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Fisiologia Circulatória Cap. 16 – Guyton CORAÇÃO: função associada à produção de pressão para que o sangue possa chegar à totalidade de células presentes no organismo O sangue desloca-se de uma zona de maior pressão para uma zona de menor pressão. Diástole Geral: - Miocárdio relaxado - Átrios recebendo sangue - Válvulas tricúspide e bicúspide abertas - Válvulas semilunares fechadas Sístole ventricular: - Ventrículos contraídos - Semilunares se abrem Sístole atrial: - Átrios contraídos - Tricúspide e bicúspide vão se fechar O CORAÇÃO PRODUZ 2 RUÍDOS: o 1º (lub) – FIM DA SÍSTOLE ATRIAL E INÍCIO DA VENTRICULAR O 2º (dub) – DIÁSTOLE GERAL (fechamento das valvas das artérias - semilunares) SÍSTOLE DIÁSTOLE Contração Relaxamento Ejeção enchimento Contrai 70 x por minuto O CORAÇÃO como BOMBA MÚSCULO CARDÍACO As fibras musculares cardíacas são interconectadas formando treliça = SINCÍCIOS quando qualquer dessas massas é estimulada, ocorre o potencial de ação por todo o sincício e o músculo se contrai a um só tempo. Há 2 sincícios distintos: os ATRIOS e os VENTRICULOS Então quando a massa muscular atrial é estimulada em qualquer ponto, o potencial é propagado tanto para o átrio direito quanto para o esquerdo, permitindo que todo o complexo atrial se contraia ao mesmo tempo para o sangue passar pelas valvas. O mesmo irá acontecer com os ventrículos... CONDUÇÃO ELÉTRICA 1- NODO SA (MARCAPASSO) – despolariza espontaneamente 2- NODO AV (retardo para dar tempo do ventrículo enxer 3- FEIXE DE HIS (septo interventricular – ramifica) 4- FIBRAS DE PURKINJE – contrai o ventrículo Volume X Pressão Fazem a circulação Se diminuir o volume, diminui a pressão. Ex.: hemorragias, quedas de pressão, choques hipovolêmicos O nó SA (marcapasso) é uma especialização das células cardíacas que promovem o potencial de ação. Seu impulso é tão forte que se propagam por todas as áreas não permitindo que as outras gerem seu próprio potencial. Os impulsos do NODO SA são propagados para os átrios e ventrículos, estimulando essas regiões tão rapidamente que nunca conseguem ficar lentificadas até seus ritmos naturais. Daí o NODO SA passa a ser o ritmo de todo o coração, também chamado de MARCAPASSO. NÓ ÁTRIOVENTRICULAR (AV): Localizado no septo interatrial; O fascículo atrioventricular se destaca dele, em direção aos ventrículos; VIAS DE CONDUÇÃO ATRAVÉS DO CORAÇÃO: O nó SA gera potencial de ação que se difunde pelo miocárdio dos átrios; O nó AV se despolariza; Potencial de ação levado pelo fascículo atrioventricular e ramos; Os ventrículos se contraem. • Outra diferença importante entre o músculo esquelético (onda em ponta) e cardíaco é que a contração do músculo cardíaco dura por longo período (Platô), devido à lentidão da membrana em se repolarizar. • Nessas fibras entram íons NA+ e íons Cálcio (Ca+), mantendo a positividade interna prolongada durante o platô. Regularização da Ritmicidade Cardíaca: tem origem no próprio coração e, se porções desse coração são removidas do corpo, continuarão a se contrair, enquanto dispuserem de nutrição adequada. ELETROCARDIOGRAMA • Instrumento que avalia a capacidade do coração para a transmissão do impulso cardíaco. • Quando um impulso percorre o coração, a corrente elétrica, gerada pelo potencial de ação do músculo cardíaco, difunde pelos líquidos que banham o coração, e fração bastante diminuta dessa corrente aflora à superfície do corpo. Quando são colocados eletródios sobre a superfície do coração ou dos braços, as voltagens elétricas geradas durante os batimentos podem ser registradas. P = Despolarização atrial – SÍSTOLE ATRIAL Q, R e S = SÍSTOLE VENTRICULAR T = Relaxamento. REPOLARIZAÇÃO VENTRICULAR Marieb_figura_17.15 TAXAS CARDÍACAS ANORMAIS: taquicardia, bradicardia, palpitação, fibrilação DISFUNÇÕES VALVULARES: Podem sobrecarregar o trabalho do coração, fazendo com que ele se esforce para manter um fluxo de saída normal. REFLUXO VALVULAR: Ocorre se as cúspides de uma valva não formam um selo impermeável quando do seu fechamento. Como resultado o sangue reflui para a câmara