Buscar

LOMBOCIATALGIA MOB NEURAL

Prévia do material em texto

0 
 
MOBILIZAÇÃO NEURAL COMO TRATAMENTO DA DOR EM PACIENTES 
COM LOMBALGIA E LOMBOCIATALGIA 
DOUGLAS S. PINTO, SAMIR ZEINEDIN, VIVIANE VIEIRA 
 
www.terapiamanual.com.br 
 
RESUMO 
 
Introdução: Cerca de 80% da população mundial adulta irá sentir algum tipo de dor lombar, e em 
grande parte dessas pessoas a dor estará relacionada à compressão do nervo isquiático. Diversas 
técnicas de tratamento são propostas pela literatura com intuito de abolir ou controlar os sintomas 
álgicos do paciente, estando entre estas a Mobilização Neural. Objetivos: Verificar o efeito da 
Mobilização Neural como tratamento da dor em pacientes com lombalgia e lombociatalgia, avaliar 
o comportamento desta ao término do tratamento e verificar alterações da capacidade funcional e 
na mobilidade da coluna lombar. Metodologia: Foram realizados 15 atendimentos com técnicas de 
Mobilização Neural em pacientes que apresentavam lombalgia e lombociatalgia. Como 
instrumentos de avaliação foram utilizados a Escala Analógica Visual da Dor, Questionário 
Modificado da Dor McGill, Questionário da Incapacidade de Roland-Morris e o Teste de Schober. 
Resultados: Foram avaliados e tratados seis pacientes com lombalgia e lombociatalgia, sendo 
constatada significância estatística na redução da dor, melhora da capacidade funcional e aumento 
na mobilidade lombar, além de ganho na amplitude no movimento de flexão do quadril. 
Considerações finais: A aplicação conjunta de técnicas deslizantes e tensionantes de Mobilização 
Neural mostrou-se eficaz no tratamento de pacientes com lombalgia e lombociatalgia. Sugere-se a 
realização de novos estudos, para o acompanhamento da dor após término do tratamento com 
Mobilização Neural. 
 
Palavra-chave: Isquiático. Mobilização Neural. Lombalgia. Lombociatalgia. 
 
ABSTRACT 
 
Introduction: About 80% of the adult population will feel some kind of back pain, and most of 
these people the pain is related to compression of the sciatic nerve. Several treatment techniques 
are proposed in the literature with intent to abolish or control the symptom of pain of the patient, 
being among these the Mobilization Neural. Objectives: Verify the effect of Neural Mobilization as 
treatment of pain in patients with low back pain and sciatic pain, to evaluate the behavior of this to 
the end of treatment and verify changes in functional capacity and mobility of the lumbar spine. 
Methodology: There were realized 15 treatment with Neural Mobilization techniques in patients 
with low back pain and sciatic pain. How evaluation tools were used to Visual Analogue Scale for 
pain, the McGill Pain Questionnaire Modified, Questionnaire of Incapacity of Roland-Morris and 
Schober Test. Results: There were evaluated and treated six patients with low back pain and 
sciatic pain, and revealed a statistically significant reduction in pain, improved functional capacity 
and increase in lumbar mobility, and gain in the amplitude of motion in hip flexion. Conclusion: 
The combined application of techniques sliding and tensioning of Neural Mobilization was effective 
in treating of patients with low back pain and sciatic pain. Suggest achievement the new studies, to 
the accompaniment of pain after completion of treatment with Neural Mobilization. 
 
Keywords: Sciatic. Neural Mobilization. Low back pain. Sciatic pain. 
 
 
1 
 
INTRODUÇÃO 
 
 A dor lombar (DL) constitui uma causa freqüente de morbidade e incapacidade, 
tornando-se a fonte mais dispendiosa de lesão relacionada ao trabalho em países 
industrializados (1), sendo o sintoma mais comum encontrado na prática ortopédica (2). No 
Brasil existem estimativas de que mais de 10 milhões de pessoas sofram com a 
incapacidade relacionada à dor lombar (3). Entre as causas das dores lombares estão as 
atividades em trabalho pesado, postura sentada por tempo prolongado, levantar grandes 
quantidades de peso, sedentarismo, acidentes de trabalho, dirigir veículos, horas excessivas 
de trabalho, gravidez, ferimentos, tabagismo, entre outros (4). 
Na maioria dos casos a dor nas costas é inespecífica e o diagnóstico impreciso, 
visto que diversos tecidos como discos, ligamentos, estruturas articulares, músculos e 
estruturas nervosas podem ser responsáveis pela dor (5). 
A lombociatalgia surge quando a dor, de origem na região lombar, se irradia para as 
nádegas e porção posterior da perna até abaixo do joelho, ao longo da raiz nervosa 
lesionada, podendo afetar um ou ambos os membros inferiores (6, 7). A dor é dita como 
uma sensação de queimação, pontada, lacinante, ocasionalmente formigamento e parestesia 
em dermátomo do membro inferior (7). Esta condição ocorre devido à compressão das 
raizes do nervo isquiático e a causa mais comum é a hérnia de disco. Outras causas como 
doenças degenerativas da coluna, infecções, luxação traumática do quadril posterior, 
anomalias congênitas (8), síndrome do piriforme e estenose do canal vertebral lombar são 
citadas na literatura (9). 
Autores como Douglas (10) e Dutton (1) descrevem que cerca de 80% da 
população mundial adulta irá sentir algum tipo de dor lombar, e em grande parte dessas 
pessoas a dor estará relacionada à compressão do nervo isquiático. Para North et al (11) a 
ciatalgia é comum em pacientes com idade superior a trinta anos, com incidência de cerca 
de 40% da população geral. 
Diversas técnicas de tratamento são propostas pela literatura com intuito de abolir 
ou controlar os sintomas álgicos do paciente, estando entre estas a Mobilização Neural 
(MN), técnica que teve um grande desenvolvimento, principalmente nos últimos 35 anos, 
desde que autores como Grieve, Maitland, Elvey e Butler publicaram seus estudos relativos 
ao conhecimento da função mecânica do sistema nervoso (12). Posteriormente Shacklock 
criou o termo neurodinâmica, revelando a importância em integrar a mecânica do Sistema 
2 
 
