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RESUMO DIREITO ADMINISTRATIVO

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DIREITO ADMINISTRATIVO I (aula 1)
CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, o Direito administrativo é o ramo do Direito Público que disciplina o exercício da função administrativa, assim como pessoas e órgãos que a desempenham. Busca identificar tal função cotejando-a com as demais funções estatais. Bandeira de Mello define que função pública é a atividade exercida no cumprimento do dever de alcançar o interesse público, mediante o uso dos poderes necessários conferidos pela ordem jurídica. 
Prevalece a afirmação de que há uma trilogia de funções no Estado: a legislativa, a administrativa (mais conhecida como executiva) e a jurisdicional.
Essas funções estão distribuídas denominadas “Poderes”, absorvendo as funções correspondentes aos seus próprios nomes: Legislativo, Executivo e judiciário. 
SENTIDOS (Administração Pública e a administração pública)
A Administração Pública representa o conjunto de órgãos e agentes estatais no exercício da função administrativa, independentemente se pertences ao Poder Executivo, ao Legislativo, ao Judiciário, ou a qualquer outro organismo estatal (como Ministério Público, Defensorias e etc.)
A administração pública designa a atividade consistente na defesa concreta do interesse público, “exemplo: os concessionários e permissionários de serviços públicos exercem administração pública, mas não fazem parte da Administração Pública”. A expressão “Administração Pública” pode ser empregada com diferentes sentidos. Alude a professora Maria Sylvia Zanella Di Prieto: “Administração Pública” em sentido subjetivo ou orgânico é o conjunto de agentes, órgãos e entidades públicas que exercem a função administrativa; e “Administração Pública” em sentido objetivo, material ou funcional, mais adequadamente denominada “administração pública” é a atividade estatal consistente em defender concretamente o interesse público.
Portanto, “Administração Pública” considera-se o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas as quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado, e a “administração pública” tem-se a ótica de que é um complexo de atividades concretas e imediatas desempenhadas pelo Estado sob os termos e condições da lei visando o entendimento das necessidades coletivas.
FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
Usualmente, a doutrina aponta como fontes do Direito Administrativo:
Lei (principal fonte do Dir. Adm.); 
Doutrina; 
Jurisprudência;
Costumes;
Princípios;
Atos normativos infralegais;
Precedentes Administrativos.
Alguns autores também consideram os Tratados e Acordos Internacionais como fontes do Direito Administrativo.
SISTEMAS DE CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO (PROVA)
Entende-se como o regime adotado pelo Estado para correção dos atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo Poder Público em qualquer dos seus departamentos de governo. Em outras palavras, é a forma adotada pelo Estado para solucionar litígios decorrentes da sua atuação.
Existem 2 sistemas de controle: 
Sistema francês ou do contencioso 
Também conhecido como sistema da dualidade de jurisdição, é aquele em que o poder judiciário não pode intervir nas funções administrativas. Estas estariam sujeitas apenas a jurisdição do contencioso administrativo.
Nesse tal sistema, embora a regra seja jurisdição administrativa, certas demandas da administração ficam sujeitas a justiça comum, desde que se enquadrem numas dessas três ordens: 
Litígios decorrentes de atividades públicas com caráter privado;
Litígios que envolvam questões de Estado e capacidade das pessoas e de repressão penal;
Litígios que se refiram a propriedade privada.
Sistema inglês ou judiciário ou jurisdição única 
É aquele em que todos os litígios de natureza administrativa ou que envolvam interesses exclusivamente privados podem ser levados ao poder judiciário. É o sistema adotado no Brasil.
Nesse sistema, o poder judiciário é o único que dispõe de competência para dizer o direito, ou seja, para dar a palavra definitiva na solução de conflitos que envolvam a administração.
Sistema administrativo brasileiro 
O Brasil adota o sistema Inglês ou de jurisdição uma.
A base do nosso sistema está expressa no art. 5º, XXXV, CF/88, pelo qual “a lei não excluirá da apreciação do poder judiciário lesão ou ameaça a direito”.
Tal dispositivo carrega o chamado Princípio da Inafastabilidade de jurisdição, ostentando status de Clausula Pétrea Constitucional.
