nesta	unidade.
Além	dos	livros	didáticos,	há	também	os	textos	que	não	são	
produzidos	com	finalidades	didáticas,	mas	tornam-se	didáticos	na	
medida	em	que	o	professor	os	recorta	e	os	insere	no	contexto	edu-
cacional.	 Esse	 processo	 recebe	o	 nome	de	 "didatização",	 e	 será	
objeto	do	nosso	trabalho,	também,	nesta	terceira	unidade.
Além	dos	textos	didáticos	e	didatizados,	é	importante	voltar-
mos	os	olhos	ainda	para	os	paradidáticos,	que	costumam	acompa-
nhar	o	estudo	e	suscitam	uma	série	de	reflexões.	
Nesta	unidade,	trabalharemos	também,	brevemente,	sobre	
a	relação	entre	a	literatura	e	as	outras	linguagens,	especialmente	
o	cinema,	o	teatro	e	a	música,	procurando	refletir	sobre	como	as	
adaptações	de	obras	literárias	para	outras	linguagens	podem	con-
tribuir	para	o	ensino	de	literatura.
Vamos,	pois,	aos	textos!
© Metodologia do Ensino: Literatura86
5. TEXTOS DIDÁTICOS
Ao	serem	inseridos	no	contexto	escolar,	os	textos	–	literários	
e	outros	–	sofrem	um	processo	de	didatização,	que	pode	ocorrer	
em	dois	níveis:	o	dos	textos	didatizados	e	o	dos	textos	didáticos:
O	primeiro	nível	de	didatização	é	o	encontrado	no	livro	didático:	o	
autor	do	manual	seleciona	os	textos	que,	no	geral,	não	foram	escritos	
visando	ao	ensino	e	elabora	um	trabalho	sobre	eles.	Assim,	o	pro-
fessor,	ao	adotar	o	livro,	ou	ao	consultá-lo,	estará	lançando	mão	de	
textos	já	didatizados,	sendo	apenas	um	transmissor	do	processo	de	
didatização	do	material	que	leva	a	seus	alunos	(SILVA,	1997,	p.	32).	
Segundo	as	autoras,	o	livro	didático	está	no	meio	estudantil	
desde	antes,	ainda,	de	1965,	quando	seu	uso	é	pela	primeira	vez	
regulamentado	pela	legislação	educacional.	
Em	1971,	o	Parecer	n.	853	do	Conselho	Federal	de	Educação	
citava	o	advento	do	livro	didático	"[...]	como	uma	forma	de	eco-
nomia,	pois	'se	o	aluno	leria	ao	final	do	ginásio	cerca	de	50	livros,	
passaria	a	 ler	15	ao	final	do	mesmo	período,	o	que	diminuiria	o	
ônus	das	famílias'."	(SILVA,	1997,	p.	34).
O	uso	do	livro	didático,	assim,	prosperou	durante	o	período	
da	ditadura	militar,	pois,	apoiado	pela	ideia	governamental	de	ser	
ele	um	material	condensado	e,	por	isso,	mais	econômico,	facilitava	
a	vida	do	professor	na	medida	em	que	trazia	para	a	sala	de	aula	os	
materiais	sancionados	pelo	governo.
Seu	uso	tem	permanecido	nas	práticas	pedagógicas	até	hoje,	
em	todo	o	território	nacional	–	o	que	é,	por	si,	uma	questão	com-
plicada.	Pois,	veja:
Atualmente	o	livro	didático	continua	equivocado	quando	se	pensa	na	
individualidade	do	aluno,	ou	até	de	um	grupo	de	alunos	(o	caso	das	
diferenças	regionais,	por	exemplo);	no	direito	à	cidadania;	na	preser-
vação	do	patrimônio	cultural	etc.,	pois	ele	se	coloca	como	um	grande	
modelo	que	deve	ser	seguido	do	Norte	ao	Sul	do	país,	suprimindo	a	
voz	do	professor,	que	por	sua	vez	suprime	a	voz	e	as	inquietudes	do	
aluno,	não	deixando	acontecer	"o	cidadão/leitor	que	pretendemos".	
O	momento	histórico	do	controle	ideológico	do	Estado	passou,	mas	
o	posicionamento	do	livro	didático	permanece	(SILVA,	1997,	p.	35).
87
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
Contudo,	apesar	dos	inúmeros	estudos	que	o	livro	didático	
vem	suscitando	ao	longo	das	últimas	décadas,	seu	uso	ainda	é	pra-
ticamente	obrigatório,	ao	menos	no	que	diz	respeito	à	educação	
pública.
Segundo	informações	colhidas	no	site	da	Fundação	Nacional	
para	o	Desenvolvimento	da	Educação	 (FNDE),	o	governo	 federal	
sustenta	hoje	três	programas	voltados	para	a	distribuição	de	livros	
didáticos:
•	 Programa	nacional	do	Livro	Didático	(PNDL);
•	 Programa	Nacional	do	Livro	Didático	para	o	EnsinoMédio	
(PNLEM);
•	 Programa	Nacional	do	Livro	Didático	para	a	Alfabetização	
de	Jovens	e	Adultos	(PNLA).
Veja	como	é	feita	a	distribuição	desses	livros:
No	ensino	fundamental,	os	alunos	do	1º	e	2º	ano	recebem	livros	
consumíveis	 (sem	 necessidade	 de	 devolução)	 de	 alfabetização	
matemática	e	alfabetização	linguística.	Há	ainda	a	distribuição	de	
obras	reutilizáveis	de	ciências,	história,	geografia,	matemática	e	lín-
gua	portuguesa.	A	partir	de	2011,	cada	estudante	do	6º	ao	9º	ano	
receberá	também	livros	consumíveis	de	língua	estrangeira	(inglês	
ou	espanhol).
Já	para	o	ensino	médio,	a	distribuição	envolve	 livros	 reutilizáveis	
de	 língua	 portuguesa,	 matemática,	 história,	 geografia,	 biologia,	
química	e	física.	A	novidade	a	partir	de	2012	será	o	envio	de	livros	
consumíveis	de	língua	estrangeira	(inglês	ou	espanhol),	filosofia	e	
sociologia	(FUNDAÇÃO	NACIONAL	PARA	O	DESENVOLVIMENTO	DA	
EDUCAÇÃO,	2010).