Nervoso (SN) com a fisiologia, explicando como elas se relacionam entre si e são 
integradas à função músculo-esquelética (12). 
Este recurso da terapia manual é utilizado tanto para diagnóstico como para 
tratamento de patologias que diminuam a mobilidade dos nervos (13). O diagnóstico é feito 
através de testes neurodinâmicos, os quais avaliam o envolvimento das raízes nervosas 
espinhais e nervos periféricos nas dores extremas, através do tensionamento das mesmas 
por meio de movimentos seqüenciais e progressivos, desafiando a capacidade física do 
sistema nervoso, usando várias articulações dos membros e ou tronco para alterar o 
comprimento e dimensões do trajeto neural, provocando irritação do tecido, reproduzindo 
os sintomas no paciente (1, 14). Já, o tratamento se faz pela aplicação de movimentos 
oscilatórios lentos e contínuos ou brevemente mantidos ao tecido neural, melhorando a 
troca de fluidos, a circulação sanguínea, restabelecendo o fluxo axoplasmático normal, 
liberando adesões, diminuindo a inflamação e a dor (15). 
Junior e Teixeira (16) encontraram resultados significativos em estudos com a 
utilização da mobilização neural como diagnóstico da lombalgia e tratamento de diversas 
patologias do sistema nervoso. Em estudo realizado por George (17) de seis pacientes com 
dor lombar baixa, avaliados pela escala analógica da dor, cinco obtiveram redução da 
intensidade da dor. Machado e Bigolin (5) em um estudo comparativo entre mobilização 
neural e alongamento muscular em pacientes com lombalgia crônica, revelaram melhoras 
na execução das atividades funcionais, na flexibilidade da cadeia muscular posterior e na 
redução do quadro álgico, porém, somente o programa de mobilização neural obteve 
melhora estatisticamente significativa. 
Este estudo teve como objetivo verificar o efeito da Mobilização Neural como 
tratamento da dor em pacientes com lombalgia e lombociatalgia,avaliar o comportamento 
desta ao término do tratamento e verificar alterações da capacidade funcional e na 
mobilidade da coluna lombar. 
 
MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Trata-se de um estudo prospectivo, composto por 11 pacientes, 2 do sexo masculino 
e 9 do sexo feminino, com idade entre 30 e 55 anos, que aguardavam tratamento na 
Clínica Escola de Fisioterapia da Faculdade Anglo-Americano e/ou encaminhados pelo 
SUS (Sistema Único de Saúde). Três pesquisadores, com formação no curso de 
3 
 
