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DT 2 aula 10 atualizada

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DIREITO DO TRABALHO II
Prescrição e decadência
 
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Institutos que produzem efeitos na relação jurídica material pelo decurso do tempo 
Buscam reprimir a inércia dos titulares dos direitos, e assim, fixam prazos razoáveis para que estes direitos sejam exercidos.
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO
AQUISITIVA
EXTINTIVA
O decurso do tempo permite a aquisição de direitos. 
Ex: usucapião
O decurso do tempo extingue a pretensão.
Pretensão é a possibilidade de exigir a reparação de um direito violado
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO
Conceito - é a perda da pretensão pelo decurso do prazo previsto em lei para a exigibilidade do direito violado
ART. 189, CC/02
DECADÊNCIA
Conceito - é a perda do direito, pelo decurso do prazo previsto em lei para a exercício do direito
PRETENSÃO: é o poder de exigir coercitivamente o cumprimento do direito por aquele que é obrigado. Assim, se não venceu ainda a parcela do 13º salário, ela ainda não pode ser cobrada. Pretensão não se confunde com ação, com a prescrição não morre a ação. A consequência da teoria adotada do Brasil é que, a parte não pode exigir coercitivamente, mas a outra parte pode pagar voluntariamente – obrigação natural (ligada à moralidade)
Tema da Apresentação
CRITÉRIOS PARA DISTINÇÃO ENTRE 
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
- Ação condenatória – prazo prescricional
 Ação constitutiva / desconstitutiva – prazo decadencial
 Ação meramente declaratória - imprescritível
DECADÊNCIA
atinge o próprio direito material
 o direito e a ação nascem simultaneamente
 O prazo decadencial corre continuamente, sem interrupção ou suspensão, em regra (art. 207 do Código Civil)
PRESCRIÇÃO
atinge a pretensão vinculada ao direito tornando-o imponente
 a ação nasce depois do direito, após sua violação 
 a prescrição pode ser suspensa ou interrompida, nos casos legalmente especificados
Tema da Apresentação
DECADÊNCIA
PRESCRIÇÃO
A decadência pode ser decretada em razão de alegação da parte, do Ministério Público (quando couber atuar no processo) e até mesmo de ofício
pode será pronunciada de ofício (art. 332, §1º,CPC/2015), mas sua aplicação na relação de emprego é discutível, por ser incompatível com o princípio da proteção do trabalhador.
Tema da Apresentação
RECONHECIMENTO DE OFÍCIO DA PRESCRIÇÃO - IMPOSSIBILIDADE
O trabalhador ajuizou ação trabalhista com o intuito de receber verbas devidas em função do término do contrato. O juízo de primeiro grau deferiu os pedidos, mas apenas com relação a período posterior a abril de 2005, declarando prescritos os pleitos anteriores a essa data, com base no artigo 219, parágrafo 5º, do CPC.
Inconformado, o empregado recorreu ao TRT-11 e afirmou que a regra do CPC é incompatível com o processo trabalhista, já que a CLT, ao tratar da prescrição em seu artigo 11, não prevê a possibilidade de o juiz a decretar de ofício.
O Regional não deu provimento ao recurso do empregado e manteve a sentença. Para os desembargadores, a regra do CPC é aplicável ao processo trabalhista, pois privilegia a estabilidade social e a segurança das relações jurídicas. "Ao pronunciar-se a prescrição, está-se reconhecendo uma situação consumada no tempo, de interesse coletivo e harmonizada com os princípios da primazia da realidade, celeridade e economia processuais", concluíram.
O trabalhador interpôs recurso de revista no TST e o relator, ministro Mauricio Godinho Delgado (foto), aplicou entendimento já pacificado no Tribunal para concluir pela incompatibilidade do dispositivo do CPC com o direito trabalhista. "Ao determinar a atuação judicial em franco desfavor dos direitos sociais laborativos, a regra civilista entra em choque com vários princípios constitucionais, como o da valorização do trabalho e do emprego, o da norma mais favorável e o da submissão da propriedade à sua função socioambiental, além do próprio princípio da proteção", explicou o magistrado.A decisão foi unânime para afastar a declaração oficial da prescrição e determinar o retorno dos autos ao juízo de origem para o prosseguimento do feito.
