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Síndrome do impacto suhacromial (SIS). A SIS, como entidade patológica, é descrita em detalhes na seção "Estratégias de intervenção"; contudo, ela é mencionada aqui porque o seu desenvolvimento está estreitamente relacionado à disfunção biomecânica do complexo do ombro. Na presença de um manguito rotador normal, com pivôs escapulares normais e sem contraturas capsulares, a cabeça umeral sofre translação superior menor do que 3 mm durante as amplitudes médias de elevação ativa, enquanto nas amplitudes finais ocorrem translações ântero-posteriores e súperoinferiores de 4 a 1 O mm, todas acopladas a movimentos específicos de rotação interna ou externa.17·118·128·176-181 Aumentos na translação superior com elevação ativa podem resultar em aprisionamento do arco coracoacromial,33,l76 o que produz compressão das estruturas supraumerais contra a região ântero-inferior do acrômio e do ligamento coracoacromial. A compressão repetitiva dessas estruturas, junto com outros fatores predisponentes, resulta na síndrome mencionada. A SIS foi primeiro reconhecida por Jarjavay182 em 1867 e o termo síndrome do impacto foi popularizado por Neer33 na década de 1970. Fatores intrínsecos e extrínsecos foram implicados como etiologias do processo de impacto e vários tipos foram descritos. Dois deles incluem o impacto intrínseco (de saída/interno) e o impacto extrínseco (de não saída/ externo) (Fig. 14-31). Impacto intrínseco (de salda/interno). Esse tipo de impacto ocorre como resultado do contato anormal entre a superfície inferior do manguito rotador e a borda glenoidal póstero-superior (Fig. 14-32). A etiologia do impacto na glenoide póstero- superior tem sido objeto de muitos debates. Neer33 propôs que o espaço subacromial apertado ou comprimido (p. ex., no qual o espaço é comprometido por um osteófito acromial an- CAPÍTULO 14 • O COMPLEXO DO OMBRO 501 terior) pode causar abrasão mecânica do manguito rotador contra o acrômio com abdução acima de 80 a 90° sem rotação externa concomitante. Outros atribuíram o impacto interno à microinstabilidade anterior e à rigidez da cápsula de modo • posterior. Qualquer que seja a causa subjacente, a abrasão das estruturas de tecido mole localizadas entre a cabeça do úmero e o teto do ombro durante a elevação do braço produz irritação, inflamação e ruptura dos músculos do manguito rotador, irritação da cabeça longa do bíceps e bursite subacromial.183-185 Esse tipo de impacto é conhecido como impacto intrínseco ou de saída, porque ocorre na saída do supraespinal formada pelo processo coracoide, pelo acrômio anterior, pela articulação AC e pelo ligamento coracoacromial (Fig. 14-6). Ele manifesta-se clinicamente como um "arco doloroso", que descreve uma região de dor com um determinado movimento, tendo áreas livres de dor em cada uma de suas extremidades. 186 Por exemplo, durante a abdução, o paciente sente um princípio de dor em 80°, que depois desaparece em 100°. A causa geral de um arco doloroso é o impacto de uma estrutura subacromial sensível durante o movimento, embora corpos livres e instabilidades também possam causar esse efeito. Ainda que Neer e Poppen 187 tenham relatado que entre 90 e 95% das rupturas do manguito rotador resultem do impacto subacromial de saída, nos últimos anos a degeneração relacionada à idade ou envelhecimento e sobrecarga de tensão têm recebido maior atenção (ver adiante).184,185,188-192 Impacto extrínseco (não salda/externo). O impacto extrínseco, no qual o espaço subacromial parece ser normal, ocorre em pa- • • • • • • • cientes mais Jovens que executam movimentos repetitivos acima da cabeça. O mecanismo dessa condição parece ser o impacto do manguito rotador contra o lábio glenoidal póstero-superior e a cabeça do úmero durante a elevação umeral e a rotação interna forçadas (Fig. 14-33). Isso resulta, por fim, em rupturas súperoposteriores no lábio glenoidal e lesões na cabeça do úmero posterior (lesão de Bankart) (Fig. 14-34). Impacto primário e secumúirio. Jobe e colaboradores193 e Jobe e Pink75 propuseram dois outros tipos de impacto, relacionados com os distúrbios crônicos do manguito rotador, com quatro subclassificações (Tab. 14-11): ..... O impacto primário refere-se ao processo degenerativo intrínseco das estruturas que ocupam o espaço subacromial e ocorre quando a região superior do manguito é comprimida e danificada pelos tecidos ósseos e moles circundantes, devido à redução do espaço subacromial.194 Os pacientes com impacto primário tipicamente têm mais de 40 anos e apresentam- se com abdução horiwntal limitada (quando comparado com o lado não envolvido) e rotação interna limitada (< 50°). O quadro clínico geral é de hipomobilidade oposto à hipermobilidade.153 ..... O impacto secundário decorre da instabilidade GU e/ou da sobrecarga de tensão do manguito rotador, resultando em controle deficiente da cabeça do úmero durante as atividades com movimentos acima da cabeça.75,l93,l95 Esse tipo de impacto é uma condição encontrada em indivíduos mais velhos e também em mais jovens com níveis variados de atividade, embora os pacientes nesse grupo tenham, em geral, menos de 35 anos e apresentem instabilidade traumática anterior, defeito posterior da cabeça do úmero e dano no lábio glenoidal posterior. Esses indivíduos apresentam-se com rotação interna limitada, rotação externa excessiva e migração da cabeça do úmero em direção ântero-superior.153 Assim, a fisiopatologia da SIS e das disfunções do manguito rotador pode envolver fatores intrínsecos e extrínsecos, os quais incluem:32,34, l 96-198 1. O formato do acrômio. A morfologia do acrômio é um importante fator diagnóstico de impacto no manguito rotador. O efeito mecânico desse osso é considerado como a teoria extrínseca para o impacto. Bigliani e colaboradores199 descreveram três formas acromiais (Fig. 14-35). Estudos em cadáveres confmnaram a incidência de 70% das rupturas do manguito em pacientes com forma acromial do tipo III e incidência de apenas 3% em pacientes com acrômio do Tipo I.1 99,200 2. A quantidade de vascularização para o manguito. A circulação do manguito rotador é unidirecional, com o fluxo Testes espedais do complexo do ombro Os testes especiais para o ombro são divididos em categorias de diagnóstico. A seleção para seu uso depende da experiência do fisioterapeuta e está apoiada na história completa do paciente e nos achados do exame físico. É importante lembrar que raramente ele é um teste diagnóstico sensível e específico o suficiente para ser usado como o único determinante e que o teste múltiplo pode oferecer mais confiança diagnóstica. Testes de impacto suhacromial e da integridade do manguito rotador. Os seguintes testes foram descritos na literatura para avaliar a integridade do manguito rotador e a presença de impacto subacromial (Tabs. 14-28 e 14-29). Testes de impacto subacromial. Em geral, os pacientes com SIS sentem dor quando uma força compressiva é aplicada sobre o tubérculo maior e a região do manguito rotador.318 Ela também pode ser produzida com abdução do ombro em rotação interna ou externa.318 Essas manobras constituem a base dos testes de Hawkins-Kenndey e de Neer.319 Teste do impacto de Neer. Enquanto a rotação escapular é impedida por uma das mãos do fisioterapeuta, o braço do paciente é passivamente forçado na elevação em um ângulo entre flexão e abdução pela outra. Uma forte pressão é aplicada com a articulação GU na posição neutra, em rotação interna e em rotação externa (Fig. 14-64). Poste Cohen320 descobriram que o teste de Neer tem sensibilidade de 93% na confirmação do impacto subacromial. Teste do impacto de Hawkins-Kennedy.321 O braço do paciente é passivamente flexionado até 90° no plano da escápula. O cotovelo é estabilizado e o braço é forçado em rotação interna (Fig. 14Teste de Yocum. Esse teste é executado fazendo o paciente levantar o cotovelo na altura do ombro enquanto repousa a mão sobre o ombro oposto (Fig. 14-66). Um estudo297 comparando os testes de Neer, Hawkins-Kennedy e Yocum revelou que todos os três demonstram alta sensibilidade para diagnosticar o impacto subacromial. Teste de Patte. 