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ERICA FARMACOD E FARMACOC I

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ALFA – FACULDADE DE ALMENARA
CAMPUS: ALMENARA
CURSO DE BACHARELADO EM FARMÁCIA
	
ERICA LOPES PEREIRA CARMONA
FARMACODINÂMICA E FARMACOCINETICA I
ALMENARA-MG
OUTUBRO-2017
ERICA LOPES PEREIRA CARMONA
SEGUNDO TRABALHO DE DEPENDÊNCIA DE FARMACODINÂMICA E FARMACOCINÉTICA I
Pesquisa apresentada à Faculdade Alfa de Almenara-MG; como pré-requisito à obtenção de nota parcial na disciplina de Farmacodinâmica e Farmacocinética I do curso de Graduação Bacharelado em Farmácia 
Professora: Luíza Gobira
ALMENARA-MG
OUTUBRO-2017
I INTRODUÇÃO 
	No sentido geral, um fármaco pode ser definido como qualquer substância que suscita uma mudança na função biológica através de suas ações químicas. Na grande maioria dos casos, a molécula do fármaco interage com uma molécula especifica no sistema biológico que desempenha um papel regulador. Essa molécula é chamada receptor (KATZUNG, 2010). 
	Em um número pequeno de casos, os fármacos conhecidos como antagonistas químicas podem interagir diretamente com outros fármacos conhecidos como antagonistas químicos podem interagir diretamente com outros fármacos conhecidos como antagonistas químicos e podem interadir diretamente com fármacos, enquanto alguns (agentes osmóticos)com outros fármacos conhecidos como antagonistas químicos e podem interagir diretamente com outros fármacos, (enquanto alguns osmóticos interagem quase exclusivamente com a água (KATZUNG, 2010).
	Para produzir efeitos característicos, um fármaco deve estar presente em concentrações apropriadas em seus locais de ação. Embora sejam evidentemente proporcionais a quantidade de substância administrada, as concentrações de fármacos ativo, não ligado (livre) obtidas também dependem da extensão e da taxa de sua taxa de absorção, sua distribuição (que refrete principalmente a ligação reativa das proteínas plasmáticas teciduais), seu metabolismo (biotransformação) e sua excreção (GOOGMAN & GILMAN, 2005).
	A absorção a distribuição, o metabolismo e a excreção de um dos fármacos atravessam as membranas e as propriedades físico-químicas das moléculas e das membranas e as propriedades físico-químicas das moléculas e das membranas que influenciam essa transferência são, portanto, importantes (GOOGMAN & GILMAN, 2005).
	É importante enfatizar que A entrada dos fármacos no organismo, seus deslocamentos entre diferentes tecidos e sua saída pressupõem a passagem através de membranas, influenciada pelas características físico-químicas de ambos. Os fármacos em geral passam através de células, não em espações intercelulares, que são de minutos, permitindo apenas transito de água sais e outros compostos de pequeno peso molecular (FUCHS, WANNMACHER, 2015).	
Desta forma é notável que Os fármacos são considerados equivalentes farmacêuticos quando apresentam as mesmas quantidades de concentrações dos mesmos princípios ativos, a mesma forma farmacêutica e idêntica via de administração. Dois produtos farmaceuticamente equivalentes são considerados bioquivalentes, são considerados bioquivalentes quando as taxas de biodisponibilidade dos ingredientes ativos nos dois produtos não diferem significamente nas condições de testagem (FUCHS, WANNMACHER, 2015).
II DESENVOLVIMENTO
	
FARMACODEPENDÊNCIA 
	O termo mais antigo dependência física denota dependência enquanto a dependência psicológica é mais simplimente chamada de drogação, todo fármaco com o potencial de drogação causa seu próprio aspesto característico de efeitos agudos, mas todos tem em comum o fato de induzirem a sentimentos fontes de euforia e recompensa (KATZUNG, 2010).
	A dependência nem sempre é um correlato do uso abusivo de fármacos ela também pode ocorrer de muitas classes de medicamentos não psicoativos, por exemplo vasoconstritores simpaticomiméticos e broncodilatadores bem como vasodiladoras de nitrato orgânico (KATZUNG, 2010).