Mobilização Neural, eram responsáveis pela avaliação, tratamento e reavaliação dos 
pacientes, os quais foram divididos entre os pesquisadores, conforme se apresentaram para 
a avaliação inicial. 
 Foram definidos como critérios de inclusão: diagnóstico clínico de lombalgia e 
lombociatalgia, resultado positivo para alterações neurodinâmicas, através da aplicação do 
Slump Test e/ou Teste de Elevação da perna Estendida (TEPE) e não estar recebendo 
outros tipos de tratamento. Os critérios de exclusão foram: doenças reumatológicas, fratura 
não consolidada em membro inferior, pós-cirúrgico da coluna vertebral, pós-cirúrgico 
recente de membros inferiores, artroplastia de quadril, presença de espondilolistese e 
espondilólise, gestantes, labirintite e contra-indicações para aplicação da técnica. 
Todos os voluntários receberam informações para a participação no estudo e 
assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. O estudo foi aprovado pelo 
Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Assis Gurgacz da cidade de Cascavel-PR, 
protocolado pelo número 065/2010. 
Na avaliação todos os pacientes apresentaram pelo menos um exame 
imaginológico, a fim de verificar possíveis alterações osteomioarticulares, como exames de 
Raios-X, em incidências pósterior-anterior e perfil, Ressonância Nuclear Magnética ou 
Tomografia Computadorizada da coluna vertebral, com laudo. Em seguida foram 
submetidos a um exame físico composto pela verificação da sensibilidade superficial 
através do uso de monofilamentos Semmes-Weinstein nos dermátomos correspondentes as 
raízes do nervo isquiático (18), e sensibilidade proprioceptiva, com uso de diapasão de 
256Hz sobre as proeminências ósseas dos membros inferiores (19), palpação, reflexos 
patelar, aquileu e isquiotibiais, força muscular dos membros inferiores e teste do neurônio 
motor superior: Babinsk, Oppenheim e Clônus (20). 
Para quantificar o índice de dor, a Escala Analógica Visual (EAV) foi empregada 
(21), sendo esta aplicada pré e pós cada atendimento, além de instrumentos utilizados para 
avaliação e reavaliação, pré e pós tratamento, como o Questionário Modificado da Dor 
McGill (1) para obter uma descrição exata da qualidade da dor, Questionário da 
Incapacidade de Roland-Morris, para avaliar a incapacidade física decorrente da dor 
lombar (1). 
A dinâmica das estruturas neurais do Sistema Nervoso Central (SNC) e Sistema 
Nervoso Periférico (SNP) foram avaliados através do Slump Test. O TEPE foi utilizado 
para testar o movimento e a sensibilidade mecânica das estruturas neurais lombossacrais e 
4 
 
suas extensões distais (tronco e plexo lombo-sacral na pelve, ciática e nervos tibiais e suas 
extensões distais na perna e pé). Manobras de dorsiflexão do tornozelo, inversão, rotação 
interna do membro inferior sintomático e flexão cervical passiva foram utilizadas para 
diferenciação estrutural a fim de sensibilizar o TEPE (12). Para mensurar a mobilidade da 
região lombar foi realizado o Teste de Schober (22) pré e pós tratamento. 
Antes de iniciar a avaliação e os atendimentos os pesquisadores aplicaram os testes 
em si mesmos durante cinco dias, a fim de aumentar a familiaridade com as técnicas, 
padronizando sua aplicação. 
Para tratamento, os pacientes foram submetidos a 15 atendimentos de 30 minutos, 
realizados duas vezes por semana. Foram aplicadas técnicas de mobilização deslizante de 
raiz lombossacral em supino, deslizamento Slump e mobilização tensionante distal do 
isquiático (Figura 1). 
 - Mobilização deslizante de raiz lombo-sacral em supino: Paciente em decúbito 
dorsal sobre a maca, membros inferiores (MMII) cruzados, flexão de quadril e joelho a 90º, 
membros superiores ao longo do corpo. Terapeuta posicionado contralateral ao membro a 
ser tratado, segura ambas as pernas do paciente e realiza passivamente oscilações em 
inclinação lateral da lombar usando os membros inferiores como alavanca (20). 
 - Deslizamento Slump: Paciente sentado com os membros superiores cruzados atrás 
das costas, leve flexão lombar e torácica, joelho do membro afetado em leve extensão. O 
paciente realiza ativamente e de forma simultânea uma flexão cervical e plantiflexão do 
tornozelo, alterando o movimento para uma extensão cervical acompanhada de dorsiflexão 
do tornozelo. Repete os movimentos sem interrupção por tempo determinado (20). 
 - Mobilização tensionante distal do isquiático: Paciente em decúbito dorsal, com o 
corpo alinhado. Terapeuta realiza uma elevação do membro em extensão até sentir a reação 
de proteção muscular ou o paciente referir início de dor. Em seguida, posiciona-se 
lateralmente ao membro afetado, estabiliza o joelho em extensão com os antebraços e 
traciona o membro elevando-o até próximo a amplitude em que o sintoma se manifesta. Ao 
retornar à posição inicial a tração é liberada (20). 
 
5 
 
 
Deslizante de raíz lombo-sacral. Deslizamento Slump Tensionante distal do isquiático 
FIGURA 1 
Fonte: Os autores. 
 
 Foi realizada análise estatística descritiva para calcular a média e o desvio padrão 
dos resultados, teste de “Wilcoxon” pareado não paramétrico para análise dos 
questionários e Escala Analógica Visual da dor pré e pós tratamento, e o teste “T Student” 
para análise do Teste de Schober e alteração na amplitude de movimento durante a 
realização do TEPE. O nível de significância foi estabelecido em 5%, fazendo uso do 
software SPSS 19.0. 
 
