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Direito Internacional Público (1)

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123Profº - Luis Fernando Cardoso
Bibliografia:
- Manual de Direito Internacional Público – Casella, Nascimento e Silva; e Accioly – Saraiva. 
Avaliação Continuada
Trabalho em grupo até 5 pessoas, máximo 10pg. 
Tema: Incorporação de Tratados no Direito Brasileiro
Apresentação:
Conteúdo Programático - Teoria Geral do DIP (sujeitos, fontes, incorporações de normas internacionais.
Direito Internacional dos Direitos Humanos
Bibliografia - Manual de Direito Internacional Publico - 
Profs Casela, Nascimento e Silva e Accioly
Saraiva
Avaliação - continuada (trabalho em grupo até 5 pessoas (incorporação de tratados no Direito Brasileiro) Maximo de pag. 10) - Final de abril - formatação manuscrito ou computador - consulta a escolher a bibliografia.
Regimental - toda matéria do semestre, perguntas: casos, pressupõe o domínio dos conceitos.
Questões Gerais
Zetética e Dogmática a Construção
Dogma - presunção de verdade, parte-se do pressuposto que determinada questão é verdadeira, a partir do que está expresso nas fontes do Direito,também utilizada muito em contexto religioso.Construção do Direito já está nas fontes do Direito, área dogmática.
Abordagem zetética (abordagem critica). Construir conhecimento a partir de reflexões metajuridicas e não a partir das fontes.
Zetética Dogmática – Construção do Direito.
Dogma -> é uma presunção de verdade. Parte-se do pressuposto que determinada questão é verdadeira. 
	
Zetética -> abordagem crítica do direito
06.03.17
1) Definições
Em 1780 que surgiu a expressão do “direito internacional” por Jeremy Bentham (international law).
Definição Ampla -> DIP é o sistema das relações jurídicas entre entidades políticas independentes.
Definição Restrita -> DIP é um sistema de relações jurídicas entre os sujeitos de direito. 
O primeiro e principal sujeito de DIP é o Estado/Nação.
2) Histórico
I) 1648 ~1789 -> Estado Nação
Em 1648 ocorreu a “Paz de Vestfália”, marcando o fim da Guerra dos 30 anos. Nesta, triunfava a igualdade jurídica entre os Estados, estabelecendo bases do princípio do equilíbrio europeu bem como começam a surgir resquícios de regulamentação internacional positiva. 
Nesse ano que surgiu a soberania de cada Estado dentro de seus territórios.
A ideia de que os cidadãos têm vínculo com o Estado – relação de nacionalidade – surgiu em 1789 com a Revolução Francesa. 
Entre os Séculos XVII e XVIII que começou a surgir a noção de Estado-Nação. 
II) 1815 ~1920 -> Fundamentos do D.I.P.
Em 1815, após as Guerras Napoleônicas, no Congresso de Viena foi consolidado a instituição da diplomacia contemporânea. Até então as relações exteriores eram comandadas pelo chefe do Estado. Neste congresso os principais cargos de diplomacia foram positivados.
A partir de então os Estados Europeus começaram a fazer uma gestão compartilhada das Relações Internacionais (multilateralismo) para negocias e estabelecer rumos das negociações internacionais. 
Em 1899 ocorreu a 1ª Conferência da Paz da Haia. 
Tinha como primeiro objetivo estabelecer regras sobre conflitos armados. 
Em segundo tentou estabelecer um sistema próprio de solução de controvérsias, chamado de Corte Permanente de Arbitragem. 
Em 1907 houve a 2ª Conferência da Paz da Haia. 
Nesta houve a tentativa de instaurar uma Corte Penal Internacional, o que não teve sucesso.
Em 1919, após 1ª Guerra, houve a Conferência de Paris/Versalhes. 
Foi criara a Liga das Nações. Foi a 1ª organização internacional de caráter universal.
Havia um dispositivo na Liga das Nações dizendo que seria criada uma Corte Permanente de Justiça Internacional. 
Esta CPJI foi estabelecida em 1920 em Haia
III) 1945 ~1948 -> Ser Humano como Sujeito de DIP. 
Em 1945, após a 2ª Guerra, a ONU é criada pela Conferência de São Francisco.
Dentre os objetivos da ONU há a promoção e defesa dos direitos humanos. 
Por conta deste objetivo em 1948 foi expedida a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Não buscava mais a proteção do Estado-Nação, mas sim a proteção dos direitos humanos. 
Sujeitos de DIP
O que define um sujeito de DIP é a Capacidade Jurídica Internacional.
13/03/2017
Sujeitos de Direito Público 
1 - Estados - sujeitos plenos de DIP, porque são os únicos que detém soberania, por isso os Estados tem um maior repertorio de liberdade jurídica. 
Um governador privado celebra atos jurídicos e não tratados.
Os Estados exercem dois tipos de competência: 
a)-competência territorial - se expressa no vinculo jurídico territorial, só Estado tem território
b) - competência pessoal - se expressa no vinculo jurídico de nacionalidade. A proteção diplomática se da por conta do vinculo de nacionalidade.
Estado constituído por 03 elementos segundo a Convenção Sobre os Direitos e Deveres dos Estados de 1933
Território - que constitui o território de um Estado: superfície e subsolo (domínio terrestre), sem limite, como Rússia, e também sem limites de subsolo, como Estados que podem deixar de existir, Tuvaloo (illha no pacífico), por conta de mudanças climáticas, aquecimento global, etc, bem como outras ilha; espaço aéreo (domínio aéreo), também sem limites, já o domínio Marítimo está Regulamentado no Tratado Convenção das nações unidas sobre o direito do mar de 1982.