328,329 Também conhecido como "sinal do trompetistà' (Fig. 14-67), é executado com o paciente sentado ou de pé. Seu braço é apoiado em 90° de abdução no plano escapular, com o cotovelo flexionado em 90°, então, ele roda o antebraço externamente contra a resistência da mão do fisioterapeuta. Se ele for incapaz d. e rodar externamente o ombro nessa posição, o sinal do , trompetista esta presente.Estratégias de intervenção Com as possíveis exceções da luxação traumática aguda do ombro e a incapacidade traumática aguda da elevação do braço (ruptura maciça do manguito rotador), um período inicial de no mínimo seis semanas de intervenção conservadora baseada na prática do fisioterapeuta é indicado para as lesões no ombro. Uma série de princípios pode ser usada para orientar o fisioterapeuta na reabilitação conservadora do ombro:380 ..... Reabilitar o ombro de acordo com o estágio de cicatrização e o grau de irritabilidade. O grau de irritabilidade de cada condição pode, muitas vezes, indicar o estágio de cicatrização ao .fisioterapeuta. Tal grau pode ser determinado indagando-se sobre o vigor, a duração e a intensidade da dor. Uma irritabilidade maior está associada com condições agudamente inflamadas. O sinal característico para inflamações agudas do ombro é dor em repouso, que é difusa em sua distribuição e muitas vezes irradiada do local da condição primária. 333 A dor acima do cotovelo indica menos gravidade do que a abaixo dele. As condições crônicas geralmente têm irritabilidade baixa, mas têm perdas associadas de ADMA e ADMP. O grau de movimento e a velocidade do avanço no tratamento são orientados pelos sinais e sintomas. ..... Reabilitar o ombro em planos escapulares em vez de planos retos de flexão, extensão e abdução. Os exercícios realizados no plano escapular, em vez de no plano reto, são mais funcionais. ..... Alavancas curtas de braço devem ser, inicialmente, usadas com exercícios, diminuindo, desse modo, o torque no ombro. Isso pode ser atingido flexionando-se o cotovelo ou exercitandose com o braço mais próximo ao corpo. ..... Obter uma plataforma escapular estável o mais cedo possível. ..... Atingir a posição com atrito articular o mais rápido possível. Por definição, a posição com atrito articular do ombro é aquela posição que abastece a articulação com a máxima quantidade possível de estabilidade passiva por meio das estruturas inertes. Todos os exercícios de ADM para o ombro começam nos estágios iniciais de flexão com o objetivo de atingir a elevação total. Dada a proteção proporcionada pela articulação pelo sistema de limitação passiva dos tecidos inertes, talvez deva-se pensar sobre a possibilidade de fornecer exercícios de ADM iniciados nas amplitudes fmais de elevação. A exceção a isso é representada pelo paciente cuja condição exclui tais exercícios, isto é, após cirurgias no ombro, capsulite adesiva ou instabilidade. ..... Reproduzir forças e índices de carga que suprirão as demandas funcionais do paciente à medida que a reabilitação avança. As técnicas manuais para aumentar a mobilidade articular e as técnicas para aumentar a extensibilidade do tecido mole são descritas na seção "Técnicas terapêuticas". Fase aguda Os objetivos da fase aguda incluem: ..... Proteção do local lesionado. ..... Restauração da ADM livre de dor em toda a cadeia cinética. ..... Melhorar o conforto do paciente diminuindo a dor e a inflamação. ..... Retardo da atrofia muscular. ..... Minimizar os efeitos nocivos da imobilização e da restrição da atividade. 223,280,381-384 ..... Manter o condicionamento cardiovascular geral. ..... Independência com o programa de exercícios domiciliar. Durante os estágios iniciais da fase aguda, os princípios de PRICEMEM* (proteção, repouso, gelo, compressão, elevação, terapia manual, movimento precoce e medicação) são aplicados quando apropriado. A aplicação de gelo durante 20 a 30 minutos 3 ou 4 vezes por dia, com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) ou aspirina, ajuda na redução da dor ou do edema. Os exercícios ativos assistidos e passivos iniciais são executados em todos os planos de movimento do ombro para nutrir a cartilagem articular e ajudar na síntese e na organização do tecido de colágeno. 