RESULTADOS 
 
 Dos 11 pacientes selecionados, apenas 6 concluíram os 15 atendimentos, sendo que 
os demais interromperam o tratamento antes do término, não sendo possível realizar a 
reavaliação, ficando a amostra composta apenas por pacientes do sexo feminino, com a 
idade média de 42,67 ± 7,74 anos. 
 O índice de dor, analisado pela Escala Analógica Visual, apresentou média pré 4,60 
± 1,94 e pós de 0,07 ± 0,16, constatando redução estatisticamente significativa da dor em 
todos os pacientes (p ≤ 0,0277). Esta redução é representada no gráfico 1. 
 
6 
 
 GRÁFICO 1 – Escala Analógica Visual. 
 
 Ainda analisando a dor, pelo Questionário Modificado da Dor McGill foram 
encontrados redução nos valores dos índices de dor pré e pós tratamento com médias 
variando de 26,00 ± 10,18 para 3,67 ± 7,61, significância estatística de (p ≤ 0,0277), e nos 
descritores variando de 11,00 ± 3,63 para 1,83 ± 1,60, com significância estatística de (p ≤ 
0,0277). 
Quanto à capacidade funcional, utilizando o Questionário da Incapacidade de 
Roland-Morris, também foi constatada melhora em todos os pacientes, com média pré 9,50 
± 3,83 e média pós 1,83 ± 2,04, conforme observado no gráfico 2, apresentando 
significância estatística (p ≤ 0,0272). 
 
 
 GRÁFICO 2 - Questionário da Incapacidade de Roland-Morris. 
 
No que se refere à mobilidade lombar, foi utilizado o Teste Schober e verificou-se 
alteração entre a media pré 19,83 ± 0,75 e pós tratamento 21,50 ± 1,10, com diferença 
estatisticamente significante (p ≤ 0,0029). Este resultado pode ser observado no gráfico 3. 
 
 
7 
 
                          
GRÁFICO 3 – Teste de Schober. 
 
Com o estudo, tambémfoi verificado aumento na amplitude durante o movimento 
de flexão do quadril com a perna estendida com valores variando de 55,00 ± 16,73 para 
89,67 ± 17,04, constando como resultado positivo para aumento de flexibilidade dos 
músculos posteriores do membro comprometido, com significância estatística (p ≤ 0,0036). 
O resumo dos resultados pode ser observado na tabela 1. 
 
TABELA 1- Médias pré e pós, desvio padrão e significância estatística. 
Instrumentos de 
avaliação 
PRÉ 
(média ± DP) 
PÓS 
(média ± DP) 
Valor do p 
EAV 4,60 ± 1,94 0,07 ± 0,16 0,0277 
McGILL - índice 26,00 ± 10,18 3,67 ± 7,61 0,0277 
McGILL - descritores 11,00 ± 3,63 1,83 ± 1,60 0,0277 
ROLAND-MORRIS 9,50 ± 3,83 1,83 ± 2,04 0,0272 
SCHOBER 19,83 ± 0,75 21,50 ± 1,10 0,0029 
TEPE 55,00 ± 16,73 89,67 ± 17,04 0,0036 
 
 
DISCUSSÃO 
 
 
 A lombalgia e a lombociatalgia ainda é um problema de saúde pública e um 
problema do consultório dos clínicos e ortopedistas (23). Como já mencionado, a hérnia de 
disco é a causa mais comum, comprimindo estruturas nervosas adjacentes, precipitando 
fraqueza motora, redução de reflexos e perda sensorial (3, 8, 24, 25) devido à alteração da 
função fisiológica do nervo (12). Um exemplo destas alterações foi achado no estudo de 
Cornefjord et al (26), onde realizaram um experimento em porcos, submetendo as raízes 
8 
 
nervosas a compressão e ao contato direto do núcleo pulposo do disco intervertebral, sendo 
constatado que, a mera presença do conteúdo do núcleo pulposo nas raízes nervosas já era 
o suficiente para causar alterações morfológicas e funcionais, bem como uma redução do 
fluxo sanguíneo intraneural em comparação com o controle contralateral das mesmas raíz 
nervosas. 
 Shaclock (12) relata que o corpo é um recipiente do sistema nervoso, e o sistema 
músculo esquelético apresenta-se como uma interface mecânica para o sistema nervoso, 
assim uma lesão nervosa, gera alterações em suas propriedades mecânicas (tensão, 
deslizamento e compressão) e fisiológicas (alteração do fluxo sanguíneo intraneural, 
condução nervosa, e resposta inflamatória), que, por sua vez, sustentam ou agravam a 
lesão. Tais lesões podem derivar para disfunções nas estruturas que recebem sua inervação. 
Como consequência, estruturas músculo-esqueléticas podem estar comprometidas em uma 
disfunção de origem neural (14). 
 A média de idade apresentada pelos participantes da pesquisa foi superior a 40 
anos, o que condiz com o estudo de North et al (11) que relata a prevalência de ciatalgia 
entre pessoas com idade superior a trinta anos. 
 O predomínio de participantes do sexo feminino nesta pesquisa vem confirmar os 
dados encontrados por Boeing (7) e Silva et al (3). Uma vez que as mulheres combinam a 
realização de tarefas domésticas com o trabalho fora de casa, ficam expostas a cargas 
ergonômicas, posições viciosas e repetitivas (3, 5, 7), além do que, possuem características 
anátomo-funcionais diferentes das do homem, o que as tornam mais propensas aos 
sintomas dolorosos (27). 
 No presente estudo, optou-se por utilizar de forma conjunta as técnicas de MN 
deslizantes e tensionantes. A associação destas duas formas de aplicação teve bons 
resultados na redução da intensidade da dor, de acordo com a EAV e o Questionário 
Modificado da Dor McGill. A aplicação de forma conjunta ou individual dessas técnicas 
foi relatada com sucesso em estudos com autores descrevendo pacientes com sinais de 
mecanosensibilidade de tecido neural aumentada, combinado com sintomas lombares e em 
membro inferior (14), como pode ser observado nos estudos de Cleland et al (28). 
Resultados positivos quanto à redução da dor também foram alcançados por Junior e 
Teixeira (15) e George (16). 
 Qualquer processo inflamatório que afeta uma raiz nervosa pode levar ao 
desenvolvimento de tecido fibroso, causando aderências que resultam em disfunção, déficit 
9 
 