	A drogação por outro lado consiste em uso compulsivo, recidivante, do fármaco apesar das consequências negativas, algumas vezes desencadeado por desejos insasiaveis que ocorrem em resposta a íncidios contextuais (KATZUNG, 2010).
	A drogação ´r caracterizada por uma alta motivação em obter e usar um fármaco apesar de suas consequências negativas é uma doença recalcitrante, crônica e teimosamente reicidante, que é muito difícil de tratar. Como todos os fármacos de degradação aumentam as concentrações de dopamina nas estrturas alvo das projeções mesólimbicas (KATZUNG, 2010).
	Os canabinóides endógenos que agem nos neutrotransmissoress, são 2araquidonilglicerol, e anadimida, ambos os quais se ligam-se a receptores. O LCD, Mescalina e Psicolocibina essas drogas são comumente chamadas alucinógenas deviso a sua capacidade de alterar a consciência de tal forma que o individuo sente que não estão presentes (KATZUNG, 2010).
	Os benzodiazepínicos comumente são prescritos como ansiolíticos e medicações para dormir. Eles representam um risco moderado de uso abusivo, o que deve ser avaliado comparado com outros efeitos benefícios (KATZUNG, 2010).
O conhecimento da relação entre a dose, concentração do fármaco e efeitos permite ao clinico considerar as várias características patológicas e fisiológicas de um paciente em particular que o torna diferente de outra pessoa na resposta a um fármaco. Portanto, a importância da farmacocineitica e farmacodinâmica no tratamento do paciente no aperfeiçoamento do benefício terapêutico (KATZUNG, 2010).
	Cada substância age de modo diferente e tem um potencial de dependência e de tolerância diferente. Em geral todos os indivíduos que se tornam dependentes desse tipo de medicamento iniciaram por utiliza-los como forma de terapia por um período que deveria ser limitado. Algumas vezes, a necessidade de doses elevadas durante longos períodos para tratar um problema grave, promove a dependência, mas é comum que os pacientes usem mais medicação do que o prescrito, promovendo a situação de dependência do fármaco, sendo esta condição difícil de contornar (KATZUNG, 2010).
Diferente da eliminação da capacidade limitada do fármaco alguns fármacos são depurados muito rapidamente pelo órgão de eliminação, de modo que, em qualquer concentração clinicamente realista do fármaco, a maior parte do fármaco presente no sangue perfundindo no órgão é eliminada na primeira passagem do fármaco através dele (KATZUNG, 2010).
Os fármacos, quase sempre, têm funções dependentes de acoplamento a receptores, enzimas e ácidos nucleicos. A partir dessas ligações geram-se reações químicas e transformações celulares características da ação, com os consequentes efeitos. Receptores em que fármacos atuam em geral macromoléculas proteicas ou glicoproteicas são usados fisiologicamente, por substancias endógenas, como hormônios, neurotransmissores e autacoides (ligandos endógenos) A ingestão de drogas pode produzir no organismo, independentemente da ação terapêutica para a qual eles foram desenvolvidos, certas consequências no bem-estar físico e psicológico. Os fenômenos são a síndrome de tolerância, dependência e abstinência que podem levar ao uso inadequado de certos medicamentos. A tolerância ocorre quando uma pessoa consome uma droga em uma base contínua e seu corpo se torna habitável. Como consequência, desenvolve-se um processo psicológico e físico que torna necessário aumentar progressivamente a dosagem para atingir os mesmos resultados ou efeitos. Nós também falamos de tolerância como a qualidade de uma substância que, com o uso continuado e com a mesma dose, produz um efeito cada vez menos (FUCHS, WANNMACHER, 2015).
