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PLAQUETAS Função: coagulação do sangue e evitar perda sanguínea São fragmentos de megacariócitos que liberam as plaquetas no sangue Produzidas pela medula óssea / tem vida curta = até 9 dias Número: 200.000 a 400.000 por mm3 de sangue Plaquetas NÃO contêm núcleo, mas contêm grânulos HEMOSTASIA - É a prevenção da perda de sangue; - Quando um vaso é rompido ou cortado, ocorre esses mecanismos de hemostasia: 1. ESPASMO VASCULAR; 2. FORMAÇÃO DO TAMPÃO DE PLAQUETAS; 3. COAGULAÇÃO DO SANGUE; 4. CRESCIMENTO DE TECIDO FIBROSO NA REGIÃO DO COÁGULO. 1. ESPASMO VASCULAR • Após um vaso danificado (rompido/cortado) - músculo liso de sua parede contrai-se = vasoconstrição • O espasmo perdura por 20 minutos a 1 hora, tempo suficiente para que ocorra o desenvolvimento do tampão plaquetário. 2. FORMAÇÃO DO TAMPÃO DE PLAQUETAS • Plaquetas em contato com as paredes de um vaso danificado = mudança nas características • Incham e ficam pegajosas – prendem-se às fibras de colágeno das paredes do vaso rompido – produzem substâncias que ativam + plaquetas, que se aderem às iniciais – forma-se uma grande união ou acúmulo de plaquetas denominado TAMPÃO PLAQUETÁRIO • Inicialmente o tampão é frágil. Posteriormente é reforçado por feixes de fibrina formados durante a coagulação. 3. COAGULAÇÃO DO SANGUE Começa a se formar 15 a 20 segundos após um trauma vascular intenso, ou 1 a 2 minutos nos demais casos. De 3 a 6 minutos após a lesão do vaso, toda a extremidade rompida estará cheia de coágulo / após 20 minutos ocorre a retração do coágulo, isso fecha o vaso ainda mais. 4. CRESCIMENTO DE TECIDO FIBROSO ESTÁGIOS DO COÁGULO 1) Formação da protombinase = ativador da protrombina (proteína) que é formada em resposta à ruptura do vaso; • Trauma dos tecidos; • Trauma do sangue; • Contato do sangue com substâncias especiais. Essas situações produzem a formação do ativador que desencadeia o processo de coagulação. 2) Conversão da protombina em trombina (frações da trombina) • Protombina é formada pelo fígado; • Necessidade de vitamina K; • Deficiências nutricionais e doenças hepáticas podem prejudicar a formação de protombina, resultando em sangramento; fígado, vegetais de folhas verdes (espinafre, couve- flor, repolho), leite, tomate, arroz integral, ervilha, óleos vegetais, sementes de soja, chá verde, gema de ovo, aveia, trigo integral, batatas, aspargos, pepinos, manteiga, queijos, carne bovina e suína, presunto, cenouras e milho. 3) Conversão do fibrinogênio pela ação de enzima da trombina = (formação do coágulo) • Fibrinogênio é uma proteína, formada em sua maior parte pelo fígado; • A trombina atua sobre o fibrinogênio clivando-o – a combinação das clivagens resulta na formação de filamentos de fibrina, ocorrendo tudo dentro de 10 a 15 segundos. COÁGULO: FORMADO PELA MALHA DE FILAMENTOS DE FIBRINA, DISPOSTOS EM TODAS AS DIREÇÕES + GLÓBULOS VERMELHOS + PLAQUETAS + PLASMA. MECANISMO EXTRÍNSECO DA COAGULAÇÃO Começa com o sangue entrando em contato com tecidos traumatizados: Liberação do Fator Tecidual e dos Fosfolipídios Teciduais; Conversão dos fatores de coagulação protéicos presentes no plasma, para a formação do ativador de protrombina (fator V, VII e X). Inicia com a liberação de tromboplastina tecidual na circulação. O fator III interage com o fator VII e na presença de cálcio, ativam o fator X desencadeando via comum até a formação de fibrina. ESQUEMA DA VIA EXTRÍNSECA Começa com o trauma do próprio sangue e continua pela série de reações em cascata. Fatores envolvidos: V, VIII, IX, X, XI e XII; A lesão de qualquer tipo de sangue ativa esses fatores, resultando na formação do ativador de protrombina