de mobilidade do nervo, gerando dor durante o movimento (29, 30). Pacientes com 
lombalgia e lombociatalgia frequentemente apresentam dificuldades em pegar objetos no 
chão, subir e descer escadas, dificuldade de deambulação o que pode limitar sua 
funcionalidade, restringindo principalmente as atividades ocupacionais e de lazer, 
comprometendo sua capacidade funcional (31, 1). Neste estudo os pacientes apresentaram 
resultados significativos quanto à melhora na capacidade funcional comprovando os 
achados de Machado e Bigolin (5) onde os pacientes também obtiveram melhora após o 
tratamento com MN. 
 Em se tratando da mobilidade da coluna lombar, foi possível observar um aumento 
significante, contradizendo os dados encontrados por Boeing (7). Isto pode ser devido ao 
tempo de tratamento superior e as diferentes formas de aplicação da técnica empregada 
para tratamento. 
 A comparação da amplitude do movimento de flexão do quadril durante a 
realização do TEPE pré e pós tratamento não fazia parte dos objetivos iniciais da pesquisa, 
sendo utilizado apenas para verificar alterações neurodinâmicas tendo como parâmetro 
valores goniométricos estabelecidos na literatura. Entretanto, como o ganho de amplitude 
foi significativo optou-se por incluir estes resultados no estudo. De acordo com Shaclock, 
o ganho de amplitude está relacionado à melhora na capacidade do nervo em suportar a 
tensão, melhorando a excursão em seu trajeto longitudinal (14). 
No presente estudo, foi estipulado um protocolo de 15 atendimentos, considerado 
um tempo de tratamento intermediário em relação ao encontrado na literatura. A amostra 
inicial era composta por 11 indivíduos, destes, houve 5 desistências, os quais não entraram 
para análise dos resultados finais. Apesar da quantidade de atendimentos inferior, os 
pacientes desistentes apresentaram redução de aproximadamente 60% no quadro álgico, 
com uma média de 3,6 atendimentos, de acordo com os registros na EAV diária. Este fator, 
entre outros, provavelmente contribuiu para o abandono do tratamento. 
 As técnicas de mobilização do tecido neural são movimentos ativos e passivos que 
objetivam restabelecer a habilidade do sistema nervoso em tolerar as forças compressivas 
normais, de atrito, fricção e forças de tensão associados com as atividades diárias (14). É 
hipotetizado que estes movimentos terapêuticos possam ter um impacto positivo sobre os 
sintomas, melhorando a circulação intraneural, o fluxo axoplasmatico, a viscoelasticidade 
do tecido conjuntivo neural e redução da sensibilidade, o que restabelece a neurodinâmica 
do sistema nervoso e sua integração com o sistema musculo-esquelético (12, 14, 15). 
10 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 De acordo com os resultados encontrados neste estudo, constatou-se que o emprego 
da MN, fazendo uso de técnicas deslizantes e tensionantes, foi eficaz para a redução da 
dor, melhora da capacidade funcional, obtenção de ganho na amplitude de movimento do 
quadril e aumento na mobilidade da coluna lombar. 
 Sugere-se a realização de novos estudos, nos quais sejam realizado o 
acompanhamento periódico dos participantes, a fim de verificar o comportamento da dor 
após término do tratamento com MN. 
11 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
1. Dutton M. Fisioterapia Ortopédica: Exame, Avaliação e Intervenção. São Paulo: Artmed; 
2006. 
 
