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POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 88 CAPÍTULO 4 – SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE – SUS 4.1 INTRODUÇÃO O SUS existe há pouco tempo. Ele surgiu como resposta à insatisfação e descontentamento existente em relação aos direitos de cidadania, acesso, serviços e forma de organização do sistema de saúde. Nos anos 1970 e 1980, vários médicos, enfermeiros, donas de casa, trabalhadores de sindicatos, religiosos e funcio- nários dos postos e secretarias de saúde levaram adi- ante um movimento, o "movimento sanitário", com o objetivo de criar um novo siste- ma público para solucionar os inúmeros problemas encontrados no atendimento à saúde da população. O movimento orientava-se pela ideia de que todos têm direito à saúde e que o governo, juntamente com a sociedade, tem o dever de fazer o que for preciso para alcançar este objetivo. A Constituição Federal de 1988 determinou ser dever do Estado garantir saú- de a toda a população. Para tanto, criou o Sistema Único de Saúde. Em 1990, o Congresso Nacional aprovou a Lei Orgânica da Saúde, que detalha o funcionamento do Sistema. Portanto, o SUS resultou de um processo de lutas, mobilização, partici- pação e esforços desenvolvidos por um grande número de pessoas. O SUS é um sistema público, organizado e orientado no sentido do interesse coletivo, e todas as pessoas, independente de raça, crenças, cor, situação de emprego, classe social, local de moradia, a ele têm di- reito. As diferentes situações de vida dos vá- rios grupos populacionais geram problemas de saúde específicos, bem como riscos e/ou Aula 15 POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 89 exposição maior ou menor a determinadas doenças, acidentes e violências. Isto sig- nifica, portanto, necessidades diferenciadas, exigindo que as ações da gestão do sistema e dos serviços de saúde sejam orientadas para atender a essas especifici- dades. Entretanto, como o SUS oferece o mesmo atendimento a todas as pessoas, algumas não recebem o que necessitam, enquanto outras têm além do satisfatório, o que aumenta as desigualdades. No SUS, situações desiguais devem ser tratadas desigualmente. Baseia-se, portanto, no princípio da equidade. Você entendeu o que é EQUIDADE? Não é o mesmo que IGUALDADE! Equidade é olhar diferenciado para situa- ções diferentes. Pense em situações de saúde que precisam ser atendidas com prioridade. Ex.: você está em uma fila desde 6h da manhã e já são 9h. Chega uma criança com 39ºC de fe- bre. Ela será atendida primeiro que você. Ambos têm direito de serem atendidos, mas a criança é uma situação que requer prio- ridade. Este é um grande desafio. Muito tem que ser feito para que todos possam ter saúde. O Governo deve concentrar esforços e investir mais onde há maior carência. O SUS tem o papel de cuidar de todas as necessidades da área da saúde. E cuidar da saúde não é apenas medicar os doen- tes ou realizar cirurgias, é preciso garantir vacinas à população, dar atenção aos problemas das mu- lheres, crianças e idosos, combater a dengue e outras doenças. Este é o princípio de integralidade, ou seja, realizar todas as ações necessá- rias para a promoção, proteção e recuperação da saúde de todos. POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 90 Todos sabem, porém, que, para ter boa saúde, é preciso ter boa alimentação, possuir uma casa, morar num local com rede de esgoto, luz e água, trabalhar, ter um meio de transporte bom e barato, desfrutar de programas de lazer. Assim, para que as pessoas tenham uma boa qualidade de vida, não depende apenas do setor saú- de. Compreende-se que: "os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do país". Ou seja, há o reconhecimento de que os indicadores de saúde das pessoas devem ser tomados para medir o nível de desenvolvimento do país e do bem-estar da população. Você sabe o que é um indicador de saúde? Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese que contêm infor- mação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempenho do sistema de saúde. Vistos em con- junto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. “Indicadores de sáude” retratam a saúde das populações e das nações!! POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 91 O Sistema Único de Saúde tem seus serviços administrados pelos governos federal, estaduais e municipais e por organizações cujo objetivo é garantir a pres- tação de serviços gratuitos a qualquer cidadão. Em locais onde há falta de serviços públicos, o SUS realiza a contratação de serviços de hospitais ou laboratórios particulares, para que não falte assistência às pessoas. Desse modo, esses hospitais e laboratórios também se integram à rede SUS, tendo que seguir seus princípios e diretrizes. Devido às significativas diferenças existentes entre as várias regiões e muni- cípios brasileiros, o Ministério da Saúde criou formas de descentralizar a prestação dos serviços públicos de saúde, repassando responsabilidades diferenciadas aos diferentes municípios. A mudança foi grande, pois ocorreu a unificação de comando, representada pela transferência ao Ministério da Saúde de toda a responsabilidade pela saúde no plano federal. Da mesma forma nos estados e municípios, onde a responsabilidade fica a cargo das respectivas secretarias estaduais e municipais de saúde. Anos atrás, as pessoas resolviam os problemas de saúde nas capitais dos estados ou em grandes centros. Com isso os ser- viços de saúde dessas localidades ficavam “infartados”. Hoje, a ordem é descentralizar! Sob outro aspecto, o princípio da universalidade representou a inclusão de todos no amparo prestado pelo SUS, ou seja, qualquer pessoa passa a ter o direito de ser aten- dida nas unidades públicas de saúde, lembrando que antes, apenas os trabalhadores com carteira registrada faziam jus a esses serviços. Nem sempre é possível ao município exe- cutar sozinho todos os serviços de saúde. Peque- nos municípios carecem de recursos humanos, financeiros e materiais, e sua população é insufici- ente para manter um hospital ou serviços especializados. Por isso, a descentraliza- POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 92 ção dos serviços implica também na sua regionalização. Em um país imenso como o nosso, para evitar desperdícios e duplicações faz-se necessário organizar os servi- ços, visando dar acesso a todos os tipos de atendimento. O sistema de saúde é ainda um sistema hierarquizado: Compõe-se de várias unidades interligadas, cada qual com suas tarefas a cumprir. Num primeiro nível, estão os centros de saúde, que todos po- dem procurar diretamente; em seguida, há outros estabelecimentos que ofertam serviços mais complexos, como as policlínicas ehospitais. Quando necessário, as pessoas serão encaminhadas para eles, sempre referenciadas a partir dos centros de saúde. Para os casos de urgência e emergência, há um pronto-socorro próximo. No princípio, antes de surgir toda a polí- tica de saúde, o paciente saía do interior rumo a capital sem saber o que lhe espe- rava. Por vezes ficavam dias na porta dos prontos socorros mendigando uma vaga de internação! É bem verdade que o SUS, como não poderia deixar de ser, está em constan- te processo de aperfeiçoamento. A promoção da saúde à população estará sofrendo sempre transformações, pois, como as sociedades são dinâmicas, a cada dia sur- gem novas tecnologias que devem ser utilizadas para a melhoria dos serviços e das ações de saúde. Além disso, temos também como condição essencial para um me- lhor funcionamento do SUS a participação e mobilização social em seus trabalhos. Podemos dizer que a sua participação é a alma do SUS1. 1 Texto produzido pela Área Técnica da Promoção da Saúde – Ministério da Saúde. POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 93 4.2 LEIS QUE REGULAMENTAM O SUS O Sistema Único de Saúde é uma nova formulação política e organizacional para o redi- recionamento dos serviços e ações da saúde. É assim definido por seguir a mesma doutrina e os mesmos princípios organizativos em todo o terri- tório nacional, sob a responsabilidade das três esferas do governo: federal, estadual e munici- pal. Não se trata de um serviço ou uma institui- ção, mas um sistema que significa um conjunto de unidade, de serviços e ações que interagem para um fim comum. Esses elementos integran- tes do sistema referem-se, ao mesmo tempo, às atividades de promoção, proteção e recuperação da saúde. As