Categoria de domínio marítimo - mar territorial (parcela do domínio marítimo que se estende até 12 milhas náuticas (cada 1,7 km), contadas a partir da linha de base, constituído-se em território do Estado Costeiro. Até 23 km ainda é território brasileiro. Zona contígua é a parcela do domínio marítimo que se estende por 12 milhas náuticas alem do mar territorial sobre a qual o Estado Costeiro exerce o se poder de fiscalização, apesar de não ser de propriedade do Estado, a zona contígua fica fora do território brasileiro mas fiscalizado pelo Brasil. Alem da Zona contígua temos a Zona Econômica Exclusiva - que é a parcela do domínio marítimo que se estende até 200 milhas (+ ou- 250 kilometros) náuticas contadas a partir da linha de base, sobre a qual o Estado Costeiros soberanos (prerrogativas sobre os recursos de natureza econômica da coluna d´água). Plataforma continental - parcela do domínio marítimo que se constitui por determinada angulação em uma extensão submarina do continente, a qual se reconhece a condição de território, até 200 milhas náuticas.
Os Estados cuja plataforma continental é superior a 200 milhas náuticas podem solicitar junto a ONU a sua extensão em até 15 milhas náuticas. 
População: é o conjunto de seres humanos que se encontra no território de um Estado, bem como os nacionais deste formam seu território. Sendo nacionais, estrangeiros (com vínculo com outros países), a pátrias (sem qualquer vinculo de nacionalidade), alem desses os brasileiros que estão fora do Brasil por qualquer motivo.
Governo: é o conjunto de atividades de natureza administrativa, legislativa e judicial sobre determinado território e determinada população. 
Existe um quarto elemento que constitui o Estado e não esta na convenção que é a autodeterminação dos povos e seu fundamento está na carta da ONU. Os titulares desta autodeterminação na perspectiva dos Estados é a liberdade reconhecida aos Estados à escolha dos seus sistemas políticos econômicos e sociais. Dois Estados que tinham modelos muitos distintos no que tange a modelo político e econômico - EUA e União Soviética.
20/03/2017
	
RECONHECIMENTO DE ESTADO E RECONHECIMENTO DE GOVERNO
1.Sujeitos Internacional de DIP
Estados
É o ato unilateral por meio do qual um Estado reconhece outro ente como equivalente; tal ato ocorre uma vez e é irrevogável.
Se um Estado declarasse a sua independência, chega a Argentina e reconhece como um novo Estado, e uma vez reconhecido não se revoga. Um Estado para que seja de reconhecimento alheio - constitutivo e outra teoria entende que não precisa do reconhecimento que é um ato meramente declaratório.
Teoria majoritária é a que o reconhecimento é meramente declaratório. Ex. o Estadoda Palestina e Cossovo, os dois não são reconhecidos como independentes mas não deixa de ser Estado.
Alem do reconhecimento de Estado temo o Reconhecimento de Governo - ato unilateral por meio do qual um Estado reconhece um governo estrangeiro como o legitimo representante deste Estado. Tal ato é revogável e intermitente - em países que segue o regime democrático de tempos em tempos há um novo governo e os outros Estados reconhecem este novo governo como legitimo, é feito de varias formas como no dia da posse que o presidente recebe os representantes de outros países, este ato efetua este reconhecimento, ao contrario do reconhecimento de Estado que so acontece uma vez o reconhecimento de governo é periódico.
OBS: assim que assume a vice presidência assume a presidência da republica a primeira coisa é reconhecer .
OBS: reconhecimento de Estado e de Governo não são estritamente jurídicos também são de natureza política, o que o DI administra é como estes atos são realizados e as consequências disto, agora fazer o reconhecimento é de natureza politca.
Organizações Internacionais
São as associações entre sujeitos de DIP, Estados e/ou organizações internacionais , constituídas por meio de tratados e dotadas de personalidade jurídica internacional.
Uma pessoa jurídica de direito interno pode ter uma pessoa física mas pode ter uma pessoa jurídica igualmente no caso da Organização internacional são pessoas de DIP, tem que ser Estados, e o instrumento jurídico é um tratado. a OI possui tanto personalidade jurídica interna (em relação aos seus membros), quanto internacional (em relação a comunidade internacional. Entretanto sobre a ultima há duas teorias: 1. Teoria do Reconhecimento Implícito ( o reconhecimento se da pelo mero exercício de suas funções) e a 2. Teoria do Reconhecimento Explícito ( o reconhecimento se dá no texto do tratado constitutivo ou em protocolo posterior).
Toda organização internacional tem personalidade jurídica interna. Ex ) ONU quando foi constituída ela não tem uma clausula dizendo que tem personalidade jurídica internacional, mas na Palestina logo quando foi constituído Israel a ONU tentava a solução pacifica, um funcionário morreu num ataque, a ONU imputava culpa in vigilando a Israel que discordava e havendo o conflito, o arbitro tinha que saber se a ONU tinha personalidade jurídica internacional para ajuizar esta ação, foi levado para a Corte Internacional de Justiça dizendo que para o exercício de suas funções a ONU obrigatoriamente teria esta personalidade jurídica.
Mas outra corrente diz que essa personalidade jurídica internacional tinha que ser explicita.
Organizações Internacionais não tem soberania, não tem território. Ex única organização internacional que tem sede no Brasil - Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, que fica em Brasília. A área em que esta a organização se chama Acordo de Sede, que tem um regime jurídico especial.
Da mesma forma que não tem território não tem nacionalidade entretanto algumas OI reconhece o vinculo jurídico de cidadania. Se quer saber se o Estado tem o critério.
Direito político subjetivo - direito de liberdade e circulação, direito de ser eleito em municípios e de se eleger e ser eleito.
Há cidadania sem nacionalidade que é o que acontece com o português no Brasil.
Direito de residir por dois anos no MERCOSUL - acordo de residência.
Seres HUMANOS - O reconhecimento do ser humano como sujeito de DIP, se consolida no pós segunda guerra mundial, em especial com a carta da ONU e a Declaração Universal dos Direitos Humanos, entretanto o ser humano possui o mais limitado exercício de capacidades jurídicas internacionais, menor que a do Estado e das organizações internacionais.