2. Adams JC, Hamblem DL Manual de Ortopedia. São Paulo: Artes Médicas; 1994. 
 
3. Silva MC, Fassa ACG, Valle NCJ. Dor lombar crônica em uma população adulta do sul 
do Brasil: prevalência e fatores associados. Cad. Saúde Pública [periódico online]. 2004 
[acesso 25 set. 2010]; 20(2): 377-385. Disponível em: 
http://www.scielosp.org/pdf/csp/v20n2/05.pdf 
 
4. Mendes R. Patologia do trabalho. São Paulo: Atheneu; 2005. 
 
5. Machado FG, BigolinSE. Estudo comparativo de casos entre a mobilização neural e um 
programa de alongamento muscular em lombálgicos crônicos. Fisioter. Mov. [periódico 
online]. 2010 [acesso 13 out. 2010]; 23(4): 545-554. Disponível em: 
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd99=atual 
 
6. Freire M. Lombalgia e Lombociatalgia. In: Natour J, organizador. Coluna vertebral. São 
Paulo: Etcetera; 2004. p.77-86. 
 
7. Boeing M. Análise da eficácia de técnicas de mobilização neural para pacientes com 
lombociatalgia [trabalho de conclusão de curso]. Cascavel: Universidade Estadual do 
Oeste do Paraná. 2004. 
 
8. Bertoline, GRF, Silva, TS, Trindade DL, Ciena, AP, Carvalho AR. Hinsche A, et al. 
Neural mobilization and static starching in an experimental sciatica model – an 
experimental study. Rev Bras Fisioter. [periódico online]. 2009 [acesso 29 jul. 2010]; 
13(6): 493-498. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n6/aop060_09.pdf 
9. Rossi P, Cardinalli P, Serrao M, Parisi L, Bianco F, De Bac S. Magnetic resonance 
imaging findings in piriformis syndrome: a case report. Arch Phys Med Rehabil. [periodico 
online]. 2001 [acesso 05 out. 2010]; 82(4): 519-521. Disponível em: http://www.archives-
pmr.org/article/S0003-9993(01)10944-5/abstract 
 
10. Douglas S. Sciatc pain and piriformis syndrome. The Nurse Practitioner, Cleveland, Ohio. 
1997 [acesso 11 abr. 2010]; 22 (5): 166 – 168. Disponível em: 
http://www.kalindra.com/Piriformis/piri_np.pdf 
 
11. North RB, Kidd DH, Zahurak M, Piantadosi S. Specificity of diagnostic nerve blocks: a 
prospective, randomized study of sciatica due to lumbosacral spine disease. Pain. 1996 
[acesso 13 set. 2010]; 65(1): 77-85. Disponível em: 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/8826493 
 
12 
 
12. Shacklock M. Neurodinâmica Clínica. Uma nova abordagem de tratamento da dor e da 
disfunção músculo esquelética. São Paulo: Elsivier; 2007. 
 
13. Butler DS. Mobilização do sistema nervoso. São Paulo: Manole; 2003. 
 
14. Nee RJ, Butler D. Management of peripheral neuropathic pain: Integrating 
neurobiology, neurodynamics, and clinical evidence. Physical Therapy in Sport 7. 
[periódico online]. 2006 [acesso 17 jul. 2010]; 36–49. Disponível em: 
http://myweb.cebridge.net/cdadams 
 
15. Marinzeck S. Mobilização neural: aspectos gerais. [acesso 16 abr. 2010]; Disponível 
em: 
http://www.terapiamanual.com.br/site/noticias/arquivos/200912101725220.artigo_7.pdf 
 
16. Junior HFO, Teixeira AH. Mobilização do Sistema Nervoso: avaliação e tratamento. 
Fisioterapia em Movimento. [periódico online]. 2007 [acesso 30 mar. 2010]; 20(3): 41-53. 
Disponível-em: 
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd99=view&dd98=&dd1=1594&idioma=2 
 
17. George SZ. Characteristics of patients with lower stremity symptoms treated witch 
Slump stretching: a case series. Journal of Orthopedics Sports Physical Therapy. [periódico 
online]. 2002 [acesso 10 mai. 2010]; 32(8): 391-398. Disponível em: 
http://www.jospt.org/search/advanced_result.asp?q=&qauthor=&qYear=2002&qVol=32&
qPage=391-&Image2.x=23&Image2.y=12 
 
18. Lundy-Ekman L. Neurociência: fundamentos para reabilitação. Rio de Janeiro: 
Elsevier; 2008. 
 
19. Speciali JG. Semiotécnica Neurológica. Simpósio de Semiologia especializada, 
capítulo II. Medicina, Ribeirão Preto, 29: 19-31, jan/mar; 1996. Disponível em: 
http://www.fmrp.usp.br/revista/1996/vol29n1/semiotecnica_neurologica.pdf 
 
20. Marinzeck S. Apostila de Mobilização Neural. Advenced Manual Therapy Institute. 
 
21. O`Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. São Paulo: Manole; 
2010. 
 
22 Marques AP. Manual de goniometria. São Paulo: Manole; 2003. 
 
23. Filho RJG, Korukian M, Santos FPE, Viola DCM, Puertas EB. Ensaio clínico 
randomizado, duplo-cego, comparativo entre a associação de cafeína, carisoprodol, 
diclofenaco sódico e paracetamol e a ciclobenzaprina, para avaliação da eficácia e 
segurança no tratamento de pacientes com lombalgia e lombociatalgia agudas. Acta Ortop 
Bras. [periódico online]. 2006 [acesso 02 nov. 2010]; 14(1): 11-16. Disponível em: 
http://www.scielo.br/pdf/aob/v14n1/en_a02v14n1.pdf 
 
24. Maxey L, Magnusson J, Reabilitação pós-cirúrgica para o paciente ortopédico. Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan; 2003. 
 
