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CONTROLE DE MICROORGANISMOS

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CONTROLE DE MICRORGANISMOS
É importante lembrar…
DESINFECÇÃO: Processo que promove a inibição, morte ou remoção de vários microrganismos patogênicos sem eliminar todas as formas de vida (somente a destruição dos patógenos vegetativos e não dos esporos)
ESTERILIZAÇÃO: Processo capaz de eliminar todos os microrganismos patogênicos, inclusive os esporos.
É importante saber…
SEPSE: Termo grego = estragado/podre (indica contaminação)
*Asséptico = sem contaminação
*ANTI-SEPSIA: quando usado para um tecido vivo. 
*Anti-Sépticos: produto químico menos tóxico que desinfetantes
DEGERMAÇÃO: remoção mecânica dos microrganismos, em vez da morte, em uma área limitada. 
Ex. quando a pele é esfregada com álcool antes de receber uma agulha 
 
SUFIXO “CIDA” (germicida, fungicida, bactericida) = indica que causa a morte direta dos micróbios 
SUFIXO “STÁTICO/STASE” (bacteriostático): indica que inibição da multiplicação de microrganismos
Controle de microrganismos (M.O)
Métodos que colaboram para a higiene e segurança do ambiente de trabalho, equipamentos e materiais usados pelo profissional de estética
Esse controle é possível pela ação de agentes físicos e químicos, que possuem propriedades de matar o M.O ou impedir a sua reprodução
Alguns fatores que influenciam no processo:
Tipo de M.O
Tamanho da população 
Concentração do agente desinfetante
Tempo
Temperatura
Fatores que influenciam no controle de M.O
1. TIPO DE MICRORGANISMO
Presença de esporos: mais resistentes, seguido por micobactérias, vírus, fungos e bactérias
2. TAMANHO DA POPULAÇÃO 
Quanto > a população microbiana > o tempo de tratamento 
Bacilo da tuberculose - micobactéria
Bactérias 
Fatores que influenciam no controle de M.O
3. CONCENTRAÇÃO DO AGENTE
Quanto + concentrado o agente > a eficiência 
Exceção: álcool
4. TEMPO DE EXPOSIÇÃO 
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde) o tempo mínimo de exposição = 30 min
5. TEMPERATURA 
Temperaturas mais altas: mais eficiência no tratamento - 1º C aumenta 10 x a eficiência (potencializa o controle e em conjunto com o agente pode-se diminuir sua concentração) 
Métodos físicos de controle de M.O
1) Calor seco: associado a ausência de umidade
Oxida componentes essenciais ao M.O
Não é a melhor maneira de usar o calor (ar é menos condutor da temperatura que a água) 
Estufa
Flambagem
2) Calor úmido: combina umidade, tempo e temperatura
Fervura
Autoclave
Métodos menos eficazes
1) Flambagem (bico de Bunsen)
Material é levado direto no fogo. 
Pode não matar algumas bactérias devido ao baixo tempo de exposição
2) Fervura 
Mata as formas vegetativas de bactérias, quase todos os vírus e os fungos (tempo de no mínimo 10 min)
Não mata esporos
Considerada desinfecção
Métodos mais eficazes – Estufa
Também conhecida como Forno de Pasteur.
Pode ser usada para esterilizar materiais* como alicates, tesouras, espátulas, lixas metálicas, cortadores de unha, afastadores de cutícula, ponta de caneta diamantada, agulhas de eletrolifting, etc.
*desde que fabricados inteiramente em aço inoxidável 
Não danifica o material e não enferruja se este estiver limpo e seco.
É um método inadequado para tecidos e borrachas
Métodos mais eficazes – Estufa
Os materiais devem estar em caixas de alumínio com pequena quantidade de instrumentos ou embalados em papel alumínio
Não se deve interromper o processo em nenhuma situação 
OBS: Fornos elétricos ou equipamentos com lâmpada ultravioleta não esterilizam os materiais de metal
Procedimento: 
Colocar os instrumentos na estufa fria 
A temperatura adequada é atingida e só então conta-se o tempo (Não abrir a porta durante o processo)
Tempo/ temperatura: de 160ºC a 179ºC (2h) acima de 180ºC até 205ºC (1h)
Validade – 7 dias 
Métodos mais eficazes - Autoclaves
Esterilização mais confiável: temperatura acima da água fervente (através do vapor sob pressão)
O Material deve ser colocado dentro de um invólucro (protege, permite a passagem do vapor, serve de barreira mecânica)
Materiais que podem ser utilizados: instrumentos, toalhas, 
Temperatura: 121 – 134º C
Pressão: 1,5 – 2 atm
Tempo: 15- 30 minutos
Validade: 7 dias
Lotação: aproveitar somente 80% do espaço útil
Métodos Químicos de controle de M.O
Utilização de produtos químicos 
Usado para metal, plásticos, couro, fórmica e produtos que não suportam altas temperaturas
O instrumento pode ser imerso no produto
Pode-se borrifar o produto ou usar com um pano (esfregaço) 
Mais utilizados: desinfetantes
Tudo que não pode ser esterilizado deve ser desinfetado
Tudo que pode ser esterilizado , não deve ser apenas desinfetado
Desinfetantes
Produtos representados por substâncias químicas, capazes de destruir bactérias, fungos e vírus (porém não destroem esporos).