A dependência física é o estado de adaptação do organismo necessita de um certo nível de presença da droga ou substância de funcionar normalmente; dependência psicológica é o estado de adaptação que leva uma pessoa a consumir uma nova dose de experimentar os efeitos de prazer ou evitar o desconforto resultante da privação, e, porúltimo, a dependência social se manifesta como a necessidade de consumir uma substância como uma manifestação de pertença a um grupo social que nos dá sinais de identidade. Finalmente, a síndrome de abstinência é o conjunto de sintomas e sinais de desconforto de natureza física e psicológica que aparecem quando interrompido ou diminui a droga ou substância de forma significativa para que a pessoa tinha desenvolvido uma dependência (linguagem vulgar ou coloquial conhecido como "mono"). O início, duração e intensidade da imagem irá depender da substância administrada, a dose consumida e o tempo decorrido desde a última dose (FUCHS, WANNMACHER, 2015).
FARMACOGENÉTICA 
	Os genes são constituídos basicamente de DNA, que é uma molécula enorme, composta de seqüências complexas de nucleotídeos. Variações nessas seqüências que ocorrem na população geral de forma estável, sendo encontradas com frequência de 1% ou superior, são denominados polimorfismos genéticos. As formas mais comuns de polimorfismos genéticos são deleções, mutações, substituições de base única (em inglês: Single Nucleotide Polymorphisms, ou SNP), ou variações no número de sequências repetidas (VNTR), micro e minissatélites (EVANS, 1999).	
	As diferenças quanto às respostas terapêuticas entre os indivíduos geralmente estão associadas com polimorfismos genéticos presentes em genes que afetam a farmacocinética ou a farmacodinâmica. Tais polimorfismos podem alterar a expressão e/ou a atividade de sítios de ligação de medicamentos9, por afetarem a estabilidade do RNA mensageiro correspondente, ou modificarem a estrutura conformacional da proteína correspondente. Como consequência, essas alterações podem levar à redução ou aumento da atividade da proteína codificada (EVANS, 1999).
	As respostas às drogas são influenciadas por múltiplos fatores, incluindo-se estado de saúde, influências ambientais e características genéticas. A farmacogenética é uma área da farmacologia clínica que estuda como diferenças genéticas entre indivíduos podem afetar as respostas às drogas. Neste sentido, polimorfismos genéticos em enzimas metabolizadoras, transportadores ou receptores contribuem para as variações nas respostas a medicamentos. Esta revisão objetiva introduzir alguns princípios, aplicações clínicas e perspectivas da farmacogenética, enfatizando alguns importantes achados clínicos e aplicações que podem contribuir para a melhoria da terapêutica (SHASTRY, 2006).
A farmacogenética poderá trazer muitos benefícios à saúde pública, por exemplo, ao evitar reações adversas a medicamentos em subgrupos de pacientes geneticamente distintos é um campo de pesquisa ainda em desenvolvimento, apesar dos inúmeros benefícios que esta pode trazer (Lazarou et al; 1998).
 É fundamental notar que muitos genes podem influenciar as respostas aos medicamentos, o que torna bastante complexa a tarefa de identificar quais variações genéticas são mais relevantes. Validar clinicamente os marcadores genéticos de maior relevância clínica talvez seja o mais importante fator limitante do uso da informação genética ao se tomar decisões terapêuticas (Chowbay, 2005).
Os genes são constituídos basicamente de DNA, que é uma molécula enorme, composta de sequências complexas de nucleotídeos. Variações nessas sequências que ocorrem na população geral de forma estável, sendo encontradas com frequência de 1% ou superior, são denominados polimorfismos genéticos (MUKHERJEE, 2003).
As formas mais comuns de polimorfismos genéticos são deleções, mutações, substituições de base única, ou variações no número de sequências repetidas, micro e minisatélites. As diferenças quanto às respostas terapêuticas entre os indivíduos geralmente estão associadas com polimorfismos genéticos presentes em genes que afetam a farmacocinética ou a farmacodinâmica (EVANS, 1999).
FARMACOVIGILÂNCIA
 A ocorrência de reações adversas aos medicamentos constitui-se em fator intrínseco ao próprio uso do fármaco. Quando um medicamento é comercializado, dispõe-se, de uma maneira geral, de dados suficientes para assegurar que, junto a uma atividade farmacológica específica, que lhe confere propriedades terapêuticas, possui uma margem de segurança aceitável. As ações de farmacovigilância podem modificar esse quadro, através das informações prestadas sobre o uso racional e seguro dos medicamentos e também por meio da educação dos profissionais para avaliação do benefício/risco no ato da prescrição (ARRAIS et al., 1996).
