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CONTABILIDADE ÁREAS DA ATUAÇÃO.

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INTRODUÇÃO 	
 	Diante do complexo sistema tributário brasileiro, do elevado nível de tributação e de uma complexa legislação tributária, as empresas vêm enfrentando diariamente, bastantes dificuldades em manter em dia as suas obrigações acessórias desta forma, é notória a relevância em se ter um bom Planejamento Tributário, que venha auxiliar para a busca de economia tributária, estando sempre de acordo com à legislação, buscando a maneira mais correta de se apurar impostos devidos á empresa, evitando assim possíveis autuações futuras.
 	O trabalho em questão tem como seu principal objetivo desenvolver um estudo sobre os benefícios de se ter um correto Planejamento Tributário nas organizações em geral. Discutir a importância do planejamento tributário que visa à redução dos tributos e maximização do lucro da empresa através de meios lícitos. Com o desenvolvimento deste trabalho procuraremos demonstrar e comprovar que, uma correta aplicação dessa ferramenta, pode levar a empresa a desfrutar de vários benefícios quando aplicado adequadamente.
 	Diante disso, considerando a importância do planejamento tributário nas organizações, iremos verificar qual o regime de tributação que trará mais economia de tributos e que irá reduzir legalmente a carga tributária da empresa JCRW, empresa esta que tem como investidores José Carlos e Robert Wilson, e que atua no ramo de transporte intermunicipal e interestadual localizada na cidade de Varzelândia no estado de Minas Gerais.
 	Abordaremos também questões relevantes a respeito do Direito Tributário como, por exemplo: a incidência ou não dos impostos ISS e/ou ICMS referentes á prestação de serviços da empresa em sua região, fazendo tal referência com embasamento legal. Os temas como Controladoria, Auditoria e pericia Contábil também serão abordados neste trabalho, visando evidenciar o quão importante eles são para uma eficiente gestão empresarial em busca do desenvolvimento e prosperidade das empresas.
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DESENVOLVIMENTO
 	Devido á elevada carga tributária e das constantes alterações da legislação no Brasil, é necessário que as empresas mantenham um planejamento tributário que implique em economia fiscal com menor incidência de impostos e contribuições. Diante disso, o presente estudo tem por objetivo apurar qual é a forma mais benéfica de reduzir legalmente a carga tributária de uma empresa de transporte de passageiro intermunicipal e interestadual do município de Varzelândia/MG, e buscar encontrar uma forma menos onerosa de tributação para a mesma, levando em consideração o seu ramo de atividade, o porte da empresa, sua natureza jurídica e seu faturamento anual que é estimado em torno de 5,04 milhões/ano.
2.1 - PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO
 	O Sistema Tributário é entendido como sendo o complexo orgânico formado pelos Tributos instituídos em um país ou região autônoma e os princípios e normas que os regem. É o conjunto de impostos, taxas e contribuições através das quais o Estado obtém recursos para cumprir suas funções como: a oferta de bens e serviços públicos de qualidade. Pode ser considerado como um instrumento para promover a distribuição de renda quanto para ampliar a acumulação capitalista de poucos. Foi criado buscando harmonizar as relações da sociedade de forma a se atender aos seus princípios fundamentais, como também de forma a se respeitar o pacto federativo sob qual vivemos.
 	A expressão STN designa o conjunto de todos os tributos cobrados no país, sem distinguir os da competência Federal, Estadual, Municipal e todas as regras jurídicas com relações entre si e que disciplinam a arrecadação desses tributos.
 	A carga tributária exercida sobre as empresas e pessoas físicas do país alcança um nível de tributação absurdo, sendo considerada uma das mais altas do mundo; chegando ao ponto de muitas vezes inviabilizar certos negócios. É sabido que, os tributos (impostos, taxas, contribuições) representam uma importante parcela dos custos das empresas.
 	O Planejamento tributário é um conjunto de sistemas legais, um gerenciamento realizado por especialistas com objetivo de auxiliar os contribuintes na redução de impostos e na manutenção da saúde financeira da empresa. Em um planejamento tributário se faz a análise e a aplicação de um conjunto de ações referente aos negócios, atos jurídicos ou situações materiais que representam uma carga tributária menor e um resultado econômico maior.