Tanto	 o	 PNLD	 quanto	 o	 PNLEM,	 que	 nos	 interessam	mais	
diretamente,	 têm	 a	mesma	 forma	 de	 funcionamento.	 As	 edito-
ras	inscrevem	suas	coleções	de	livros	didáticos	para	participar	do	
processo	avaliativo	que	o	Ministério	da	Educação	(MEC)	promove.	
Os	livros	passam	por	uma	triagem	que	procura	garantir	que	estes	
atendam	às	exigências	técnicas	e	físicas	determinadas	no	edital.	A	
seguir,	os	livros	aprovados	são	enviados	à	Secretaria	de	Educação	
Básica	(SEB),	que	nomeia	um	grupo	de	especialistas	para	avaliar	o	
© Metodologia do Ensino: Literatura88
material,	conforme	os	critérios	da	SEB.	Os	livros	aprovados	são	re-
senhados	pelos	especialistas,	e	passam	a	compor	um	documento	
denominado	Guia do Livro Didático.	
Esse	Guia	é	disponibilizado	aos	professores	e	diretores,	que	
escolhem	um,	dentre	eles,	que	será	adotado	em	sua	escola	no	ano	
letivo	seguinte,	e	enviam	suas	escolhas	ao	FNDE,	que	passa,	então,	
a	negociar	com	as	editoras	a	aquisição	das	obras	selecionadas.	Os	
livros	reutilizáveis	podem	ser	trocados	a	cada	três	anos;	os	demais	
são	selecionados	anualmente.
Os	critérios	adotados	pelos	especialistas	para	a	seleção	dos	
livros	didáticos	do	PNDL	são	os	seguintes:
1.	 respeito	à	legislação,	às	diretrizes	e	às	normas	oficiais	relativas	
ao	ensino	fundamental;
2.	 observância	aos	princípios	éticos	necessários	à	construção	da	
cidadania	e	ao	convívio	social	republicano;
3.	 coerência	 e	 adequação	 da	 abordagem	 teórico-metodológica	
assumida	pela	coleção,	no	que	diz	respeito	à	proposta	didático	
–	pedagógica	explicitada	e	aos	objetivos	visados;
4.	 correção	 e	 atualização	 de	 conceitos,	 informações	 e	 procedi-
mentos;
5.	 observância	das	características	e	finalidades	específicas	do	ma-
nual	do	professor	e	adequação	da	coleção	à	linha	pedagógica	
nele	apresentada;	e	
6.	 adequação	da	estrutura	editorial	e	do	projeto	gráfico	aos	obje-
tivos	didático-pedagógicos	da	coleção	(MINISTÉRIO	DA	EDUCA-
ÇÃO,	2010,	p.	14).
O	Guia de	livros didáticos oferecido	aos	professores,	com	as	
descrições	detalhadas	das	coleções	assinadas	pela	equipe	de	es-
pecialistas,	apresenta	uma	parte	geral,	que	dispõe	sobre	a	legisla-
ção	do	PNDL	e	sobre	os	procedimentos	adotados	nas	escolas	para	
a	seleção	dos	livros.
O	documento	conta	também	com	cadernos	de	conteúdo	es-
pecífico,	 para	 as	disciplinas	de	Ciências,	Geografia,	História,	 Lín-
gua	Estrangeira,	Matemática	e	Língua	Portuguesa.	O	caderno	de	
Língua	Portuguesa,	que	orienta	a	escolha	de	livros	para	o	triênio	
89
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
2011-2012-2013,	indica	ao	professor	os	seguintes	critérios	para	a	
seleção	dos	manuais:
a)	 Critérios	gerais:
•	 Respeito	à	legislação,	às	diretrizes	e	às	normas	oficiais	relativas	
ao	ensino	fundamental.
•	 Observância	de	princípios	 éticos	necessários	 à	 construção	da	
cidadania	e	ao	convívio	social	republicano.
•	 Coerência	 e	 adequação	 da	 abordagem	 teórico-metodológica	
assumida	pela	coleção,	no	que	diz	respeito	à	proposta	didático-
-pedagógica	explicitada	e	aos	objetivos	visados.
•	 Correção	e	atualização	de	conceitos,	 informações	e	procedi-
mentos.
•	 Observância	das	características	e	finalidades	específicas	do	ma-
nual	do	professor	e	adequação	da	coleção	à	linha	pedagógica	
nele	apresentada.
•	 Adequação	da	estrutura	editorial	e	do	projeto	gráfico	aos	obje-
tivos	didático-pedagógicos	da	coleção	(MINISTÉRIO	DA	EDUCA-
ÇÃO,	2010a,	p.	13-16).
b)	 Critérios	específicos:
•	 Relativos	à	natureza	do	material	textual	selecionado;
•	 Relativos	ao	trabalho	com	o	texto.
•	 Leitura.
•	 Produção	de	textos	escritos.
•	 Relativos	ao	trabalho	com	a	oralidade.
•	 Relativos	ao	 trabalho	com	os	conhecimentos	 linguísticos	 (MI-
NISTÉRIO	DA	EDUCAÇÃO,	2010a,	p.	21-25).
Para saber mais!
No site da FNDE, você pode acessar o Guia do Livro Didático: 
PNDL 1001 – Língua Portuguesa. Acesse em:
<http://www.fnde.gov.br/index.php/pnld-guia-do-livro-didatico>.
Agora	que	você	conhece	o	processo	pelo	qual	os	 livros	di-
dáticos	chegam	às	escolas	públicas	de	educação	básica,	observe	
alguns	aspectos	analisados	pelos	pesquisadores	do	projeto	"A	cir-
culação	de	textos	na	escola".
