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Projeto Interdisciplinar 1º semestre (1)

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FACULDADE NOVOS HORIZONTES
Engenharia Civil
PAPEL DA ENGENHARIA NA SOCIEDADE:
TEMA é o assunto que se deseja estudar e pesquisar no projeto de pesquisa.
Trabalhador da construção civil
O subtema é o foco do projeto de pesquisa, o trabalho será elaborado em visando o subtema.
Cristiano Rocha Pereira
Matheus Pereira de Macedo
Michel Henrique de Souza Lima
Tiago Soares de Oliveira Alves
Wilson Alves da Silva
Belo Horizonte
2015
Cristiano Rocha Pereira
Matheus Pereira de Macedo
Michel Henrique de Souza Lima
Tiago Soares de Oliveira Alves
Wilson Alves da Silva
PAPEL DA ENGENHARIA NA SOCIEDADE:
Trabalhador da construção civil
Relatório final do projeto interdisciplinar do 1º período de engenharia civil da Faculdade Novos Horizontes, como requisito parcial para a aprovação no semestre.
Orientador: Luiz Carlos Pontes
Belo Horizonte
2015
RESUMO
No resumo deve se expor todo o conteúdo do projeto de pesquisa de maneira clara e objetiva de forma resumida, sempre na terceira pessoa do singular. Seu objetivo é chamar a atenção do leitor para que o mesmo tenha o interesse em ler todo o conteúdo explícito no trabalho.
Este projeto de pesquisa abordou o tema formalidade e informalidade na construção civil na região metropolitana de Belo Horizonte. Baseando-se na revisão de literatura sobre o assunto e em entrevista com operários da construção civil buscou-se demonstrar os motivos pelo qual o trabalhador está buscando a informalidade, mostrar como a terceirização atinge o trabalhador da construção civil e evidenciar os principais fatores que causam os acidentes de trabalho na construção civil e seus impactos na sociedade. O trabalho informal é o trabalho sem vínculos com uma determinada empresa, o trabalhador não possui direitos trabalhistas como carteira assinada, renda fixa, férias remuneradas e convênio médico. Trabalho formal consiste em trabalho fornecido por empresa seja ela pública ou privada com carteira de trabalho assinada com todos os direitos trabalhistas garantidos por lei. Dados do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belo Horizonte e Região (STIC) mostram que um servente de pedreiro ganha em média de R$866,60 por mês com carteira assinada, já um servente trabalhando de maneira informal ganha em média de R$60,00 por dia, no que daria um valor total de R$1.200 trabalhando de segunda a sexta feira. No dia 08 de abril de 2015 foi aprovado um projeto de lei na câmara dos deputados que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa. Terceirização é a prestação de serviço por uma empresa contratada por outra empresa, (Contratante) não tendo vinculo algum com o trabalhador. Minayo-Gómeze e Thedim-Costa afirmam que a terceirização coloca os operários em condições precárias, estando mais vulneráveis aos acidentes de trabalho. Segundo as estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 355 mil acidentes mortais que acontecem no mundo anualmente, 60 mil ocorrem em obras da construção civil.
Palavras-chave: Trabalho Formal, Trabalho Informal, Terceirização, Acidentes de Trabalho.
ABSTRACT
O abstract é um breve resumo escrito em ingles, ele tambem poderá ser escrito em espanhol ou francês.
This research project addressed the topic formality and informality in construction in the metropolitan region of Belo Horizonte. Based on the literature review on the subject and interviews with construction workers sought to demonstrate the reasons for which the employee is seeking informality, show how outsourcing affects the construction worker and highlight the main factors that cause accidents at work in the construction industry and its impact on society. Informal work is work with no ties to a particular company, the worker does not have labor rights as a formal contract, fixed income, paid vacation and health insurance. Formal job is to work provided by her company is public or private with a formal contract with all labor rights guaranteed by law. Union data Workers Construction of Belo Horizonte and Region (STIC) show that a Mason servant earns an average of R $ 866.60 per month with a formal contract, as a servant working informally earn an average of £ 60, 00 a day in which would give a total amount of R $ 1,200 working from Monday to Friday. On April 8, 2015 approved a bill in the House of Representatives releasing outsourcing for all activities of a company. Outsourcing is a service provided by a company hired by another company (Contractor) not having any bond with the worker. Minayo-Gómeze and Thedim-Costa say outsourcing puts the workers in precarious conditions and are more vulnerable to accidents. According to estimates of the International Labour Organization (ILO), 355 000 fatal accidents that occur worldwide each year, 60,000 occur in works of construction.
Keywords: Work Formal, Informal Employment, Outsourcing, Work Accidents.
SUMÁRIO
Sumário segundo a ABNT,é a folha que contém os elementos essenciais para a identificação do trabalho. Pode ser precedida de uma falsa folha de rosto.
1. INTRODUÇÃO	6
1.1 Problema	7
1.2 Objetivos	7
1.2.1 Objetivo geral	7
1.2.2 Objetivos específicos	7
2. REFERENCIAL TEÓRICO	8
2.1 Definições de trabalho informal	8
2.2 Definições do trabalho formal	9
2.3 A classe operaria	9
2.4 Terceirização	10
2.5 Terceirização e sua influencia na construção civil	11
2.6 Formalidade x informalidade	13
2.7 Situação atual do mercado na construção civil	14
2.8 Acidentes de trabalho e suas respectivas causas	14
2.9 Recessão e a queda de contratações na construção civil em 2015	16
3. METODOLOGIA	19
4. APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS	21
4.1 SEGMENTAÇOES POR PROFISSÃO	21
4.2 GRAU DE INSTRUÇÃO	23
4.3 TRABALHO INFORMAL	24
4.4 TRABALHO FORMAL	25
4.5 TERCEIRIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL	25
 4.6 ACIDENTES DE TRABALHO	26
4.7 A BUSCA POR VALORIZAÇÃO	26
5. CONCLUSÃO	28
REFERENCIAS	30
APÊNDICE – Roteiro de pesquisa	33
INTRODUÇÃO
A introdução deve conter uma descrição breve e clara do que vai ser feito na pesquisa e dos objetivos desejados, dar ao leitor uma idéia geral da pesquisa, chamar a atenção do leitor para que ele se interesse pelo assunto.