 	A natureza do Planejamento Tributário consiste em organizar os empreendimentos econômicos da empresa, mediante o emprego de estrutura e formas jurídicas capazes de bloquear a concretização da hipótese de incidência fiscal ou fazer com que esta ocorra na medida e no tempo mais próprio, visando a exclusão, redução ou adiamento dos respectivos encargos tributários. Existem dois fatores primordiais que determinam a necessidade do planejamento tributário que são: o elevado ônus fiscal incidente nos negócios e a concorrência empresarial.
 	Um correto Planejamento Tributário levaria a uma redução legal do ônus tributário empresarial, recolhendo o montante devido que foi gerado em suas operações, fazendo que obtenha patamar superior de rentabilidade e competitividade. Desta forma é preciso estudar e controlar os atos e fatos administrativos que produzem mutações patrimoniais e resultado econômico positivo ou negativo aos quais são analisados através da escrituração contábil.
 	A escolha do regime tributário é um dos processos mais importantes para o sucesso de uma empresa, caso contrário, a opção mal feita pode gerar a necessidade de pagamento de um conjunto de impostos inadequados, comprometendo a saúde financeira do negócio ou gerando problemas fiscais com a Receita Federal. O indicado é que tal escolha seja feita e analisada com ajuda de um profissional com experiência e conhecimento no assunto e que possa dar as devidas instruções para a melhor opção para o negócio através de estudo de fatores específicos de cada caso; como ramo de atividade, o porte da empresa, planejamento de rendimentos e etc.
 	O SIMPLES NACIONAL, é um regime de tributação simplificado e diferenciado que contempla as microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) . Permite o recolhimento de todos os tributos ( PIS, COFINS, IPI, CMS, CSLL, 1SS, IRPJ e em alguns casos o INSS) sendo estes impostos federais, estaduais e municipais em uma única guia ( DAS — Documento de Arrecadação do Simples Nacional ). A alíquota é diferenciada conforme faturamento, separado em faixas até a receita bruta anual de 3,6 milhões. Foi lançado no dia 30 de Junho de 2007, Lei Complementar n° 123/06 para descomplicar a vida dos micro e pequenos empresários. A tributação é determinada de acordo com a atividade econômica e o anexo de enquadramento no simples, e suas alíquotas variam entre 4,5 e 16,93%.
 	As empresas enquadradas nesse regime de tributação possuem benefícios como: preferência desta modalidade em licitações do governo e facilidades no cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias por parte do contribuinte. Para optar pelo Simples Nacional, as empresas devem estar isentas de débitos da Dívida Ativa da União ou do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
 	Como todo regime de tributação, o Simples Nacional apresenta as vantagens como, por exemplo: Os valores de alíquotas reduzidos e a simplicidade da agenda tributária o que facilita o controle, mas apresenta desvantagens também como, por exemplo: nem sempre é o regime mais vantajoso, especialmente para empresas prestadoras de serviços, porque estas recolhem á parte a contribuição INSS, tendo suas alíquotas variadas conforme a sua folha de pagamento.
 	O regime tributário LUCRO PRESUMIDO, é uma forma de tributação simplificada para determinação de base de cálculo do IRPJ — Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da CSLL — Contribuição Social sobre Lucro Líquido das empresas através de uma margem de lucro pré-fixada pela lei. É um regime bastante difundido devido a sua simplicidade e por questões de estratégiatributária, pois pode representar economia trabalhista, sobretudo nas empresas altamente lucrativas. Não havendo nenhum impedimento pode ser considerada uma boa ferramenta de planejamento tributário.
 	Possui como base de cálculo a presunção, determinada mediante aplicação de percentuais pré-fixados no art. 15 da Lei n° 9.249195, de acordo com a atividade exercida pela pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida no trimestre, tendo seu resultado acrescido de outras receitas, rendimentos e ganhos de capital.