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO TRABALHISTA
(Art. 7º, XXIX, CRFB/88)
URBANOS E RURAIS
OJ – 83, SDI-I, TST – Aviso prévio. Indenizado. Prescrição. A prescrição começa a fluir no final da data do término do aviso prévio – art. 487, §1º, CLT
1998
2010
------------
2012
2 anos
5 anos contados do ajuizamento da ação trabalhista
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO TOTAL
PRESCRIÇÃO 
PARCIAL
2 ANOS
5 ANOS
S. 308, TST
Tema da Apresentação
EXCEÇÃO
SOMENTE PARA PARCELA NÃO PREVISTA EM LEI
PRESCRIÇÃO TOTAL
 5 ANOS
 S. 294, TST
Art. 11, § 2 da CLT Tratando-se de pretensão que envolva pedido de prestações sucessivas decorrente de alteração ou descumprimento do pactuado, a prescrição é TOTAL, exceto quando o direito à parcela esteja também assegurado por preceito de lei.
Tema da Apresentação
CASO CONCRETO
1º hipótese: Maria é frentista e sempre recebeu o adicional de periculosidade. Em janeiro de 2002, no entanto, alterando o contrato de trabalho unilateralmente, o dono do posto de gasolina, seu empregador, resolveu que não pagaria mais o adicional. Maria foi dispensada em janeiro de 2012 e no mesmo mês  ingressou com reclamação trabalhista para reivindicar o pagamento do adicional. 
 
2ª hipótese: Sandra é publicitária e, certa vez, conseguiu fechar um contrato que traria ao seu empregador um faturamento duas vezes maior do que o normal. Como retribuição, a agência resolveu pagar à Sandra uma premiação mensal no valor de R$ 2.000,00, o que ocorreu de janeiro de 1996 até janeiro de 2002, quando então, sem qualquer explicação, a agência resolveu cortar a premiação e pagar à Sandra somente o valor do salário, retomando a situação do início do contrato. Sandra foi dispensada em janeiro de 2012, tendo no mesmo mês ingressado com reclamação trabalhista para reivindicar o pagamento da premiação que deixou de ganhar por todos esses anos. 
Tema da Apresentação
INTERPRETAÇÃO DA SÚMULA
- Sandra e Maria sofreram igualmente uma ALTERAÇÃO UNILATERAL nos contratos de trabalho;
 - Ambas foram PREJUDICADAS com as alterações dos empregadores;
- Ambas sofreram as alterações em janeiro de 2002 e foram dispensadas em janeiro de 2012, data em que também ajuizaram as reclamações trabalhistas. 
 - A diferença, no entanto, é que a prescrição de Maria é PARCIAL e de Sandra é TOTAL. O detalhe está exatamente na NATUREZA da verba suprimida:
 
Maria - ADICIONAL DE PERICULOSIDADE = Verba prevista em lei
Sandra - PREMIAÇÃO = Verba pactuada entre as partes. 
- Entende-se que se a alteração afeta uma verba prevista em lei, há um PREJUÍZO SUCESSIVO ao empregado. Ou seja, mês a mês a lesão foi renovada. Assim, desde janeiro de 2002, mês a mês, Maria foi lesada, o que ocorreu até a data da dispensa, em janeiro de 2012. Então, ao ajuizar a RT em janeiro de 2012, Maria poderá reivindicar o pagamento do adicional de periculosidade dos cinco anos anteriores (até janeiro de 2007), ocorrendo neste caso a prescrição parcial (de 2007 para trás).
Tema da Apresentação
No caso de Sandra, a alteração afetou uma verba CONTRATUAL. O prêmio recebido por Sandra não estava previsto em lei, mas sim pactuado entre as partes. Assim, entende-se que em janeiro de 2002, com a supressão da verba, ocorreu um ATO ÚNICO do empregador, não havendo a renovação mês a mês do prejuízo.
