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resenha princípio da eficiência

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Resenha do texto “O princípio da eficiência” Prof. Alexandre Santos Aragão
Weverton Fernandes Bento
 	O texto aborda o princípio da eficiência, partindo do Direito Público do Estado Contemporâneo. Desse modo, a eficiência não é tratada apenas como uma maximização do lucro, mas sim como um melhor exercício das missões de interesse coletivo, que é a função maior do Estado.
	O autor aponta que o Direito, aplicando este princípio, deixa de se preocupar apenas com a realização lógica de seus preceitos, para tentar atingir concreta e materialmente os seus objetivos na realidade da vida em sociedade. Assim, é possível perceber que nem toda interpretação de lei é absoluta, já que existem diversas interpretações plausíveis, o que deve ser considerado é que tais interpretações devem condizer com a realidade. 
	Neste sentido, e no que tange ao princípio da eficiência aplicado na administração de resultado, o texto propõe um dilema de superação: uma vez que temos raízes administrativas autoritárias, unilaterais, uma administração coercitiva e jurídico-formal, é perceptível a mudança para uma administração caracterizada pelo pluralismo, pela negociação e pelo não emprego majoritário da autoridade. 
	 A partir daí, o texto traz a discussão de que hoje em dia não se considera mais suficientes governantes que não violem a lei, uma vez que é exigido deles soluções para os problemas que a sociedade enfrenta, como o desemprego, a pobreza, o crescimento econômico, a saúde, entre outros. O que não quer dizer que se deva deixar a lei de lado, mas que sua arbitrariedade deixou um espaço maior para a técnica.
	Desta forma, o autor ressalta que não deve haver um menosprezo da lei, mas a valorização de seus elementos finalísticos. Ou seja, as leis devem ser interpretadas e aplicadas neste sentido, mas apenas se o princípio da eficiência realmente for a maneira mais eficiente, ou que seja a melhor forma da realização dos objetivos na situação fática. 
Salienta-se, ainda, que o princípio da eficiência não tem o condão de mitigar o princípio da legalidade, mas de fazer uma nova lógica para melhor atingir os objetivos do Estado. Assim, percebemos que tal princípio visa aferir validade nas normas jurídicas tanto nos atos da política pública, quanto nos atos de solução dos males da sociedade.
 A partir disso, o autor afirma que o modelo das normas jurídicas “hipótese de incidência > sanção” ainda existe, mas o mais importante é o esquema “finalidades > meios de alcance destas finalidades”. Assim, não se fala em descumprimento de lei, mas no processo de sua aplicação, se prestigia os objetivos maiores em relação à interpretação pura da lei. Destarte, o resultado que a norma busca alcançar corresponde a vários planos da realidade reproduzida pela norma. 
Por fim, chega-se à conclusão de que o Direito deve compreender as normas a que estamos sujeitos de forma que busquemos a sua interpretação eficiente, para que os seus objetivos finais legais sejam aplicados na prática do setor a que se propõe, equilibrando-se os setores, principalmente o econômico. 
Desta forma, percebemos uma tendência à observância da norma jurídica com mais efetividade formal do que validade propriamente dita. Principalmente buscando uma análise das relações sociais e dos valores que extraem a regra do sistema, ao invés de uma interpretação pura e seca da lei.

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