Porém, o nosso sistema não afasta de modo absoluto, a capacidade da administração de resolver litígios de natureza administrativa ou de controlar a legalidade e legitimidade de seus próprios atos. Com efeito a Administração Pública brasileira pode sim exercer a chamada Jurisdição Administrativa. 
O Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição assegura ao interessado buscar o socorro da justiça a qualquer tempo, isto é, antes, durante ou após os procedimentos administrativos, podendo ainda, recorrer diretamente ao poder Judiciário, sem passar pela via administrativa.
Existem situações nas quais o exaurimento ou a utilização inicial da via administrativa é condição para acesso ao Poder Judiciário, a saber:
Justiça Desportiva: o Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições após se esgotarem as instâncias da Justiça Desportiva. (Art. 217, §1º, CF/88)
Ato ou omissão que contrarie Súmula Vinculante: Só pode ser alvo de reclamação ao STF depois de esgotadas as vias administrativas.
Habeas Data: exige-se que primeiro tenha que ter ocorrido uma negativa ou omissão da via administrativa.
Mandado de Segurança: não é cabível quando caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independente de caução.
Prévio requerimento administrativo contra o INSS: segundo entendimento do STF, em regra, é necessário prévio requerimento administrativo para ficar caracterizado o interesse de agir em ações judiciais, relativos à concessão de benefícios previdenciários.
Por fim, embora todos os atos administrativos possam ser submetidos a apreciação judicial, os chamados Atos Políticos, em regra, não se sujeitam a esse controle. Pode-se citar:
Sanção/Veto a um projeto de lei;
Estabelecimento das políticas públicas pelo Chefe do Poder Executivo;
Julgamento de processos de impeachment do presidente da República pelo Senado Federal.
O judiciário não controla os atos políticos em razão do Princípio da Separação dos Poderes.
FORMAS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (PROVA)
Administração Pública Patrimonialista - RES PUBLICA = RES PRINCIPIS
No Patrimonialismo, o aparelho do estado funciona como uma extensão do poder do soberano, e os seus auxiliares, servidores, tem status de nobreza real. Os cargos são considerados prebendas. A res publica não é diferenciada da res principis. Em consequência, a corrupção e o nepotismo são inerentes a esse tipo de administração. No memento em que o capitalismo e a democracia se tornam dominantes, o mercado e a sociedade civil passam a se distinguir do estado. Neste movo momento histórico, a administração patrimonialista torna-se uma excrescência inaceitável. 
Administração Pública Burocrática - RES PUBLICA = INT. ESTADO - Controle formal, A priori
Surge na metade do século XIX, na época do estado liberal, como forma de combater a corrupção e o nepotismo patrimonialista. Constituem princípios orientadores do seu desenvolvimento a profissionalização, a ideia de carreira, a hierarquia funcional, a impessoalidade, o formalismo, em síntese, o poder racional legal. Os controles administrativos visando evitar a corrupção e o nepotismo são sempre a priori. Parte-se de uma desconfiança previa nos administradores públicos e nos cidadãos que a eles dirigem demandas. Por isso, são sempre necessários controles rígidos dos processos, por exemplo, na admissão de pessoal, nas compras e no atendimento e demandas. 
Administração Pública Gerencial - RES PUBLICA = INT. COLETIVIDADE - Privatização, Descentralização
Emerge na segunda metade do século XX, como resposta, de um lado, à expansão dasfunções econômicas e sociais do Estado e, de outro, ao desenvolvimento tecnológico e a globalização da economia mundial, uma vez que ambos deixaram à mostra os problemas associados ao modelo anterior. A eficiência da administração pública – a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade dos serviços, tendo o cidadão como beneficiário – torna-se então essencial. A reforma do aparelho do estado passa a ser orientada predominantemente pelos valores da eficiência e da qualidade na prestação de serviços públicos e pelo desenvolvimento de uma cultura gerencial nas organizações. 
Em resumo, a Administração Pública Gerencial vê o cidadão como contribuinte de impostos e como cliente de seus serviços. Os resultados da ação do Estado são considerados bons não porque os processos administrativos estão sob controle e são seguros, como quer a administração pública burocrática, mas porque as necessidades do cidadão-cliente estão sendo atendidas. 
COMPETÊNCIA 
A competência é concorrente entre União, Estados e DF (art. 24, CF). 