 
- Deste modo, mesmo no decorrer do contrato de trabalho, Sandra poderia e deveria ajuizar a reclamação trabalhista para evitar o perecimento de seu direito. Isso porque, havendo um ato único em janeiro de 2002, a empregada teria até janeiro de 2007 para buscar a reparação. Ajuizando a RT somente em 2012, data da dispensa, o direito de discutir a alteração contratual e de postular as premiações estaria fulminado pela PRESCRIÇÃO TOTAL. 
Tema da Apresentação
CAUSAS DE IMPEDIMENTO DO PRAZO PRESCRICIONAL
Não corre prazo prescricional
(Hipóteses: artigos 197, 198,199 e 200 do Código Civil)
Art. 197. Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela.
Art. 198. Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3o;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra.
Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção.
Art. 200. Quando a ação se originar de fato que deva ser apurado no juízo criminal, não correrá a prescrição antes da respectiva sentença definitiva.
Art. 440 CLT - Contra os menores de 18 (dezoito) anos não corre nenhum prazo de prescrição.
Tema da Apresentação
CAUSA SUSPENSIVA DA PRESCRIÇÃO
A causa suspensiva ocorre quando o prazo já iniciou o seu decurso, paralisando-o, reiniciando após o desaparecimento das hipóteses legais, pelo prazo restante.
Art. 625-G CLT. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustrada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
Art. 855-E CLT A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados.
Parágrafo único.  O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo.’”
Tema da Apresentação
CAUSAS DE INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL
Art. 202, CC/02 - A interrupção da prescrição só pode ocorrer uma única vez
Art. 202, I, do Código Civil – “por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no prazo e na forma da lei processual”.
SÚMULA Nº 268, TST – A AÇÃO TRABALHISTA AINDA QUE ARQUIVADA INTERROMPE O PRAZO PRESCRICIONAL, EM RELAÇÃO AOS PEDIDOS IDÊNTICOS.
A interrupção tem o efeito de apagar o prazo prescricional já fluído, reiniciando-se a contagem a partir da data em que concretizada a causa interruptiva
Art. 11, § 3 da CLT A interrupção da prescrição somente ocorrerá pelo ajuizamento de reclamação trabalhista, mesmo que em juízo incompetente, ainda que venha a ser extinta sem resolução do mérito, produzindo efeitos apenas em relação aos pedidos idênticos.
Tema da Apresentação
Art. 202, II, do Código Civil – “por protesto, nas condições do artigo antecedente”.
OJ Nº 392, SDI-I, TST– O PROTESTO JUDICIAL É MEDIDA APLICÁVEL AO PROCESSO DO TRABALHO, O SEU AJUIZAMENTO, POR SI SÓ, INTERROMPE O PRAZO PRESCRICIONAL
Tema da Apresentação
PROTESTO – CAUSA INTERRUPTIVA
  “O sindicato constitui parte legítima para ajuizar protesto interruptivo da prescrição (procedimento que visa assegurar o direito de ação que, diante da prescrição, não poderia mais ser exercido), na condição de substituto processual, de acordo com o disposto no artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal”, sustentou o relator do agravo ao apontar o dispositivo do texto constitucional que assegura a prerrogativa processual das entidades sindicais. 
 A causa teve origem na 3ª Vara do Trabalho de Porto Alegre (RS), onde duas auxiliares de enfermagem do Hospital Nossa Senhora da Conceição S/A reivindicaram o pagamento de diferenças salariais decorrentes da redução do salário-base. O empregador sustentou a inviabilidade do pedido diante da ocorrência da prescrição, ou seja, a ação das trabalhadoras foi ajuizada além do prazo previsto na legislação. 