A desinfecção pode ser afetada pela limpeza prévia do material, período de exposição, concentração do produto, temperatura e ph
Características de um desinfetante ideal: 
Ter ação rápida
Não ser tóxico
Não ser corrosivo
Ter alta penetrabilidade
Ser econômico
Ter amplo espectro
Deve ser ativo na presença de matéria orgânica
Deve ser compatível com diversos tipos de materiais
Não deve ter efeito residual e não ser poluente.
Tipos de desinfetantes 
Alto nível: Fazem esterilização a frio, pois eliminam também esporos 
Ex. Glutaraldéído, Formaldeído
Nível médio: Mata bactérias e fungos. Não mata esporos e alguns vírus (mata Vírus HBV). 
Ex: Alcoól 70%, Compostos clorados, Iodóforos
Baixo nível: Matam bactérias. Podem ou não eliminar fungos. Não matam esporos, bacilo da tuberculose, virus HBV. O tempo de exposição deve ser maior ou igual a 10 minutos.
Ex. Detergentes
Principais desinfetantes
Formaldeído 
Bactericida, fungicida, virulicida, tuberculicida
Carcinogênico
Tem aplicação limitada
Os resíduos são tóxicos e podem danificar alguns instrumentos
Forma líquida e sólida (formalina)
A formalina sólida é vaporizada através do calor na presença de umidade. Embora seja uma opção econômica foi pouco estudada. 
Tem limitações na mensuração de parâmetros aceitáveis da liberação dos vapores em determinadas dimensões de materiais. 
É vendido comercialmente em solução aquosa de concentração de 37-39% (formol), contendo ainda 10-15% de metanol
Principais desinfetantes
Glutaraldeído
Usado em materiais termosensívies
Tempo de exposição varia de minutos a horas (10 hs para esporos)
Concentração – 2%
Muito efetivo
Nomes comerciais: Cidex, Glutacide
É tóxico: usar EPI para manipular
Principais desinfetantes
Álcool Etílico 
Usado na concentração entre 60 – 90% - abaixo de 50% a atividade diminui bastante
Mais utilizado é concentração de 70% (Álcool 70%) 
Bactericida de ação rápida, virulicida, econômico, pouco irritante
Não mata esporos, danifica borracha e plástico, opacifica acrílico
Usado em superfícies externas dos materiais
Evapora rapidamente – ação limitada pelo tempo.
Principais desinfetantes
Hipoclorito de Sódio 
É o mais utilizado, tem ação rápida, baixo custo 
Possui ação de largo espectro
É econômico
Não esteriliza
Altera a cor 
Prejudicial ao ambiente (tem ação residual e é corrosivo)
Quanto maior a concentração e o tempo, maior o espectro de ação.
Principais desinfetantes
Iodóforos
Agente antisséptico (mas também pode usar em materiais)
Requer tempo de contato prolongado.
Mancha alguns materiais
Ex: PVPI (Iodopovidona)
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Principais desinfetantes
Clorexidina
É um anti-séptico químico, com ação antifúngica, bactericida e bacteriostática , capaz de eliminar tanto bactérias gram-positivas quanto gram-negativas.
Tem ação imediata, porém tem efeito residual
Usada como degermante para mãos.
Importante
Antes de qualquer tipo de esterilização ou desinfecção deve-se proceder a limpeza do material para remover óleos, gorduras, sangue, secreções, reduzindo a carga bacteriana.
Água, escova, sabão.
Ordem de resistência dos microrganismos
aos desinfetantes: 
Esporos de bactérias (Clostridium e Bacillus)
Micobactérias 
Vírus
Fungos
Bactérias 
+ resistente
- resistente
Novidade à vista…
A utilização do ozônio (O3) como esterilizante vem sendo preconizado pelo seu alto poder de oxidação e desta forma poderia agir como agente de esterilização, inativando micro-organismos nas mais variadas superfícies.
O ozônio um método promissor, porém ainda em fase inicial de investigação. Mais estudos experimentais ainda são necessários, de maneira a subsidiar evidências mais amplas sobre suas possibilidades e limitações.
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