Engenharia é a ciência que conjuga os conhecimentos específicos de uma dada área com o intuito de viabilizar projetos, identificar problemas, enxergar soluções com ideias bem planejadas, tendo uma visão conjunta de problemas relacionados à sociedade buscando solucioná-los através de analise, percepção e muita sensibilidade tendendo a questões de múltiplas maneiras.
A história da engenharia é fascinante por si própria, uma vez que desde a pré-história até os dias atuais, vem contribuindo em diversas formas para a sociedade e agregando valores de importantes expressões tais como: culturais, sociais, políticas, e econômicas; melhorando cada vez mais a qualidade de vida das pessoas.
Sendo assim a engenharia que tem um papel mais amplo com a sociedade é a engenharia civil, que abrange todos os tipos de infra-estrutura necessários ao bem estar e ao desenvolvimento de uma capital, por exemplo.
Desta forma destacamos os trabalhadores da construção civil que é um dos pilares para o desenvolvimento de uma obra de pequeno, médio ou grande porte. As formas de trabalho desta área são distinguidas entre formal e informal como cita Euclésio Manoel Finatti (2013), vice-presidente administrativo do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Paraná (SindusCon-PR):
Nenhum setor vinculado a construção civil está 100% formalizado. No entanto é na área de reformas e de pequenas construções onde a informalidade encontra em ambiente propicio para proliferar.
Segundo dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2013 estima-se que na região de Belo Horizonte há 142.132 trabalhadores formalizados e que na categoria informal ainda não se sabe a quantidade certa de trabalhadores por não conter registros significativos.[1: Organização pública responsável pelos dados e estatísticas brasileiras]Fazendo uma análise das informações, nota-se que há vantagens e desvantagens para cada uma das categorias, que será descrito também no desenvolvimento deste projeto e suas principais causas para a divisão das mesmas.
PROBLEMA
O problema é a mola propulsora do projeto de pesquisa, ele deve orientar a pesquisa que tem como objetivo contribuir para o seu esclarecimento, é a partir dele que o pesquisador desenvolverá sua pesquisa científica.
De que maneira o mercado de trabalho da construção civil pode atrair novamente o trabalhador informal para seus canteiros de obras?
HIPÓTESE
Apresenta uma resposta preliminar ao problema a ser investigado, é uma pré solução para o problema levantado, o trabalho de pesquisa ira confirmar ou negar a hipótese.
JUSTIFICATIVA
É provar para o leitor que a pesquisa é fundamental, convencê-lo de que o tema e a hipótese são de suma importância para a sociedade.
1.2 OBJETIVOS
	
1.2.1 Objetivo
O objetivo geral busca solucionar um dado problema , aquele que deu origem ao trabalho de pesquisa.
Com o objetivo de demonstrar o caminho para recuperação de mão de obra, será explorado o universo da qualificação profissional e benefícios ofertados pelas empresas.
1.2.2 Objetivos específicos
No objetivo específico será definido o caminho para se chegar à solução do problema proposto, aquele que foi citado no projeto de pesquisa.
Considerando o objetivo geral acima, estima-se nos objetivos específicos:
Demonstrar os motivos pelo qual o trabalhador está buscando a informalidade;
Mostrar como a terceirização atinge o trabalhador da construção civil.
 Evidenciar os principais fatores que causam os acidentes de trabalho na construção civil e seus impactos na sociedade.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
O referencial teórico é a parte do trabalho onde será descrita a maior parte do trabalho de pesquisa, nele abordaremos o tema de maneira mais aprofundada, citando autores de livros que falem do assunto com o objetivo de levantar uma discussão teórica do problema dando fundamento e coerência ao trabalho , enriquecendo o conteúdo abordado.
Neste capitulo será definido como funciona o trabalho formal e informal, evidenciando como está o mercado de trabalho na construção civil atualmente, dizendo sobre a terceirização, os problemas que ela pode causar na construção civil e como o trabalho informal influencia nos acidentes para os canteiros de obra.
2.1 DEFINIÇÕES DE TRABALHO INFORMAL
Albuquerque diz que a expressão trabalho informal surgiu pela primeira vez em alguns estudos realizados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).[2: OIT é a agência das Nações Unidas que tem por missão promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade.]
O trabalho informal é o trabalho que não tem vínculos ou benefícios fornecidos por parte do empregador.
O trabalhador não tem carteira assinada, não possui renda fixa, não tem férias remuneradas e sem auxilio medico e odontológico. Atualmente no Brasil, esse tipo de trabalho vem ganhando força e mais adeptos, pois evita o excesso de impostos e tributos que os empregadores e empregados precisam pagar ao governo.
Albuquerque ressalta também que esse tipo de trabalho não é um bom negócio nem para o Estado nem para o trabalhador. Quanto mais trabalhadores informais existirem, menos o nosso governo vai conseguir arrecadar dinheiro com impostos e menos poderá investir para desenvolver mais empregos formais.
Da mesma forma que não contribuem com a arrecadação de impostos e de benefícios, também não possuem nenhum tipo de ajuda do governo como Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Seguro Desemprego, entre outros.