Comissão Interamericana de Direitos Humanos - tem acesso direto a esta comissão, não precisa da representação do Estado Brasileiro tem capacidade judidica processual ativa e passiva.
situações especiais - Santa Sé - é a cúpula governamental da igreja católica localizada na cidade do Estado do Vaticano a qual se reconhece a qualidade de sujeito de DIP. A Santa Sé tem território, mas não é considerado Estado porque não tem nacionais a Santa Sé não atribui vinculo de nacionalidade, mas é um sujeito de DIP, ex Comitê Internacional da Cruz Vermelha - associação de direito civil suisso fundada em 1864, a qual se reconhece a qualidade de sujeito de DIP. Em regra ONGS não são sujeitos de DIP, pode celebrar tratados
DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO E PRIVADO
DIP - Direito aplicável
Processo Civil Internacional
Processo Civil Estrangeiro
Direito Internacional - privado - situação jurídica se há competência do Brasil poder ou não julgar, se há interesse da Republica Confederativa em julgar- CPC . Como julgar - LINDB.
Vai haver perguntas de Direito Material e Direito 
CPC (40 referencia ao Direito Internacional) - se pode ou não julgar?
- Limites da Jurisdição Internacional - (pressuposto da competência) - existem dois tipos de jurisdição.
a) absoluta ou exclusiva (art. 23) - ocorre quando há apenas uma jurisdição possível, a brasileira. 
Bens imóveis situados no Brasil, inventário ou partilha de bens situados no Brasil em matéria de sucessão ou partilha de bens em matéria de dissolução conjugal ou de união estável, norte - é o patrimônio que se encontra no Brasil. 
Não se consegue homologar sentença estrangeira se outro pais resolver sobre estas questões.
b) relativa ou concorrente - ocorre quando há mais de uma jurisdição possível, inclusive a brasileira (art. 21 e 22) - art.21 - réu domiciliado no Brasil (beneficiando o réu), obrigação no todo ou em parte a ser executada no Brasil. Ato ou fato jurídico no Brasil.
Artigo 22 - incorporação da jurisprudência em sede legal - o CPC de 2015 pegou todas as jurisprudências agora em forma de lei - Ações de natureza alimentar, quando o credor tiver domicílio no Brasil, quando o réu tiver vínculos patrimoniais com o Brasil, em relação de consumo - quando o consumidor tiver domicílio no Brasil, ideia, quando se tem cláusula contratual de reconhecimento da jurisdição brasileira. - é observado a vontade das partes para o reconhecimento da jurisdição.
Litispendência Internacional - CPC 73 era tratado no artigo 90 (dizia que não há litispendência internacional se fossem duas ações idênticas em dois países diferentes).
Agora no código de 2015 - continua havendo litispendência - entretanto a existência de uma ação conexa no Brasil, não impede a homologação da coisa julgada brasileira - se houver uma sentença em outro país e outra estiver em curso aqui no Brasil, esta sentença será homologada aqui e a ação daqui será extinta. Não importa quem julgará primeiro será homologado no outro país.
Cláusula de exclusividade de foro estrangeiro - em contratos internacionais a existência desta cláusula impede o exercício da jurisdição brasileira - com a exceção - só não pode versar sobre jurisdição absoluta - questões de ordem pública, a vontade das partes não pode afastar a questão da jurisdição absoluta.
04/04/2017
Fontes de DIP
Fontes no Direito - de onde se extrai o Direito - fontes se faz aluzão a água, ou seja origem do Direito, ou formas de manifestação sobre o Direito
As fontes do DIP são diferentes do DI.
De um lado temos a ADPF153 que discutia a respeito da anistia de 1959 (constitucional), e de outro lado se discute a lei de anistia contra os tratados de Direitos Humanos (inconstitucional).
A mesma questão foi analisada a luz de fontes diferentes. Ou seja uma fonte é a CF e a outra são os tratados, pois para Corte Interamericana a CF nem lei é.
Classificação
Há varias formas de se classificar fontes, usaremos o critério cronológico, onde podem ser classificadas em duas categorias.
a)clássicas - art. 38 ECIJ - Estatuto da Corte Internacional de Justiça/1945, que tem a sua redação original de 1920 da Corte Permanente de Justiça Internacional.
Todas as outras fontes que não se encontram neste artigo 38 serão as modernas.
Fontes Clássicas
Tratados - são os acordos de vontadeestabelecidos de forma escrita entre sujeitos (todos exceto os indivíduos, ou seja seres humanos) de DIP capazes de produzir efeitos jurídicos internacionais.
Os tratados são análogos aos contratos no Direito internacional.
Costume Internacional (comportamento dos Estados) - são os atos e práticas dos Estados reiterados ao longo do tempo (elemento objetivo) reconhecidos como direito (elemento subjetivo). (Savinny).
O costume em regra é mera cortesia, sendo mera cortesia não tem valor jurídico,não pode ser revindicado juridicamente caso o outro Estado venha deixar de fazer.
Emento subjetivo reconhecido como direito também é utilizado a expressão “opinio júris”
OBS: tanto nos EUA como na Inglaterra, se utiliza pouquíssimo dos costumes hodiernamente o que se utiliza são estatutos ou leis.
Princípios Gerais do Direito - são os institutos jurídicos presentes na maior parte dos sistemas jurídicos internos, bem como aqueles próprios do DIP.
A ideia é que o juiz da corte não precise procurar nenhum direito em específico 
Artigo específico 1º e 2º da Carta da ONU - auto determinação dos povos.
Equidade - noção de justiça aplicada ao caso concreto - Aristóteles ( dizia que a lei é uma régua convencional e a equidade era a régua de Lesgos, que se adaptava ao terreno ou seja flexível, ou seja se adapta ao contexto quando a lei é sempre a mesma independente do contexto.
A equidade no Direito interno ocorre quando autorizada em lei, já no Direito Internacional Publico as sentenças da CIJ só podem ser fundamentas em equidade no sentido geral quando expressamente autorizado pelos Estados litigantes. Situação na qual os juízes decidem tão somente a partir do seu senso de justiça, porem não há um controle sobre isto, por conta disso a equidade só podem ocorres se houver a autorização destes Estados.