Pode ser vantajoso para as empresas que possuam margens de lucro superiores as da presunção, que tenha poucos custos operacionais e uma folha salarial baixa, desta forma a tributação recairá apenas sobre a margem pré-fixada. Já uma desvantagem é quando a margem de lucro efetiva for inferior á pré-fixada, pois os impostos serão calculados sobre a margem presumida.
 	Esse regime de tributação pode ser adotado por empresas que não estiverem obrigadas a adotar o regime do Lucro real para o ano calendário em questão e que tenham faturamento anual até 78 milhões.
 	A margem de lucro presumida é de 8% para atividade comercial e de 32% na prestação de serviços. O PIS e COFNS deverão ser apurados pelo regime cumulativo dessas contribuições, onde a alíquota é de 0,65% e 3,00% respectivamente sobre o faturamento e não há direito de abatimento de créditos, ou seja, não se pode deduzir nenhuma despesa dessa receita, com exceção das devoluções de venda, abatimentos ou vendas canceladas.
 		Quanto ao regime tributário LUCRO REAL, é um regime obrigatório para empresas com faturamento superior a 78 milhões e empresas com atividades voltadas para o setor financeiro. A tributação é calculada sobre o lucro líquido do período de apuração, considerando valores a adicionar ou descontar conforme as compensações permitidas por lei. Desta forma a empresa terá que ter um eficaz controle e saber exatamente o seu lucro auferido para saber a base de cálculo de IRPJ e CSLL. Esse regime não é cumulativo para PIS e COFINS, sendo respectivamente 1,65% e 7,6%e, mas aqui é permitida, a dedução de algumas despesas no cálculo das contribuições como, por exemplo: insumos de produção, aluguéis, parcelas de leasing, depreciação de máquinas etc.
 	Nesse regime de tributação Lucro Real, a contabilidade da empresa deve sempre estar em dia e possuir bons sistemas de informação para evitar erros na prestação de conta, pois as informações exigidas pelo fisco são muito mais complexas, minuciosas, sendo assim, qualquer erro podem custar muito caro.
 		Quanto ao LUCRO ARBITRADO se trata de um regime tributário especial, ocorrendo em situações onde o fisco desclassifica a escrituração contábil por conta de distorções na empresa fiscalizada. É uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte e aplicado pela autoridade tributária quando o contribuinte deixa de cumprir as obrigações acessórias relativas á determinação do lucro real ou presumido. Quando se é conhecida à receita bruta, desde que ocorrida qualquer hipótese de arbitramento prevista na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.
 	Outro fator de suma importância para a escolha de um Planejamento Tributário eficaz é a questão da natureza jurídica de uma empresa, ou seja, do regime jurídico em que ela se enquadra, que influi diretamente na sua tributação. A forma como a empresa está estruturada é que possibilitará escolher um regime de tributação adequado á sua natureza jurídica. Este é o principal ponto que determinará como os impostos serão apurados e quais as obrigações perante o governo e órgãos reguladores. No momento da formalização da empresa, informar a sua natureza jurídica tornou-se uma questão indispensável, já que cada uma exige diferentes formas de aplicação das normas para as empresas.
 	Em consonância com o Código Civil (Lei n 1 O.406/02),existem várias espécies de natureza jurídica e entre elas estão os tipos jurídicos atribuídos á administração pública, entidades empresariais, entidades sem fins lucrativos e as pessoas físicas. Partindo do pressuposto, iremos abordar os tipos de natureza jurídica atribuídas ás entidades empresariais voltadas as sociedades e as empresas.
 	A Sociedade Limitada, ou sociedade por cotas de responsabilidade limitada, são as mais populares em nosso país. É aquela composta sempre por dois ou mais sócios com a finalidade de explorar atividades voltadas para a produção ou circulação de bens e serviços, constituindo elemento de empresa.
Os sócios respondem de forma limitada ao capital social da empresa pelas dívidas contraídas no exercício de sua atividade perante aos seus credores. A sociedade limitada protege o patrimônio pessoal de cada sócio no caso de falência, fechamento ou desligamento da empresa, uma vez que a participação no capital é regulamentada por cotas.