O maior problema desse tipo de trabalho é que o trabalhador está totalmente desprotegido das leis trabalhistas e de sua própria segurança, pois não existe a fiscalização e informações necessárias para quem trabalha informalmente, sem falar que o governo perde arrecadações afetando diretamente a Previdência Social.
2.2 DEFINIÇÕES DO TRABALHO FORMAL
Felix (2005) conta que trabalho formal é o tipo de trabalho com benefícios e carteira profissional assinada. Consiste em trabalho fornecido por uma empresa, público ou privado, com todos os direitos trabalhistas garantidos. O papel ocupado ou a função que a pessoa desempenha em alguma atividade econômica lhe confere uma remuneração. No caso dos empregados de uma empresa, por exemplo, essa remuneração pode ser chamada de salário ou de vencimentos, sendo esta muito utilizada para se referir aos rendimentos dos que trabalham em órgão do governo.
Diz também que os trabalhadores que têm registro em carteira têm seus direitos trabalhistas garantidos e realizam uma contribuição para sua aposentadoria (INSS), desenvolvendo atividades que são chamadas de formais, ou seja, estão de acordo com uma série de leis que se referem ao trabalho e às atividades econômicas.
2.3 A CLASSE OPERÁRIA
De suma importância para a qualidade de vida das pessoas, para a melhoria da infra-estrutura dos grandes centros urbanos e evolução paisagista das cidades, os operários da construção civil desde sempre sofreram com as precariedades do trabalho árduo que praticam diariamente, quando se diz respeito a sua valorização no mercado de trabalho são massacrados por empresas e empresários que visam somente o lucro deixando para trás as condições básicas e exigências que deveriam ser dadas aos seus colaboradores. Para se ter uma idéia dados do acordo coletivo do Sindicato dos trabalhadores da construção civil de Belo Horizonte e região (STIC – BH MARRETA) mostram que um servente ganha hoje em média R$866,80 (oitocentos e sessenta e seis reais e oitenta centavos) por mês. Provenientes de classes desfavorecidas e muitas vezes sem oportunidades de crescimento profissionais, pais de família que precisam do salário para o sustento familiar, aceitam as condições precárias impostas por empresas e empresários visionários do capital lucrado em cima dos colaboradores.
2.4 TERCEIRIZAÇÃO
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Informática e Tecnologia da Informação do Paraná (SINDPDPR) terceirização é a definição de prestação de serviços feito por uma segunda empresa contratada para executar algum tipo de atividade pertinente a empresa contratante. Deste modo o contratante se beneficia da mão de obra prestada por terceiros, não tendo vinculo algum com o trabalhador, sendo a empresa contratada responsável por gerenciar os seus colaboradores.
Sendo assim é de parecer ser evidente o crescente número de terceirizados entre os mortos na construção civil, como sugere, por exemplo, o fato de sete dos nove trabalhadores falecidos nas obras dos estádios da Copa do Mundo de 2014 não terem sido diretamente contratados pelas empresas responsáveis pelas construções, as proposições sobre a regulação da terceirização podem tornar esse cenário mais catastrófico no que descreve um artigo do Instituto Humanista Unisinos. (IHU).
O artigo também ressalta que em 8 de abril de 2015, foi aprovado um projeto de lei, na Câmara do Deputados, que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa. Se aprovado no Senado e sancionado pelo Executivo, esse diploma incitará grande ampliação dessa modalidade de contratação, trazendo consigo conseqüências muito provavelmente nada boas para aqueles que vivem do trabalho.
Mangas, Minayo-Gómez e Thedim-Costa (2008) afirmam que analise de acidentes fatais ocorridos na construção civil provém de:
Práticas de terceirização presentes, pautadas fundamentalmente na redução de custos da mão-de-obra, caracterizam-se por uma seqüência de subcontratações, inclusive ilegais, que colocam os operários em condições e relações laborais cada vez mais precárias e menos protegidas socialmente.
TABELA 1 – Distribuição das freqüências absolutas dos cruzamentos entre as variáveis: categoria ocupação e categoria local do acidente, dos acidentes detrabalho fatais ocorridos em Belo Horizonte entre 2008 e 2011.
	
	 Categoria local do acidente
	
	Categoria Ocupação
	Instalações Via publica Instalações
 Da de terceiros
Contratante e domicílios
	 Total
	Construção civil 
Comércio e Serviços 
Transportes 
Administrativo 
Manutenção e reparo
	 4 15 28 
 8 24 7
 0 24 1
 4 11 3
 9 4 1
	 47
 39
 25
 18
 14
	Total
	 25 78 40 
	 143
Fonte: Dados obtidos no SINAN, 2012.
Os acidentes com trabalhadores da construção civil ocorreram em sua maioria, nas instalações de terceiros, ficando a via pública, em segundo lugar. A construção civil utiliza muito a terceirização de serviços, evidenciando uma tendência à precarização do trabalho (SANTANA; OLIVEIRA, 2004) e conseqüentemente aumentando os riscos nos ambientes onde o trabalhador está inserido.
2.5 TERCEIRIZAÇÃO E SUA INFLUENCIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Mesmo com o aumento da terceirização no país o índice de trabalhadores contratados pelas empresas maiores diretamente ainda e maior que os empregados de empresas terceirizadas, mais existem uma porcentagem relativa de terceirizados nessas grandes empresas, e são esses empregados que sofrem a maior porcentagem de acidentes na construção civil. Pois as empresas terceirizadas não dão o auxilio e a segurança adequada que uma construtora de maior porte proporciona para seus funcionários, e com prazos de entrega estabelecidos, os trabalhadores se sentem pressionados e desprotegidos para a execução do serviço pois as empresas contratantes não tem responsabilidades alguma com o empregado, deixando o trabalhador cada vez mais propicio a sofrer acidentes.