 Esse argumento, contudo, foi refutado pela primeira instância, diante de protesto interruptivo da prescrição formulado anteriormente pelo Sindicato dos Profissionais de Enfermagem (RS). “Considerando que o ajuizamento da presente demanda ocorreu de 25.07.2002, sabendo-se que o contrato da primeira trabalhadora teve início em 12.08.76 e ainda permanente em curso, e que o contrato da segunda vigorou de 08.01.74 a 11.09.2001, e considerando também a interrupção da prescrição, cujo marco prescricional a ser considerado é a data do ajuizamento do ”. (AIRR 757/02)
Tema da Apresentação
protesto (31.08.2001), inexiste prescrição a ser declarada”, afirmou a juíza da 3ª Vara, que garantiu o pagamento das diferenças salariais.
  Face ao posicionamento da primeira instância, a empresa hospitalar interpôs recurso no TRT-RS alegando que todos os direitos trabalhistas anteriores a cinco anos da data do ajuizamento da ação estavam prescritos. Argumentou, também, a ilegitimidade do sindicato para propor o protesto de interrupção da prescrição.  Após confirmar a legitimidade sindical, assegurada pela Constituição, a decisão do TRT gaúcho registrou que “o protesto ajuizado pelo sindicato efetivamente interrompeu prescrição do direito de ação, tendo em vista que as autoras figuram na relação dos substituídos”. 
 No TST, o juiz convocado Décio Daidone lembrou que o atual Código Civil prevê o protesto como uma das causas de interrupção da prescrição. “Seu artigo 203 estabelece que a interrupção pode ser promovida por qualquer interessado e, sendo o sindicato representante legal da categoria profissional, tanto no que tange aos interesses gerais desta como no tocante aos interesses individuais dos associados relativos à atividade, cabe-lhe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas”.
  A constatação do relator levou ao não provimento do agravo, uma vez que “o sindicato constitui parte legítima para ajuizar protesto interruptivo da prescrição, na condição de substituto processual, visando a interrupção da prescrição, uma vez que a autora figura no rol de substituídos
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
A prescrição intercorrente ocorre quando, após a citação, o processo ficar paralisado. A prescrição interrompida pelo ajuizamento da ação trabalhista inicia novo curso e com o mesmo prazo, a contar da data da paralisação.
Art. 11- A CLT Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de 2 anos.
§ 1 A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução.
§ 2 A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição.
Súmula 327 do STF: O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente. 
Súmula 114 do TST: É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente.
Tema da Apresentação
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE
Com o entendimento que a prescrição intercorrente não é aplicável ao processo do trabalho, a Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho, unanimemente, deu provimento ao recurso de um vigilante contra a decisão que extinguiu seu processo de execução em face das empresas PROFORTE S. A. – Transporte de Valores e SEG – Serviços Especiais de Segurança e Transporte de Valores S. A. A prescrição intercorrente ocorre quando, após a citação, o processo ficar paralisado, e a prescrição interrompida inicia novo curso e com o mesmo prazo, a contar da data da paralisação.
O caso decorreu de infrutíferas diligências para localizar bens da SEG passíveis de execução para pagamento das verbas trabalhistas do empregado, até que, em 2012, após vários arquivamentos e desarquivamentos do processo, o vigilante requereu o prosseguimento da execução perante a PROFORTE. Ele informou que a empresa participava do mesmo grupo econômico da sua empregadora, e conseguiu sua inclusão no polo passivo da execução e o bloqueio de valores encontrados em sua conta corrente.
A empresa recorreu alegando a prescrição intercorrente da execução, e o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP)
acatou seu recurso. Segundo o TRT, o processo foi arquivado em 2003 a pedido do próprio empregado, que só voltou a reabri-lo em 2007. Intimado para indicar meios para o seguimento da execução em maio de 2008, o empregado permaneceu inerte de junho daquele ano a julho de 2012.
Tema da Apresentação
No recurso ao TST, o vigilante sustentou a inaplicabilidade da prescrição intercorrente na Justiça do Trabalho e obteve êxito. Segundo o relator que examinou o recurso, ministro Walmir Oliveira da Costa, o Tribunal já sedimentou o entendimento, por meio da Súmula 114, de que a prescrição intercorrente não ocorre no processo do trabalho. "Nos termos do artigo 878 da CLT, o processo trabalhista é impulsionado de ofício pelo juiz, de acordo com o princípio inquisitório", esclareceu.