De acordo com Marin et al. (2003), as informações sobre as reações adversas podem ser obtidas de três maneiras principais. Uma delas é o sistema de notificação espontânea a centros designados para efetuar recolhimento e análise; é o método mais empregado, de fácil implantação e adequado, na maior parte das situações de monitoramento. Outra forma são os estudos epidemiológicos clássicos, como os estudos analíticos tipo coorte (seguimento prospectivo ou retrospectivo de sujeitos durante o período da exposição até o desfecho) e caso-controle (parte-se do desfecho que se deseja estudar, investigando-se a exposição nos sujeitos que apresentaram e nos que não apresentaram o desfecho).
A responsabilidade da notificação será delegada primeiramente a todos os profissionais de saúde, especialmente aos clínicos gerais, médicos especialistas e farmacêuticos; dentistas e enfermeiros também podem colaborar na notificação. A notificação por parte do paciente existe e é utilizada por alguns centros. Entretanto, é aconselhável que a informação passe pelo profissional de saúde (MARIN et al., 2003).
A notificação da RAM consiste no preenchimento de uma ficha padrão impressa, geralmente de cor amarela, elaborada pela unidade ou sistema de saúde. Nessa ficha, constam campos, como: dados completos do paciente; histórico do paciente; medicamentos em uso pelo paciente, dose de cada um; tempo de tratamento até o aparecimento da reação; sintomas e efeitos; provas laboratoriais; dados complementares, como dieta e, ainda, identificação completa do notificador. A ficha, depois de preenchida, é encaminhada ao Serviço de Farmácia ou à Comissão de Farmácia e Terapêutica da unidade. O profissional responsável passa, então, a verificar a validade das informações. Posteriormente, é investigada a procedência da suspeita, o que é chamado de análise de causalidade. Essa análise consiste em consulta a fontes de informação sobre medicamentos, para tentar estabelecer ligação entre o que foi notificado e o que está relatado na literatura (MARIN et al., 2003).
A farmacovigilância está sendo implementada no Brasil, especialmente no nível da atenção primária à saúde, assim como no contexto internacional. Assim, foi revisado o que a ANVISA está realizando nessa área. Também foram identificadas a finalidade e as atividades desenvolvidas pelos Centros de Informação sobre Medicamentos (CIMs) e pelos Serviços de Informação sobre Medicamentos (SIMs). Além disso, foram revisadas formas de implantação da farmacovigilância no nível da atenção primária à saúde e identificadas dificuldades encontradas pelo sistema de notificação espontânea das reações adversas aos medicamentos, em especial no nível da atenção primária à saúde (ARRAIS et al., 1996).
Os profissionais responsáveis pela farmacovigilância devem dar um retorno para os demais profissionais de saúde e para a sociedade sobre as atividades que desenvolvem. Dessa forma, vai haver o conhecimento do assunto e do procedimento a ser seguido diante de uma suspeita de reação adversa a medicamento. Portanto, na área da farmacovigilância, em todos os níveis, houve várias iniciativas interessantes, mas ainda há muito a avançar. As experiências são localizadas e o tema reações adversas ainda é desconhecido por muitos profissionais de saúde. A farmacovigilância deve ser, pois, trabalhada junto às unidades básicas de saúde, tanto com os profissionais quanto com os pacientes, para que seja reconhecida, enfim, como um importante instrumento no uso racional e seguro dos medicamentos (MARIN et al., 2003).DESCONGESTIONANTES NASAIS 
	Os medicamentos descongestionantes são as drogas com melhor efeito sobre estes sintomas, pois são drogas simpaticomiméticas, que atuam diretamente sobre os vasos de capacitância das conchas nasais. A administração de descongestionantes nasais tópicos pode contribuir para o alívio da obstrução nasal no resfriado comum, sinusite, febre, rinite crônica ou aguda, alergias do trato respiratório superior, desvio de septo, hipertrofia das conchas nasais, neoplasias, pólipos nasos sinusais e rinite vasomotora (ZAFFANI et al, 2007). 