GRÁFICO 1 – Mostra o a quantidade de trabalhadores da construção civil por empresas e a ocupação dessas empresas no mercado de trabalho.
A concentração dos trabalhadores registrados nas maiores empresas fica ainda mais gritante quando se observa a quantidade de empresas existentes de acordo com o número de empregados registrados que possuem. Também segundo os dados da RAIS, em 2013, do número total de empresas existentes, apenas 0,70% tinham 250 empregados ou mais. Mesmo sendo esse percentual ínfimo dos empregadores existentes, as empresas com 250 ou mais empregados formais respondiam para mais de um terço do total de trabalhadores na construção civil brasileira.
Preliminarmente, é importante indicar que a gestão da saúde e segurança do trabalho pelas empresas no Brasil, de forma geral, é predatória, mesmo quando trata de trabalhadores diretamente contratados. Diversos indicadores sustentam essa afirmação, sejam eles relativos a acidentes típicos, doenças ocupacionais, omissão dos agravos, descumprimento das normas, resistência e luta contra qualquer regulação que reduza os infortúnios e mortes 
Todavia, com a terceirização, o cenário se agrava substancialmente. A incidência de adoecimentos e mortes entre os terceirizados é maior do que aquela que atinge os trabalhadores diretamente contratados, seja comparando setores diferentes, seja cotejando funções num mesmo setor, e mesmo quando são analisadas as mesmas funções, os mesmos postos de trabalho, que potencialmente deveriam engendrar os mesmos riscos.
2.6 FORMALIDADE X INFORMALIDADE
Um dos grandes fatores que leva o trabalhador a buscar informalidade é o salário maior que o trabalho informal proporciona. Para se ter uma idéia hoje em dia a média do salário que um servente com carteira assinada recebe é de R$ 866,80, enquanto trabalhando informalmente ele receberia em média de R$ 60,00 por dia, sendo que trabalhando de segunda a sexta, no final do mês receberia um salário de R$ 1200,00. Essa disparidade no salário se deve pelos impostos que as empresas pagariam para manter um trabalhador de carteira assinada, como por exemplo, Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Programa de Integração Social (PIS) e INSS (Dados IBGE).
Mas também existem muitos benefícios que o trabalhador possui trabalhando formalmente, como seguro de vida, 13º salário, férias remuneradas, Fundo de garantia (FGTS), seguro-desemprego, atendimento medico e odontológico. E são esses benefícios que dão estabilidade financeira para o mesmo. Mas o trabalhador das obras sofre de muitos problemas sociais, pois na maioria das vezes são pessoas sem escolaridade que tem como meio de sobrevivência a construção civil. Então muitas empresas usam dessa falta de escolaridade e cultura para persuadir o trabalhador levando-o para a informalidade, passando a ser mais lucrativo para a empresa já que ela não tem de pagar o imposto cobrado pelo governo e se livrando de qualquer compromisso com esse trabalhador, podendo demiti-lo a qualquer momento, sendo que ele não terá nenhuma garantia a ser gerada pelo governo (Ritter, 2011). 
2.7 SITUAÇÃO ATUAL DO MERCADO NA CONSTRUÇÃO CIVIL
Segundo a reportagem realizada pela “Hora 1 - Noticia” em 12 de março de 2015, que em 2014 a construção civil perdeu mais de 110 mil empregos formais e encolheu pela primeira vez desde 2003.[3: Jornal de notícias do Brasil e do mundo com apresentação de Monalisa Perrone, de segunda a sexta, a partir das 5h no canal da rede Globo.]
A crise na economia brasileira levou o número de demissões a superar as contratações na construção civil pela primeira vez em 11 anos.
Os números deste ano mostram que os cortes continuam. No mês de janeiro, quase 10 mil vagas foram fechadas e tem construtora fechando e demitindo em massa.
As demissões são o principal reflexo da desaceleração do mercado de imóveis. Em São Paulo, o número de lançamentos caiu 7% no ano passado, enquanto as vendas despencaram 35%. Tem imóvel encalhado também em Belo Horizonte.
Com o aumento das demissões no setor que absorve muita mão de obra, pouca experiência acaba gerando mais tensão na economia. Os trabalhadores sentem dificuldade de se adaptar a outras funções e isso representa mais tempo de espera para voltar ao mercado de trabalho.
2.8 ACIDENTES DE TRABALHO E SUAS RESPECTIVAS CAUSAS
Acidente de trabalho é um tema que traz preocupações, porque não só envolve o trabalhador, mas a sociedade em geral, principalmente sua família. Com isso também dificilmente se nota os alguns avanços tecnológicos, integração mundial de mercados financeiros, quebras de barreiras protecionistas, por se ter ainda em aberta uma ferida social como esta que são os acidentes seguidos de morte no trabalho (OLIVEIRA, 2002). 
Percebe-se que esta situação produz um cenário muito precário para a análise da situação internacional dos acidentes de trabalho. Em vista disso, a OIT estima que anualmente ocorram 2,2 milhões de mortes decorrentes de acidentes ou doenças relacionadas ao trabalho, para uma população economicamente ativa de 2,837 bilhões de pessoas. Segundo as estimativas da OIT, dos aproximadamente 355 mil acidentes mortais que acontecem anualmente no mundo, pelo menos 60 mil ocorrem em obras de construção civil (ANUÁRIO BRASILEIRO DE PROTEÇÃO, 2006 apud OIT, 2005).
