Buscar

Bertonha, João Fábio. “Coerção, consenso e resistência num Estado autoritário: o caso da Itália fascista”. Diálogos – Revista do Departamento de História da Universidade Estadual de Maringá, n. 12, n. 1: 141-163, 2008.

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

O caso da Itália fascista (Bertonha) 
Bertonha, João Fábio. “Coerção, consenso e resistência num Estado autoritário: o caso 
da Itália fascista”. Diálogos – Revista do Departamento de História da Universidade 
Estadual de Maringá, n. 12, n. 1: 141-163, 2008. 
 
• Contraditatoriedade na negação do apoio da população ao fascismo no pós-
guerra. 
• É ilógico dizer que o fascismo italiano foi instalado apenas com base na força. 
• O “parênteses” na história italiana -> justificativa 
• Modificação e amplificação do mito nacional italiano: Império Romano -> Novo 
Império Fascista. 
• Fascismo e sua origem: 
o Crise econômica entreguerras (MAKE ITÁLIA GREAT AGAIN); 
o Tendências nacionalistas; 
o Sindicalistas revolucionários; 
o Crise social (anarcas, socialistas, comunas) 
o SOLUÇÃO = FASCISMO 
o Toda nação precisa de um mito para amalgamar a população, e o 
fascismo achou no Império Romano a justificação para um 
nacionalismo agressivo e para o imperialismo. As políticas sindical 
e social do Fascismo surgiram das ideias dos sindicalistas 
revolucionários. E, por fim, a movimentação da juventude em prol 
do regime tem origem nos futuristas. (KOMATSU, 2017) 
• A ideologia fascista propunha uma renovação da sociedade italiana, 
abandonando o liberalismo democrático, e fortalecendo o Estado autoritário e a 
luta contra o comunismo. Propunha também um novo homem italiano, ou uma 
nova geração de italianos, dedicando assim grandes forças no sistema 
educacional e imprensa. 
• Na Itália, não foi preciso um golpe para a chegada ao poder, visto que 
Mussolini teve apoio das elites industriais, burguesas e tradicionais, Igreja e 
exército, sendo assim nomeado Primeiro Ministro. 
• Os fascistas não eram estranhos à sociedade italiana, visto que diversos 
setores os apoiaram veementemente, enquanto foi útil para eles. 
• A imprensa teve um papel importante na difusão dos ideais fascistas e na 
censura ferrenha dos opositores. A rádio tinha o papel de espanhar os discursos 
do Duce, enquanto o cinema difundia uma Itália irreal. 
• Apesar de ter usado a imprensa, propaganda e coerção, é errôneo afirmar 
que o fascismo italiano conseguiu impor completamente os ideais a todos os 
italianos (daí, a PRETENÇÃO TOTALITÁRIA, e não total). 
• O fascismo italiano foi retirado do poder pelos mesmos que o colocaram no 
poder, pois ao final da década de 1930, as elites se mostraram insatisfeitas como 
as leis raciais e a aliança com o nazismo, o que levou ao colapso do Regime. 
• A relação do povo com o fascismo pela propaganda, a partir da historiografia 
italiana: DOMINAÇÃO -> CONSENSO -> RESIGNAÇÃO 
o DOMINAÇÃO: considera que a sociedade italiana era totalmente 
avessa ao Fascismo e que apenas foram controlados pela coerção e 
repressão; (teoria insustentável) 
o CONSENSO: defendido por Renzo de Felice, que apresenta um 
discurso de conformidade e satisfação da sociedade italiana; (too 
much também, porque havia sim resistência) 
o RESIGNAÇÃO: ideia de Nicola Tranfaglia, que defende que só há 
consenso se há liberdade. Dessa forma, a hegemonia da dominação 
é inverdade, mas a sociedade também não estava livre. Então o povo 
(maior parte da população) sabia o que estava acontecendo, mas 
aceitava passivamente, pois corriam certos riscos. 
• CONCLUSÃO: O Fascismo jamais conseguiria se sustentar por mais de 20 
anos sem um mínimo de apoio. É necessário perceber que a população não é 
uma massa coletiva e não pensante, ela incorpora e apreende as estratégias do 
Estado. Alguns colaboraram e outros resistiram. O sistema de repressão e 
violência foi fundamental. O totalitarismo não ocorreu, o que permitiu que os 
mesmos setores que o apoiaram, tirassem-no do poder. (KOMATSU, 2017)

Outros materiais