© Metodologia do Ensino: Literatura90
A	primeira	verificação	feita	pela	equipe	é	que,	dentre	os	tex-
tos	que	circulam	na	escola,	o	que	predomina	é	o	livro	didático.	A	
equipe	analisou	manuais	utilizados	nas	escolas	que	fizeram	parte	
da	pesquisa,	e	constatou	os	seguintes	fatos:
a)	 uma	dissociação	entre	o	discurso	de	apresentação	do	autor	da	
coleção	didática	e	a	prática,	isto	é,	esses	livros	apresentam	um	
programa	teórico	que	se	contradiz	nas	atividades	propostas;
b)	 geralmente,	o	manual	didático	não	apresenta	uma	coesão	in-
terna	à	própria	unidade,	entre	as	unidades	de	um	mesmo	vo-
lume	e	entre	uma	série	e	outra	de	uma	coleção,	em	termos	de	
gradação	de	dificuldades	e	de	seleção	de	tópicos	a	serem	estu-
dados;	a	marca	é	a	fragmentação	ou	a	repetição	de	conteúdos	
de	uma	série	para	outra;
c)	 uma	estrutura	comum	permeia	todas	as	unidades	que	se	abrem	
sempre	com	um	texto,	que	é	seguido	pelo	estudo	do	vocabulá-
rio,	questões	de	interpretação,	estudos	de	gramática	e,	às	ve-
zes,	produção	de	texto;
d)	 os	 livros	didáticos	 são	elaborados	de	 forma	a	 serem	um	ma-
terial	autossuficiente	para	o	estudo	de	língua	e	literatura,	pois	
não	incitam	a	consulta	de	outros	materiais	(como	dicionários,	
gramáticas,	antologias,	obras	integrais	etc.);
e)	 nessa	 linha	 de	 autossuficiência,	 os	 textos	 são	 produzidos	 ou	
adaptados	 pelos	 autores	 do	 manual	 com	 intuito	 facilitador,	
principalmente	para	as	séries	 iniciais;	para	as	mais	avançadas	
são	 apresentados	 fragmentos	 (nem	 sempre	 os	 trechos	 mais	
significativos	 da	 obra	 do	 autor)	 que,	 muitas	 vezes,	 retirados	
inadequadamente	do	contexto	original,	prejudicam	a	interação	
aluno-leitor-texto;
f)	 a	abordagem	textual	se	marca	pela	"mesmice"	dos	questioná-
rios,	que	apresentam	padrão	comum	a	qualquer	texto,	ignoran-
do	as	especificidades	de	tipo	e	gênero	(SILVA,	1997,	p.	78).
Diante	 dessas	 observações,	 você	 pode	 perguntar:	 então,	
qual	a	alternativa	do	professor,	uma	vez	que	a	adoção	de	livros	di-
dáticos,	muitas	vezes	feita	por	um	período	demasiadamente	longo	
e	indireto,	ainda	é	uma	prática	generalizada	nas	escolas?
É	sempre	bom	lembrar	o	que	já	dizia	Marisa	Lajolo,	no	texto	
que	estudamos	(LAJOLO,	1991):	é	sempre	possível	fazer	um	bom	
trabalho	a	partir	de	qualquer	texto.	Para	isso,	o	professor	precisa	
91
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
desobrigar-se	de	seguir	as	 instruções	dos	manuais	didáticos	que	
considerar	inadequadas	aos	seus	objetivos	de	ensino.	Em	seguida,	
o	professor	pode	complementar	o	que	é	proposto	no	livro	didático	
pela	seleção	de	outros	textos	que	complementem	e	aprofundem	
esses	mesmos	objetivos.	Éessa	a	principal	função	da	didatização	
de	textos,	que	veremos	a	seguir.
6. TEXTOS DIDATIZADOS
Depois	do	texto	didático,	segundo	pesquisadores	da	USP,	o	
tipo	de	texto	que	mais	circula	na	escola	é	o	didatizado.	Já	vimos	
que	o	livro	didático	institui-se	como	um	primeiro	nível	de	didati-
zação	de	textos.	Há,	contudo,	um	segundo	nível,	que	é	o	seguinte:
O	segundo	nível	[de	didatização	de	textos]	é	aquele	em	que	o	edu-
cador	pode	instituir-se	como	sujeito	do	processo,	pesquisando	tex-
tos	em	diversas	fontes	e	trazendo-os	para	a	sala	de	aula,	com	a	sua	
proposta	de	trabalho	(SILVA,	1997,	p.	32).
Os	textos	didatizados	são,	então,	selecionados	e	apresenta-
dos	aos	alunos	pelo	próprio	professor,	sem	a	mediação	do	autor	
do	manual	didático.	
Ao	observar	o	trabalho	feito	com	estes	textos	na	escola,	os	
pesquisadores	notaram	que	muitos	textos	coincidiam	com	aqueles	
trazidos	por	manuais	diferentes	daquele	adotado	pelo	professor	–	
isto	é,	sua	pesquisa	restringia-se	a	outros	livros	didáticos.	Mesmo	
nos	casos	em	que	a	seleção	do	professor	recaía	sobre	textos	que	
usualmente	não	comparecem	nos	livros	didáticos,	a	forma	de	tra-
balhar	com	eles	era	a	mesma,	ou	seja,	o	texto	muda,	mas	a	dinâ-
mica	do	trabalho	continua	a	mesma.	
Muitas	vezes,	segundo	essa	pesquisa,	os	textos	são	levados	
para	a	sala	de	aula	como	pretextos	para	o	estudo	do	vocabulário,	
ou,	por	exemplo,	de	aliterações,	assonâncias	e	outros	elementos	
da	composição	poética/textual.	O	texto	fica,	assim,	em	função	de	
outras	aprendizagens	e	seu	conteúdo	mais	profundo	fica	perdido	
na	leitura.
© Metodologia do Ensino: Literatura92
Há,	também,	outro	problema	sério	no	que	diz	respeito	aos	tex-
tos	didatizados	pelo	professor:	a	ausência	de	dados	que	indiquem	a	
autoria	e	a	fonte	bibliográfica	da	qual	o	professor	retirou	o	texto.	
Omitindo	estas	informações,	perde-se	a	oportunidade	de	evidenciar	
para	os	alunos	que	todo	texto	tem	uma	autoria,	e	que	esta	deve	ser	
respeitada	e	referida	sempre	que	lidarmos	com	o	texto	de	outrem.
