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RESUMO DO TEXTO 10 PROCESSOS GRUPAIS

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RESUMO DO TEXTO 10: PROCESSOS GRUPAIS (Retirado de Vicente, 2012)
Os processos grupais são experiências fundamentais para as nossas formações, estruturações de convicções e para o desenvolvimento de nossas capacidades.
Quando um grupo se estabelece, uma série de fenômenos passa a atuar sobre as pessoas individualmente e, conseqüentemente, sobre o grupo. É o chamado processo grupal.
Kurt Lewin (1970) estudou como fenômenos ou processos grupais as Forças- psicológicas e sociais que atuam sobre o grupo e seu trabalho, criando toda sua subjetividade que caracteriza um processo de inter-relações. Essas por sua vez, serviam de base para formulação de um corpo teórico específico e tomou um campo distinto em Psicologia Social. Vamos destacar algumas forças que são percebidas nesse processo:
Coesão: significa o resultado da aderência do indivíduo ao grupo, a fidelidade aos seus objetivos e a unidade nas suas ações. Todo grupo só consegue sobreviver se mantiver uma atração entre seus membros, assim, faz-se necessário uma certa pressão entre os membros para que nele permaneçam. Um grupo, de acordo com suas características, pode apresentar uma maior ou menor coesão. Uma maior coesão geralmente é obtida quando o grupo observa que as finalidades estão sendo cumpridas e os resultados estão sendo obtidos. Quanto maior a coesão maior a satisfação dos membros e maior a produtividade. Isso pode ser claramente observado em um time de futebol. Quanto mais ele se reveste do sentimento de equipe, melhores são os resultados obtidos. E vice versa: quanto melhores os resultados, mas aumenta a coesão do time.
Coerção: Força imposta a participantes do grupo que os leva a agir de determinadas maneiras esperadas pelo grupo ou reprimir seus comportamentos sob ameaça de punição moral ou física, como quando um aluno que questiona decisões da maioria do grupo e instigado a deixar o grupo.
Pressão Social: Força exercida pelo grupo a todas os participantes, com intuito de manter seus valores ou interesses. É comum encontrar nas escolas propagandas ideológicas que refletem os interesses das classes dominantes e exercem influencias sobre a comunidade escolar.
Atração/ Rejeição: São forças de adesão ou impedimento de aproximidade dos membros do grupo. Por exemplo, alunos com perfil atlético podem se sentires mais atraídos por atividades físicas na escola, assim como os que têm tendência á obesidade ou sedentarismo, possivelmente serão rejeitados pelas equipes esportivas.
Resistência à mudança: Trata-se de um sentimento de ameaça à situação já organizada, conhecida e segura, provocando reações diversas, como manifestações fisiológicas, psicológicas e sociais. Exemplos: certos adoecimentos sem causa aparente, bloqueios e seletividade perceptiva, lapsos de linguagem, esquecimento, pessimismo, entre outros.
Equilíbrio/ Desequilíbrio: Equilíbrio são tendências nos grupos que refletem as constantes tentativas de harmonizar relações, informações e circunstâncias novas. Forças contrárias podem desequilibrar os grupos a todo o momento, mas os participantes sempre desejam retomar a estabilidade e recuperar a ordem, visto que estados desequilibrados dificultam a manutenção dos grupos. Condutas desviantes entre alunos adolescentes, frequentemente têm gerado desequilíbrios nas escolas e em suas comunidades. Campo de forças existentes dentro dos grupos e que conduzem a processos reguladores, um grupo pode compensar a ausência de um colega pela contribuição aumentada dos outros membros.
Conflito: Estresses gerados por posições contraditórias, diferenças de percepções, pensamentos e discordância de opiniões que podem levar a discussões e insatisfações que ameaçam a estabilidade e a coesão grupal. Pode ser funcional, quando estimula o grupo a mudança e impede a estagnação decorrente ao equilíbrio e concordância constante.
O conflito pode ser nocivo às relações, mas pode também ser um potencial dinamizador da vida coletiva. Ele pode ser gerado pela busca de diferentes pessoas ou grupos de pessoas por uma mesma coisa e ao mesmo tempo. Este conflito tem relação direta com a necessidade de adquirir algo que pode ir desde alimentos até prestígio e poder.