Vários descongestionantes nasais tópicos são vendidos livremente nas farmácias e drogarias do Brasil, o que predispõe ao uso indiscriminado pela falsa noção de que esses medicamentos não causariam eventos adversos. Entretanto, estudos têm demonstrado efeitos nocivos relacionados tanto ao uso terapêutico quanto ao uso indiscriminado desses medicamentos.No Brasil, os descongestionantes nasais de uso tópico pertencem à classe de medicamentos mais procurados pelos pacientes na automedicação, ocupando a segunda colocação (7% do tota). Esse fato não caracteriza descumprimento de legislação, pois “de acordo com as normas vigentes (Lei nº 5991, de 17 de dezembro de 1973), os medicamentos contendo derivados imidazolínicos são de venda livre” (HERBERTS et al., 2006).
 Porém, levando em consideração a saúde do paciente, essa prática é preocupante, visto que o uso indiscriminado desses medicamentos podem causar eventos adversos comprometedores. Evento adverso é definido como qualquer ocorrência médica desfavorável, que pode ocorrer durante o tratamento com um medicamento, mas que não possui, necessariamente, relação causal com esse tratamento. Um evento adverso inclui qualquer sinal desfavorável e não intencional, sintomas, ou doença temporariamente associada com o uso do medicamento, relacionado ou não ao medicamento, a desinformação a respeito dos riscos da exposição a tais medicamentos, principalmente, em crianças com menos de seis anos de idade em pacientes predispostos (quando são contraindicados) poderia explicar os eventos relatados neste estudo. Essa prática parece estar relacionada com o grau de instrução do usuário, com a grande oferta e a facilidade de adquirir o medicamento nas farmácias e drogarias, tendo como consequências o surgimento de enfermidades iatrogênicas e o mascaramento de doenças. (MARODIN e GOLDIM, 2009). 
Podem ser classificados como: Evento adverso grave, definido como qualquer ocorrência médica indesejável que resulte em morte, ameaça à vida, hospitalização ou prolongamento de uma hospitalização preexistente, incapacidade persistente ou significativa, anomalia congênita e malformação ao nascimento ou efeitos clinicamente importantes; e Evento adverso inesperado, definido como um evento cuja natureza ou severidade não são coerentes com as informações constantes na bula do medicamento ou no processo do registro sanitário no país, ou que seja inesperada de acordo com as características do medicamento (MARODIN e GOLDIM, 2009). 
Atualmente, vários descongestionantes nasais tópicos são vendidos livremente nas farmácias e drogarias, o que predispõe ao uso indiscriminado pela falsa noção de que eles não causariam eventos adversos. Entretanto, estudos têm demonstrado que, utilizados com ou sem prescrição de um profissional de saúde, muitos desses medicamentos têm o potencial de causar efeitos nocivos aos usuários, como descreve o estudo de Balbani et al (2004), onde os descongestionantes nasais tópicos foram responsáveis por 87% das ocorrências medicamentosas relatadas no período (ZAFFANI et al, 2007).
Dentre os descongestionantes tópicos nasais, destacam-se os vasoconstritores, que se dividem em: derivados imidazólicos (nafazolina, oximetazolina, tetraidrozolina e xilometazolina) e os derivados das catecolaminas (epinefrina, efedrina e fenilefrina). O primeiro grupo são vasoconstritores potentes e podem causar estimulação alfa-adrenérgica central, gerando reflexo vagal e bradicardia. Já os derivados das catecolaminas são agonistas dos receptores alfa-adrenérgicos (fenilefrina), que podem levar a reações cardiovasculares em crianças, idosos, pacientes hipertensos ou cardiopatas; e estimulantes dos receptores alfa e beta-adrenérgicos (epinefrina). A ação descongestionante inicia-se em torno de cinco a dez minutos, e a duração do efeito terapêutico da nafazolina e da fenoxazolina varia de três a seis horas, enquanto que para a oximetazolina pode ser de seis a 12 horas (BALBANI et al, 2004).