HEINRICH (1959), com base em um estudo com aproximadamente 5.000 casos desenvolveu o primeiro modelo sobre as causas dos acidentes. Ele identificou que a ocorrência de lesões é resultante de acidentes que, por sua vez, decorrem de ato inseguro ou de condições inseguras de trabalho, gerados pelo comportamento das pessoas. Destaca, ainda, que este comportamento é proveniente do ambiente social em que tal pessoa vive. A essa seqüência de interferências denomina “Efeito Dominó”. Segundo o autor, existe uma interdependência entre uma série de fatores (homem/meio, fatores humanos e materiais, ato inseguro e condições inseguras). Para que um acidente seja evitado,é necessário que, pelo menos, um ou mais fatores sejam evitados, ou que a seqüência seja interrompida.
Há tempos, a indústria da construção é reconhecida como a de maior risco em muitos lugares do mundo (SOROCK et al., 1993). 
TABELA 2 - Distribuição das freqüências absolutas e relativas dos acidentes de trabalho fatais ocorridos em Belo Horizonte entre 2008 e 2011, segundo categoria de ocupação.
	Categoria de Ocupação
	 N
	%
	1. Construção civil 
2. Comércio e Serviços 
3. Transporte 
4. Administrativo 
5. Reparação e Manutenção 
	50
39
25
19
14
	34,0
26,5
17,0
12,9
9,5
	Total
	147
	100,0
Fonte: Dados obtidos no SINAN, 2012 
Logo a tabela abaixo demonstra claramente que dentre os cinco maiores índices de acidentes por ocupação, a construção civil é a que mais ocorre fatalidades.
2.9 RECESSÃO E A QUEDA DE CONTRATAÇÕES NA CONSTRUÇÃO CIVIL EM 2015
O mercado da construção civil sempre vai de encontro ao crescimento do país, como o cenário atual do nosso país e de crise a construção civil não é diferente, segundo Arli Prata, diretor administrativo do sindicato dos trabalhadores da construção civil de belo horizonte e região metropolitana (STIC – BH MARRETA).
A construção civil tem um avanço e depois uma queda e sempre assim, principalmente após esses fatos que estão acontecendo com o país, pois os investidores estão receosos e investir nessa situação fica difícil, tínhamos em torno de 13 mil operários empregados formalmente em obras da Copa do Mundo e hoje temos em media 4 mil operários empregados em Belo Horizonte e Região.
Como mostra o gráfico, a taxa de contratações no Brasil vem diminuindo, também afetando a região de Belo Horizonte. E a área da construção civil foi uma das mais afetadas em 2014 e essa tendência continua a aumentar em 2015. 
GRÁFICO 2 – Demonstrativa de acumulo de emprego segundo a área de ocupação.
Com a taxa de contratações em baixa, o mercado informal vem aumentando em grande quantidade. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil em Belo Horizonte e Região Metropolitana, Zildo Gomes Viana, confirma que o mercado está ruim.
 As questões que o Brasil atravessa acabam afetando todos trabalhadores e o mais sofrido é o operário da construção civil, porque foi buscado nos interiores. Agora, com o mercado resumido desse jeito, ele não está preparado nem para voltar para a cidade de origem.  
A taxa de desemprego no Brasil deve continuar crescendo nos próximos dois anos e deve atingir 7,1% em 2015 e 7,3% em 2016, segundo a Organização Internacional do Trabalho.
Com o mercado em baixa, o trabalhador da construção civil é obrigado a procurar o trabalho informal, isso se deve muito a crise que as empreiteiras estão passando. Com a inflação em alta os empreendedores têm ariscado menos em relação a investimentos na construção civil, já que o custo das obras está muito alto e a população em geral está com receio de adquirir novos imóveis para não entrar na inadimplência, esse cenário obriga as empreiteiras a demitir seus funcionários, pois a procura está menor que a demanda, fazendo com que os trabalhadores demitidos procurem os famosos ‘bicos’ aumentando a porcentagem de trabalhadores informais.
3. METODOLOGIA
A metodologia é nada mais nada menos do que o método utilizado na elaboração do projeto de pesquisa , questionário ,entrevista ,pesquisa cientifica, bibliográfica e etc. É uma explicação minuciosa de toda ação desenvolvida no método do trabalho.
Ladeia (2015) define que método cientifico é um conjunto de regras básicas para um cientista desenvolver uma experiência a fim de produzir novo conhecimento, bem como corrigir e integrar conhecimentos pré-existentes. Consiste em juntar evidencias observáveis, empíricas, e mensuráveis, com o uso da razão.
Cavalieri (2005) define que projeto é uma atividade que tem um inicio e um fim pré-determinados, sendo conduzido por pessoas que utilizam recursos para atingir propósitos previamente definidos.
Segundo Arantes (1971) a pesquisa bibliográfica diz respeito ao conjunto de conhecimento humanos reunidos nas obras. Tem como finalidade fundamental conduzir o leitor a determinado assunto e proporcionar produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa.
Durkheim (1977) define que a pesquisa de campo detém na observação do contexto no qual é detectado um fato social (problema), que a princípio passa a ser examinado e, posteriormente, é encaminhado para explicações por meio dos métodos e das técnicas especificas.
Salvador (1977) descreveu que pesquisa exploratória é o primeiro passo de um trabalho cientifico. São finalidades de uma pesquisa exploratória, sobretudo quando bibliográfica proporcionar maiores informações sobre determinado assunto; facilitar a delimitação de um tema de trabalho; definir os objetivos ou formular as hipóteses de uma pesquisa ou descobrir novo tipo de enfoque para o trabalho que se tem em mente.
A pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos ou fenômenos se manipulá-los. Procura descobrir, com a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com os outros, sua natureza característica (Ladeia, 2015).
Baseado nas pesquisas supracitadas, este projeto foi desenvolvido na biblioteca da Faculdade Novos Horizontes e livros de pesquisas pessoais sobre o tema. Certamente também foram coletadas informações de pessoas que atuam na área com depoimentos que auxiliaram no desenvolvimento do trabalho, visitando canteiros de obras que pressupôs uma visão do que acontece realmente no ambiente de trabalho em geral e também com base em gráficos e dados de instituições de pesquisa, contendo informações pertinentes dos assuntos abordados nesta pesquisa, trazendo um conhecimento mais amplo do trabalhador na construção civil.
Com base na pesquisa de campo, foram aplicadas entrevistas estruturadas conforme APÊNDICE “A” para um engenheiro da construção civil, um gestor, três própria. Sendo também que foram discutidos alguns pontos com o diretor do STIC – BH MARRETA, Arli Pra
CRONOGRAMA
Definir o tempo que será necessário para executar o projeto, deve ser dividido em etapas, deve-se indicar o instante que se pretende iniciar e terminar cada etapa.
RECURSO
Os recursos só serão incluídos quando o projeto for apresentado para uma instituição financiadora de projetos de pesquisa, pode ser dividido em material permanente, material de consumo e pessoal.
4. APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS RESULTADOS
 A Análise de dados consiste em transformar um conjunto de dados com o objetivo de poder verifica-los melhor dando lhes uma razão de ser e uma análise racional. É analisar os dados de um problema e identificá-los, resumir dados, comparar variáveis, fazer previsões.
Na apresentação da analise de dados, será mostrado gráficos e tabelas sobre os acidentes de trabalho, análise do mercado de trabalho, a construção civil atualmente mostrando o porquê do crescimento do trabalho informal e comparar a diferença significativa entre os dois tipos de trabalho através da pesquisa de campo.
4.1 SEGMENTAÇOES POR PROFISSÃO
A amostra foi constituída de 9 colaboradores (engenheiro, líder de equipe, serventes e pedreiros) em atividade no mercado de trabalho seja informalmente ou em canteiros de obras.
TABELA 3 - Dados Complementares dos entrevistados.
	Entrevistados
	Função
	Idade
	Escolaridade
	Metodologia de trabalho
	Daniel Mendonça R Gomes
	Líder
	 35
	Técnico completo
	 Formal
	Andre Gustavo de Assis
	Líder
	 35
	Superior completo
	 Formal
	Felipe Thiago Augusto
	Pedreiro
	 32
	Fundamental incompleto
	 Informal
	Hudson Barbosa
	Pedreiro
	 41
	Fundamental Incompleto
	Formal
	José Anibal
	Ajudante Geral
	 54
	Médio Completo
	Informal
	Nivaldo Pereira Campos
	Pedreiro
	 59
	Fundamental Incompleto
	Formal
	Aender Soares
	Pedreiro
	33
	Médio Incompleto
	Formal
	Marcio JulioP. dos Santos
	Servente
	32
	Fundamental Incompleto
	Informal
	Amaurilio Ferreira Campos
	Pedreiro
	35
	Fundamental Incompleto
	Informal
Das 9 (Nove) pessoas entrevistadas, 66,66% delas tem de 32 a 40 anos de idade, que equivalem a 6 indivíduos, 11,11% do total possui de 41 a 50 anos, equivalente a 1 pessoa, já 22,22% delas possuem de 51 a 59 anos que formam um quantitativo de 2 pessoas, como mostra o gráfico a seguir.
GRAFICO 3 – Percentual de distribuição de idade dos entrevistados.
 
 Gráfico 3.1 - Idade dos operários da amostra. (Fonte: pesquisa de campo.)
Este gráfico demonstra que 3 ( Três ) dos 4 ( Quatro ) colaboradores mais novos sejam eles pedreiros ou serventes, preferem trabalhar informalmente por terem maior força física e desenvoltura no dia a dia, é o que diz o pedreiro Amaurilio Ferreira de 35 anos:
Trabalho por conta própria e pretendo trabalhar formalmente com uma idade mais avançada devido a exaustão de um serviço puxado.
Isto vem de encontro ao que diz Nivaldo Pereira, Pedreiro, 59 anos trabalhador da empresa MCI tecnologia e o mais velho dos entrevistados, ele destaca que:
Trabalho formalmente por não ter mais forças físicas para trabalhar informalmente e por não ter tanta disponibilidade para ter uma renda a base da minha produção.
Segundo (Iida, 1990, Grandjean, 1983) O desgaste do trabalhador decorrente do esforço realizado no trabalho e a própria perda de capacidade ou de características fiscais importantes para a atividade em função da idade, como força muscular, agilidade, elasticidade, rapidez e mesmo a capacidade de equilíbrio em locais elevados.
4.2 GRAU DE INSTRUÇÃO
Dentre os entrevistados 55,55% não completaram o ensino fundamental, 22,22% concluíram o ensino superior, 11,11% possui apenas o ensino médio e 11,11% não concluiu o ensino médio.
A seguir um gráfico de variáveis relativas ao grau de instrução dos entrevistados. Foram atribuídas escalas de 1 a 5 onde:
GRAFICO 4 – O Grau de escolaridade dos respectivos entrevistados
(1) Fundamental Incompleto
(2) Fundamental Completo
(3) Médio Incompleto
(4) Médio Completo
(5) Superior Completo e/ou Técnico Completo
Gráfico 4 – Nível de escolaridade dos colaboradores da amostra. (Fonte: pesquisa de campo.)