No Brasil o sistema de conflitos utilizando a equidade é a arbitragem, no DIP na CIJ seria parecido.
Fontes auxiliares (Doutrina e Jurisprudência) - por não serem fontes fundamentais do Direito não pode ser utilizadas exclusivamente para fundamentar uma peça. O mesmo ocorre com tratados e costumes, pois são fontes auxiliares.
 
Fontes Modernas
Atos Unilaterais de Estados - atos jurídicos internos (de natureza legislativa,executiva ou judicial) capazes de produzir efeitos jurídicos internacionais. Ex> Protesto - meio pelo qual um Estado busca evitar a produção de efeitos jurídicos de um costume internacional sobre si - para um Estado impedir que o tratado produza efeitos sobre ele, ele o protesta, este protesto serve para se evitar que se estabeleça costumes internacionais sobre si
10.04.17
CONTINUAÇÃO
b.2) Atos Jurídicos de Organizações Internacionais -> são os atos jurídicos internos das OIs, cuja produção de efeitos jurídicos é variável conforme a OI em questão, bem como a natureza jurídica do ato.
Em geral as OI têm atos vinculantes e não vinculantes. O conteúdo dos atos vinculantes produz um vinculo jurídico, gerando direitos e deveres jurídicos. 
Já os não vinculantes não produzem efeitos, sendo aqueles chamados de “soft law”. Porém, não é porque não são vinculantes que não são importantes, podendo progredir para um ato vinculante (ex.: Declaração Universal dos Direitos Humanos veio como não vinculante, virando posteriormente vinculante). 
Para saber se vincula ou não é necessário verificar junto à OI para ver como esta classifica seus atos.
Os atos vinculantes podem ser perante os seus membros ou perante 3ºs. 
A regra é que os atos vinculem tão somente os membros da OI. Exceção é vincular terceiros (erga omnes).
As decisões do Conselho de Segurança da ONU em solução não pacífica de controvérsia possui este efeito vinculante perante 3ºs. 
b.3) Normas Imperativas de DIP (jus coges) -> são as normas jurídicas internacionais que não podem ser derrogadas por quaisquer outras normas jurídicas internacionais, exceto por uma nova norma imperativa. Estas normas derrogam qualquer outra norma que conflite com o seu conteúdo. 
Como não há uma Constituição Internacional houve a necessidade de criar, para matérias de extrema relevância a importância, normas jurídicas imperativas para criar diretrizes internacionais. 
Em geral a doutrina e jurisprudência reconhece nos direitos humanos boa parte das normas cogentes internacionais (exs.: genocídio, escravidão, trafico humano, crimes contra a humanidade).
Hierarquia das Fontes
Em princípio, não há hierarquia entre as fontes de DIP, entretanto, as normas imperativas se colocam de forma superior. 
Hierarquia no Direito Internacional X Direito Interno
1) Escola do Dualismo (Triepel): nesta perspectiva, o ordenamento jurídico internacional e o ordenamento jurídico interno são distintos sem pontos de conexão. 
2) Escola do Monismo (Kelsen): nesta perspectiva, o ordenamento jurídico internacional e o interno formam uma unidade; a prevalência de um sobre o outro dependerá do doutrinador em questão. Kelsen entendia que o direito internacional prevalecia sobre direito interno.
3) Teoria da Incorporação (Cassese): nesta perspectiva, o ordenamento jurídico internacional e o interno têm um ponto de intersecção. A perspectiva sobre essa intersecção dependerá do sistema de solução de controvérsia aplicável (interno ou internacional). Esta é a escola/teoria aplicada atualmente no Brasil.
Incorporação de Normas Jurídicas Internacionais
Não há um regime jurídico amplo e sistemático no direito brasileiro a respeito de incorporação, havendo apenas referências constitucionais para incorporação de tratados.
Plenipotenciário são as pessoas autorizadas a assinar tratados internacionais, sendo eles: Chefe de Estado/Governo; Ministro das Relações Exteriores; Embaixador.
Terceiros só podem assinar tratados internacionais caso tenham uma Carta de Plenos Poderes.
No âmbito interno, é competência privativa da Presidência da República assinar tratados internacionais, da qual deriva para outros celebrarem tratados em nome do Brasil. 
A incorporação do tratado não se dá pela assinatura, entretanto, pelo princípio da boa-fé a assinatura vincula o Estado a não se comportar de forma contrária ao objeto principal do tratado, sob pena de responsabilização internacional. 
Após a assinatura é feita uma mensagem ao Congresso Nacional, submetendo a ele o tratado, pois é competência privativa do CN aprovar ou não tratados. 
A aprovação se dá via Decreto Legislativo, sendo publicado do DO.
O Decreto é então encaminhado à presidência da república para realizar a promulgação e a ratificação.
Promulgação é o ato jurídico interno por meio do qual se realiza o vínculo jurídico interno, após a devida publicação. A partir da promulgação o tratado é incorporado ao sistema jurídico interno.
Ratificação é o ato jurídico internacional por meio do qual se confirma a assinatura anterior, realizando o vínculo jurídico internacional. 
O CN não é obrigado a aprovar um tratado assinado em razão do juízo político de conveniência e oportunidade. 
A apreciação de um tratado inicia sempre na Câmara dos Deputados.
Há dois ritos para aprovação de tratados: rito da lei ordinária e rito das emendas constitucionais.
Para todos os assuntos, exceto direitos humanos, segue-se o rito de aprovação das leis ordinárias. 
Para os tratados de direitos humanos, a partir de 2004, segue-se o rito da EC. 
O problema é que não existe definição positivada do que é tratado como direitos humanos. Na prática quem decide isso é a forma pela qual a CCJ analisa. 
17.04.17 – continuação integração de tratados.