385-389 Esses exercícios são iniciados em arcos livres de dor, abaixo de 90° de abdução. Os exercícios de ADM recomendados para a fase aguda incluem os seguintes: ..... Exercícios de Codman ou outros de pêndulo (Fig. 14-82) -vídeo. Os exercícios do pêndulo de Codman são comumente prescritos após lesões e cirurgias do ombro para prover distração de grau I e II e oscilação, resultando em diminuição da dor, aumento do fluxo de nutrientes dentro do espaço articular e mobilização articular inicial.390 Um estudo feito por Ellsworth e colaboradores, 390 que mediu a atividade EMG dos músculos do ombro durante os exercícios de pêndulo, descobriu que este não tinha efeito significativo sobre a atividade EMG do ombro. Em geral, a atividade muscular do supraespinal/trapézio superior era significativamente mais alta do que a do deltoide e do infraespinal - em especial em pacientes com ombros patológicos. Muitos protocolos para ombro sugerem que pode ser adicionado um peso aos exercícios de pêndulo à medida que a reabilitação avança. No mesmo estudo feito por Ellsworth e colaboradores,390 foi descoberto que a execução do exercício do pêndulo com mais peso não resultou em aumento significativo na atividade EMG do ombro para os músculos deltoide e infraespinal em indivíduos com ou sem patologia do ombro. Contudo, pacientes com patologia nessa região tinham maior dificuldade em relaxar os grupos musculares do supraespinal/trapézio superior do que os indivíduos saudáveis.390 Outros exercícios de ADMP podem também ser introduzidos. Esses incluem flexão passiva do ombro -vídeo, abdução -vídeo, rotação externa -vídeo e interna, flexão e extensão do ombro -vídeo. ..... Exercícios de ADMA assistida. Esses podem incluir exercícios com um bastão ou bengala nos planos funcionais, incor- * N. de R. T.: PRICEMEM: sigla que, em inglês, corresponde a protectíon, rest, ice, compression, elevation, manual therapy, early motion e medícation. CAPÍTULO 14 • O COMPLEXO DO OMBRO 547 porando combinações de flexão anterior -vídeo, extensão, abdução, rotação interna e rotação externa (Fig. 14-83). Exercícios com polias no vão da porta são executados mais tarde na fase aguda, quando tolerados. Deve-se tomar cuidado ao prescrever exercícios com polias na presença de impacto ou capsulite adesiva, uma vez que o exercício pode reforçar o movimento escapuloumeral pobre. ..... Exercícios ativos. Estes podem ser executados em pé, sentado ou deitado (Figs. 14-84 e 14-85) . Os exercícios de fortalecimento para o ombro são introduzidos quando tolerado, usando-se exercícios isométricos, com o braço posicionado abaixo de 90° de abdução e 90° de flexão. Exercícios de resistência progressiva (ERP) de flexão e extensão do cotovelo são introduzidos quando forem apropriados -vídeo. Exercícios de reabilitação escapular específicos são, em geral, iniciados com os exercícios isométricos, o mesmo ocorrendo com os exercícios de ajuste escapular -vídeo. Os padrões de retração e protração escapular iniciam em planos simples e avançam para elevação e depressão de toda a escápula. É importante lembrar que para melhorar o alcance posterior, o paciente deve, em primeiro lugar, aprender os procedimentos corretos de retração. Jobe e Pink75 acreditam que a ordem de fortalecimento no processo de reabilitação é importante. Eles defendem o fortalecimento dos protetores GU (músculos do manguito rotador) e dos pivôs escapulares (levantador da escápula, serrátil anterior, trapézio médio e romboides -vídeo) inicialmente por causa de sua importância para fornecer estabilidade. Os exercícios para os "posicionadores" (deltoide) e "propulsores" umerais (Iatíssimo do dorso e peitoral maior) são introduzidos na seção "Fase funcional". Os exercícios para os protetores GU incluem os exercícios com bastão, avançando para ADMA nas amplitudes livres de dor nos planos funcionais. Além disso, a integração dos exercícios de retração e elevação escapular com os movimentos GU ajuda a estimular uma cocontração dos protetores GU e permite que um padrão fisiológico mais normal desenvolva-se novamente. Os exercícios para o pivô escapular devem ser executados cedo no processo de reabilitação. Estes incluem a compressão escapular, que é uma atividade isométrica que envolve a retração da escápula em direção à linha média (Fig. 14-86) o exercício YTWL** -vídeo, e a elevação escapular (Fig. 14-87).126·128 Outros exercícios