principais leis que regulamentam o SUS são: Artigos 196 a 200 da Constituição Federal Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 Lei n° 8.142, de 28 de Dezembro de 1990 De acordo com os preceitos constitucionais, a construção do SUS se norteia pelos seguintes princípios doutrinários: Universalidade: é a garantia de atenção à saúde, por parte do sistema, a todo e qualquer cidadão. Com a universalidade, o indivíduo passa a ter direi- to ao acesso a todos os serviços de saúde, inclusive àqueles contratados pelo poder público. Saúde é direito de todos e dever do governo, seja ele municipal, estadual ou federal. Aula 16 POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 94 Equidade: é assegurar ações e serviços de todos os níveis de acordo com a complexidade que cada caso requeira, more o cidadão onde morar. Todo ci- dadão é igual perante o SUS e será atendido conforme suas necessidades até o limite do que o sistema pode oferecer. Integralidade: é o reconhecimento na prática dos serviços que: Cada pessoa é um todo indivisível e integrante de uma comunidade; As ações de promoção, proteção e recuperação da saúde formam tam- bém um todo indivisível e não podem ser compartimentalizadas; As unidades prestadoras de serviço, com seus diversos graus de com- plexidade, formam também um todo indivisível configurando um sistema capaz de prestar assistência integral; O homem é um ser integral, biopsicossocial, e deverá ser atendido com esta visão integral por um sistema de saúde também integral, voltado a promover, proteger e recuperar sua saúde. Em momentos da nossa história de saúde, éramos atendi- dos como uma “hipertensão”, como um “diabetes” ou como se fossemos outra doença qualquer. A integralidade preco- niza que somos um todo como ser humano e não uma do- ença a ser tratada. Os princípios que regem a organização do SUS são: Regionalização e hierarquização: os serviços devem ser organiza- dos em níveis de tecnologia crescente, dispostos numa área geográfi- ca delimitada e com definição da população a ser atendida. Isto impli- ca na capacidade dos serviços em oferecer a uma determinada popu- lação todas as modalidades de assistência, bem como o acesso a to- do tipo de tecnologia disponível, possibilitando um ótimo grau de POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 95 resolubilidade. O acesso da população à rede deve se dar por meio dos serviços de nível primário de atenção, que devem estar qualifi- cados para atender e resolver os principais problemas que demandam os serviços de saúde. Os demais deverão ser referenciados para os serviços de maior complexidade tecnológica. VAMOS ENTENDER MELHOR!! O serviço de saúde é destinado a uma área restrita, por exemplo, a uma cidade e seus distritos, ou a uma determinada região. As pessoas são encaminhadas pelo PSF ou alguma unidade de saúde (nível primário de saúde). Caso a localidade, (cidade), não tenha como resolver o problema, o município tem a obrigação de encaminhar o caso para outra cidade (é o tratamento fora do domicílio, conhecido no SUS como TFD). Resolubilidade: é a exigência de que, quando um indivíduo busque atendimento ou quando surge um problema de impacto coletivo sobre a saúde, o serviço correspondente esteja capacitado para enfrentá-lo e re- solvê-lo até o nível de sua competência. Descentralização: é entendida como uma redistribuição das responsabi- lidades quanto as ações e serviços de saúde entre os vários níveis de governo, a partir da ideia de que quanto mais perto do fato a decisão for tomada, mais chance haverá de acerto. Deverá haver uma profunda re- definição das atribuições dos vários níveis de governo com um nítido re- forço do poder municipal sobre a saúde - o que é denominado municipa- lização da saúde. POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 96 Participação popular: é a garantia de que a população, através de su- as entidades representativas, participará do processo de formulação das políticas de saúde e do controle da sua execução, em todos os níveis, desde o federal até o local. Essa participação deve se acontecer nos Conselhos de Saúde, com representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviço. Outra forma de participa- ção são as conferências de