Em	tempos	de	propagação	da	internet	como	fonte	de	pesqui-
sa	e	de	acesso	ao	conhecimento	de	todas	as	áreas,	o	descuido	com	
a	autoria	pode	induzir	o	leitor/	estudante	à	ideia	de	que	aquilo	que	
está	disponibilizado	na	rede	pertence	a	qualquer	um	e	pode,	por	
isso,	ser	apropriado	para	os	fins	mais	diversos.	A	apropriação	de	tex-
tos	de	outra	pessoa,	sem	referir	a	autoria	e	a	fonte,	constitui	não	
apenas	um	erro	de	metodologia	científica,	mas	fere	o	princípio	de	
autoria	–	em	síntese,	constitui-se	em	crime	contra	o	direito	autoral.
Os	pesquisadores	concluem:
[...]	hoje	ocorre	nas	escolas	uma	naturalização	do	processo	de	di-
datização,	segundo	os	moldes	do	manual	didático.	O	texto,	mesmo	
que	"original",	está	fadado	a	se	encaixar	em	modelos	de	exercícios	
preestabelecidos	pelo	livro	didático,	presente	implícita	ou	explicita-
mente	em	sala	de	aula,	e	[...]	o	texto	didatizados,	da	maneira	que	
este	trabalho	o	concebe,	está	ausente	da	sala	de	aula	devido	á	ins-
titucionalização	do	manual	didático	(SILVA,	1997,	p.	76).
Ora,	o	texto	didatizado	está	ou	não	presente	na	sala	de	aula?	
Se	está	presente,	como	as	autoras	concluem	pela	sua	ausência?
Isso	se	explica	porque	a	didatização	de	textos,	no	contexto	
escolar,	pressupõe	um	trabalho	que	complemente	aquele	do	ma-
nual	 didático,	ou	que	 lhe	 sirva	 como	alternativa.	 Se,	 contudo,	o	
professor	leva	para	a	sala	de	aula	textos	de	outros	manuais	e	ainda	
trabalha	com	eles	da	mesma	forma	que	o	livro	didático,	onde	está	
a	novidade?	Onde	está	a	marca	autoral	do	professor,	que	deveria	
ser	o	sujeito	do	processo	de	didatização?
É	nesse	sentido	que	as	autoras	concluem	que	a	didatização	
está	ausente	da	escola.	 Parece	que	 falta	 ao	professor	a	ousadia	
de	romper	com	os	modelos	do	manual	didático	e	de	explorar,	no	
93
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
texto,	o	que	ele	tem	de	melhor,	que	é	a	sua	leitura,	o	acesso	a	ca-
madas	progressivamente	mais	profundas	de	significação	para	os	
diferentes	leitores.	
O	livro	didático	instala-se	no	processo	de	ensino	e	aprendi-
zagem	com	uma	autoridade	inquestionável,	que	é	reforçada	não	
só	pelo	professor,	que	vê	nele	um	facilitador	de	seu	trabalho,	abdi-
cando,	assim,	de	pensar	por	si	só	a	respeito	do	texto	literário.
Muitas	vezes,	a	ditadura	do	livro	didático	é	reforçada	por	po-
líticas	como	a	do	PNDL,	em	que	o	professor	não	tem	autonomia	de	
avaliar	com	seus	próprios	critérios	o	livro	a	ser	adotado	–	e,	menos	
ainda,	 de	dispensar	 o	 uso	do	 livro	didático.	 Este,	 quando	não	é	
adotado	nas	escolas,	é	substituído	pelas	apostilas,	que	cumprem	
a	mesma	função.
Políticas	 de	 formação	 de	 professores	 como	 a	 que	 adota,	
atualmente,	 o	 Estado	 de	 São	 Paulo	 também	 contribuem	para	 o	
"emburrecimento"	do	professor.	 Este	 recebe	do	Estado	um	 trei-
namento	para	a	condução	do	processo	educativo	e,	quanto	mais	à	
risca	o	docente	seguir	as	indicações	do	Estado,	mais	será	valoriza-
do	–	isto	é,	seu	salário	aumenta	em	função	das	gratificações	dadas,	
por	meio	de	avaliação	periódica,	aos	professores	que	adotaram	as	
proposições	do	Estado	na	íntegra.
O	 que	 causa	 espanto	 e	 tristeza	 é	 concluir	 que	 as	 políticas	
públicas	pressupõem	que	os	professores	não	são	mais	capazes	de	
desempenhar	responsável	e	eficientemente	o	seu	trabalho.	Se	isso	
é	verdade,	em	muitos	casos	(basta	para	isso	espiarmos	os	noticiá-
rios),	não	será	por	que	a	profissão	docente	está	tão	desvalorizada	
que	não	incita	mais	no	profissional	da	educação	o	gosto	de	tornar-
-se	um	profissional	cada	vez	melhor?	Esta,	porém,	é	uma	questão	
que	foge	ao	âmbito	específico	deste	nosso	Caderno de Referência 
de Conteúdo.	Voltemos,	pois,	a	ela.
Além	dos	textos	didáticos	e	didatizados,	outro	tipo	de	texto	
largamente	adotado	nas	escolas,	principalmente	no	ensino	funda-
mental,	é	o	paradidático.
© Metodologia do Ensino: Literatura94
7. TEXTOS PARADIDÁTICOS
Etimologicamente,	a	palavra	"paradidático"	quer	dizer	"aqui-
lo	que	está	ao	lado	do	didático".	No	contexto	escolar,	trata-se	de	
um	conjunto	de	obras	produzidas	para	a	leitura	na	escola	e	utiliza-
das	como	complemento	para	a	aprendizagem	nas	diferentes	áreas	
do	conhecimento.
Os	livros	paradidáticos	são	adotados	principalmente	no	ensi-
no	fundamental	e	acompanham	todo	o	processo	de	alfabetização	
dos	alunos.	
A	produção	editorial	de	paradidáticos	responde	pelo	maior	
mercado	de	consumo	de	 literatura	do	país.	Dados	de	1998	esti-
mam	que	a	venda	desses	títulos	chega	a	4	milhões	de	exemplares	
por	ano,	movimentando	o	que	correspondia	a	um	faturamento	de	
vinte	e	cinco	milhões	de	reais	para	as	editoras.