Em tratados bilaterais o CN, em interpretação extensiva ao art. 49, I, reconhece a capacidade de aprovar os tratados com algum tipo de alteração de seu texto.
Já em tratados multilaterais não tem como o CN alterar o texto do tratado em razão de inúmeros países acordantes. 
Reserva
É o ato por meio do qual se afasta o vínculo a um determinado dispositivo do tratado. 
Só cabem em tratados multilaterais. 
Ex.: tratado com 10 cláusulas assinado por 10 países. O pais A reservaa cláusula 3, afastando o vínculo jurídico que esta cláusula trará aos assinantes. 
São as condições para poder se fazer uma reserva: 1) não haver vedação expressa no tratado; 2) não pode fazer reserva sobre o objeto principal do contrato. 
A presidência da república não é obrigada a ratificar ou promulgar um tratado aprovado pelo CN.
Primeiro ocorre a ratificação e depois a promulgação. Porém, esta é uma prática diplomática, não havendo um vicio formal pela inversão das medidas.
Hierarquia
Todos os tratados, exceto os de DH são incorporados equivalentes às normas legais, mais precisamente às Leis Ordinárias. Terão o mesmo procedimento para aprovação de uma L.O. 
Os tratados de DH têm 2 possibilidades:
1) Aprovação conforme o art. 5º, §3º, sendo equiparados às Emendas Constitucionais. 
O problema é que o §3º foi introduzido pela EC 45/04. Assim, os tratados de DH incorporados antes de 2004
Outro problema é que não há uma definição exaustiva, plena, satisfatória e completa de direitos humanos. 
Os tratados aprovados mediante este dispositivo são considerados Supralegais, ou seja, abaixo da CF e acima das leis. 
Incorporação de Resoluções de Organizações Internacionais.
Tais atos não possuem um regime jurídico para incorporação no direito brasileiro. 
Entretanto, as práticas diplomática e legislativa estabelecem a diferença entre resoluções de natureza administrativa (sem necessidade de incorporação) e resoluções de natureza legislativa (há necessidade de incorporação como se fosse tratado). 
Jurisdição Estatal
No DIP o Estado tem dois modelos de jurisdição: territorial e pessoal.
Pela territorial, o Estado exerce o poder-dever de jurisdição sobre o seu território.
Na pessoal, o Estado exerce seu poder-dever de jurisdição sobre os seus nacionais e sobre os não nacionais em seu território. 
No DIP, jurisdição comporta o exercício de 3 funções: executiva, legislativa e adjudicatória. 
O conceito de jurisdição é mais amplo que o direito interno processual.
Regra: O Estado exerce sua jurisdição em seu território às pessoas ali presentes. 
Exceções:
1) Jurisdição Extraterritorial
2) Imunidade de Jurisdição
17/04/2017
Cont: Incorporação de Tratados no Ordenamento Juridico Brasileiro
Pode o CN fazer a aprovação sob condição de emenda ou de reserva?
Seria possível CN dizer aprovo desde que seja mudado tais e tais aspectos?
Quanto as emendas quando se trata de tratados bilaterais é submetido a aprovação do CN, então ele aprova desde que se altere determinada cláusula o CN vem se atendo a esta competência.
Isto não se dá em tratados multilaterais , como convenção da ONU sobre corrupção, que fora discutido por 120 Estados no mundo.
Quanto as reservas (ato pelo meio do qual se afasta o vínculo a determinado dispositivo do tratado, reservas só cabem em tratados multilaterais).
Ex. um tratado multilateral com cláusulas a,b,c, ai um Estado x assina porém com reserva a cláusula C, entretanto há duas condições para se fazer uma reserva, se houver vedação expressa e a outra e que a reserva não seja sobre o objeto principal do tratado.
A pergunta é se o CN, pode aprovar sob condição de reserva? O CN vem atribuindo a si esta competência desde que esta reserva seja possível.
A questão das Lacunas quando falamos da Presidência da República e seu processo de incorporação, ou seja, uma vez aprovado o tratado a Presidência é obrigada a ratificar o tratado? Não, esta ratificação é discricionária, não há prazo para isso.
Outra pergunta, o que vem primeiro a ratificação o a promulgação? A diplomática diz que se ratifica antes depois promulga.
A questão da hierarquia dos tratados no Direito brasileiro - a CF no topo, la em baixo as normas legais, ,então todos os tratados exceto os de DH são equivalentes a lei ordinária, não são iguais porque,porque pega-se o texto do tratado e submete a lei, porem para efeitos práticos é a mesma coisa.
Quando falamos de tratado de DH há duas possibilidades - 1 ter sido aprovado através do rito do §3º do artigo 5º, dessa forma será equivalente a emenda constitucional, e a outra possibilidade, porem há alguns problemas, este parágrafo foi colocado na CF pela emenda constitucional em 2004, então como ficam os tratados anteriores a 2004.
Pergunta: um tratado em direito ambiental faz parta dos tratados de DH, caso não faça parte cairá na lei ordinária.
Portanto ou será equivalente a lei ordinária ou será Supralegal.
Tese do bloco de constitucionalidade - os tratados de DH são materialmente constitucionais, ou seja independente da forma, o conteúdo deste tratado é equivalente a emenda constitucional.
Tese supralegalidade (vencedora) - todos os tratados de DH exceto aqueles aprovados pelo rito do §3º artigo 5º são considerados supralegais, ou seja, estão abaixo da CF,porém acima das leis.
Tratados de DH no Brasil, são no mínimo norma supralega, ou então será equivalente a emenda.
Incorporação de Resoluções de Organizações Internacionais
Tais atos não possuem um regime jurídico para incorporação no Direito brasileiro, entretanto as práticas diplomáticas e legislativas estabelecem a diferença entre resoluções de natureza administrativa (sem necessidade de incorporação), e resoluções de natureza legislativa (há necessidade de incorporação como se fosse tratado).
O nosso direito não fala como se incorporação, e isto gera algumas dificuldades quando se fala em Mercosul.