 		O Contrato Social é o documento em que o empreendedor formaliza a abertura da empresa junto aos sócios. É onde constará as regras, condições de funcionamento da mesma e onde serão estabelecidos os direitos e obrigações para cada um dos proprietários que compõem a sociedade,sendo feito seu registro na Junta Comercial.
 		A Sociedade Anônima ou S/A são constituídas sob a forma da Lei n° 6.404176, são sociedades com fins lucrativos que tem seu capital dividido em ações e a responsabilidade de seus sócios aqui chamados de acionistas, limitada ao preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas, tendo responsabilidade limitada.
 		Ao contrário das sociedades limitadas aqui é o Estatuto Social que definirá o objeto de suas atividades de modo preciso e completo. A sociedade será designada por denominação e acompanhada das expressões S/A ou CIA. Elas podem ser de capital aberto: aquelas que emitem títulos, ações para serem negociadas e que possuem cadastro na Comissão de Valores de Mercado — CVM ou de capital fechado que são as empresas menores, com patrimônio inferior ao exigido para cadastro no CVM e portanto não emitem ações para negociação.
 		Recentemente foi autorizada pela Lei n° 12441/11 a criação da Empresa individual de Responsabilidade Limitada ou EIRELLI, sendo esta constituída por somente uma pessoas, onde o capital pertence unicamente ao titular da empresa.O capital deve ser obrigatoriamente integralizado e não pode ser inferior a 100 vezes o valor do salário mínimo vigente.
 		O nome empresarial necessariamente deve conter a expressão EIRELLI e o titular de uma empresa dessa natureza só poderá ter uma única EIRELLI cadastrada em seu nome. Quanto ao capital social, o titular da empresa terá seus bens pessoais protegidos, tendo, portanto, responsabilidade limitada.
 		O Empresário individual (anteriormente chamado de firma individual) é aquele que exerce em nome próprio uma atividade empresarial. É a pessoa física que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou serviços. Exerce a atividade por meio de uma firma, formada por seu nome civil completo ou abreviado, podendo acrescentar se preferir designação mais precisa de sua pessoa ou do gênero de atividade. O empresário Individual responderá com seu patrimônio pessoal pelas obrigações contraídas por sua empresa. O documento em que o empreendedor formaliza a abertura da empresa é o Requerimento de Empresário, cujo registro é feito na Junta Comercial.
 		Diante das informações descritas acima, chegamos a conclusão que dentre as possibilidades existentes, os investidores José Carlos e Robert Wilson, devem optar por constituírem a empresa com a natureza jurídica Limitada, devido ao fato de ser constituída por dois ou mais sócios, ter a participação de cada um através de cotas com responsabilidade sobre o capital social investido limitado á sua participação e não podendo portanto, ter seus bens pessoais comprometidos em caso de haver pagamentos de dívidas contraídasno exercício aos seus credores, e por também existir dentre as demais natureza jurídica alguns impedimentos como por exemplo: limitação de sócios, o capital a ser investido na constituição da empresa, a responsabilidade perante ao capital social da mesma e etc.
 		Quanto ao regime de tributação, a melhor opção a nosso ver seria o Lucro presumido, pelo fato de ser uma opção para as empresas que faturam até 78 milhões por ano (ou R$6,5 milhões multiplicados pelo número de meses de atividade do ano calendário anterior, isso quando inferior a 12 meses), e por não desenvolver atividades impeditivas para esse perfil, fatos estes aos quais, a empresa se enquadra perfeitamente e por se tratar de uma empresa no ramo de atividade prestação de serviços de transporte intermunicipal e interestadual, não tendo portanto um custo de produção tão alto.
 	Para haver a escolha ideal do regime de tributação, deve-se fazer análises da tributação do PIS e COFNS, da tributação do IRPJ e CSLL e do nível de detalhamento na prestação de contas, visto todos esses indicativos, optamos pelo Lucro Presumido.