de onde veio TAQUICARDIA (> 100 BATIMENTOS / MINUTO) BRAQUICARDIA (< 60 REPETIÇÕES/ MINUTO) A sístole (contração) começa com a onda QRS e termina com a T; A diástole (relaxamento) começa com a onda T e termina com a QRS. A pressão sistêmica normal é lida como: 120/80, ou seja, pressão sistólica de 120mm Hg e uma pressão diastólica de 80 mm Hg. batimento normal Ritmo juncional. O Nó SA não é funcional e os batimentos são ditados pelo nó AV Bloqueio cardíaco Fibrilação ventricular ou ataque cardíaco PATOLOGIAS DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 1- ATEROSCLEROSE: acúmulo de gorduras dentro das artérias 2- ARTERIOSCLEROSE: endurecimento da parede arterial (aumento da pressão do idoso) - Pode causar infarto do miocárdio ENDOCARDITE: Infecção de revestimento interno do coração por bactérias, fungos ou vírus MIOCARDITE: Infecção do miocárdio por bactéria, vírus ou parasitas 3- INFARTO DO MIOCÁRDIO Necrose das artérias coronárias Células mortas substituídas por tecido cicatricial Causa: isquemia (deficiência de O2) no músculo cardíaco, por oclusão de uma artéria coronária (coágulo em área estreitada por aterosclerose) 4- ANGINA Aperto ou dor no peito que precede o infarto CONTROLE NERVOSO DO FLUXO SANGUÍNEO MUSCULAR - Os nervos simpáticos exercem efeitos diminutos sobre o fluxo sanguíneo - Seu efeito é o de participar na regulação da pressão arterial por produzirem constrição das arteríolas após hemorragia grave. Efeito da Estimulação SIMPÁTICA Há aumento da despolarização espontânea; Diminuição do tempo requerido para atingir o limiar; O nó SA é enriquecido com mais frequência. Há aumento da frequência cardíaca! EFEITO DA ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA Há diminuição da despolarização espontânea; Prolongamento do tempo requerido para atingir o limiar; O nó SA é enriquecido com menos frequência. Há diminuição da frequência cardíaca! 5- INSUFICIÊNCIA CARDÍACA: edemas, falta de retorno venoso 6- HIPERTROFIA DO VENTRÍCULO ESQUERDO: pacientes hipertensos; atletas 7- PROLAPSO DA VÁLVULA MITRAL: sopro, refluxo da válvula 8- COMUNICAÇÃO INTERVENTRICULAR: sopro FLUXO SANGUÍNEO NOS MÚSCULOS ESQUELÉTICOS e sua Regulação no Exercício Apesar dos músculos esqueléticos formarem quase que 40% da massa corporal, seu fluxo sanguíneo total, nas condições de repouso, é de apenas 1 litro/minuto. Entretanto, durante o exercício, esse fluxo pode aumentar até cerca de 20 litros/minuto ou mais. - O exercício extenuante é a condição + estressante enfrentada pelo Sistema Circulatório Normal INTENSIDADE DO FLUXO SANGUINEO MUSCULAR: REPOUSO: 3 a 4 ml/min por 100g de músculo Durante exercício: 15 a 25 vezes de aumento = 50 a 80 ml/100g de músculo. Auto-Regulação do Fluxo Sanguíneo – Papel do Oxigênio Então, na maioria dos tecidos, o estímulo mais potente para a auto- regulação é a necessidade do tecido pelo nutriente OXIGÊNIO (O2) A necessidade dos tecidos nem sempre é por nutrientes apenas. Ex.: No cérebro, é essencial que a concentração de CO2 permaneça constante, porque a intensidade do fluxo sanguíneo é determinada, principalmente, pela necessidade de remoção de CO2 CIRCULAÇÃO CEREBRAL - O fluxo sanguíneo total para o cérebro é, em média, de 700 ml/min. - Essa intensidade de fluxo permanece relativamente constante na maioria das condições, o que favorece a manutenção de concentrações constantes de nutrientes e de íons nos líquidos que banham as células cerebrais.ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE) 10 – EMBOLIA PULMONAR: coágulo que se solta e vai para os pulmões (edema pulmonar) ou cérebro (AVC) 9- TROMBOSE: formação de coágulos nas veias (profundas – pernas é mais comum) FLUXO SANGUINEO = Pressão Resistência FLUXO SANGUÍNEO PELA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA E SUA REGULAÇÃO Pressão e resistência são antagônicas – a pressão atua no sentido de aumentar o fluxo, enquanto a resistência tende a diminuí-lo. HEMODINÂMICA VARIZES: Geralmente ocorre na perna devido ao maior fluxo sanguíneo na região abdominal FLUXO SANGUÍNEO E DÉBITO CARDÍACO Em repouso o coração bombeia 5 litros/minuto de sangue = DÉBITO CARDÍACO ou Volume/Minuto Numa hemorragia pode diminuir até para 1,5 l/m sem causar morte imediata, porém não pode perdurar por mais de 1 a 2 horas. 