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RESUMÃO CAPRINOCULTURA Características Ruminantes Estômago dividido: rúmen, retículo, omaso e abomaso. Presença de bactérias, protozoários e fungos: fermentação ruminal → aproveitamento de alimentos fibrosos: folhas largas (leguminosas), cascas de árvores, brotos. Os ovinos apresentam lábios superiores fendidos e moveis, enquanto os caprinos possuem lábios que não apresentam fendas. Ovinos = sistema mamário com tetas curtas / Caprinos = sistema mamário com tetas longas Caprinos = chifres ovalados e achatados de cima para baixo e voltados para trás. Ovinos = chifres de seção transversal triangular espiralado Gestação: 152 dias Maturidade sexual: 6 a 9 meses alta prolificidade: até 1,8 parto/ano e 1 a 2 crias/parto → contribui para o rápido aumento do rebanho Produção leiteira: média 2 a 3 L/dia até 12 L/dia (genética e alimentação) Inicio de produção: 13 meses ** O custo de aquisição é bem inferior ao de uma vaca e a sua perda, proporcionalmente, representa menor prejuízo! Aprisco do bode deve: ficar no mínimo 50 m de distância da ordenha contra a direção do vento predominante → evitar o cheiro passe para o leite Vivem de 7 a 8 anos Temperatura retal: 38,5 a 40ºC Características alimentares Preferencia por folhas largas e por ração variada Bastante seletivos (lábios bastante móveis) → dieta consumida é melhor que a oferecida Maior alimentação no inicio da manhã e a tardinha Capazes de distinguir sabores Ingestão de MS varia de 3 a 5% PV Características reprodutivas Poliéstricas estacionais (dias curtos – dão cio no fim do verão e outono) Cio dura 36 h e se repete a cada 21 dias Cabra no cio: perda de apetite, inquieta, urina com maior frequência, reduz produção, agita a cauda, pode montar e deixar montar Monta natural: 1 bode/25 cabras Monta controlada: 1 bode/35 cabras (pode ser de 40 a 70) IA com sêmen fresco: 1 bode/200 cabras IA com sêmen congelado IMPORTÂNCIA DA CAPRINOCULTURA Fornece carne e pele, e principalmente o leite, com ótima composição nutricional e de fácil digestão. Atividade de relevância econômica e social no Nordeste Brasil: Nordeste = 91% do rebanho caprino; Condições precárias; Exploração carne e pele; Leite: subsistência. Centro - Sul = Caprinocultura voltada para produção de leite = alta produtividade. PRINCIPAIS RAÇAS LEITEIRAS Saanen Origem: Suíça Raça leiteira mais criada no mundo Pelagem branca, uniforme, com pelos curtos Pode ter ou não: barba, brinco e chifre Fêmeas: 50 a 100 kg ----- machos: 80 a 120 kg Produção média/dia: 2,5 a 5,0 kg para uma lactação em torno de 10 meses Alpina Origem: Suíça Produção média/dia: no BR é a mesma da Saanen (2,5 a 5,0 kg – 10 meses) Podem apresentar ou não chifre, barba e brincos. Vários padrões de pelagem Toggenburg Origem: Suíça. Produção média/dia: 2,0 a 4,0 kg para uma lactação de 255 a 290 dias Particularidade: listras na cabeça, das orelhas ao lábio Presença ou não de barba, brincos e chifres Murciana Origem: Espanha Produção: até 600 kg de leite/lactação, valores expressivos dado ao seu pequeno porte La Mancha Americana Origem: Estados Unidos Produção de leite: 500 a 750 kg/ lactação. RAÇAS DE DUPLA APTDÃO Animais de origem Asiática ou Africana, com aptidão para carne e leite Raças nacionais: animais de extrema rusticidade, porém de pequeno porte (em torno de 30 kg) baixa produção de leite e pelo curto. Raças nativas (carne e pele) Anglo-nubiana Origem: Inglaterra Produção de leite: é boa (2,0 kg), porém o período de lactação é curto Aptidão: produz muito bem carne e leite Rústicos, se adaptam ao clima tropical Jamnapari Origem: Índia Produção de leite: 1 – 3 kg/dia Aptidão: pele e carne (leite na Índia) Mambrina Origem: Síria e Palestina Produção média de leite: 2,0 kg/dia Aptidão: carne/leite e pele de boa qualidade. Angorá Origem: Turquia e talvez da Sibéria. Aptidão: pele de excelente qualidade e pode ser tosquiado para industrialização de pêlos (até 30 cm), denominadas mohair, de alto preço no mercado mundial. 5 a 8 kg/cabra de pelo Poucos animais no Brasil RAÇAS DE CORTE Animais de grande porte e boa velocidade de ganho de peso Machos adultos pesam mais de 100 kg e as fêmeas entre 70 e 90 kg. Boer Origem: África do Sul - condições edafoclimáticas extremamente precárias. Aptidão: grande produtividade de carne GMD: 200 a 300 g/dia Savana Origem: África do Sul – 1957 Pelagem branca e pele negra Machos: podem ultrapassar 130 kg Fêmeas: 60 a 70 kg Kalahari Machos: 70 a 90 kg Fêmeas: 50 a 70 kg FATORES PARA OPTAR POR UM SISTEMA DE PRODUÇÃO Área disponível; Capital a ser investido; Facilidade de mão-de-obra especializada; Gerência; Facilidade de escoamento da produção; Mercado ao qual se destina. Planejamento consciente: estabelecer meta de produção e comercialização; possibilidade de expansão do mercado. SISTEMA EXTENSIVO Máximo aproveitamento dos fatores naturais com reduzido dispêndio de capital e trabalho Baixa produtividade Alta taxa de mortalidade Controle