Na	década	de	1970,	o	mercado	de	paradidáticos	oferecia	aos	lei-
tores,	prioritariamente,	histórias	de	aventuras,	tais	como	as	que	inte-
gravam	a	antológica	Coleção	Vagalume,	da	editora	Ática.	Na	década	de	
1980,	a	temática	começou	a	incluir	as	histórias	policiais.	Nomes	como	
Marcos	Rey	e	Pedro	Bandeira	destacam-se	nesse	setor,	obtendo	algo	
difícil	de	conquistar	pelos	autores	tradicionais	de	literatura:	renda.	
Num	país	em	que	o	livro	está	longe	de	ser	um	disputado	bem	de	
consumo,	esses	autores	conseguiram	a	proeza	de	se	profissionali-
zar,	ganhando	um	bom	dinheiro	para	os	padrões	editoriais	brasi-
leiros.	Muitos	vivem	confortavelmente	apenas	com	o	resultado	do	
trabalho	com	a	pena	(GRAIEB,	1998).
Embora	 haja	 muitos	 títulos	 desprezíveis	 publicados	 sob	 o	
selo	de	paradidáticos,	o	 fato	é	que	essa	 literatura	está	presente	
em	todas	as	escolas	e	sua	leitura	é	incentivada	largamente	pelos	
professores.
As	pesquisadoras	Ana	Maria	Bonato	Garcez	Yasuda	e	Maria	
José	Ciccone	Teixeira,	da	USP,	fizeram	um	estudo	sobre	a	circula-
ção	dos	paradidáticos	no	contexto	escolar.	As	autoras	comentam:
95
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
Dianteda	vasta	produção	editorial	de	obras	chamadas	paradidáti-
cas,	tanto	ficcionais	quanto	informativas,	bem	como	da	significati-
va	produção	acadêmica	voltada	para	estes	textos,	esperava-se	que	
sua	circulação,	nas	escolas	observadas,	fosse	considerável.	Não	é,	
entretanto,	o	que	refletem	os	dados	coletados	nos	quinze	diários	
de	campo,	pelo	número	de	episódios	de	leitura	ou	atividades	de-
senvolvidas	com	esses	 livros,	considerando-se	que	foram	levados	
em	conta	não	só	os	paradidáticos	usados	em	Língua	Portuguesa,	
mas	em	todas	as	disciplinas	(YASUDA;	TEIXEIRA,	1997,	p.	167).
As	pesquisadoras	observaram	que	nas	escolas	quase	não	há	
oportunidades	para	a	leitura	dessas	obras,	nem	para	a	manifesta-
ção	daquilo	que	os	leitores	puderam	apreender	de	suas	leituras.	
Consideradas	como	textos	extraclasses,	essas	leituras	são	indica-
das	como	complemento	das	atividades	escolares,	e	devem	ser	fei-
tas,	via	de	regra,	no	tempo	que	o	estudante	está	fora	da	escola.
O	paradidático	é	especialmente	presente	nos	projetos	e	currí-
culos	que	trabalham	com	a	interdisciplinaridade.	Isso	ocorre	porque	
há	uma	vasta	 linha	de	paradidáticos	voltados	para	outras	áreas	do	
conhecimento,	como	Ciências,	Física,	Matemática,	História,	Geografia	
etc.	Nesse	sentido,	o	trabalho	conjunto	entre	os	docentes	de	Língua	
Portuguesa	e	de	outras	áreas	específicas	pode	trazer	resultados	mais	
eficientes	para	o	aproveitamento	da	leitura	–	desde	que	esse	trabalho	
seja	realmente	orientado,	e	não	legado	apenas	ao	estudante,	como	
se	este,	autonomamente,	fosse	capaz	de	apreender	todos	os	níveis	de	
significação	de	uma	obra	contando	apenas	com	a	sua	própria	leitura.
O	que	se	observou,	em	várias	escolas,	é	que	as	proposta	de	
trabalho	escolar	com	os	paradidáticos	são	muito	variadas:
As	propostas	de	trabalho	pedagógico	com	os	paradidáticos,	regis-
tradas	nos	diários	de	campo,	vão	desde	aquelas	em	que	o	professor	
age	como	mediador	(e,	baseando-se	nas	impressões	verbalizadas	
pelos	alunos,	leva-os	a	perceber	a	estratégia	de	leitura	mais	ade-
quada	a	cada	 texto),	até	as	mais	 tradicionais,	 tais	 como	resumo,	
preenchimento	de	fichas,	que	restringem	a	leitura	à	superfície	do	
texto	e	não	levam	em	conta	a	atribuição	de	sentido	construída	pelo	
leitor	(YASUDA;	TEIXEIRA,	1997,	p.	169).
Há,	entre	os	títulos	paradidáticos,	alguns	que	rapidamente	
são	esquecidos,	e	outros	mais	clássicos,	cuja	permanência	nas	es-
© Metodologia do Ensino: Literatura96
colas	atravessa	décadas.	Esse	é	o	caso	das	produções	de	Montei-
ro	Lobato,	Fernanda	Lopes	de	Almeida,	João	Carlos	Marinho,	Ana	
Maria	Machado,	Ziraldo	e	outros.	Suas	obras	são,	geralmente,	con-
sideradas	de	boa	qualidade,	em	relação	a	 tantos	outros	autores	
que	produzem	obras	paradidáticas	de	baixíssima	qualidade	literá-
ria,	cujos	enredos	repetem	esquemas	narrativos	já	banalizados	e	
previsíveis	de	histórias	de	amor	e	de	ação.	A	respeito	dessas	obras,	
Yasuda	e	Teixeira	comentam:
Dificilmente	seriam	importantes	para	a	formação	de	um	leitor	críti-
co,	pois	apenas	espelham	o	nível	de	leitura,	de	conhecimento	e	de	
linguagem	do	jovem.	A	par	disso,	sem	a	magia	dos	contos	de	fadas	
nem	o	fabuloso	do	realismo	fantástico,	as	aventuras	rocambolescas	
ou	pretensamente	intimistas	que	contam	tornam-se	inverossímeis	
e	dificilmente	envolvem	o	leitor,	mesmo	sendo	esse	aluno	da	escola	
pública,	com	pequena	bagagem	de	leitura,	mas	com	rica	experiên-
cia	de	vida	(YASUDA;	TEIXEIRA,	1997,	p.	174).