Assim, o relator afastou a prescrição intercorrente e, consequentemente, a extinção da execução, determinando o retorno do processo ao Tribunal Regional, para que dê seguimento no exame do agravo de petição interposto pela empresa.
O ministro Lelio Bentes Corrêa, presidente da Primeira Turma, explicou que, pela falta de higidez econômica de empresas que surgem e desaparecem rapidamente no mercado, sem integralizar capital nem patrimônio, deixando os empregados a descoberto, é que a legislação brasileira confere ao juiz a incumbência de impulsionar o processo de execução na Justiça do Trabalho. É também para assegurar a efetividade das decisões judiciais que não se admite, pela dificuldade na execução, que o devedor possa, após o transcurso do período transcricional de dois anos, simplesmente requerer o arquivamento da ação.
O caso julgado, segundo o relator, é emblemático dessa situação. Isto porque, após vários arquivamentos dos autos, descobriu-se a formação de um grupo econômico do qual participava a empresa. "Ou seja, a mesma empresa continuava atuando no mercado sob outro nome", ressaltou.
Tema da Apresentação
AÇÕES IMPRESCRITÍVEIS
Ação meramente declaratória
Art. 11, §1º da CLT
ANOTAÇÃO CTPS
As ações meramente declaratórias são imprescritíveis, já que não se vinculam a direito de prestação ou potestativo. São pretensões cujo objetivo é o de reconhecer uma relação jurídica preexistente. Exemplo de ação imprescritível aquela que visa ao reconhecimento da relação jurídica de emprego sem que o titular do direito tenha intenção de receber qualquer prestação decorrente deste reconhecimento judicial. O art. 11, § 1º, da CLT, ao se referir às anotações na CTPS para fins de prova junto à Previdência Social, não pode ser interpretado, atualmente, no sentido de se exigir do empregador, como decorrência de tal reconhecimento judicial, o recolhimento das contribuições previdenciárias. A ação é somente para se obter o reconhecimento do vínculo de emprego, de natureza simplesmente declaratória e, portanto, imprescritível. 
Tema da Apresentação
PECULIARIDADES DOS PRAZOS PRESCRICIONAIS TRABALHISTAS
MENOR – não corre nenhum prazo prescricional contra menor de 18 anos – art. 440, CLT
PRESCRIÇÃO FGTS – QUINQUENAL - referente aos depósitos não realizados no curso do contrato de trabalho. Observado o biênio da extinção do contrato - S. 362, TST
A Súmula 362, que trata do prazo prescricional relativo a FGTS, foi alterada em função de decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a matéria, no Recurso Extraordinário com Agravo 709.212, com repercussão geral reconhecida.
Tema da Apresentação
SÚMULA 362. FGTS. PRESCRIÇÃO
 I – Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de 13.11.2014, é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato;
II – Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em 13.11.2014, aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de 13.11.2014.
O STF entendeu que o FGTS tem assento constitucional, consubstanciando-se em direito social dos trabalhadores. Como o FGTS é um direito social de índole trabalhista, a ele deveria ser aplicado o prazo prescricional quinquenal constante previsto no inciso XXIX do art. 7º da Lei Maior, desde que observado o biênio após a extinção do contrato de trabalho. 
Em virtude do julgado sub examine, o STF declarou inconstitucional a norma contida no § 5º do art. 23 da Lei n.º 8.036/90, que determina o prazo prescricional de 30 anos para cobrança dos depósitos relativos ao FGTS.
Tema da Apresentação
MODULAÇÃO DOS EFEITOS DA DECISÃO PROFERIDA PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL NO JULGAMENTO DO ARE Nº 709.212/DF E ALTERAÇÃO DA REDAÇÃO DA SÚMULA Nº 362 DO TST
É cediço que a declaração de inconstitucionalidade no direito pátrio, em regra, tem efeitos retroativos (ex tunc). No julgamento do ARE n.º 709.212/DF, o STF conferiu efeitos ex nunc à decisão que determinou que aos depósitos do FGTS se aplica a prescrição quinquenal prevista no art. 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal.