resistidos para a escápula podem ser introduzidos nesse estágio para promover a estabilidade proximal. Exemplos incluem apoio na parede e apoio isométrico em uma cadeira. Assim que o braço possa ser erguido com segurança e mantido na posição de 90° de abdução estando de pé ou sentado, o paciente é posicionado em supino e o braço é ativamente elevado o mais alto que a amplitude livre de dor permitir (de 90 a 150°, dependendo da tolerância), primeiro sem resistência e, após, com resistência -vídeo. A partir dessa posição, ele executa o exercício do "soco" com protração da escápula (ativação do serrátil). Se aplicável, avança para o apoio total -vídeo. No final de cada apoio, quando o braço fica completamente reto, um extra é aplicado. Esse movimento extra (protração escapular) será chamado de apoio "plus" (Fig. 14-88). O exercício fortalece o peitoral menor e o serrátil anterior inferior e médio.12,99 paciente e dos objetivos do processo de reabilitação. Cadeias cinéticas mais longas estão associadas com pacientes mais ativos e incluem toda a cadeia cinética inferior e o tronco, além da extremidade superior (ver seção "Biomecânica''). A preparação da cadeia cinética permite a sequência normal da velocidade e da força quando o paciente retorna a suas atividades normais ou recreativas. 126,l28 De acordo com Kibler, 128 a progressão para a fase funcional do processo de reabilitação requer que os seguintes critérios sejam satisfeitos: ..... A progressão da cicatrização do tecido (cicatrizado ou suficientemente estabiliza.do para o movimento ativo e a carga no tecido) . ..... ADM livre de dor de no mínimo 120° de elevação . ..... Força muscular manual em áreas não patológicas 4+/5 . ..... Controle escapular, com assimetria escapular do lado dominante/ não dominante menor do que 1,5 cm com o teste de deslizamento lateral. Fase fundonal A fase funcional aborda quaisquer problemas de sobrecarga no tecido e deficiências biomecânicas funcionais. Seus objetivos incluem: ..... Atingir o movimento de amplitude total livre de dor. ..... Restaurar a cinemática articular normal. ..... Melhorar a força muscular para que atinja os limites normais. ..... Melhorar o controle neuromuscular. ..... Restaurar as forças musculares acopladas. Durante a fase funcional, os exercícios de cadeia fechada introduzidos na fase inicial do processo de reabilitação avançam, incluindo: ..... Apoios modificados (Fig. 14-98) e apoios regulares, quando tolerados. ..... Segurar e arremessar uma medicine bali (Figs. 14-99 e 14- 100) -vídeo. Os exercícios de isolamento escapular são introduzidos. O paciente é posicionado em decúbito lateral com a mão envolvida sobre a mesa de exame para criar uma cadeia cinética fechada. Enquanto o fisioterapeuta aplica a pressão para a escápula em direções aleatórias, o paciente a move isotonicamente em direção à resistência (Fig. 14-1 O 1). Os exercícios dinâmicos de deslocamento de peso são introduzidos durante essa fase. Com o paciente sustentando o peso na posição de quatro apoios, enquanto mantém suas mãos estacionárias na mesma posição, balança o corpo para a frente e para trás e de lado a lado (Fig. 14-102). Um exercício similar pode ser executado em uma superfície não muito firme, usando um equipamento do tipo BOSU trainer -vídeo. De maneira alternativa, o paciente pode deslizar suas mãos, ou uma das mãos, para a frente, para trás e lateralmente enquanto mantém o tronco imóvel. Pode ser adicionada resistência usando uma prancha Fitter (Fig. 14-103). Exercícios de cadeia aberta projetados para fortalecer anteriormente os músculos do manguito rotador são enfatizados. Esses exercícios incluem: CAPÍTULO 14 • O COMPLEXO DO OMBRO 555 FIGURA 14-98 Apoio modificado. ..... Exercícios de FNP com bolas pesadas -vídeo e elásticos (Fig. 14-104). ..... Exercícios de FNP com o bodyblade (Fig. 14-105). Os exercícios de cadeia cinética aberta incluem também rotação externa -vídeo (Fig. 14-106) e interna -vídeo FIGURA 14-99 Segurar e arremessar uma medidne ball envolve toda a cadeia cinética.paciente e dos objetivos do processo de reabilitação. Cadeias cinéticas mais longas estão associadas com pacientes mais ativos e incluem toda a cadeia cinética inferior e o tronco, além da extremidade superior (ver seção "Biomecânica''). A preparação da cadeia cinética permite a sequência normal da velocidade e da força quando o paciente retorna a suas atividades normais ou recreativas. 