A figura acima apresenta um baixo nível de escolaridade entre os operários, elevando o nível somente quando os entrevistados são os Engenheiros consequentemente mestres ou lideres de equipe. E o que acrescenta o engenheiro André Gustavo de Assis Moraes de 35 anos, servidor publico:
Os trabalhadores da classe operaria são pessoas humildes de pouca instrução, optaram por trabalhar desta forma em sua maioria por não terem uma escolaridade necessária para outras atividades.
Desde modo conclui – se que o ingresso nas atividades mais árduas na áreas da construção civil se deve por falta de estudo ou pela facilidade de entrar e aprender sem necessidade de estudar, ou seja, para a maioria dos trabalhadores que ingressaram, o trabalho na construção de edificações tradicional é pouco exigente, não só em termos de escolaridade básica como de formação profissional do indivíduo (esta formação se dá “on the job” conforme VARGAS, 1988).
De certa maneira os baixos níveis salariais e as precárias condições de trabalho são impedimentos para o ingresso no sub-setor de pessoal com mais escolaridade, interesse, iniciativa e capacidade de produção, num círculo vicioso difícil de ser rompido. (IRÊ LIMA, 1995).
4.3 TRABALHO INFORMAL 
O trabalhador busca na maioria das vezes o trabalho informal por conta de um salário maior, como diz o servente Márcio Júlio Pereira dos Santos de 32 anos.
É a questão do pagamento, né! Informalmente a gente ganha mais e formalmente à gente tem muito desconto na folha, né! E tem até uns bons benefícios mais desconta muito.
Isso vai de encontro com o que diz Ritter que também fala que o maior motivo que leva para o trabalho informal é o salário, mas quando perguntados se precisariam de um suporte maior para exerce seu trabalho todos tiveram a mesma resposta como fala Márcio Júlio.
Falta pra gente que trabalha por conta própria, mas a gente tenta compensar com outras coisas ganhando muito mais, e não pagando nada pro governo
E algumas vezes trabalhador da construção civil é obrigado a trabalhar informamente por alguns motivos, um deles é a idade elevada como diz o ajudante de pedreiro José Aldo de 54 anos.
Já pensei em trabalhar formalmente, mais minha idade já não passa no 
processo seletivo. 
E como mostrado no gráfico os operários são pessoas sem escolaridade, que tem como ultimo recurso de sustento para sua família a construção civil. E como o mercado está em um momento difícil o único meio encontrado por esses trabalhadores é o trabalho informal.
4.4 TRABALHO FORMAL
O trabalhador se sente mais assegurado quando possui carteira assinada, um serviço estável e com garantia de longo prazo isso é o que fala o pedreiro Hudson Barbosa de 41 anos.
É porque me sinto mais assegurado, e não preciso ficar me preocupando em procurar outro serviço e também é mais fácil de fazer.
O trabalho formal é garantia de um serviço estável, com todos os beneficio que o governo proporciona e os auxílios que a empresa contratante é obrigada a pagar como diz Albuquerque.
4.5 TERCEIRIZAÇÃO NA CONSTRUÇÃO CIVIL 
Terceirização é o maior problema do trabalho formal, e um dos principais fatores do alto índice de acidentes na construção civil em geral, é o que diz Arli Prata, diretor administrativo do STIC - BH MARRETA.
A mancha maior na informalidade é a terceirização, isso é um fracasso, o método deles é serviço rápido e de má qualidade, que se torna retrabalho, isso influi muito exaustão dos funcionários, que se opina para o trabalho informal.
Isso vai de encontro com o que diz o SINDPDPR que fala é do crescente número de terceirizados entre os mortos na construção civil, como ocorreu na Copa do Mundo de 2014 que 7 entre 9 falecidos eram terceirizados. E essa tendência tende a aumentar com o projeto de lei que foi aprovado na Câmera dos deputados, que libera a terceirização para todas as atividades de uma empresa. Se sancionado pelo Executivo, isso vai gerar uma ampliação dessa modalidade de contratação, trazendo consigo consequências para os que vivem desse trabalho.
4.6 ACIDENTES DE TRABALHO 
Atualmente o mercado de trabalho brasileiro encontra-se em recessão, mais nos últimos anos, respectivamente em Belo Horizonte, o setor passou por um período de aquecimento, este fato fez crescer a necessidade de trabalhadores no setor e conseqüentemente reduziu a exigência de qualificação e experiência para alguns cargos, Outros fatores podem ser determinantes para que ocorra um acidente de trabalho e sem duvidas a pressão e as exigências de conclusão do serviço em um tempo não abio podem resultar em um fato consumado de acidente, é o que diz o Pedreiro Nivaldo Pereira de 59 anos, quando perguntado de já sentiu algum tipo de pressão no local de trabalho, “- Sim, várias vezes, pediram para fazer o serviço mais rápido e do jeito que o patrão queria, por causa de muita demanda e uma pessoa só para fazer.”
Quando indagado se a pressão pode ser um dos maiores causadores de acidentes, Nivaldo Pereira diz “- É sim, porque todo corpo cansa e trabalhar corrido sempre causa acidente.”
4.7 A BUSCA POR VALORIZAÇÃO
O trabalhador desvalorizado, indefeso e vitima do capital lucrativo, busca o trabalho informal sonhando com uma melhoria na qualidade de vida e social. Segundo Arli Prata, diretor administrativo do STIC – BH MARRETA, os trabalhadores buscam a informalidade por que: 
O capital é maior trabalhando informalmente, dependendo da empresa que ele for trabalhar, eles seguem a convenção coletiva e o salário sai baixo, e trabalhando por conta própria ele tem a valorização dele, e fica inseto dos impostos.