sanitário difícil - animais expostos ao tempo sem abrigos SISTEMA SEMI-ITENSIVO Requer maior investimento Necessita de um capril: boa acomodação divisão de piquetes (melhor utilização de forrageiras disponíveis) controle de verminose Alimentação: manhã (animais soltos em piquetes); tarde (recolhidos em instalações recebendo alimentação complementar) SISTEMA INTENSIVO Criação de reprodutores e cabras leiteiras de alta produtividade Conhecimento técnico Assistência assídua Mão-de-obra especializada Maior aproveitamento do espaço e recursos alimentares Controle sanitário mais eficiente Melhor controle no fornecimento de alimento - atender as variações nos requisitos nutricionais (produção e estado fisiológico dos animais). PRÁTICAS DE MANEJO NA CAPRINOCULTURA Conjunto de práticas diárias e/ou periódicas utilizadas no criatório, com os objetivos: Otimizar o estado sanitário e nutricional do rebanho; Aumentar taxas de produtividade geral do criatório Aumentar rendimentos econômicos. Escrituração Zootécnica É a base para quaisquer avaliações seguras e/ou tomadas de decisões quanto ao sistema produtivo. Demonstra as principais deficiências a serem trabalhadas no rebanho. Identificar os animais é o 1° passo para a escrituração zootécnica = conhecer as características de cada indivíduo. Várias são as fichas utilizadas para a escrituração dos animais Não existe seleção e melhoramento sem um bom banco de dados. INDENTIFICAÇÃO DO ANIMAL Tatuagem na orelha – obrigatório para animais registrados; Animalltag: Sistemas Integrados de Identificação Eletrônica e Coleta de Dados de Animais; Brincos. Desenvolvimento ponderal Manejo de Cabritos Recém Nascidos ao Desmame Peso ao nascer: 3 a 4,5 kg (bom) Identificar, pesar e abrir ficha individual Umbigo maior que 5 cm: realizar o corte e desinfecção com iodo a 10% Fornecer colostro o mais rápido possível = PASTEURIZADO (evitar CAE – Artrite encefalite Caprina) = Nasceu, lambeu, separou evitar CAE O aleitamento (35 a 90 dias) Se bem alimentados desmamados a partir de 45 dias de vida. animal jovem tem o crescimento acelerado e altas exigências nutricionais Formas de aleitamento Natural: fase colostral a cria permanece junto com a cabra, porém, isolada do resto do rebanho; Artificial: prática obrigatória no rebanho leiteiro para o maior aproveitamento do leite e minimizar os custos de produção. Leite pasteurizado evitar CAE. Desmama precoce Reduz o aleitamento natural e agiliza o consumo de volumoso e concentrado Libera maior quantidade de leite para a comercialização Considerar que: peso seja 2,5 vezes superior ao nascimento aos 35 dias de idade Castração entre 30 a 90 dias de idade melhora qualidade da carcaça permite manejo de machos com outras fêmeas Anel de borracha: testículo secae cai após ±2 semanas Descorna Sistema: A descorna significa retirar os chifres cabritos com até 15 a 20 dias de vida Intensivo: o chifre dificulta o manejo (contenção na ordenha e alimentação) Sistema Extensivo: animais com chifres = convívio mais harmonioso, menor competição por espaço e defesa do predador. Pode ser realizada com: Descorna com pasta cáustica Descorna com ferro quente Mochador elétrico Mochador pistola Controle de Endoparasitos Medidas que auxiliam no controle da verminose: Rotação de pastagens Vermifugação do rebanho ao colocá-lo em nova pastagem Vermifugar animais vindos de fora do rebanho antes de juntá-los aos demais Limpeza diária das instalações Desinfecção das instalações 1 vez/mês - formol 5%, cal virgem 40%, Iodophor 1% e hipoclorito de sódio 2% Remoção e manutenção das fezes acumuladas em locais distantes Anti-helmínticos: 5 vezes/ano: 3 vezes na seca e 2 vezes nas águas Casqueamento Tratamento de umbigo Corte do cordão umbilical: Desinfecção: mergulhar o cordão umbilical em tintura de iodo a 10% repetir durante 2 a 3 dias para evitar infecção= Reduz incidência de bicheiras e Reduz mortalidade das crias. Separação dos lotes por categoria Finalidade: facilitar ações de manejo (nutricional, sanitário e outras); evitar a transmissão de doenças; reduzir disputa na hora da alimentação; reduzir a contaminação parasitária dos animais mais jovens Bodes Cabras secas Cabras em gestação Cabras em lactação Cabritos Cabritos desmamados Descarte orientado Animais velhos = Defeitos na boca e membros de locomoção Baixa habilidade materna Animais despigmentados (albinismo) Ordenha Animais se adaptam com grande facilidade a ordenha mecânica 2 ordenhas diárias, sempre no mesmo horário Deve ser suave, total e sem interrupção Importante: • manutenção periódica da ordenha: garantir sucção e pressão adequadas sobre o teto, sem causar traumatismos; • todo material que entra em contato com o leite deve ser bem lavado e desinfetado. Instalações – considerações Local seco, protegido de ventos e umidade Ideal é acesso a piquete Comedouro fora da baia e com canzil Comedouros e bebedouros do lado de fora Sala de ordenha
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