126,l28 De acordo com Kibler, 128 a progressão para a fase funcional do processo de reabilitação requer que os seguintes critérios sejam satisfeitos: ..... A progressão da cicatrização do tecido (cicatrizado ou suficientemente estabiliza.do para o movimento ativo e a carga no tecido) . ..... ADM livre de dor de no mínimo 120° de elevação . ..... Força muscular manual em áreas não patológicas 4+/5 . ..... Controle escapular, com assimetria escapular do lado dominante/ não dominante menor do que 1,5 cm com o teste de deslizamento lateral. Fase fundonal A fase funcional aborda quaisquer problemas de sobrecarga no tecido e deficiências biomecânicas funcionais. Seus objetivos incluem: ..... Atingir o movimento de amplitude total livre de dor. ..... Restaurar a cinemática articular normal. ..... Melhorar a força muscular para que atinja os limites normais. ..... Melhorar o controle neuromuscular. ..... Restaurar as forças musculares acopladas. Durante a fase funcional, os exercícios de cadeia fechada introduzidos na fase inicial do processo de reabilitação avançam, incluindo: ..... Apoios modificados (Fig. 14-98) e apoios regulares, quando tolerados. ..... Segurar e arremessar uma medicine bali (Figs. 14-99 e 14- 100) -vídeo. Os exercícios de isolamento escapular são introduzidos. O paciente é posicionado em decúbito lateral com a mão envolvida sobre a mesa de exame para criar uma cadeia cinética fechada. Enquanto o fisioterapeuta aplica a pressão para a escápula em direções aleatórias, o paciente a move isotonicamente em direção à resistência (Fig. 14-1 O 1). Os exercícios dinâmicos de deslocamento de peso são introduzidos durante essa fase. Com o paciente sustentando o peso na posição de quatro apoios, enquanto mantém suas mãos estacionárias na mesma posição, balança o corpo para a frente e para trás e de lado a lado (Fig. 14-102). Um exercício similar pode ser executado em uma superfície não muito firme, usando um equipamento do tipo BOSU trainer -vídeo. De maneira alternativa, o paciente pode deslizar suas mãos, ou uma das mãos, para a frente, para trás e lateralmente enquanto mantém o tronco imóvel. Pode ser adicionada resistência usando uma prancha Fitter (Fig. 14-103). Exercícios de cadeia aberta projetados para fortalecer anteriormente os músculos do manguito rotador são enfatizados. Esses exercícios incluem: CAPÍTULO 14 • O COMPLEXO DO OMBRO 555 FIGURA 14-98 Apoio modificado. ..... Exercícios de FNP com bolas pesadas -vídeo e elásticos (Fig. 14-104). ..... Exercícios de FNP com o bodyblade (Fig. 14-105). Os exercícios de cadeia cinética aberta incluem também rotação externa -vídeo (Fig. 14-106) e interna -vídeo FIGURA 14-99 Segurar e arremessar uma medidne ball envolve toda a cadeia cinética.paciente e dos objetivos do processo de reabilitação. Cadeias cinéticas mais longas estão associadas com pacientes mais ativos e incluem toda a cadeia cinética inferior e o tronco, além da extremidade superior (ver seção "Biomecânica''). A preparação da cadeia cinética permite a sequência normal da velocidade e da força quando o paciente retorna a suas atividades normais ou recreativas. 126,l28 De acordo com Kibler, 128 a progressão para a fase funcional do processo de reabilitação requer que os seguintes critérios sejam satisfeitos: ..... A progressão da cicatrização do tecido (cicatrizado ou suficientemente estabiliza.do para o movimento ativo e a carga no tecido) . ..... ADM livre de dor de no mínimo 120° de elevação . ..... Força muscular manual em áreas não patológicas 4+/5 . ..... Controle escapular, com assimetria escapular do lado dominante/ não dominante menor do que 1,5 cm com o teste de deslizamento lateral. Fase fundonal A fase funcional aborda quaisquer problemas de sobrecarga no tecido e deficiências biomecânicas funcionais. Seus objetivos incluem: ..... Atingir o movimento de amplitude total livre de dor. ..... Restaurar a cinemática articular normal. ..... Melhorar a força muscular