A modulação que se propõe consiste em atribuir à presente decisão efeitos ex nunc (prospectivos). Dessa forma, para aqueles cujo termo inicial da prescrição ocorra após a data do presente julgamento, aplica-se, desde logo, o prazo de cinco anos. Por outro lado, para os casos em que o prazo prescricional já esteja em curso, aplica-se o que ocorrer primeiro: 30 anos, contados do termo inicial, ou 5 anos, a partir desta decisão.
OBS: Assim se, na presente data, já tenham transcorrido 27 anos do prazo prescricional, bastarão mais 3 anos para que se opere a prescrição, com base na jurisprudência do STF até então vigente. Por outro lado, se na data desta decisão tiverem decorrido 23 anos do prazo prescricional, ao caso se aplicará o novo prazo de 5 anos, a contar da data do presente julgamento.
Tema da Apresentação
2000
13/11/2014
14 ANOS
-------------------------------
16 ANOS
Prescrição Trintenária
Prescrição Quinquenal
----------------
MODULAÇÃO DOS EFEITOS PELO STF
5 ANOS
A modulação decisória atingirá apenas os que foram dispensados antes de 13.11.2014 e ajuizaram a ação antes de 13/11/2014. Para os que foram dispensados após 13.11.2014 aplica-se o prazo quinquenal. No exemplo acima a lesão ocorreu em 2000, o prazo prescricional já se encontrava em curso em 13/11/2014 pois o empregado já tinha sido dispensado. Dessa forma, aplica-se o prazo prescricional de cinco anos contado a partir de 13/11/2014, pois é o que se consumará primeiro, consoante entendimento da Súmula nº 362, II, do TST.
Tema da Apresentação
JURISPRUDÊNCIA
Tema da Apresentação
AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO DE REVISTA. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA. SÚMULAS 362 e 382 DO TST. DECISÃO DO STF NO ARE Nº 709.212, JULGADO EM 13.11.2014: EFEITOS EX NUNC.
(...) No caso concreto, é incontroverso que o Reclamante fez opção escrita pelo sistema do FGTS na data da sua admissão, 13/08/1982, e que a reclamação trabalhista foi ajuizada em 28/02/2013.Leva-se em conta, ainda, que o TRT de origem determinou “que as parcelas do FGTS sejam contempladas desde o dia da admissão em 13/08/1982, na forma do pedido inicial”, sendo inarredável concluir que a condenação ocorreu sem a aplicação da prescrição trintenária prevista na Súmula 362 do TST.
A esse propósito, registre-se que a jurisprudência do STF e TST, até 13.11.2014, consideravam válida a prescrição trintenária especial do FGTS, em conformidade com o art. 25, § 5º da Lei nº 8.036/90 e do art. 55 do Decreto nº 99.684/90, em virtude da natureza complexa do FGTS, como direito trabalhista e também fundo econômico e social de destinação relevante de interesse público. Além disso, a própria Constituição, por meio do caput de seu artigo 7º, expressamente autoriza à legislação que alargue os direitos mínimos fixados no Texto Máximo (princípio constitucional da norma mais favorável), circunstância específica que conferiria suporte ao prazo prescricional mais largo para cobrança de depósitos inadimplidos
do Fundo de Garantia.
Entretanto, o STF, no dia 13.11.2014, em processo com repercussão geral, declarou inconstitucional a regra prescricional especial trintenária inserida nos dois preceitos normativos citados, decisão objeto, pelo mesmo STF, de modulação com efeitos ex nunc (ARE 709.212 - Recurso Extraordinário com Agravo. 
Tema da Apresentação
Desse modo, estando a prescrição interrompida desde a propositura da ação, a modulação decisória atingirá apenas processos protocolados a partir de 13.11.2014, não atingindo, em conformidade com o STF, o presente processo, anterior ao julgamento da Corte Suprema. CONHEÇO do recurso de revista por contrariedade à Súmula 362 do TST.