Contudo, a prevenção de possíveis eventos adversos se faz necessário e pode ser conseguida através de ações coordenada das autoridades governamentais, junto aos profissionais de saúde, farmacêuticos, balconistas de farmácias e educadores, instruindo e conscientizando a população sobre o uso correto desses medicamentos. O farmacêutico tem papel essencial na atenção sanitária da comunidade, no que tange a garantir uma farmacoterapia efetiva e a promoção da saúde. A avaliação farmacêutica da prescrição e da forma como o paciente utiliza os medicamentos, em um processo de dispensação ou revisão da farmacoterapia, pode gerar alterações do processo de uso que aumentem a possibilidade de bons resultados. O envolvimento de um farmacêutico clínico na equipe de atendimento pode elevar a qualidade do serviço prestado, sem ingerências sobre as competências multiprofissionais (ZAFFANI et al, 2007).
		
MUCOLÍTICOS E ANTITUSSÍGENOS 
A tosse é um mecanismo de proteção das vias aéreas e também o sintoma respiratório mais comum em crianças e adultos. Pode decorrer de inúmeras causas infecciosas e não infecciosas, ser caracterizada como seca ou produtiva, e classificada, de acordo com a duração, em aguda (menos de 3 semanas), subaguda (3-8 semanas) ou crônica (mais de 8 semanas). Os paroxismos de tosse podem prejudicar a qualidade de vida do paciente por interferirem no sono, provocarem disfonia, vômitos, cefaleia ou incontinência urinária. Antitussígenos e mucolíticos - muitos dos quais são isentos de prescrição médica, estão entre os medicamentos mais consumidos no mundo (FIESS, 2006).
	A toxicidade dos antitussígenos isentos de prescrição e os dados inconclusivos de sua eficácia clínica levaram as autoridades de saúde do Canadá a conta indicá-los aos menores de seis anos e adotarem medidas de segurança adicionais: advertência em bula sobre os cuidados no uso por crianças de 6 a 12 anos e padronização das embalagens (frasco à prova de abertura pela criança, acompanhado de copo dosador). No Brasil, consta em bula a advertência de que antitussígenos não devem ser utilizados em crianças menores de dois anos de idade, e as indústrias farmacêuticas não estão obrigadas a utilizar embalagens à prova de manuseio por crianças (SCHAEFER, 2008).
	O reflexo de proteção das vias aéreas é um mecanismo dinâmico que acompanha o amadurecimento do sistema nervoso central (SNC) e sofre influência de fatores hormonais e neuro-humorais. Nos mamíferos recém-nascidos, especialmente os prematuros, a presença de secreção, conteúdo gástrico ou outros líquidos nas vias aéreas superiores (VAS) resulta em movimentos de deglutição e fechamento da glote, apneia, bradicardia e redistribuição do fluxo sanguíneo para órgãos vitais. A ação das interleucinas no SNC sensibiliza o reflexo e prolonga as apneias (20), o que explicaria o maior risco de morte súbita nos neonatos com infecções das vias aéreas superiores (IVAS) (SMITH, 2008).
	A neurofisiologia da tosse é complexa, envolvendo ativação de múltiplos receptores nas vias aéreas e de projeções neurais do núcleo do trato solitário para outras estruturas do sistema nervoso central. Desvendar a relação fisiopatológica entre a tosse, a acidificação das vias aéreas e a discinesia laríngea é um campo de pesquisa instigante em Laringologia. Estudos recentes anos apontam que muitos pacientes com tosse crônica têm neuropatia sensitiva do nervo laríngeo recorrente, ampliando a compreensão do problema e abrindo a perspectiva de terapêutica comneuromoduladores como a gabapentina e a pregabalina (SCHAEFER, 2008).
	A importância do diagnóstico etiológico da tosse é indiscutível. Contudo, muitos doentes recorrem à automedicação com antitussígenos e mucolíticos - ou solicitam que o médico os prescreva - para atenuar o desconforto até que se identifique a causa do sintoma e se inicie o tratamento específico (ZAFFANI et al, 2007).