 		Outro fator muito importante que nos levou a escolher o regime de tributação para a empresa em questão foi o fato de que no Lucro Presumido, o volume de detalhamento das informações a qual são exigidos pelo Fisco na prestação de contas são bem menores que no Lucro Real, devido ao fato de seus cálculos serem mais simplificados, não exigindo das empresas controles internos mais complexos como no Lucro Real. Em relação ao regime tributário do simples Nacional a empresa em questão não poderia ser enquadrada pelo fato de ter o seu faturamento superior ao que é permitido em lei para esta opção.
 DIREITO TRIBUTÁRIO
 	O transporte, por sua vez, é o ato de deslocar pessoas ou coisas de um ponto a outro, mediante remuneração. Essa prestação de serviço de transporte está sujeita á tributação e ao cumprimento de algumas obrigações fiscais documentais. Portanto, o conhecimento das regras tributárias inerentes a essa atividade é uma importante ferramenta para a realização de um bom planejamento e para a obtenção de resultados satisfatórios que contribuam para que as empresas mantenham-se competitivas.
 	Dessa forma, sobre a prestação de serviço de transporte, seja de mercadoria, pessoas, bens, rodoviário, aéreo, ferroviário, marítimo, incide:
ISS — Imposto Sobre Serviço — PRESTAÇÃO INTRAMUNICIPAL: tem início e término do trajeto dentro do mesmo Município.
ICMS - Imposto sobre Circulação de mercadorias e Prestação De Serviços — Prestação Intermunicipal e Interestadual - tem início e término do trajeto em Municípios e/ou Estados diversos.
Na atividade empresarial de transporte incidirá sim o ISS e/ou ICMS, resta saber quando ocorrerá a tributação do serviço de transporte nesses casos. Faz-se necessário ter conhecimento de onde e como será prestado o serviço, pois a operação poderá ser tributada pelo Estado ou pelo Município, Isto porque, de acordo com a regulamentação constitucional prevista no art. 12°, II da Lei Complementar 87/1996, (a chamada Lei Kandir), o ICMS incidirá sobre as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via de pessoas, bens, mercadorias ou valores.
 		Por essa razão, o ICMS é um imposto devido aos estados e incide quando o serviço de transporte iniciar em um município e terminar em outro, iniciar em um estado e terminar em outro, iniciar forma do Brasil e ocorrer um trecho intermunicipal ou interestadual no Brasil.
 		O ICMS incidente sobre o serviço de transporte é devido ao estado onde for iniciada a prestação do serviço, exceto nos casos que o início do serviço de transporte acontecer fora do Brasil, nesta hipótese o ICMS será devido ao Estado onde for concluído tal serviço.
 	A empresa do ramo de atividade de Transporte de Passageiros intermunicipal e interestadual, possui faturamento mensal de R$420.000,00 e rendimentos anual de R$5.040.000,00, esta deverá, portanto seguir as normas gerais do ICMS contidas na Lei Complementar n° 87/1996, conhecida como Lei Kandir, e recolher o ICMS para o Estado. Por ser sediada em Minas Gerais, deverá seguir ainda os critérios da Lei n°6.76311975 e o Regulamento do ICMS (RIC MS) aprovado pelo Decreto n° 43.080/2002. A alíquota para o recolhimento do IDMS definida pela lei será de 12% sobre a nota fiscal emitida.
Quanto aos impostos em âmbito municipal, deverá recolher o ISSQN sobre os serviços de transporte municipal, conforme regulamento através da Lei Complementar n°112 de 30 de Dezembro de 2013, mais precisamente no art. 40, tabela II, item 16.01, que prevê a alíquota de recolhimento de 2% sobre a nota fiscal emitida.
 	Nesta Lista, o item 16, refere-se ao transporte de natureza municipal, este tipo de prestação de serviço se sujeita ao pagamento de ISS ao Município. Sendo assim, o ISS é devido aos municípios e incide quando o serviço de transporte iniciar e terminar no mesmo município, e o município em que é devido o pagamento do imposto será onde o transporte for realizado.
 		Diante do que foi exposto para definir qual o imposto que incidirá sobre a prestação de serviço de transporte, é necessário verificar onde e como o serviço foi prestado.