Tema da Apresentação
RECURSO DE REVISTA. FGTS. PRESCRIÇÃO TRINTENÁRIA. SÚMULA Nº 362, II, DO TST
(...) O Tribunal a quo manteve a r. sentença que declarou prescrita a pretensão relativa ao pagamento das diferenças do FGTS, pois entendeu tratar-se de incidência de prescrição quinquenal. Para tanto, adotou os seguintes fundamentos: “No tocante às pretendidas diferenças de depósitos fundiários, o reclamante, na inicial, indicou diferenças que entendia devidas, no período de janeiro a junho/2000. Acontece, porém, que no referido período há a incidência prescrição, já que o FGTS é uma verba trabalhista, sendo que a prescrição aplicável é a quinquenal prevista constitucionalmente. De resto, quanto à menção de diferenças “em diversos outros meses” o pedido é genérico. Competia ao reclamante indicar precisamente, os depósitos realizados de forma incorreta, ônus que lhe competia, nos termos dos artigos 818, da CLT e 333, I, do CPC ”
O Reclamante, no recurso de revista, postula o pagamento das diferenças do FGTS não depositados pela Reclamada durante o contrato de trabalho. Aponta contrariedade da Súmula nº 362 do TST. Anoto que o Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento de mérito da repercussão geral reconhecida no ARE 709212/DF, declarou a inconstitucionalidade dos arts. 23, § 5º, da Lei nº 8.036/90 e 55 do Decreto 99.684/90, consolidando entendimento contrário à jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho, no sentido de que a prescrição incidente sobre a pretensão de reclamar contra o não recolhimento da contribuição para o FGTS é quinquenal.
Tema da Apresentação
Ressalvou, contudo, a necessidade de modulação dos efeitos da decisão proferida no mencionado julgamento, com vistas a prestigiar o princípio da segurança jurídica. Determinou, assim, que a prescrição quinquenal incidirá de imediato para os casos cujo termo inicial do prazo prescricional ocorra após 27/11/2014.
Com relação às ações ajuizadas anteriormente ao julgamento do ARE 709212/DF, cujo prazo prescricional se encontra em curso, determinou que incidirá a prescrição trintenária ou quinquenal, esta contada a partir de 27/11/2014, a depender do que ocorrer primeiro.
Assim, em face da decisão do STF, o Pleno do Tribunal Superior do Trabalho conferiu nova redação da Súmula nº 362 do TST.
(...)
Ao decidir dessa forma, a meu sentir, o v. acórdão recorrido contrariou a Súmula nº 362, II, do TST. Isso porque, se a lesão ocorreu em 2000, o prazo prescricional já se encontrava em curso em 13/11/2014. Dessa forma, aplica-se o prazo prescricional de cinco anos contado a partir de 13/11/2014, pois é o que se consumará primeiro, consoante entendimento da Súmula nº 362, II, do TST. Assim,
a prescrição da pretensão do Reclamante ao percebimento das diferenças do FTGS somente ocorrerá em 13/11/2019.
Tema da Apresentação
SÚMULA 206, TST – As verbas trabalhistas prescritas implica na prescrição do FGTS incidente sobre a parcela – o acessório segue a sorte do principal
FÉRIAS – não pode utilizar o método simplificado previsto na s. 308, TST, mas a regra geral, conforme o art. 149, CLT
Art. 149 CLT - A prescrição do direito de reclamar a concessão das férias ou o pagamento da respectiva remuneração é contada do término do prazo mencionado no art. 134 ou, se for o caso, da cessação do contrato de trabalho.
Tema da Apresentação
PRAZO DECADENCIAIS NO DIREITO DO TRABALHO
 Súmula nº 62, TST – “o prazo de decadência do direito do empregador de ajuizar inquérito em face do empregado que incorre em abandono de emprego é contado a partir do momento em que o empregado pretendeu seu retorno ao serviço”.
 Súmula nº 403, STF – “é de decadência o prazo de 30 dias para a instauração do inquérito judicial”.