Apesar de os municípios não estarem abrangidos na competência concorrente, podem legislar sobre direito administrativo no que se refere a matéria de interesse local (art. 30, I, CF).
ESTADO, GOVERNO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Formas de Estado
Estado Unitário: Quando há, no território, apenas um poder político central, irradiando suas determinações sobre todo o povo que está presente em sua base territorial.
Estado Federado: Quando dentro do mesmo território, o poder político for atribuído também a outros entes que compõe a base territorial.
Formas Federativas: 
Centrípero: manifesta-se quando vários Estados dotados de soberania a renunciam e se constituem em um único centro de poder, em um único Estado.
Centrífugo (adotado no Brasil): é quando há distribuição de poder político a vários entes. 
A CF/88 opta pela forma Federativa. Dessa maneira temos vários centros de Poder Político. São eles: a União, os Estados, o DF e os Municípios. 
	
Poderes do Estado
O art. 2º da CF/88 estabelece que “São poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário”.
Tem natureza jurídica de Clausula Pétrea (art. 60, §4º, CF).
Funções típicas / Atípicas 
Função política / Governo
São as denominações dadas aos atos que não se alocam satisfatoriamente em nenhuma das três funções clássicas do Estado (legislativo, executivo e judiciário), como por exemplo: a iniciativa das leis pelo Chefe do Poder Executivo, a destituição de altas autoridades por crimes de responsabilidade, a declaração do Estado de sítio, declaração de guerra, etc. Tais atos não se enquadram na função jurisdicional; na função legislativa, por serem atos concretos; não são compatíveis à função executiva, pois não estão dirigidos à gestão concreta e imediata da sociedade, mas sim a gerência de situações extremas, que pressupõe decisões essencialmente políticas. 
Governo
Governo é exercido por pessoas que desempenham o poder, estabelecendo diretrizes, objetivos e metas do Estado; bem como pela criação e elaboração de políticas públicas.
Existem dois sistemas: Presidencialista e Parlamentarista.
No Presidencialista, o Presidente da República exerce a chefia do Poder Executivo. São atribuídas a ele as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo, com mandato fixo para desempenho de suas atribuições.
No Sistema Parlamentarista, o poder Executivo é dividido. Existem as funções de Chefe de Estado e Chefe de Governo. A função de Chefe de Estado é designada ao Presidente da República ou ao Monarca; a função de Chefe de Governo é exercida pelo Primeiro Ministro ou Conselho de Ministros. No sistema Parlamentarista, a função de Chefe de Governo depende de designação do Parlamento. 
No Brasil, a opção da Constituição foi pelo sistema Presidencialista.
Formas de governo
As formas de Governo dizem respeito ao conjunto das instituições pelas quais o Estado exerce seu Poder sobre a sociedade e, principalmente, o modo como o Chefe de Estado é escolhido. Existem três formas:
República: o exercício do Poder é sempre temporário, escolhido pelo voto (direto ou indireto), para um mandato pré-determinado: a escolha dos governantes se dá por eleição;
Monarquia: o governante é escolhido geralmente pelo critério hereditário, sua permanência no cargo é vitalícia – o afastamento só pode ocorrer por morte ou abdicação. A Monarquia pode ser absoluta, em que a Chefia de Governo também está nas mãos do Monarca; ou parlamentarista, em que a Chefia de Governo está nas mãos do primeiro-ministro. 
Anarquia: ausência total do governo.
 O Brasil adota a forma republicana de governo.
ADMINISTRAÇÃO EM SENTIDO AMPLO X ADMINISTRAÇÃO EM SENTIDO ESTRITO
Em sentido amplo, a Administração Pública, subjetivamente considerada, compreende tanto órgãos governamentais, supremos, constitucionais (governo), aos quais incumbe traçar os planos de ação, dirigir comandar, como também os órgãos administrativos, subordinados, dependentes (Administração Pública em sentido estrito), ao qual incumbe executar os planos governamentais, ainda em sentido amplo, porém objetivamente considerada, a Administração Pública compreende a função política, que traça as diretrizes governamentais e a função administrativa que a executa.
Em sentido estrito, a Administração Pública compreende, sob o aspecto subjetivo, apenas os órgãos administrativos e, sob o aspecto objetivo, apenas a função administrativa, excluídos, no primeiro caso, os órgãos governamentais e, no segundo, a função política.

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