que desencadeia o processo de coagulação. MECANISMO INTRÍNSECO DA COAGULAÇÃO o fator XII é ativado pelo contato com o colágeno, que ativa o fator XI potencializando a ação do fator XII. O fator XI ativa o fator IX que forma um complexo com o fator VIII na presença de Ca++, capaz de ativar o fator X. A partir do fator X, a via é comum aos dois mecanismos. ESQUEMA VIA INTRÍNSECA TECIDO SANGUÍNEO – COAGULAÇÃO SANGUÍNEA Os íons cálcio são necessários para a promoção de todas as reações dos mecanismos de coagulação – sem eles não há coagulação. MECANISMO EXTRÍNSECO MECANISMO INTRÍNSECO Ativado por Fator Tecidual (FT) e Fosfolipídios dos tecidos Ativado por contato do fator XII e das plaquetas com colágeno De natureza explosiva, limitado apenas por quantidades liberadas pelos tecidos lesados de FT e Fosfolipídios Ocorre em período curto = 15 segundos Desenvolvimento mais lento = 1 a 3 minutos para ocorrer todo o processo. Único responsável pela coagulação quando o sangue é removido do corpo e mantido em tubo de ensaio PREVENÇÃO DA COAGULAÇÃO DO SANGUE NO SISTEMA VASCULAR NORMAL Mecanismos anticoagulantes para que o sangue não coagule na circulação normal: 1. FATORES DA SUPERFÍCIE ENDOTELIAL: suas células são lisas e possuem camadas de proteínas com carga negativa, o qual repele os fatores de coagulação – mas numa lesão se perde esses fatores de proteção, desencadeando-o; 2. CO-FATOR ANTITROMBINA-HEPARINA: é um importante anticoagulante do sangue que se combina com a baixa formação de trombina. Entretanto, quando a intensidade da trombina ultrapassa o limiar crítico, aí sim ocorrerá a coagulação. 3. HEPARINA: Formadas pelas células de proteção, são anticoagulantes existentes em pouca quantidade no sangue e maior nos tecidos. Impede a coagulação por combinar com o co-fator antitrombina-heparina, ficando mais potente contra a trombina em condições normais. ANORMALIDADES NA COAGULAÇÃO Genéticas: - Deficiências isoladas dos fatores X, V, VIII ou II - Hemofilia A – deficiência do fator VIII. - Hemofilia B – deficiência no fator IX. Estas somente afetam a coagulação intrínseca. Adquiridas: • Deficiência de vitamina K, pois os fatores II, VII, IX e X dependem desta para serem produzidos. • Doenças hepáticas podem afetar a hemostasia, visto que a célula hepática forma todos os fatores exceto o fator VIII e em geral o fígado remove os ativadores do plasminogênio, provocando desta forma uma fibrinólise anormal. Ocorrência: 1: 5mil a 10mil homens; LIGADAAO X Deficiência ou defeito do fator VIII – compõe a cascata de coagulação - afeta a formação de FIBRINA, resultando em um sangramento prolongado e geralmente grave de feridas e hemorragias nas articulações e músculos. HEMOFILIA A Extensas contusões no antebraço e mão. GENÉTICA: Devido às transfusões, os hemofílicos estavam + propensos a contrair AIDS e Hepatite. Começaram a aquecer o fator VIII, matando os vírus e eliminando a ameaça de infecção. 10 a 15% dos hemofílicos criam anticorpos “inibidores” ao próprio fator VIII, complicando o tratamento. TRATAMENTO Transfusão de sangue de pessoas normais – repõe o fator que falta no seu sangue. Permanece pouco tempo no sangue do hemofílico, obrigando-o a receber nova aplicação sempre que surgir uma hemorragia. HEMOCENTROS: medicação fornecida gratuitamente pelo Ministério da Saúde. O paciente pode ter em casa a dose de urgência do fator anti-hemofílico específico para seu caso e ser treinado para aplicá-la em si mesmo tão logo apareçam os primeiros sintomas. Evolução do Tratamento Paciente com hemofilia A recebe a molécula do fator VIII Paciente com hemofilia B recebe a molécula do fator IX
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