	
III CONSIDERAÇOES FINAIS 
	O uso indiscriminado de medicamentos é uma realidade no contexto de saúde desde uma automedicação até o uso imoderado de medicamentos considerados de pequenos riscos podem causar uma dependência, muitas vezes tais fatores proporcionam riscos à saúde do paciente, sendo interações medicamentosas, ou com alimentos, expõe o mesmo a possíveis reações adversas que deve ser notificado.
 IV REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 
ARRAIS, P. S. D. Farmacovigilância: até que enfim no Brasil. Saúde em Debate, Londrina, no 49/50, p. 80-82, 1996.
BALBANI, A.P.S.; DUARTE J.G.; MONTOVANI, J.C. Análise retrospectiva da toxicidade de gotas otológicas, medicamentos Tópicos nasais e orofaríngeos registrada na grande São Paulo. Rev. Assoc. Med. Bras., São Paulo, v. 50, n. 4, p. 433-438, Abr. 2004. 
Fiess E. II Diretrizes brasileiras no manejo da tosse crônica. J Bras Pneumol. 2006, 32 (supl. 6):S403-46.
	4. FUCHS, F. D; WANNMACHER, L.;FERREIRA, M. B. C. Farmacologia clínica: fundamentos da terapêutica racional. 3. ed. Rio de janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
5. GOODMAN & GILMAN. As bases farmacológicas da terapêutica. 10. Ed. RIO DE JANEIRO: McGraw-Hill, 2005.
6. Katzung, B. G. Farmacologia Básica e Clinica. Rio de Janeiro: McGraw-Hill, 2010.
7. Lazarou J, Pomeranz BH, Corey PN. Incidence of adverse drug reactions in hospitalized patients: a meta-analysis of prospective studies. JAMA 1998;279(15):1200-5. 
3 - Shastry BS. Pharmacogenetics and the concept of individualized medicine. Pharmacogenomics J 2006;6(1):16-21 –
8. Chowbay B, Zhou S, Lee EJ. An interethnic comparison of polymorphisms of the genes encoding drug-metabolizing enzymes and drug transporters: experience in Singapore. Drug Metab Rev 2005;37(2):327-78. 
9. Mukherjee D, Topol EJ. Pharmacogenomics in cardiovascular diseases. Curr Probl Cardiol 2003;28(5):317-47. 
10. Evans WE, Relling MV. Pharmacogenomics: translating functional genomics into rational therapeutics. Science 1999;286(5439):487-91.
11. ZAFFANI, E. et al. Perfil Epidemiológico dos pacientes usuários de descongestionantes nasais tópicos do ambulatório de otorrinolaringologia de um hospital universitário. Arq. Ciênc. Saúde, São José do Rio Preto, v. 14, n. 2, p. 95-98, Abr-jun 2007. Disponível em: <http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol-14-2/IIDD239.pdf>. Acesso em: 21 Maio 2014.
		HERBERTS, R.A. et al. Uso indiscriminado de descongestionantes nasais contendo nafazolina. Revista Brasileira de Toxicologia, v. 19, n. 2, p.103-108, 2006. Disponível em: < http://www.sbtox.org.br/Revista_SBTox/V19[2]%202006/V19%20n%202%20Pag%20103- 108.pdf> Acesso em: 18 Maio 2014.
	
MARIN, N. et al. (Orgs.) Assistência Farmacêutica para gerentes municipais. Rio de Janeiro: OPAS/OMS, 2003. 336p.
MARODIN, G.; GOLDIM, J.R. Confusões e ambiguidades na classificação de eventos adversos em pesquisa clínica. Rev. Esc. Enferm. USP., v. 43, n. 3, p. 690-696, 2009. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v43n3/a27v43n3.pdf>. Acesso em: 19 Maio 2014.
Schaefer MK, Shehab N, Cohen AL, Budnitz DS. Adverse events from cough and cough medications in children. Pediatrics. 2008, 121:783-7.
Smith SM, Schroeder K, Fahey T. Over-the-counter medications for acute cough in children and adults in ambulatory settings. Cochrane Database Syst Rev. 2008: (1):CD001831.

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