Existe um acordo de residência (resolução do MERCOSUL), em relação a trabalho de mão de obra estrangeira, o objeto é lei no Brasil? Esse acordo tem que submetido ao CN.
Porem se for uma questão meramente administrativa, um brasileiro presta concurso Argentina e passa, não cabe submeter isso ao CN.
Enquanto isso não é alterado na CF, fica essa divisão adminstrativa.
Jurisdição Estatal
Considerações Gerais.
Os Estados tem duas primeiras modalidades:
Direito internacional publico - jurisdição territorial e a jurisdição pessoal
Pela jurisdição territorial - O Estado seu poder dever de jurisdição pelo seu território, já na jurisdição pessoal, o Estado exerce seu poder dever de jurisdição sobre os seus nacionais e não nacionais que estão em seu território.
Pelo direito internacional público comporta o poder dever de três jurisdições que comporta a executiva, a legislativa e a adjudicatória.
Conceito de Jurisdição no Direito Internacional Público - conjunto de poderes do Estado, de executar, legislar ou adjudicar sobre tudo que acontece no seu território ou todas as questões sobre os nacionais e não nacionais que estão no seu território - (REGRA).
Exceção 1 - Jurisdição Extraterritorial - caráter positivo - o Brasil reconhece coisas que vão alem do seu território. É possível utilizar as leis brasileiras para crimes fora do Brasil, nos casos do artigo 7º, possível o Brasil exercer sua função adjudicatória, porem não quer dizer que ele tenha competência executiva, no caso de sentença transitada em julgado, para a produção e efeitos jurídicos, para isso vai depender da anuidade do Estado do ilícito.
Jurisdição extraterritorial em matéria penal e em matéria civil empresarial
Exceção 2 - Jurisdição Imunidade de Jurisdição - caráter negativo - pessoas ou situações que mesmo que aconteça no território brasileiro o Brasil não pode exercer sua jurisdição
Entrega do trabalho - 15 de maio
24/04/2015
Continuação:
Jurisdição extraterritorial em matéria penal e em matéria civil empresarial
Exceção 2 - Jurisdição Imunidade de Jurisdição - caráter negativo - pessoas ou situações que mesmo que aconteça no território brasileiro o Brasil não pode exercer sua jurisdição
Quando o Estado não exerce sua jurisdição territorial sobre determinadas pessoas ou bens que estão em seu território
Dividida em relação a imunidade de jurisdição sobre Estados Estrangeiros - pode se dar tanto em relação a pessoas como em relação a bens.
Quando falamos de pessoas, estamos falando de representantes do Estado estrangeiro, qual sejam: chefes de Estado e deGoverno, de Diplomatas e de Agentes Consulares.
O fundamento desta jurisdição é a sua soberania, o respeito a soberania do Estado estrangeiro.
Ex> supondo que o presidente do Brasil, vá a Argentina celebrar um contrato , enquanto o presidente estiver la ele goza de imunidade de jurisdição em relação a todos os atos administrativos, tributários, penal, civil e etc. Supondo que o presidente pegue o carro e bata o carro em outro carro, esta pessoa que foi abalrroada não poderá ajuizar uma ação contra o presidente, pois esta imunidade é adjudicatória sobre todos e quaisquer atos. Se esta pessoa vier a agredir o presidente, o Ministério Público Mexicano não poderá investigar, porem há uma exceção para chefe de Estados e de Governo são os crimes internacionais, aqueles tipificados em tratados internacionais sobre competência de tribunais internacionais, ou seja, ex> o presidente do México vem ao Brasil, entretanto existe um mandado de prisão contra o presidente expedido pelo tribunal penal internacional,por crimes pela humanidade, nesta caso o Brasil sendo integrante do Tribunal Internacional, terá que submeter o presidente do México.
Em relação a diplomatas - o fundamento jurídico da sua imunidade é um tratado chamado de Convenção de Viena sobre relações diplomáticas de 1961.
As imunidades de diplomatas são extensíveis aos seus familiares desde que não sejam nacionais em cujo território se encontra o/a agente diplomático/a.
Ex. diplomata brasileiro se for para embaixada do Brasil , ficará imune pela Convenção de Viena.
As imunidades se dão na esfera civil, administrativa, tributária, trabalhista e penal, no sentido de trabalhista e penal (são absolutas ) e civil, administrativa e tributária (relativas). Ex. matéria tributaria o diplomata tem imunidade sobre tributo direto, o que recebe la está isento do fisco americano, mas não tem relação a tributos indiretos, não pode descontar.
Já na trabalhista a imunidade é absoluta no sentido de adjudicatória. Ex. supondo que um diplomata português no Brasil, e acha que o seu pais não está pagando bem e é demitido, ele pode ajuizar uma ação no Brasil, mas será extinta sem resolução do mérito. Da mesma forma a questão penal, a jurisdição é absoluta - no caso de um diplomata português atacar um americano nos EUA, não poderá ser adjudicada nenhuma ação. As consequências serão :1. a suspensão da imunidade
Ex> a Ministra americana, pede que a imunidade da Republica Federativa do Brasil seja suspensa, . 2se não houver a suspensão há a declaração de condição de persona non grata, e ai o diplomata terá um tempo determinado para se retirar do país.
3. Terceira consequência - é o exercício da jurisdição penal do/a diplomata.
OBS: o Direito brasileiro (artigo 114 da CF) reconhece o exercício da jurisdição brasileira em matéria trabalhista para as relações de trabalho com os Estados estrangeiros. Entretanto, não há jurisdição pra diplomatas e agentes consulares, não se afastando ainda a imunidade executória para as outras situações.
Ex. advogada do consulado americano em SP - será empregado CLT não é agente consular, que não pode ajuizar reclamação trabalhista como a advogada que é CLT - artigo 114 CF (sujeito de direito externo), se aplicará o direito brasileiro., entretanto há a imunidade executória, ou seja, se o consulado não tiver cumprido alguma determinações legais, a justiça brasileira pode pronunciar uma sentença contra o consulado, porem o consulado tem a discricionariedade do cumprimento ou não daquela sentença, já que tem uma imunidade de execução, porque não há como bloquear o patrimônio do consulado e nem constringir os seus bens.