Dependência/ Independência/ Interdependência: As relações pessoais podem ocasionar maior ou menor dependência, conforme a concentração de poder e hierarquia que se estabelece no grupo;
Quanto maior decisão, domínio ou influência decidida pelo grupo, maior a dependência.
Quanto menos as partes transferem ou cedem ás decisões e influências, maior será a independência das partes. A independência é o paradigma do eu: Eu sei fazer. Eu sou responsável. Eu tenho certeza. Eu sei escolher. A verdadeira independência da personalidade nos dá o poder para agir, abandonando a posição passiva.
Um grupo coeso é aquele que nutre interdependência, cujos participantes dependem uns dos outros em pouca medida, e participam em nível de igualdade nas decisões e ações. Princípios Chave: auto-responsabilidade, pró-atividade e propósito.
Liderança: se refere ao surgimento de posições de poder e iniciativas dentro do grupo. Para que o grupo exista não há necessário que haja um líder ou representante. A liderança pode ser compartilhada, distribuída pelos membros do grupo, contanto que todos sintam- se motivados a ter iniciativas e a co-organizar o desenvolvimento do processo grupal, exigindo mais maturidade dos envolvidos. Por vezes, a liderança se mostra em conformidade com a tarefa, o objetivo ou interesses e aspectos da personalidade dos participantes. Segundo Alexandre (2002), Kurt Lewin identificou três tipos de liderança, de forma geral, a liderança pode ser do tipo: – Autocrática (vertical e imposta): onde ocorre a total centralização do poder, exercido através da coerção, ou seja, por meio da coerção, o líder concentra o poder; – Democrática (horizontal e debatida): o líder representa a decisão tomada pela maioria, o líder é apenas um representante da vontade de seus liderados; – Laissez Faire, Liberal ou Permissiva (sem direção ou organização): há situações omissas de lideranças e cada um age conforme deseja, não há efetivamente uma ação de liderança.
Estudos realizados por diversos psicólogos, levando em conta estes três tipos de classificação, demonstraram que a liderança democrática torna os integrantes do grupo menos dependentes do líder. Já a classificação autocrítica gera maior produtividade, elevando o grau de dependência dos integrantes do grupo em relação ao líder, chegando ao ponto de não saberem produzir sem a sua presença. A liderança permissiva (laissez-faire) gerou os piores resultados.
ATIVIDADE: Considerando os diferentes tipos de lideranças apresentados nesta aula, responda às questões a seguir: suponha que você atue em uma dada empresa como Técnico em Segurança do Trabalho. Assim, dentre outras atribuições, deverá criar estratégias que façam com que os membros elevem o nível de compromisso para a segurança e saúde do trabalhador. Nesse sentido, que tipo de liderança você entende ser a mais adequada para o objetivo em questão? Analise sua resposta e justifique sua opção.
Simpatia/ Antipatia/ Empatia: as afinidades de pensamentos, sentimentos, interesses ou mesmo atração física, pode gerar simpatia, um sentimento de conformidade e afeto para com as pessoas. Assim também, as contrariedades e identificações com aspectos obscuros ou difíceis de aceitar em si mesmo, produzem antipatia, sentimento de aversão e descontentamento na presença de quem inspira tais sentimentos. Os membros dos grupos não precisam necessariamente, serem simpáticos uns com os outros. Mas é importante que também não demonstrem antipatia, o que dificultaria o inter-relacionamento. A capacidade empática, ser capaz de se colocar no lugar do outro, compreendendo seus sentimentos e pontos de vistas, não só é esperada, como deve ser desenvolvida nos grupos escolares para que haja respeito e valorização de cada pessoa, o que é exigência para a boa aprendizagem coletiva.
Todos estes processos são inerentesà condição de inter-relacionamentos entre pessoas que se agrupam e constituem tópicos de desenvolvimento e análise da vida coletiva.
REFERÊNCIA:
ALEXANDRE, MARCOS. Breves Considerações sobre processos grupais. Comum. Rio de Janeiro, v.7, nº 19, ago./dez. 2002, p. 209-219.
1ª JORNADA DA MAESTRIA INDEPENDÊNCIA A LIBERDADE QUE VOCÊ MERECE. EXTRAÍDO DE OS 7 HÁBITOS DAS PESSOAS ALTAMENTE EFICAZES, DE STEPHEN R. COVEY.

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