Inquérito Judicial para apuração de falta grave praticada por estável (art. 853, CLT)
Tema da Apresentação
INQUÉRITO JUDICIAL – PRAZO DECADENCIAL
O pedido de instauração de inquérito judicial foi feito em outubro de 1997. Nele, o Banco do Brasil informava que o serviço de auditoria havia constatado “inúmeras irregularidades” supostamente praticadas pelo empregado, entre elas operações em desacordo com as normas do banco e a utilização de dinheiro liberado em contas fictícias, transferido ou apropriado em contas cuja movimentação era controlada pelo caixa. Considerando que o funcionário, como delegado sindical, era detentor de estabilidade provisória, o inquérito judicial era necessário para sua demissão. Na primeira suspensão, aplicada em maio de 1997, o empregado continuou recebendo salários normalmente. Na segunda, em setembro, os pagamentos foram suspensos. A Vara do Trabalho de Erechim (RS) pronunciou a decadência do direito de ação e extinguiu o processo com julgamento do mérito, por entender que o inquérito deveria ter sido ajuizado até 30 dias após a primeira suspensão, ainda que os salários continuassem a ser pagos. Tal entendimento foi mantido por todas as instâncias seguintes.
 No TST BB alegou que, na primeira ocasião, o empregado foi apenas afastado para que fosse instaurado inquérito administrativo, e não suspenso. Neste período, continuou assinando a folha de presença e recebendo normalmente. Na interpretação do banco, a suspensão de fato ocorreu apenas no dia 22 de setembro, e só a partir daí correria o prazo para a instauração do inquérito judicial. “
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É justamente neste particular que reside a pedra de toque da questão em análise”, observou o relator dos embargos, ministro Lelio Bentes Corrêa. “O prazo de 30 dias visa resguardar interesses de ambas as partes: do empregador, garantindo-lhe prazo razoável para a apuração, e do trabalhador, estabelecendo limite para a situação constrangedora para a suspensão”. Para o relator, o constrangimento não ocorre apenas quando o trabalhador deixa de receber sua remuneração, mas pelo fato de estar impedido de exercer sua atividade, o que repercute em sua imagem profissional e social perante os colegas, a comunidade em que vive e sua família.  No caso em questão, a SDI-1 considerou que o primeiro afastamento, ainda que com a manutenção do pagamento, teve exatamente a mesma natureza preventiva da suspensão prevista no artigo 853 da CLT. “É óbvio que, em se tratando de suspensão, as obrigações cessam de parte a parte, e o empregador estaria, portanto, desobrigado de pagar os salários correspondentes”, explicou. “Mas, se o fez, por sua própria vontade, nem por isso a suspensão resulta descaracterizada, uma vez que o empregado ficou impedido de prestar serviços”, afirmou o relator. “Isso significa que, por meio de manobra perpetrada pelo banco, tentou-se frustrar a proteção encerrada no prazo de 30 dias citado no mesmo artigo da CLT, atitude que merece pronto rechaço do operador do Direito Trabalhista”, concluiu. ( E-RR 634900/2001.1)
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 Estável decenal – art. 494, CLT
 Dirigente sindical – S. 379, TST
Empregado eleito diretor de cooperativa - OJ 253, SDI-I, TST
 Empregado nomeado para representar os trabalhadores no Conselho Nacional de Previdência Social – art.3º, §7º, Lei nº 8.213/91 
NECESSIDADE DE AJUIZAMENTO DE INQUÉRITO JUDICIAL PARA APURAR FALTA GRAVE
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NOTA: É comum a fixação por regulamentos empresariais 
EX: Plano de Demissão Voluntária (PDV) ou Plano de Incentivo à Aposentadoria
(PIA)
PRAZO DECADENCIAL
Ação rescisória – prazo de 2 (dois) anos para desconstituir a sentença de mérito com trânsito em julgado
 Mandado de Segurança – prazo de 120 dias – para desconstituir o ato ilegal praticado por autoridade pública que viole direito líquido e certo do impetrante
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