Ex. uma pessoa presta serviços de limpeza no consulado americano no RJ, ajuizou uma ação contra o consulado, que é possível, todavia não se consegue executar esta sentença.
A Imunidade em relação aos bens- o patrimônio do Estado Estrangeiro, vinculado ao exercício do chefe de Estado e de Governo ou o patrimônio vinculado a missão diplomática ou a missão consular.
No caso do patrimônio no exercchefe de Estado e chefe de governo, diplomático e consular , há a inviolabilidade ou seja não é suscetível a qualquer constrição, a qualquer limitação.
Ex. procurador do Estado de SP, e em seus casos tem o consulado da Taylandia como devedor de IPTU (não pode haver esta cobrança porque possui imunidade direta, não é suscetível de constrição).
No caso de agentes Consulares - o tratado é a Convenções de Viena de 1963.
Imunidade de Jurisdição em Relações Internacionais - fundamento é o Acordo de Sede ou outro tratado. - Toda organização internacional te uma sede e tem um tratado bilateral entre uma organização internacional e o pais onde ela tem a sua sede.
O tratado que irá regulamentar qual a extensão da imunidade que se dará em relação a pessoas como em relação a bens. Ex. uma pessoa brasileira - vai trabalhar no Mercosul por concurso publico, essa pessoa é funcionária de uma organização internacional a imunidade dessa pessoa, será determinada pelo acordo, assim como também em relação ao patrimônio.
OBS: funcionários de OI que possuam o seu próprio sistema de composição de conflitos trabalhistas não poderão recorrer a jurisdição adjudicatória brasileira. (TST).
Ex> supondo que um brasileiro nato trabalhe para ONU que tem escritório em Brasilia, eventualmente a pessoa vem ser despedida e ajuiza uma ação no Brasil, não será apreciado, essa ação deve ser ajuizada no sistema de composição de controvérsias da ONU.
08/05/2017
Responsabilidade Internacional
Responsabilidade se estuda conforme a área que se estuda, estas divisões do direito interno não necessariamente existe no direito nacional, o que existe mais próximo é a responsabilidade civil e penal.
Sujeito de DIP e a Responsabilidade Interna - responsáveis (sujeitos de direito), ex. o cachorro que ataca uma pessoa quem será responsabilidade será o dono, portanto o sujeito de direito é o dono (pessoas).
A responsabilidade interna consiste na:
Responsabilidade internacional de Estados
Responsabilidade para Organização Internacionais
Responsabilidade Internacional das pessoas 
A elaboração do instituto da “responsabilidade interna” de Estado.
A ONU, tem a Assembleia Geral que por sua vez tem uma seria de Comissões Temáticas e uma delas se chama Comissão de Direito Internacional que tem como objetivo elaborar minutas de tratados a fim de auxiliar a sistematização do Direito Internacional, ou seja, quando a ONU foi criada os Estados pedem tratados que versem sobre determinado assunto (como relações diplomáticas), o texto desta convenção e praticamente uma minuta.
Toda teoria geral ou introdução se coloca os princípios, a base, portanto os códigos tem essa finalidade e muitas vezes estes códigos são elaborados por juristas e não legisladores.
Ex; os juristas pedem à esta Comissão. que seja elaborada uma tratado sobre relações diplomáticas eles fazem esta minuta e os Estados que terão a competência para transformar esta minuta num tratado
A minuta sobre a responsabilidade internacional do Estado é de 2001, ainda não se tornou uma convenção, mas é considerada tão importante que por mais que seja uma minuta de um tratato, ela vincula pois, tem força de um tratado.
No inicio com esta minuta foi estipulado o que seria ilícito internacional, mas depois verificou-se que seria melhor não enumerar os ilícitos e sim as consequências do ilícito internacional.
Os elementos da Responsabilidade Internacional do Estado
Se o elemento volitivo está presente é responsabilidade objetiva, não estando presente o elemento volitivo será responsabilidade subjetiva.
A responsabilidade internacional do Estado é considerada objetiva por conta de dois elementos:
Imputabilidade do ato ilícito internacional a um Estado e a violação de uma obrigação jurídica internacional.
Como se sabe se está diante de uma obrigação internacional? Há uma obrigação do Estado? Houve uma violação de uma obrigação jurídica internacional? Ex uma invasão ao território vizinho, não precisafazer prova do dano porque já está implícito na obrigação jurídica.
O Estado é responsável pelos atos de quaisquer natureza atribuíveis a um órgão estatal paraestatal ou sobre o controle indireto deste, independentemente das divisões internas de um Estado. 
Um Estado é responsável internacionalmente sobre os órgãos que podem ser diretos do Estado como órgãos paraestatais, (por meio de autorização para particulares que praticam atos do Estado), ex. como se da as divisões internas do Brasil: Republica Federativa, o exercido das competências é conforme a divisão geográfica - estados, municípios e União, estas divisões importam dentro do Estado (Brasil), não importa e face de Estados estrangeiros.
Perante a esfera de Direito internacional, é somente a Republica Federativa, não importando as divisões internas do estado.
4 - As modalidade de Responsabilidade Interna do Estado:
Cessação - é o dever jurídico de romper com a violação 
Reparação - é o dever jurídico diante do dano. - Há três modalidades de reparação:
A restituição - reparação que restabelece a situação anterior “status quo ante” - ex um Estado esta construindo uma estrada próxima a fronteira no momento da explosão causou fissuras na represa do outro Estado. - o Estado tem o dever de cessar e de restituir (sendo possível).
Ex. quando se solicita a extradição - esta só pode ocorrer se compatível com o direito brasileiro, ex . pena de morte não pode extraditar , a não ser que o Brasil e este outro pais convertam a pena em outra e convolem (acordo).