para que atinja os limites normais. ..... Melhorar o controle neuromuscular. ..... Restaurar as forças musculares acopladas. Durante a fase funcional, os exercícios de cadeia fechada introduzidos na fase inicial do processo de reabilitação avançam, incluindo: ..... Apoios modificados (Fig. 14-98) e apoios regulares, quando tolerados. ..... Segurar e arremessar uma medicine bali (Figs. 14-99 e 14- 100) -vídeo. Os exercícios de isolamento escapular são introduzidos. O paciente é posicionado em decúbito lateral com a mão envolvida sobre a mesa de exame para criar uma cadeia cinética fechada. Enquanto o fisioterapeuta aplica a pressão para a escápula em direções aleatórias, o paciente a move isotonicamente em direção à resistência (Fig. 14-1 O 1). Os exercícios dinâmicos de deslocamento de peso são introduzidos durante essa fase. Com o paciente sustentando o peso na posição de quatro apoios, enquanto mantém suas mãos estacionárias na mesma posição, balança o corpo para a frente e para trás e de lado a lado (Fig. 14-102). Um exercício similar pode ser executado em uma superfície não muito firme, usando um equipamento do tipo BOSU trainer -vídeo. De maneira alternativa, o paciente pode deslizar suas mãos, ou uma das mãos, para a frente, para trás e lateralmente enquanto mantém o tronco imóvel. Pode ser adicionada resistência usando uma prancha Fitter (Fig. 14-103). Exercícios de cadeia aberta projetados para fortalecer anteriormente os músculos do manguito rotador são enfatizados. Esses exercícios incluem: CAPÍTULO 14 • O COMPLEXO DO OMBRO 555 FIGURA 14-98 Apoio modificado. ..... Exercícios de FNP com bolas pesadas -vídeo e elásticos (Fig. 14-104). ..... Exercícios de FNP com o bodyblade (Fig. 14-105). Os exercícios de cadeia cinética aberta incluem também rotação externa -vídeo (Fig. 14-106) e interna -vídeo FIGURA 14-99 Segurar e arremessar uma medidne ball envolve toda a cadeia cinética.Ombro congelado/capsulite adesiva Como essa condição também envolve a inflamação da cápsula, o paciente com essa patologia pode também ser classificado sob o padrão de prática 4E. . . . A síndrome do ombro congelado foi descrita pela primeira vez por Duplay, em 1872, 4o3 que usou o termo periartrite escapuloumeral. Em 1934, Codman202 usou o termo ombro congelado para descrever essa condição. Em 1945, Neviaser formulou ? termo capsulite adesiva para refletir seus achados de processo inflamatório crônico na cirurfcia e autópsia em pacientes tratados para ombro doloroso, rígido. 04 . . Embora a etiologia do ombro congelado permaneça Imprecisa, a compreensão da fISiopatologia recentemente melhorou. Os fatores associados com a capsuli.t e ad esi.v a i. ncl uem sexo fce m•m m• o,4 05 mai.s de 40 anos,406 trauma, 406 diabete,259,279,407-410 imobilização prolongada, 411 doença da tireoide,412-414 acid~nte vascular.c:reb~ (~:'(::) ou infarto do miocárdio,408,4l5 determmadas condiçoes ps1qwatri- cas 41 6 , 4 1 7 e presença d e d oenças autoi. munes. 418A predominância do ombro congelado na população geral é um pouco maior do que 2%4º 5·42º e 11 % na população diabética adulta. 407 Aproximadamente 70% dos pacientes com capsulite adesiva são mulheres, e 20 a 30% daquelas afetadas subsequentemente desenvolvem capsulite adesiva no ombro não dominante.421 O diagnóstico pode ser complicado pelo fato de existirem patologias que podem causar rigidez no ombro (Tabs. 14-38 e 14-39). Nash e Hazelman422 descreveram o conceito de ombro congelado primário e secundário, com o primeiro sendo de origem idiopática e o último de origem traumática ou relacionado com o processo patológico, neurológico ou condição cardíaca. ~ Capsulite aáesiva primária. E caracterizada por uma perda idiopática, progressiva e dolorosa dos movimentos ativos e passivos do ombro, em particular da rotação externa, que leva o indivíduo a limitar gradualmente o uso do braço. A dificuldade é relatada ao vestir uma jaqueta ou casaco, colocar objetos nos bolsos de trás ou fechar peças do vestuário nas costas. 233,423-425 A inflamação e a dor podem causar defesa muscular no ombro, sem contra- TABELA 14-38 Causas intrínsecas da rigidez no ombro
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