As	pesquisadoras	comentam,	também,	que	a	escolha	de	um	
bom	título	não	garante,	por	si,	um	bom	trabalho	com	a	leitura.	É	o	
que	acontece,	por	exemplo,	com	os	textos	da	coleção	Para	Gostar	
de	Ler,	também	da	Ática.	São	textos	quase	sempre	presentes	na	lis-
ta	de	livros	lidos	pelos	alunos,	não	tanto	por	sua	qualidade	literá-
ria,	mas	por	serem	textos	curtos,	geralmente	crônicas,	que	tratam	
de	temas	do	cotidiano.	Parece,	então,	que	a	escolha	do	professor	
recai	sobre	os	textos	considerados	de	leitura	mais	fácil.
Veja,	no	quadro	a	seguir,	um	fragmento	do	texto	de	Yasuda	e	
Teixeira.	As	autoras	abordam,	com	muita	propriedade,	os	tipos	de	
paradidáticos	que	mais	circulavam	na	escola,	nos	anos	1990.
O tipo de paradidático que mais circula na escola –––––––––
Ana Maria Bonato Grazes Yasuda
Maria José Ciccone Teixeira
Primeiramente é preciso esclarecer que existem no mercado excelentes publi-
cações paradidáticas infanto-juvenis, mas que, infelizmente, não é o caso da 
grande maioria das que chegam à escola. [...] [Estas] são histórias cujo enredo 
consiste sobretudo em ação, em que o protagonista é um jovem adolescente que 
com sua turma vence o grupo adversário, representado pelos vilões, geralmente 
adultos. Ou são histórias que narram conflitos existenciais vividos por adoles-
centes.
97
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
São narradas numa linguagem estereotipada que tenta reproduzir a maneira de 
falar e de viver do jovem. Há casos em que a tentativa é tão forçada, pelo uso 
de gírias localizadas no tempo e no espaço e facilmente descartáveis, sobre-
tudo pela rotatividade de expressões veiculadas pelos meios de comunicação 
de massas, que livros com cerca de dez, quinze anos de existência tornam-se 
velhos e necessitam ser "traduzidos" para o leitor/aluno. Com relação às publi-
cações de meados da década de 80 em diante, começa a ocorrer uma inversão 
dessa linguagem: "a pressão da escola ocorreu no sentido de um retorno a uma 
linguagem distante da experiência de vida da criança..." [RAMOS, Maria Cecí-
lia Mattoso. O paradidático: esse rendoso desconhecido. Tese de Doutorado, 
FFLCH-USP, 1987. (Inédito)]. Ou seja, a escola tende a incorrer em extremos, 
ora valorizando apenas as novidades, ora as obras estritamente didáticas.
As publicações que apresentam uma linguagem bem cuidada, mas, no entanto, 
próxima da vivência do aluno, mais dificilmente chegam às mãos do professor, 
porque são, em grande parte, obras cujo custo editorial é mais elevado e não 
são endereçadas com exclusividade ao mercado escolar. Além disso, demandam 
maior esforço intelectual para sua fruição. Dois fatores – preço e facilidade – in-
terferem na indicação, já que, numa sociedade de consumo, os bens culturais 
perdem espaço para os que podem ostentar maior prestígio social. Com relação 
à facilidade, o professor subestima o aluno por considerá-lo incapaz de entender 
textos mais elaborados; subestima também sua própria capacidade de leitor ao 
excluir de suas escolhas as obras que não se façam acompanhar de suplemen-
tos de trabalho. Quer dizer, o professor abre mão de sua condição de sujeito que, 
assim como o aluno, constrói o conhecimento.
A leitura de publicações destas diferentes épocas pode revelar obras que se tor-
naram ultrapassadas, desinteressantes, porque, sem outros recursos a oferecer 
ao leitor, se apoiaram excessivamente na reprodução da linguagem atribuída ao 
jovem pela mídia da época. Outras, entretanto, como os primeiros livros de João 
Carlos Marinho, por sua qualidade literária, continuam encantando os leitores, 
além de aludirem ironicamente à história recente do país.
É impossível, porém, ignorar a produção dos paradidáticos e a dificuldade de 
acesso, por parte dos professores, a uma maior variedade dessa produção. Já 
que, valendo-se da falta de tempo do professor para ler e selecionar melhor suas 
indicações, como também de baixos salários que não lhe permitem usufruir de 
bens culturais, como os livros, as editoras mais agressivas acabam impondo às 
escolas um determinado tipo de texto, e também como este deve ser abordado 
via suplemento de atividades. Assim, o esforço do professor para superar seus 
próprios limites de leitor crítico são desestimulados de antemão.
Seria então necessário pensar se e como o paradidático poderia ocupar seu pa-
pel na formação de leitores de literatura sem adjetivos: nem infantil, nem juvenil.[...] (YASUDA; TEIXEIRA, 1997, p. 177-180).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Se	você	já	atua	como	professor	de	Língua	Portuguesa,	a	rea-
lidade	descrita	 pelas	 pesquisadoras	 certamente	 é-lhe	 familiar.	 A	
escolha	de	títulos	para	a	chamada	leitura	extraclasse	é	condicio-
nada	pelas	oportunidades	que	 tem	o	professor	de	 ter	acessos	a	
essa	produção.
© Metodologia do Ensino: Literatura98
Vale	 lembrar,	 porém,	 que	 as	 políticas	 educacionais	 vêm	
atentando,	há	alguns	anos,	para	essa	questão.	Além	dos	progra-
mas	de	distribuição	do	livro	didático,	há	outro	programa	do	MEC	
que	procura	incentivar	a	leitura	nas	escolas:	o	Programa	Nacional	
Biblioteca	da	Escola	(PNBE).	
Criado	em	1997,	o	PNBE	busca	promover	o	hábito	de	leitura	
em	alunos	e	professores,	mediante	a	seleção,	feita	anualmente	por	
uma	equipe	de	técnicos	contratados	pelo	MEC,	de	títulos	que	vão	
compondo,	para	as	escolas,	tanto	o	acervo	de	leituras	para	os	alu-
nos	do	ensino	fundamental	e	médio,	quanto	para	os	professores,	
incluindo	títulos	voltados	para	a	reflexão	sobre	a	prática	docente.