saúde, periódicas, para definir prioridades e linhas de ação sobre a saúde. Complementariedade do setor privado: a constituição definiu que quando o setor público não for suficiente para prestar os serviços necessá- rios devem ser contratados serviços privados, desde que sejam seguidas as regras do direito público e as diretrizes do SUS e sejam priorizadas as entidades não-lucrativas ou filantrópicas. Gestores da saúde são as entidades encarregadas de fazer com que o SUS seja implantado e funcione ade- quadamente dentro das diretrizes doutrinárias, da lógica organizacional e seja operacionalizado dentro dos princí- pios anteriormente citados. Haverá gestores nas três es- feras de governo, sendo a nível federal o Ministério da Saúde, a nível estadual a Se- cretaria Municipal de Saúde e a nível municipal a Secretaria Municipal da Saúde. O financiamento do SUS vem de recursos da Seguridade Social (30%), ver- bas do tesouro nacional e do orçamento da união que é des- tinado à saúde (cerca de 3%). Todos estes recursos juntos constituirão o Fundo Nacionalde Saúde que será adminis- trado pelo Ministério da Saúde e controlado e fiscalizado pelo Conselho Nacional de Saúde. Esses recursos serão divididos em duas partes: uma será retida para o investimen- to e custeio das ações federais e a outra será repassada para as secretarias de saúde estaduais e municipais, de acordo com critérios definidos em função da população, ne- POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 97 cessidade de saúde e rede assistencial. Em cada estado os recursos repassados pelo Ministério da Saúde serão so- mados aos alocados pelo próprio governo estadual e desse montante, uma parte ficara retida para as ações e os serviços estaduais, enquanto outra será repassada aos municípios. Finalmente, caberá aos próprios municípios destinar a parte ade- quada de seu próprio orçamento para as ações e serviços de saúde de sua popula- ção e gerir os recursos federais e estaduais repassados a ele para o custeio das ações e serviços de saúde de âmbito municipal. SUS inicia em março vacinação contra HPV em meninas 22 de janeiro de 2014 RICARDO BRITO - Agência Estado O Sistema Único de Saúde (SUS) começa a partir do dia 10 de março a realizar a vacinação contra o Papiloma Vírus Humano (HPV) para as meninas de 11 a 13 anos. A vacinação terá como meta prevenir o cân- cer de colo de útero de 80% das 5,2 milhões de meninas do que for- mam o público-alvo da campanha. A meta foi apresentada nesta quar- ta-feira, 22, pelo Ministério da Saúde, com a presença do atual minis- tro, Alexandre Padilha (PT), que deve deixar a pasta em breve para concorrer ao governo de São Paulo. O sucessor será o secretário de Saúde de São Bernardo do Campo (SP), Arthur Chioro, que já foi con- vidado para o cargo pela presidente Dilma Rousseff. Para aumentar a eficácia, o ministério decidiu realizar a imunização das meninas em três doses. A primeira começará em março e será realiza- da em 36 mil salas de vacina do SUS e pelas escolas públicas e priva- das. A segunda e a terceira doses, respectivamente aplicadas seis me- ses e cinco anos após a primeira vacinação, serão realizadas apenas pelo SUS. Esse esquema de dosagem espaçada é recomendado pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e atualmente é usado por Canadá, Suíça, México e Colômbia. A coordenadora do programa de Imunização do Ministério da Saúde, Carla Domingues, disse que a intenção de se articular com as escolas o início da vacinação têm por objetivo garantir "uma alta cobertura". Es- te ano, a vacinação abrangerá meninas de 11 a 13 anos. No ano se- POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 98 guinte, a idade será realizada para 9 a 11 anos e, em 2016, começará a ser realizada a partir dos 9 anos. Nesse período, se tiver alguma me- nina que não tiver tomado a dose inicial e esteja dentro das idades de vacinação, ela poderá tomar a vacina. Segundo o ministério, todos os estudos mostram que, quando a vaci- nação é feita na faixa etária de 9 a 13 anos, a produção de anticorpos para proteger a mulher do HPV tem maior intensidade. A pasta desta- cou ainda que as meninas têm iniciado sua atividade sexual a partir dos 13 anos e, com a vacinação, vão se proteger. As