 	Em relação ao enquadramento da empresa em questão pelo regime tributário simplificado do Simples Nacional e de acordo com a Lei Complementar 12312006, no art. 17, VI e Anexo I da Resolução CGSN n°6/2007, verificamos que a mesma não poderá recolher os impostos e contribuições na forma do Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte — Simples Nacional, devido ao fato de ter seu faturamento excedido, o limite estabelecido pela legislação.
CONTROLADORIA 
 	A Controladoria é um conjunto de princípios e métodos com foco na gestão empresarial visando sempre à eficácia da mesma. É um ramo especializado na contabilidade administrativa, é um setor de controle das atividades, gastos, da gestão e de setores ao qual seja vinculada. Sua metodologia é baseada no processo de controle, através de padrões de qualidade estabelecidos, com foco no planejamento e orçamento traçados pela organização.
 	A missão da Controladoria é dar suporte a gestão da empresa e assegurar que esta atinja seus objetivos por meio da otimização de seus resultados.
O responsável pela Controladoria é chamado de controller ou controlador, que pode ser desde um gestor ligado á empresa, um assessor, um consultor até um profissional especializado. Ele é o responsável por todo o processamento de informações contábil existente na organização,trabalha com todos os departamentos apurando as informações necessárias para alcançar os objetivos, buscando sempre a eficácia e passando para os gestores tais informações para uma adequada tomada de decisão. As funções do Controller são: Atuar nos departamentos de Contabilidade, Fiscal, Financeiro, Custos, Planejamento Tributário, Previsão Orçamentária Anual, Planejamento Estratégico e emitir Relatórios para tomada de decisão.
 	A necessidade do gerenciamento de uma empresa é fator determinante para o seu crescimento criando a necessidade de se ter um sistema que identifique quais os padrões desejáveis e os que necessitam de mudanças para que haja a eficiência e eficácia da organização dentro de um resultado econômico financeiro satisfatório.
Com o aumento da competitividade o avanço da tecnologia e a crescente exigência dos consumidores passaram-se a exigir cada vez mais das empresas a sua permanente adaptação ao novo ambiente. Diante disso, as organizações necessitam elaborar um eficiente e adequado planejamento estratégico que venha atender as necessidades dos stakeholders, com isso podendo obter valiosas contribuições para a tomada de decisões e apoio em futuras necessidades. Para a implantação do processo de controle eficiente, se faz necessário que haja uma mudança cultural no processo de gestão organizacional, sendo necessário que todos os envolvidos;desde os níveis mais altos até os operacionais se adaptam a nova filosofia para se ter o sucesso garantido.
 	As empresas modernas e as que se preocupam com um processo de gestão bem desenvolvido, necessitam de uma estrutura organizacional bem delineada para a sua sobrevivência. A necessidade de manter a empresa sempre competitiva exige uma equação que una produtividade e eficiência á alta lucratividade a custos menores; então uma função que antes era apenas de suporte passa a ter uma importância estratégica. Em dias atuais, é imprescindível se ter um serviço contínuo de controladoria, pois este é o setor que detém todas as informações gerenciais da empresa, prestando contribuições importantes ao progresso organizacional, possibilitando o equilíbrio diante das dificuldades existentes no ambiente operacional.
 	Com base nos estudos sobre a Controladoria, podemos dizer que ela será de muita utilidade para a empresa em estudos e poderá contribuir com os gestores em busca da eficácia gerencial contribuindo no acompanhamento do plano de negócio, controlando as operações, analisando os sistemas operacionais, buscando reduzir os custos, protegendo os ativos da empresa, verificando os objetivos traçados por ela e os que foram realizados, analisando as causas de desvios e sugerindo soluções rápidas e precisas, analisando a adequação e recursos tanto material como humano e também buscando a prevenção e o controle dos riscos.
AUDITORIA E PERÍCIA
 	A auditoria é um processo pelo qual uma empresa se submete para avaliar como está a utilização de seus recursos e como melhorá-los. É um instrumento do qual uma organização pública ou privada consegue, através de análises das demonstrações financeiras e patrimoniais, revisarem os procedimentos operacionais, avaliar os documentos como livros, registros e balanços e apresentar pareceres e/ou relatórios confiáveis sobre a situação da empresa, determinando possíveis ações e/ou novos procedimentos operacionais.