14% 15% 22% 75 a 80% as GRANDES VEIAS DA REGIÃO ABDOMINAL são muito distensíveis e reservam grandes quantidades de sangue. Os seios venosos do FÍGADO podem expandir ou contrair de modo intenso de modo que o fígado pode conter 1,5 litro de sangue ou poucas centenas de mililitros. O BAÇO contém 200ml de sangue mas pode expandir para até 1litro ou diminuir para até 50ml. Os PLEXOS VENOSOS DA PELE – quanto mais intenso for o fluxo de sangue pelos plexos, maior será a perda de calor. Os VASOS PULMONARES – 12% do sangue fica contido na circulação pulmonar podendo ser deslocada para outras regiões sem comprometer a função do pulmão. Reservatórios de Sangue: O Suprimento de Reserva de Sangue RETORNO VENOSO e INSUFICIENCIA CARDÍACA ► A insuficiência do O2 reduz a resistência local e aumenta o fluxo sanguíneo local. A quantidade total de sangue que retorna, pelas veias, para o coração, chamado de retorno nervoso, é igual a soma de todos os fluxos sanguíneos dos territórios corporais. ► Um coração normal irá bombear todo esse sangue que retorna ao coração. Portanto, o débito cardíaco é, em condições normais, regulado indiretamente pela utilização de nutrientes pelos diversos tecidos, isto é, pelo metabolismo dos tecidos - em especial, pela utilização de O2. Falha no mecanismo que bombeia o sangue (coração) Problemas nos vasos sanguíneos (alteração na resistência da parede vascular) Baixo nível de fluido no corpo (sangue ou líquidos corporais) Causas CHOQUE SINTOMAS QUE ANTECEDEM O CHOQUE: • Inquietude, às vezes ansiedade e tremor • Náuseas • Astenia (cansaço) e sede intensa • INTOXICAÇÃO, ENVENENAMENTO • INFARTO DO MIOCÁRDIO • CHOQUE ANAFILÁTICO • HEMORRAGIAS PRESSÃO ARTERIAL PULSÁTIL É a pressão aumentada durante a sístole e diminuída na diástole Varia conforme a IDADE: RECÉM-NASCIDO = 90/55 mm Hg ADULTOS = 120/80 mmHg VELHICE = 150/90 mm Hg Fatores que modificam a PRESSÃO DE PULSO (1) o Débito Sistólico (DS) do coração (2) a Distensibilidade do Sistema Arterial DS = volume de sangue bombeado pelo coração a cada batida. Média = 70ml / Varia de 10 a 200ml A pressão diminui ou aumenta conforme o débito VELHICE Endurecimento das artérias A parede arterial chega a ficar calcificada, transformando-se em tubos tão duros e rígidos como os ossos = arteriosclerose Os seios carotídeos tem pequenos receptores neurais que detectam o grau de estiramento dessas artérias, produzido pela pressão = barorreceptores. O nº de impulsos transmitido por esses receptores AUMENTA com a elevação da pressão arterial. Ao chegarem ao cérebro, esses impulsos INIBEM o centro vasomotor, o que produz DILATAÇÃO dos vasos sistêmicos e REDUÇÃO da atividade cardíaca. Quando a pressão está baixa, os barorreceptores deixam de ser estimulados. CHAMADO DE SISTEMA MODERADOR OU SISTEMA TAMPÃO 1- Sistema dos Barorreceptores para o Controle da Pressão Arterial 1- BARORECEPTORES: Estimulado quando a pressão se eleva 2- BULBO (processa a informação e estimula os nervos vago e glossofaríngeo) Aumenta a pressão – ESTIMULA O PARASSIMPÁTICO Nodo SA inibe – reduz a pressão Queda da pressão – ESTIMULA O SIMPÁTICO Nodo SA aumenta a força de contração (VASOCONSTRIÇÃO) – Aumenta a pressão 2- CONTROLE RENAL/HORMONAL: regulação da P.A. DIMINUI A P.A. ANGIOTENSINOGÊNIO (inativo no fígado) ANGIOTENSINA 1: vai até os pulmões e gera ECA (Enzima conversora de angiotensina) ANGIOTENSINA 2 RENINA ativa Potente vasoconstritor (Hormônio). Evita a entrada de muito sangue nos néfrons para puxar mais sódio HIPERTENSÃO PRESSÃO SANGUÍNEA ALTA (HIPERTENSÃO) Pressão sistólica/diastólica superior a 150/90 Causas possíveis: 1. Função RENAL anormal: impedimento da excreção renal de água e de sal 2. Atividade neural simpática excessiva 3. Secreção em demasia dos hormônios do córtex da supra- renal – agem sobre o rim para produzir retensão de sal e de água 4. Secreção excessiva de renina pelo rim.
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