13 
 
25. Pravato EC, Silva JF, Berbel AM. Relação da síndrome do piriforme e da dor isquiática 
na avaliação fisioterapêutica, Fisioter. Mov. [periódico online]. 2008 [acesso 08 abr. 2010]; 
21(1):-105-114.-Disponível-em: 
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/RFM?dd1=1893&dd99=view 
 
26. Cornefjord M, Olmarker K, Rydevik B, Nordborg C. Mechanical and biochemical 
injury of spinal nerve roots: a morphological and neurophysiological study. Eur Spine J. 
[periódico online]. 1996 [acesso 28 nov. 2010]; 5(3): 187-192. Disponível em: 
http://www.springerlink.com/content/ux16615831116674/ 
 
27. Matos MG, Hennington ÉA, Hoefel AL, Dias-da-Costa JS. Dor lombar em usuários de 
um plano de saúde: prevalência e fatores associados Cad. Saúde Pública. [periódico 
online]. 2008 [acesso 17 set. 2010]; 24(9): 2115-2122. Disponível em: 
www.scielo.br/pdf/csp/v24n9/17.pdf 
 
28. Cleland J, Hunt G, Palmer S. Effectiveness of neural mobilization in the treatment of a 
subject with lower extremity peripheral neurogenic pain: A single-case design. Journal of 
Manual and Manipulative Therapy. [periódico online]. 2004 [acesso 21 nov.-2010];-12(3):-
143–152.-Disponível-em: 
http://www.ingentaconnect.com/content/maney/jmt/2004/00000012/00000003/art00004 
 
29. Elvey RL. Treatment of arm pain associated with abnormal brachial plexus tension. 
Aust J Physiother. [periódico online]. 1986 [acesso 14 nov. 2010]; 32(4): 225-230. 
Disponível-em: 
http://ajp.physiotherapy.asn.au/AJP/vol_32/4/AustJPhysiotherv32i4Elvey.pdf 
 
30. Kobayashi S, Shizu N, Suzuki Y, Asai T, Yoshizawa H. Changes in nerve root motion 
an intrarradicular blood flow durin an intraoperative straiht-leg-raising test. Spine. 
[periódico online]. 2003 [acesso 09 nov. 2010]; 28(13): 1427-34. Disponivel em: 
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12838102 
 
31. Ocarino JM, Gonçalves GGP, Vaz DV, Cabral AAV, Porto JV, Silva MT. Correlação 
entre um questionário de desempenho funcional e teste de capacidade física em pacientes 
com lombalgia. Rev Bras Fisioter. [periódico online]. 2009 [acesso 18 out. 2010]; 13(4): 
343-349. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v13n4/aop044_09.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
ANEXO A - Questionário Modificado da Dor McGill® 
NOME:_________________________________________________________________ 
DATA DA AVALIAÇÃO:_______________AVALIADOR: ______________________ 
Questionário de Dor McGill – Avaliação do Padrão da Dor 
Algumas palavras abaixo descrevem a sua dor atual. Escolha apenas uma palavra de cada grupo. Não 
escolha palavras que não se aplicam. Diga a que melhor descreve sua dor atual. 
A 
1-vibração 
2-tremor 
3-pulsante 
4-latejante 
5-como batida 
6-como pancada 
E 
1-beliscão 
2-aperto 
3-mordida 
4-cólica 
5-esmagamento 
I 
1-mal localizada 
2-dolorida 
3-machucada 
4-doída 
5-pesada 
M 
1-amedrontadora 
2-apavorante 
3-aterrorizante 
Q 
1-espalhada 
2-irradia 
3-penetra 
4-atravessa 
B 
1-pontada 
2-choque 
3-tiro 
 
F 
1-fisgada 
2-puxão 
3-em torção 
J 
1-sensível 
2-esticada 
3-esfolante 
4-rachando 
N 
1-castigante 
2-atormenta 
3-cruel 
4-maldita 
5-mortal 
R 
1-aperta 
2-adormece 
3-repuxa 
4-espreme 
5-rasga 
C 
1-agulhada 
2-perfurante 
3-facada 
4-punhalada 
5-em lança 
G 
1-calor 
2-queimação 
3-fervente 
4-em brasa 
K 
1-cansativa 
2-exaustiva 
 