Vale	notar	que	uma	iniciativa	desse	porte,	sem	dúvida	valio-
sa,	pode	ser	"boicotada"	por	um	mau	trabalho	com	o	texto,	ou	por	
um	trabalho	que	 fique	condicionado	aos	níveis	mais	 superficiais	
de	leitura.	Para	os	paradidáticos,	vale	o	mesmo	que	havíamos	con-
cluído	a	respeito	dos	textos	didáticos,	e	que	havia	sido	apontado	
por	Marisa	Lajolo,	mesmo	com	um	texto	ruim,	é	possível	fazer	um	
bom	trabalho.
8. TEXTOS COMPLEMENTARES
Além	da	 leitura	 dos	 textos	 integrais	 que	 comentamos	 aqui,	
você	pode	aprofundar	mais	o	conhecimento	sobre	a	temática	desta	
unidade	a	partir	da	leitura	dos	seguintes	textos	complementares:
•	 MINISTÉRIO	 DA	 EDUCAÇÃO. Guia de livros didáticos:	
PNDL	 2011	 –	 Língua	 Portuguesa.	 Brasília:	Ministério	 da	
Educação/Secretaria	da	Educação	Básica,	2011.
•	 Neste	 Guia,	 elaborado	 para	 orientar	 os	 professores	 na	
escolha	dos	 livros	didáticos,	você	poderá	encontrar	não	
apenas	as	diretrizes	de	avaliação	dos	livros	didáticos	para	
o	ensino	de	Língua	Portuguesa,	mas	também	a	legislação	
nacional	que	regula	a	presença	dos	manuais	didáticos	nas	
escolas.
99
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
•	 SANTOS,	Cícero	Gabriel	dos;	REINALDO,	Maria	Augusta	Gon-
çalves	de	M.	A escolha do livro didático de língua portuguesa 
e o uso desse material em sala de aula:	implicações	para	o	
ensino	da	escrita.	Disponível	em:	<http://www.linguaeduca-
cao.net/press/05.pdf>.	Acesso	em:	13	ago.	2010.
•	 Neste	artigo,	os	autores	fazem	outras	considerações	so-
bre	o	livro	didático	de	Língua	Portuguesa	e	enfocam,	es-
pecialmente,	as	propostas	nele	contidas	para	o	trabalho	
com	a	produção	de	textos.
•	 FARBIARZ,	 Jackeline	 Lima;	 CAVALCANTE,	 Nathália Sá. O 
livro didático de língua portuguesa em uma sociedade 
educacional.	Disponível	em:	<http://www.maxwell.lamb-
da.ele.puc-rio.br/11979/11979.PDF>.	
•	 Neste	artigo,	as	autoras	analisam	o	livro	didático	de	Lín-
gua	Portuguesa	do	ponto	de	vista	das	imagens	nele	pre-
sentes,	tendo	como	critério	de	avaliação	os	mesmos	di-
vulgados	no	Guia do Livro Didático.
9. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
As	questões	de	autoavaliação	a	seguir	foram	sugeridas	para	
que	você	possa	avaliar	os	resultados	de	seu	estudo	neste	Cader-
no de Referência de Conteúdo.	Lembre-se	de	que	elas	são	mais	um	
parâmetro	para	que	você	possa	aferir	a	qualidade	de	sua	apren-
dizagem.	Assim,	se	encontrar	dificuldades	em	respondê-las,	reto-
me	a	leitura	da	unidade.	Caso	as	dificuldades	persistam,	procure	
esclarecê-las	com	seu	tutor.	
1)	 Considere	a	seguinte	afirmação:	
O	uso	do	livro	didático,	assim,	prosperou	durante	o	período	da	di-
tadura	militar,	pois,	apoiado	pela	 ideia	governamental	de	ser	ele	
um	material	condensado	e,	por	isso,	mais	econômico,	facilitava	a	
vida	do	professor	na	medida	em	que	trazia	para	a	sala	de	aula	os	
materiais	sancionados	pelo	governo	(SILVA,	2011,	p.	5).
© Metodologia do Ensino: Literatura100
Levando	em	conta	o	que	você	estudou	nesta	unidade,	explique	o	caráter	auto-
ritário	do	livro	didático,	que	permanece	até	os	nossos	dias.
2)	 Você	viu,	nesta	unidade,	que	as	políticas	educacionais	contemplam	alguns	
programas	que	visam	 incentivar	a	 leitura,	 seja	mediante	a	distribuição	de	
livros	didáticos	pré-selecionados	para	as	escolas	–	é	o	caso	do	Programa	Na-
cional	do	Livro	Didático	(PNDL),	seja	com	a	ampliação	do	acervo	bibliográfico	
das	escolas,	promovido	pelo	Programa	Nacional	Biblioteca	da	Escola	(PNBE).	
Observe,	agora,	a	Figura	2	com	o	gráfico	a	seguir:
Gráfico 1 - Médias de Proficiência em Lingua Portuguesa - Brasil 
1995 - 2005
Fonte:	MINISTÉRIO	DA	EDUCAÇÃO	E	CULTURA,	2007,	p.	6.
Figura	2	Médias de Proficiência em Língua Portuguesa – SAEB.
Você	deve	ter	notado	que,	em	termos	gerais,	as	médias	de	proficiência	em	
Língua	Portuguesa	no	SAEB	–	Sistema	de	Avaliação	da	Educação	Básica	-	vêm	
diminuindo.	Considerando	o	que	você	estudou	nesta	unidade,	e	considerando	
também	que	os	professores	têm	em	mãos	material	julgado	de	boa	qualidade,	
qual	a	sua	hipótese	para	a	queda	nos	índices	de	Língua	Portuguesa	do	SAEB?
3)	 As	pesquisadoras	da	Universidade	de	São	Paulo,	no	âmbito	do	projeto	"A	
Circulação	de	Textos	na	Escola",	afirmam	que,	depois	do	 livro	didático,	os	
textos	 didatizados	 são	 os	 que	 têm	mais	 presença	 na	 escola.	 Contudo,	 ao	
final,	elas	concluem	o	seguinte:
[...]	hoje	ocorre	nas	escolas	uma	naturalização	do	processo	de	di-
datização,	segundo	os	moldes	do	manual	didático.	O	texto,	mesmo	
que	"original",	está	fadado	a	se	encaixar	em	modelos	de	exercícios	
preestabelecidos	pelo	livro	didático,	presente	implícita	ou	explici-
tamente	em	sala	de	aula,	e	[...]	o	texto	didatizado,	da	maneira	que	
este	trabalho	o	concebe,	está	ausente	da	sala	de	aula	devido	à	ins-
titucionalização	do	manual	didático	(SILVA,	1997,	p.	76).