 	A auditoria fiscal é uma ferramenta que auxilia a administração da empresa, assegurando que os controles fiscais e rotinas de trabalho estejam sendo habilmente executadas e que os dados contábeis estejam de acordo com as normas fiscais e os princípios fundamentais de contabilidade, se faz necessária tanto no campo preventivo quanto corretivo. Exerce um papel fundamental na verificação de irregularidades e procura impedir a prática desses delitos com a criação de controles internos e não apenas identificá-los.
 	 	O auditor, se pautando sempre nas atualizações legais, deve analisar de forma crítica os procedimentos utilizados na empresa visando á prevenção contra possíveis contingências bem como corrigir eventuais erros cometidos no passado, aplicando conforme a necessidade, um planejamento tributário — fiscal com a finalidade de gerar economia financeira á empresa, erradicando possibilidades de atuações fiscais e melhorando a utilização dos recursos disponíveis.
 	 	Vê-se, portanto, a elevada importância da auditoria fiscal ás empresas, estas por sinal devem ser assessoradas por profissionais cada vez mais qualificados e aptos para acompanhar as atualizações tecnológicas e legais. Ela deve fazer parte do cotidiano da contabilidade, uma vez que somente com procedimentos corretos no dia a dia poderão levar a um resultado exato no final do exercício.
 	 	Os procedimentos de uma auditoria fiscal são um conjunto de investigações e técnicas que o auditor utiliza para realizar seu trabalho e formar uma opinião, para depois ao findar do trabalho, poder emitir um parecer sobre as demonstrações contábeis. Como técnicas utilizadas pelo profissional auditor para a realização de seu trabalho podemos citar: exame de registros, documentos e fichas, comprovação de saldos e valores com terceiros, conferência de cálculos, acompanhamento de contagem física de estoques, exame de registros auxiliares, observação das atividades.
 	No processo de auditoria fiscal, para a elaboração de um trabalho de excelência, faz-se necessário solicitar os documentos que darão suporte ao bom andamento do mesmo, devendo portanto solicitar os documentos conforme o caso; podemos citar: Notas fiscais de entrada de fornecedores), notas de entradas emitida pela empresa, notas fiscais de saída, livros fiscais, guias de recolhimento de tributos em geral.
Existe diferença entre a documentação de auditoria e arquivo de auditoria que de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade — NBCT 01, podem ser Papéis de Trabalho que devem ser elaborados em meio físico ou eletrônico e devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional.
Já se tratando da Documentação de auditoria, esta se caracteriza no registro tempestivo dos procedimentos das evidências e das conclusões da Auditoria, registrar documentos, permitir inspeções externas, contribuir para a supervisão dos trabalhos de Auditoria e controle de qualidade, permitir a responsabilidade.
 	Quanto aos Arquivos de Auditoria, estes são divididos em Arquivos Permanentes e Arquivo Corrente. O Arquivo Permanente possui informações úteis que poderão ser usadas durante alguns anos. Cada seção é de suma importância e necessárias para os Papéis de Trabalho. O Arquivo Corrente será completo se possuir as informações do arquivo permanente, pois nele contêm os trabalhos do ano corrente como os trabalhos de anos anteriores.
A Perícia Contábil pode ser designada da seguinte forma, conforme a NBC T 13 que diz: Constitui o conjunto de procedimentos técnicos e científicos, destinado a levar á instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar á justa solução da demanda, mediante laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil em conformidade com as normas jurídicas e profissionais e a legislação específica.
 	 	A perícia contábil é um instrumento indispensável na verificação de fraudes e erros contábeis. Realiza procedimentos importantes a fim de buscar esclarecimento de determinados fatos. É notório a sua importância no combate ás irregularidades, pois caso contrário, as empresas terão grandes problemas futuros. Os procedimentos de perícia contábil visam fundamentar as conclusões que serão levadas ao laudo pericial contábil ou parecer pericial contábil, e abrangem total ou parcialmente, segundo a natureza e a complexidade da matéria, exame, vistoria, indagação, investigação, arbitramento, mensuração, avaliação e certificação.