 
O 
1-miserável 
2-enlouquecedora 
 
S 
1-fria 
2-gelada 
3-congelante 
D 
1-fina 
2-cortante 
3-lacerante 
H 
1-formigamento 
2-coceira 
3-ardor 
4-ferroada 
L 
1-enjoada2-sufocante 
P 
1-chata 
2-que incomoda 
3-desgastante 
4-forte 
5-insuportável 
T 
1-aborrecida 
2-nauseante 
3-agonizante 
4-pavorosa 
5-torturante 
Número de Descritores Índice de Dor 
Sensorial ............................................... Sensorial ............................................... 
Afetiva ................................................... Afetiva .................................................... 
Avaliativa ............................................... Avaliativa ............................................... 
Diversas ................................................ Diversas ................................................ 
Total ....................................................... Total ....................................................... 
As categorias de A a J representam respostas sensitivas à experiência dolorosa (tração, calor, torção, entre 
outros); os descritores das categorias de K a O são respostas de caráter afetivo (medo, punição, respostas 
neurovegetativas, etc.); a categoria P é avaliativo (avaliação da experiência global) e as de Q a T são 
diversas. 
Chave para o questionário da dor: 
Grupo A: sugere distúrbio vascular. 
Grupo B – H: sugerem distúrbio neurogênico. 
Grupo I: sugere distúrbio musculoesquelético. 
Grupo J – T: sugerem transtorno emocional. 
Guia de pontuação - adicione o número total de verificações (x): 
Total: 4 – 8 = normal 
 8 – 10 = foco excessivo na dor 
 10 – 16 = um Psicólogo pode ajudar mais que um Fisioterapeuta 
 Maior que 16 = provavelmente não tem condições de responder aos procedimentos 
terapêuticos. 
15 
 
 
Fonte: DUTTON, 2006. 
ANEXO B - Questionário da Incapacidade de Roland-Morris® 
 
NOME:_______________________________________________________________ 
DATA DA AVALIAÇÃO:_________________AVALIADOR:___________________ 
 
INSTRUÇÕES: 
Quando suas costas doem, você pode encontrar dificuldade em fazer algumas coisas que 
normalmente faz. Esta lista possui frases que as pessoas usam para se descreverem quando 
sentem dores nas costas. Quando você ouvir estas frases poderá notar que algumas se 
destacam por descrever você hoje.Ao ouvir a lista pense em você hoje. 
Quando uma frase descrever você hoje, responda sim. Se a frase não descrevê-lo responda 
não e siga para a próxima frase. 
 
Lembre-se, responda sim apenas à frase que tiver certeza que descreve você HOJE. 
 
PERGUNTAS Avaliação Reavaliação 
SIM NÃO SIM NÃO 
1 Fico em casa a maior parte do tempo por causa de minhas costas. 
2 Mudo de posição freqüentemente tentando deixar minhas costas confortáveis. 
3 Ando mais devagar que o habitual por causa de minhas costas. 
4 Por causa de minhas costas eu não estou fazendo nenhum dos meus trabalhos que 
geralmente faço em casa. 
 
5 Por causa de minhas costas, eu uso o corrimão para subir escadas. 
6 Por causa de minhas costas, eu me deito para descansar mais freqüentemente. 
7 Por causa de minhas costas, eu tenho que me apoiar em alguma coisa para me levantar 
de uma cadeira normal. 
 
8 Por causa de minhas costas, tento conseguir com que outras pessoas façam as coisas por 
mim. 
 
9 Eu me visto mais lentamente que o habitual por causa de minhas costas. 
10 Eu somente fico em pé por períodos curtos de tempo por causa de minhas costas. 
11 Por causa de minhas costas evito me abaixar ou me ajoelhar. 
12 Encontro dificuldades em me levantar de uma cadeira por causa de minhas costas. 
13 As minhas costas doem quase que o tempo todo. 
14 Tenho dificuldade em me virar na cama por causa das minhas costas. 
15 Meu apetite não é muito bom por causa das dores em minhas costas. 
16 Tenho problemas para colocar minhas meias (ou meia calça) por causa das dores em 
minhas costas. 
 
17 Caminho apenas curtas distâncias por causa de minhas dores nas costas. 
18 Não durmo tão bem por causa de minhas costas. 
19 Por causa de minhas dores nas costas, eu me visto com ajuda de outras pessoas. 
20 Fico sentado a maior parte do dia por causa de minhas costas. 
21 Evito trabalhos pesados em casa por causa de minhas costas. 
22 Por causa das dores em minhas costas, fico mais irritado e mal humorado com as 
pessoas do que o habitual. 
 
23 Por causa de minhas costas, eu subo escadas mais vagarosamente do que o habitual. 
24 Fico na cama a maior parte do tempo por causa de minhas costas. 
 
Fonte: DUTTON, 2006. 
16

Outros materiais

Perguntas Recentes