prefeituras e escolas terão liberdade para adotar também esquemas específicos de imunização. As adolescentes terão de apresentar o car- tão de vacinação ou documento de identificação. Os pais que não qui- serem que suas filhas sejam vacinadas terão de assinar um termo de recusa. O ministro da Saúde disse acreditar que a adesão será grande. Padilha observou que o câncer de colo de útero é o terceiro maior tipo de inci- dência entre as mulheres brasileiras e o quarto em mortes no País. Se- gundo ele, em algumas regiões do País, como no Norte, é o câncer mais letal para a população feminina. A vacina contra o HPV tem eficá- cia de até 98% contra o câncer de colo do útero. "O pai e a mãe têm que pensar, antes de mais nada, em proteger a sua futura mulher, ain- da menina, contra o HPV", afirmou Pa- dilha. Custos O ministério vai investir R$ 1,1 bilhão para comprar 41 milhões de doses da vacina durante cinco anos. Para se pro- duzir a vacina, a pasta firmou uma par- ceria para desenvolver a vacina com a Merck e o instituto Butantan, que vai re- ceber no período tecnologia para se produzir as doses. Cada uma delas terá custo inicial de R$ 31,02, segundo a pasta, o menor preço no mercado mundial. No primeiro ano, o custo da vacinação será de R$ 465 milhões. Com a transferência de tecnologia, o ministério estima que será economizado R$ 316 milhões. A pasta vai lançar nos próximos dias uma campanha de conscientiza- ção sobre a vacina contra o vírus. "Nós teremos a maior campanha de vacinação do HPV no mundo, certamente", aposta Alexandre Padilha. Desde o ano passado, o Distrito Federal e o Amazonas são as únicas unidades da federação que têm vacinação contra o vírus para meninas. POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 99 1) Em relação ao princípio da “equidade”, assinale a alternativa incorreta: A) No SUS, situações desiguais devem ser tratadas desigualmente. B) Equidade é olhar diferenciado para situações diferentes. C) As necessidades diferenciadas exigem que as ações da gestão do sistema e dos serviços de saúde sejam orientadas para atender a essas especificidades. D) Em se tratando de SUS, equidade é o mesmo que igualdade. 2) Assinale a alternativa incorreta que se refere a “indicador de saúde”: A) Os indicadores são medidas-síntese que contêm informação relevante sobre de- terminados atributos e dimensões do estado de saúde, bem como do desempe- nho do sistema de saúde. B) Há o reconhecimento de que os indicadores de saúde das pessoas devem ser tomados para medir o nível sociocultural do país e do bem-estar da população. C) Os indicadores, vistos em conjunto, devem refletir a situação sanitária de uma população e servir para a vigilância das condições de saúde. D) A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar des- de a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções, razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer. 3) Em relação a Lei 8142, de 1990, é correto afirmar: A) Dispõe sobre a participação da comunidade na Gestão do Sistema Único de Saú- de e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. POLÍTICAS DE SAÚDE 2014 1 NÚCLEO DE ENSINO SEMIPRESENCIAL – NESP/UNEC Profa. Sávia Franklin Mansur: savia.ead@unec.edu.br Página 100 B) Dispõe sobre a participação governos na Gestão do Sistema Único de Saúde e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde. C) O não atendimento pelos Municípios, ou pelos Estados ou pelo Distrito Federal dos requisitos estabelecidos neste artigo, implicará em que os recursos concer- nentes sejam administrados, pelas comunidades. D) Os recursos referidos no inciso IV do art. 2º desta Lei, serão repassados de forma regular e automática para as comunidades de acordo com os critérios previstos no art. 35 da Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. 4) “Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras pro- vidências.” Assinale a alternativa correta. A) Lei 8142 de 1990. B) Lei 8162 de 1990.C) Lei 8080 de 1990. D) Lei 8090 de 1990. 5) Os princípios que regem a organização do SUS são, exceto: A) Regionalização e hierarquização. B) Resolubilidade e centralização. C) Participação popular. D) Complementariedade do setor privado.
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