A compensação - é a reparação de natureza pecuniária, ou seja, uma indenização, se estabelece a obrigação de dar uma quantia em dinheiro
A satisfação - reparação de cunho moral - 
Pode haver a cuminação das três modalidades.
Cuminação punitiva (finalidade de repreender o ato para que ele não aconteça novo), pode ser determinado pelo juiz independente da restituição e da satisfação, com valores bem elevados, muito utilizado na comolaw.
5 - Hipóteses de Exclusão de Ilicitude
Consentimento do outro Estado - ex. treinamento entre as forças armadas do EUA e o Brail, no territ´rorio brasileiro com consentimento, não há ilícito internacional 
Legitima Defesa em conformidade com a Carta da ONU - quando o Estado age em legitima defesa não incorre em ilícito internacional - 
Ato realizado em estado de necessidade
Retalhação Lícita
Força Maior
15/05/2017
Cont. Responsabilidade Internacional
Tribunais Penais Internacionais “AD HOC” criados pelo Conselho de Segurança da ONU, que tem como objetivo penalizar penalmente no âmbito internacional membros do auto- escalão político e militar responsáveis pelo conflito internacional em questão: ex. Tribunal Penal Internacional da Huanda e da Iuguslávia.
Foram responsabilizadas as pessoas que participaram destes crimes com tribunal específico para estes conflitos, eventualmente a ONU percebeu que ao invés de criar tribunais 
específicos, criou o Tribunal Internacional de Aya em 98.
Crimes de competência do Tribunal Penal Internacional- genocídio, crimes contra a humanidade, Crimes de guerra e crimes de agressão, onde não há imunidade de jurisdição, portanto chefes de Estado e de Governo são responsabilizados por crimes de competência do TPI.
Soluções de Controvérsia Internacionais:
Soluções Pacíficas - no Direito Internacional a partir da ONU, primeiro se recorre a soluções pacíficas para depois se recorrer a não pacífica
Se subdividem em duas:
Soluções por meios diplomáticos ou políticos - negociação direta e Negociação por meio de terceiros que pode ser Estado, Organização Internacional como um particular (pessoa). Essa participação pode ser dar por bons ofícios ou por mediação ou por conciliação.
-Bons ofícios - aqueles que ocorrem quando o terceiro facilita a comunicação entre as partes conflitantes podendo para tanto dispor do seu território ou outro espaço para a negociação, ou seja, este terceiro provém um espaço neutro para a negociação, porem em nenhum momento este terceiro participa desta composição.
- Mediação - mecanismo por meio do qual o terceiro negocia em conjunto com as partes conflitantes a solução.
- Conciliação - neste mecanismo o terceiro estabelece a solução do conflito. É o contrário da mediação. Solução vinculante e obrigatória para as partes.
Pode se recorrer a mais de uma solução, o importante é solucionar de forma pacífica o conflito.
Soluções por meios Jurídicos
São também de duas categorias:
Quase Judiciais:
- arbitragem - ponto importante criação da Corte Permanente de Arbitragem em 1800, primeira organização internacional criada para servir exclusivamente para solução pacifica de controvérsias, fica em Haia na Holanda.
Judiciais - são Cortes Internacionais que começa de fato em 1920 com a criação da Corte Permanente de Justiça Internacional, terminada a primeira guerra os Estados celebram um tratado de Versailles se coloca que criação um Tribunal Internacional, a CPJI fica Haia, funcionou até a segunda guerra mundial e então teve que encerrar suas atividades, em 1945 foi criada a Corte Internacional de Justiça vinculada a ONU, prosseguimento da CPJI.
Jurisdição da CIJ:.
- Contenciosa: o exercício da jurisdição se da por meio da composição do conflito entre Estados pela Corte. A Corte opera como nossos tribunais internos. O Estado tem acesso, Decisão Vinculante. O acesso a esta jurisdição se dá de 4 formas: 
1. Cláusula convencional de jurisdição. - como se fosse uma cláusula de arbitragem de direito interno, de tratados de qualquer tema.
 2. Tratado de Reconhecimento de Jurisdição - tratado cujo objeto é reconhecer a jurisdição da Corte.
3. Compromisso ou Acordo Especial - também tem arbitragem com dois Estados em conflitos e resolvem naquele caso especifico levar a CIJ, ao invés de recorrer a solução pacífica
4. Declaração Facultativa de Jurisdição Obrigatória - A jurisdição é obrigatória porque tem que haver o exercício da soberania, porem tem que haver algum vontade do Estado. Um grupo de juristas queria que o houvesse a vontade das duas partes.
O Estado faz essa declaração se ele quiser (facultativa), todavia a partir do momento que ele fizer se considerará para este Estado (obrigatória).
- Jurisdição Consultiva: O exercício da jurisdição se da por meio de um parecer não vinculante pela CIJ, após solicitação da Assembleia Geral da ONU, ou do Conselho Segurança ONU, ou de uma organização Internacional após a autorização da Assembleia Geral. A Organização Internacional tem acesso.
Soluções Não Pacíficas:
No Direito Internacional - o uso das forças internacionais é proibido. Os Estados renunciaram a ONU o recurso a força nas relações internacionais.
A partir da ONU os Estados não pode recorrer via de regra a força nas relações internacionais
Hipóteses de Licitude no uso da força que são as exceções: art. 51 da Carta da ONU
- quando houver a autorização do Conselho de Segurança da ONU
- quando se constituir legitima defesa (individual ou coletiva), ocorre quando há o uso da força de fato ou quando ele for iminente.
- exceção: legitima defesa antecipada - ocorre quando todos os atos preparatórios para o uso da força estiverem presentes devendo ser proporcional e necessário., ou seja somente quando ela for a ultima alternativa e proporcional.
- legitima defesa preventiva - tese não reconhecida pelo direito internacional (ilícita) -, ocorreria no caso de razoável probabilidade do uso da força.

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