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Sistemas de Atenção à Saúde; Níveis de Atenção à Saúde; Níveis de Prevenção. Universidade Nove de Julho - UNINOVE Disciplina de Saúde Coletiva I Curso Bacharel em Farmácia Profo. Jefferson Garcia Sistemas de Atenção à Saúde Conjunto de instituições (públicas e/ou privadas) que coordenam, regulam, produz ou controlam a produção de bens e serviços relacionados com a promoção da saúde, prevenção de riscos e danos, assistência e reabilitação. Componentes de um Sistema de Atenção à Saúde: Infra-estrutura (recursos físicos, humanos e materiais); Financiamento (fontes, volume, formas de distribuição); Gestão (leis e normas, processo político- gerencial); Organização de serviços; Prestação de serviços – “modelos assistenciais”. Sistema Único de Saúde SUS Sistema Supletivo Modalidades: planos de saúde; seguro-saúde; cooperativa médica; auto-gestão e planos de administração Rede Própria Federal Estadual Municipal Rede Própria Plano de Saúde Cooperativa Médica Auto-gestão Rede Contratada Segmento Lucrativo Segmento Não Lucrativo Rede Credenciada ou Contratada Plano de Saúde Cooperativa Médica Auto-gestão Planos de Administração Intermediação Seguro-Saúde Tipo de Equipamentos Centros de Saúde/Postos de Saúde Ambulatórios Hospitais Serviços de Diagnósticos e Terapêutica Consultórios Médicos Ambulatórios Hospitais Serviços de Diagnósticos e Terapêutica Sistemas de Saúde no Brasil Organização de um Sistema de Saúde (pirâmide) O sistema de saúde da Inglaterra foi o primeiro a usar este sistema, ele orienta de forma racional como deve ser o atendimento à população. Organização de um Sistema de Saúde (pirâmide) Terciário Secundário PrimárioBÁSICO ESPECIALIZADO Esferas de AtendimentoEsferas de Atendimento Locais de AtendimentoLocais de Atendimento Hospitais Especializados Hospitais de Distrito Ambulatórios especializados Centros de Saúde Domicílios Níveis de Atenção à Saúde Níveis de Atenção (Assistência) à Saúde Atenção Básica / Primária à Saúde (APS); Atenção Secundária à Saúde (ASS); Atenção Terciária à Saúde (ATS). Atenção (Assistência) Básica à Saúde Nível de atenção à saúde representado pelos serviços de caráter ambulatorial (consultórios, clínicas, UBS, pronto atendimento, etc.) constituindo a porta de entrada do indivíduo no sistema de Saúde, nível simples de complexidade tecnológica, pediatria, clínica médica e ginecologia. Atenção Primária à Saúde (APS) nas Redes de Atenção à Saúde Atributos Funções Primeiro contato Resolutividade Longitudinalmente Comunicação Integralidade Responsabilização Coordenação Orientação Familiar Orientação comunitária Principais características da APS Constituir a porta de entrada do serviço — espera-se que a APS seja mais acessível à população, em todos os sentidos, e que com isso seja o primeiro recurso a ser buscado. Continuidade do cuidado — a pessoa atendida mantém seu vínculo com o serviço ao longo do tempo, de forma que quando uma nova demanda surge, esta seja atendida de forma mais eficiente; essa característica também é chamada de longitudinalidade. Principais características da APS Integralidade — o nível primário é responsável por todos os problemas de saúde; ainda que parte deles seja encaminhado às equipes de nível secundário ou terciário, o serviço de Atenção Primária continua co- responsável. Além do vínculo com outros serviços de saúde, os serviços do nível primário podem lançar mão de visitas domiciliares, reuniões com a comunidade e ações intersetoriais. Coordenação do cuidado — mesmo quando parte substancial do cuidado à saúde de uma pessoa for realizado em outros níveis de atendimento, o nível primário tem a incumbência de organizar esses cuidados, já que frequentemente são realizados por profissionais de áreas diferentes, e que portanto têm pouco diálogo entre si. Aspectos Gerais da APS Vários estudos observaram que a orientação dos sistemas nacionais de saúde pelos princípios da atenção primária está associada a melhores resultados. Em 2005, a Organização Pan-Americana de Saúde (com a participação de ministros de todos os países membros), reafirmou que basear os sistemas de saúde na APS é a melhor abordagem para produzir melhoras sustentáveis e equitativas na saúde das populações das Américas. Atenção Secundária à Saúde Nível de atenção à saúde, composto de especialidades médicas, serviços de apoio diagnóstico, nível médio de complexidade tecnológica.(ambulatórios de especialidades, hospitais de pequeno porte). Atenção Terciária à Saúde Nível de atenção à saúde constituído por hospitais altamente especializados, servindo de referência para os demais serviços. Níveis de Prevenção Prevenção primária: 1º nível Promoção à saúde; 2º nível Proteção específica. Prevenção secundária: 3º nível Diagnóstico e tratamento precoce; 4º nível Limitação da incapacidade. Prevenção terciária: 5º nível Reabilitação. Prevenção Primária: 1º Nível - Promoção à Saúde Ações desenvolvidas (através da capacitação da comunidade) para manter a vida e a saúde com qualidade e assim contribuir para a realização do potencial de saúde do indivíduo e da comunidade, o enfoque das questões de saúde deve ser político e técnico. Educação geral, educação em saúde, habitação, vestuário, nutrição, recreação Desenvolvimento econômico, social e ambiental. Prevenção Primária: 2º Nível – Proteção Específica Encontram-se agrupadas as medidas ou ações especialmente destinadas ao período que antecede a ocorrência da doença. Imunização, saúde ocupacional, aconselhamento genético, regime alimentar, uso de preservativo, controle de vetores. Prevenção Secundária: 3º Nível – Diagnóstico e tratamento precoces Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de doenças já existentes e, em conseqüência, suas complicações. Os exames periódicos e o auto-exame de mama, entre outros, são procedimentos de reconhecida eficácia para o diagnóstico precoce, que permite o início imediato do tratamento e evita, muitas vezes, o agravamento da enfermidade. Inquérito para descoberta de casos na comunidade, exames periódicos individuais para detecção precoce dos casos, tratamento para evitar a progressão da doença. Prevenção Secundária: 4º Nível – Limitação da incapacidade Tratamento para evitar futuras complicações (evitar morte ou sequelas). Prevenção Terciária: 5º Nível – Reabilitação Ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou o controle da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida. Fisioterapia, terapia ocupacional, colocação de prótese,educação visando ao máximo aproveitamento da capacidade remanescente, educação ao público e dos empregados para utilização dos reabilitados. Bibliografia ANDRADE, S. M.; SOARES, D. A.; JUNIOR, L. C. (org.). Bases da saúde coletiva. Londrina: UEL, 2001. CAMPOS, G. W. S.; MINAYO, M. C. S.; AKERMAN, M.; JÚNIOR, M. D.; CARVALHO, Y. M. (org.). Tratado de saúde coletiva. São Paulo: Hucitec; Rio de Janeiro: Fiocruz, 2006. FIGUEIREDO, N. M. A. (org.). Ensinando a cuidar em saúde pública. São Caetano do Sul: YENDIS, 2005. KAWAMOTO, E. E.; SANTOS, M. C. H.; MATTOS, T. M. Enfermagem comunitária. São Paulo: EPU, 1995. NATAL, D. História natural da doença e níveis de prevenção. Aula n. 6. FSP / USP. WALTER, R.; KOCH, R. M.; BARRA, C. R. R. Saúde Coletiva. 2 ed. Curitiba: Século XXI, 2005.
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