Explique	por	que	os	textos	didatizados	presentes	na	escola	não	correspondem	
a	um	modelo	adequado	de	didatização.
101
Claretiano - Centro Universitário
© U3 – Textos Didáticos, Didatizados e Paradidáticos
4)	 Por	que	é	possível	afirmar	que	os	textos	paradidáticos	se	prestam	bem	aos	
projetos	 intertextuais	 na	 educação	 fundamental?	 Procure	 entender	 esta	
questão,	lembrando	exemplos	de	textos	que	poderiam	ser	trabalhados,	con-
juntamente,	em	Língua	Portuguesa	e	em	outras	disciplinas.
10. CONSIDERAÇÕES
Nesta	 unidade,	 fizemos	 algumas	 reflexões	 sobre	 os	 textos	
didáticos,	didatizados	e	paradidáticos	que	circulam	no	ambiente	
escolar.	Eles	são	importantes	instrumentos	de	apoio	ao	professor	
e,	por	esse	motivo,	sua	presença	na	sala	de	aula	deve	ser	objeto	
da	nossa	atenção.
Tudo	o	que	ocorre	na	sala	de	aula	é	responsabilidade	direta	
do	professor,	 é	 ele	 quem	 responde,	 em	primeira	 instância,	 pela	
sala	de	aula	e	pela	condução	do	processo	de	aprendizagem	de	seus	
alunos.	Questionar	o	uso	dos	materiais	didáticos	ou	paradidáticos	
que	circulam	na	escola	é,	portanto,	parte	de	sua	tarefa!
11. E-REFERÊNCIAS
FUNDAÇÃO	NACIONAL	PARA	O	DESENVOLVIMENTO	DA	EDUCAÇÃO.	Programas – Livro 
Didático.	 [2010].	 Disponível	 em:	 <http://www.fnde.gov.br/index.php/programas-livro-
didatico>.	Acesso	em:	12	ago.	2010.
SANTOS,	Cícero	Gabriel	dos;	REINALDO,	Maria	Augusta	Gonçalves	de	M.	A escolha do 
livro didático de língua portuguesa e o uso desse material em sala de aula:	implicações	
para	 o	 ensino	 da	 escrita.	 Disponível	 em:	 <http://www.linguaeducacao.net/press/05.
pdf>.	Acesso	em:	13	ago.	2010.
FARBIARZ,	Jackeline	Lima;	CAVALCANTE,	Nathália	Sá.	O livro didático de língua portuguesa 
em uma sociedade educacional.	Disponível	em:	<http://www.maxwell.lambda.ele.puc-
rio.br/11979/11979.PDF>.	Acesso:	13	ago.	2010.
GRAIEB,	 Carlos.	 Para gostar de ler.	 Disponível	 em:	 <http://veja.abril.com.
br/130598/p_134.html>.Acesso	em:	13	ago.	2010.
MINISTÉRIO	 DA	 EDUCAÇÃO.	 Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE):	 leitura	
e	 bibliotecas	 nas	 escolas	 públicas	 brasileiras.	 Brasília:	 Ministério	 da	 Educação,	 2008.	
Coordenação-Geral	 de	Materiais	 Didáticos;	 elaboração	 de	 Andréa	 Berenblum	 e	 Jane	
Paiva.	 Disponível	 em:	 <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Avalmat/livro_mec_
final_baixa.pdf>.	Acesso	em:	13	ago.	2010.
© Metodologia do Ensino: Literatura102
MINISTÉRIO	DA	EDUCAÇÃO.	 	SAEB 2005 - primeiros	resultados:	Médias	de	desempenho	
do	SAEB/2005	em	perspectiva	comparada.	fev	2007.	Disponível	em:	<http://www.inep.
gov.br/download/saeb/2005/SAEB1995_2005.pdf>.	Acesso	em:	13	ago.	2010.
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAPPINI,	Ligia	(Coord.).	Aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos.	São	
Paulo:	Cortez,	1997.	v.	2,	coordenado	por	Helena	Brandão	e	Guaraciaba	Micheletti.
CHIAPPINI,	 Ligia	 (Coord.).	 Aprender e ensinar com textos não escolares.	 São	 Paulo:	
Cortez,	1997b.	v.	3,	coordenado	por	Adilson	Citelli.
CHIAPPINI,	Lígia	 (Coord.)	Aprender e ensinar com textos de alunos.	São	Paulo:	Cortez,	
1997a.	v.	1,	coordenado	por	João	Wanderley	Geraldi	e	Beatriz	Citelli.
SILVA,	Ana	Cláudia	da	et	al.	A	leitura	do	texto	didático	e	didatizado.	In:	CHIAPPINI,	Ligia	
(Coord.).	Aprender e ensinar com textos didáticos e paradidáticos.	 São	Paulo:	 Cortez,	
1997.	p.	31-93.
SILVA,	 Ana	 Cláudia	 da.	 Metodologia de ensino:	 Literatura.	 Batatais	 (SP):	 Centro	
Universitário	 Claretiano,	 2011.	 MINISTÉRIO	 DA	 EDUCAÇÃO.	 Guia de livros didáticos:	
PNDL	2011.	Brasília:	Ministério	da	Educação/Secretaria	da	Educação	Básica,	2010.
MINISTÉRIO	DA	EDUCAÇÃO.	Guia de livros didáticos:	PNDL	2011	–	Língua	Portuguesa.	
Brasília:	Ministério	da	Educação/Secretaria	da	Educação	Básica,	2010a.
YASUDA,	 Ana	 Maria	 Bonato	 Garcez;	 TEIXEIRA,	 Maria	 José	 Ciccone.	 A	 circulação	 do	
paradidático	no	cotidiano	escolar.	In:	CHIAPPINI,	Ligia	(Coord.).	Aprender e ensinar com 
textos didáticos e paradidáticos.	São	Paulo:	Cortez,	1997.	p.	167-195.

Outros materiais