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CONCLUSÃO:
 	O presente estudo teve por objetivo apurar qual a forma mais benéfica de reduzir legalmente a carga tributária da empresa JCRW, que atua no ramo de transporte de passageiros municipal e interestadual, cujo objetivo principal é a prestação de serviços na cidade de Varzelândia no estado de Minas Gerais.
 	Diante do exposto no presente trabalho, podemos concluir que o planejamento tributário é uma ferramenta indispensável para as empresas que tem a pretensão de diminuir a carga tributária em consonância com os dispositivos legais, isto é, praticando a elisão fiscal. Podemos observar que o planejamento tributário, em conformidade com a legislação, é de suma importância para a saúde financeira da empresa, pois com esta ferramenta consegue-se analisar se a empresa está ou não na direção correta no que diz respeito ao pagamento de tributos, sem cometer nenhum tipo de evasão fiscal, possibilitando reduzir a carga tributária das empresas.
 	Portanto, com base na análise efetuada, e de posse de algumas informações disponibilizadas podemos afirmar que quando se opta pelo regime tributário correto, obedecendo sempre os princípios e as determinações da legislação tributária, a minimização e a influência desses resultados se dão de forma bastante significativa, e em muitos casos resulta na própria manutenção e permanência da empresa no mercado de trabalho. Independentemente do porte da empresa, este estudo se faz necessário e um Planejamento Tributário é essencial para se obter sucesso nos negócios além de proporcionar uma apuração de resultados mais precisa e confiável.Vimos que a Auditoria por ser responsável em manter a administração informada de todos os acontecimentos, está sempre alerta aos fatos ocorridos, comparando situações para prevenir o futuro, gerenciando os riscos, possibilitando aos administradores tomar as medidas corretivas cabíveis.
 	Quanto a Controladoria vimos que esta tem como missão a otimização dos resultados, com intenção de criar os controles internos que auxiliem a empresa em sua ascensão. Procuramos abordar a respeito da importância da Auditoria e da Controladoria como forma de contribuir para o progresso organizacional, e de auxiliá-las para obtenção do equilíbrio da organização diante das dificuldades existentes em um ambiente empresarial, visando melhores resultados e o desenvolvimento da mesma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
______ Contabilidade Tributária. 9. ed. São Paulo:Atlas, 2005.
<http:/Iwww.portallributario.com.brlfributos[icms.html> Acesso em: 08jan. 2014.
<http:/Iwww.receita.fazienda.gov.br/Legislacaolleis1200211ei10637.htm> Acesso em: 06jan. 2014.
ARAÚJO, P. G. L. e LUCA, M. Controladoria e Gerenciamento do Risco Operacional:
CATELLI, Armando. Controladoria: Uma Abordagem da Gestão Econômica GECON. São Paulo: Atlas, 2 edição, 2001.
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
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PINTO, João Roberto Domingues. Imposto de renda, Contribuições administrada
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Prestação De Serviços. Disponível em:
Um Estudo Nas Grandes Empresas do Estado do Ceará. [S.I.]. Disponível em:Acesso em: 27.mar.201 2.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
HÉLIO PEREIRA DIAS
MARGARETE FERREIRA DIAS
MATEUS ANTUNES PEREIRa
áreas de atuação da contabilidade
Januária – MG
2017
HÉLIO PEREIRA DIAS
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MATEUS ANTUNES PEREIRa
ÁREAS DE ATUÇÃO DA CONTABILIDADE
Trabalho de Ciências Contábeis – Áreas de atuação da contabilidade - apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Perícia e auditoria; Direito tributário; Contabilidade e planejamento; Controladorias e tópicos especiais em contabilidade I.
Professores Orientadores. Valdeci da silva Araujo; Isis C. Massi Vicente; André Juliano Machado; Antonio Ricardo Caetano; Carla Patrícia Rodrigues Ramos;
Januária - MG
2017

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