A exaustão e a escravização dos trabalhos árduos também contribuem para a informatização dos colaboradores, o risco de acidente se torna eminente quando não existe o compromissocom a vida, segundo como também cita Arli Prata:
Muitas empresas têm o compromisso de entregar o serviço em uma determinada data, então acabam exigindo mais dos trabalhadores fazendo com que eles trabalhem por horas e horas, como por exemplo, temos ocorrência de um acidente de trabalho onde uma maquina passou por cima de um mestre de obra no qual ocorreu pelo motivo da exaustão dos dois funcionários; isso é muito serio.
5. CONCLUSÕES
Na conclusão do projeto de pesquisa, o autor se coloca com liberdade para falar do assunto geral do trabalho, avaliando os resultados, propondo soluções.
Diante do problema apresentado, com base em analises de dados, diálogos e entrevistas com profissionais da construção civil, conclui-se que o trabalho informal é decorrente das condições encontradas pelos profissionais no mercado de trabalho, ou seja, remuneração defasada, impostos excessivos, exigências com relação aos estudos, experiências e horários, e principalmente grande demanda de serviço, gerando estresse acumulativo causador de possíveis acidentes de trabalho que podem até ser fatais.
Esse tipo de situação é que leva a pessoa a optar por um trabalho menos formal, sendo que se ele trabalhasse por conta própria não teria com o que se preocupar e não haveria tanta pressão implicada ao tempo de entrega e a perfeição do serviço prestado, como ele teria ou tem trabalhando formalmente.
Outro fator importante e a terceirização que atinge de forma negativa o trabalhador da construção civil, pois deixa o mesmo desprotegido, já que a empresa contratante não tem responsabilidade nenhuma com o empregado. Fazendo com que a maior faixa de acidentes na construção civil seja de terceirizados e deixando a empresa livre de qualquer vinculo com o funcionário.
Diante disso a empresa contratante exige mais de seus terceirizados gerando uma pressão sobre os funcionários para a obtenção de um serviço com menor tempo possível, por isso o empregado se submete a serviços perigosos sem cautela (que seria necessário), gerando um risco maior para se acidentar e é isso implica muito no aumento de acidentes com terceirizados. 
Outro ponto importante para se observar, é que o trabalho informal não dá ao trabalhador uma base de como se trabalhar com segurança, visando o seu bem estar e sua saúde futuramente, pois não há tipo de preocupação alguma pelo próprio trabalhador.
Então, olhando por esse lado uma possível solução seria a participação dos governos, federal, estadual e dos municípios, junto às empresas para criar programas de incentivo, com redução de impostos e aumento de investimentos aplicando verbas para o crescimento das empresas para que não haja tanta pressão sobre o trabalhador (já que o investimento possibilita mais vagas de emprego para a mesma) e também elaborando cursos de especialização para dar incentivo aos seus colaboradores e para aos que trabalham informalmente criem um interesse maior a optar pelo trabalho formal. Isso acarretará na valorização do trabalhador da construção civil aumentando sua remuneração dando possibilidades a este trabalhador de estudar e de se formar com um curso de nível técnico ou até mesmo de nível superior, possibilitando um progresso em sua carreira dando mais qualidade de vida para o mesmo e sua família.
GLOSSÁRIO
São palavras ou expressões técnicas de uso restrito ou sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições
REFERENCIAS
As referências bibliográficas correspondem a uma relação dos nomes dos autores das obras ou da documentação consultadas para a elaboração e o estudo do trabalho, permite também que as pessoas consultem as fontes utilizadas.
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APÊNDICE “A” – Roteiro de entrevista
São elementos pós- textuais, um documento elaborado pelo autor, tem como objetivo complementar a argumentação, sem romper a unidade do trabalho, podem trazer os questionários, os formulários da pesquisa e também fotografias.
Para a pesquisa de campo foram elaboradas algumas questões para a entrevista de pedreiros, ajudantes, gestores e engenheiros, que foram separadas da seguinte forma:
Gestor de equipe e engenheiro:
Até hoje quais foram as experiências profissionais como líder de trabalhadores da construção civil?
Quais os avanços que você vê na classe dos trabalhadores do canteiro de obra?
Em sua opinião o que leva o trabalhador da construção civil opinar a ser autônomo?
Você é a favor da informalidade na construção civil?
Você acha que trabalharsobre pressão é a principal causa dos colaboradores optarem pela informalidade?
Você já presenciou acidentes na obra? Por qual (ais) motivo (s)?
Trabalhadores formais:
O que o motivou a optar pelo trabalho formal?
Já pensou em trabalhar por conta própria? Se sim, por quê?
Você já se sentiu pressionado alguma vez no local de trabalho? Se sim, como foi? 
Você acha que trabalho sobre pressão seja um dos motivos principais para causar acidentes?
A empresa no qual você trabalha lhe oferece um suporte adequado?
O que você acha que diminuiria o trabalho informal na região metropolitana?
ANEXOS
Os anexos são textos elaborados por outras pessoas e não pelo pesquisador, como exemplo temos mapas, documentos originais e fotografias tirados por outros. Só devem aparecer no projeto de pesquisa anexos extremamente importantes.
Trabalhadores Informais:
O que o motivou a optar pelo trabalho informal?
Você já pensou em trabalhar formalmente? Por quê?
Você já se sentiu pressionado alguma vez no local de trabalho? Se sim, como foi?
Você acha que trabalho sobre pressão seja um dos motivos principais para causar acidentes?
Você não acha ser necessário um tipo de suporte como auxilio medico, vale alimentação ou fundo de garantia, por exemplo?

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