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Prof. Fellipe Cavallero
Aula 4: Tradução de poesia
OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA
Aula 4: Tradução de poesia
OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA
Agenda:
Definição POESIA;
Poesia pode ser traduzida?
Procedimentos para tradução de poesia;
Desafio;
Resumo;
Bibliografia.
Aula 4: Tradução de poesia
OFICINA DE TRADUÇÃO II: POESIA
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“Forma de expressão artística por meio de uma linguagem em que se empregam, segundo certas regras, sons, palavras, estruturas sintáticas, etc.”; 
“Arte de compor poemas”; 
Qualidade que desperta sentimento de belo”; 
“Inspiração”; 
“Composição literária em verso”;
“A arte da composição rítmica, escrita ou falada, para despertar o prazer através de pensamentos belos, criativos e elevados”.
1) Definições: Poesia
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Os artifícios expressivos do poema:
Estruturação: 
“Quando um poeta constrói um poema, pensa, inicialmente, que irá estrutura-lo com determinado número de versos. O verso pode ser definido de duas maneiras: se tivermos em mente o poema escrito, diremos que o verso é uma linha do poema; se tivermos em mente o poema declamado e, portanto, ouvido, diremos que o verso é uma das unidades do ritmo melódico ou, se o poema não tiver esse ritmo, diremos, simplesmente, que o verso é uma das unidades do ritmo poemático”. (Amora, 2008, p. 75)
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Os artifícios expressivos do poema:
2) Técnica
“Um poeta quando escreve um verso, fá-lo como se escrevesse uma linha de prosa com determinada extensão; mas quando o declama (para perceber sua imagem auditiva) pratica o artifício de elevar o último acento tônico dessa linha (caso de verso simples) e às vezes também alguns acentos interiores (caso de verso composto)... As palavras cujo acento ele artificialmente eleva, na declamação, são as mais significativas de sua expressão, tanto pela ideia ou pela imagem que expressam, como pela carga emotiva”. (Amora, 2008, p. 75)
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Os artifícios expressivos do poema:
3) Sistematização 
“Mas o poeta, ao construir um poema, não se aplica só a estruturação melódica dos versos; também à composição de grupos de versos (ou estrofes) e às combinações dos fonemas que ocorrem no interior e fim dos versos (e neste caso ele pratica a rima) ou na sucessão de palavras (caso em que pratica o eco, que é a repetição de fonemas semelhantes dos fins de palavras que se sucedem; ou caso em que pratica a aliteração, que é a repetição de fonemas semelhantes no início de palavras que se sucedem”. (Amora, 2008, p. 76)
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2) Poesia pode ser traduzida?
Poesia não pode ser traduzida:
De acordo com Clement Wood, a poesia não pode ser traduzida. Segundo ele, a poesia pode somente ser recriada em uma nova língua. Para Wood, a tradução de uma língua a outra mata a poesia, que precisa ser recriada por um poeta de poder emocional equivalente na língua de chegada se quiser sobreviver como tal.
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b) Poesia pode ser traduzida:
Segundo Britto (2012): “A meu ver, um poema é um texto literário que pode ser traduzido como qualquer outro texto literário. A diferença é que, quando se trata de um poema, em princípio toda e qualquer característica do texto – o significado das palavras, a divisão em versos, o agrupamento de versos em estrofes, o número de sílabas por verso, a distribuição de acentos em cada verso, as vogais, as consoantes, as rimas, as aliterações, a aparência visual das palavras no papel, etc. – pode ser de importância crucial”.
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Consequentemente:
“No poema, tudo, em princípio, pode ser significativo; cabe ao tradutor determinar, para cada poema, quais são os elementos mais relevantes, que portanto devem necessariamente ser recriados na tradução e quais são menos importantes e podem ser sacrificados – pois, como já vimos, todo ato de tradução implica perdas”. (Britto, 2012).
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3) Procedimentos para Tradução de Poesia – Parte 1:
Verifique o que é considerado poema para o público-alvo;
Observe a estruturação do poema – ritmo, aliterações, etc. e pense em elementos semelhantes na língua-alvo que possam manter maior proximidade com a mensagem original;
O tradutor não é mais importante do que o poema que ele está tentando traduzir. Assim, tenha em mente o público-alvo e em como ele poderá se beneficiar de seu trabalho;
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3) Procedimentos para Tradução de Poesia – Parte 2:
Leia o poema várias vezes até sentir que o conhece. Assim, você conseguirá sentir seu ritmo e reconhecerá as pausas, as batidas e sua energia. Familiarize-se com a estrutura gramatical do texto: onde estão os adjetivos e as mudanças nos tempos verbais. Essa tarefa de preparação é essencial para a facilitação do trabalho de tradução;
Procure ler artigos ou entrevistas que descrevam o que o autor pensava quando escreveu o poema e se há algum simbolismo especial ou relacionado à sua vida;
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3) Procedimentos para Tradução de Poesia – Parte 3:
Ao traduzir um poema, sua tarefa é se manter o mais próximo possível do significado do texto original. Você pode recorrer à licença poética, mas não abusar dela, para manter a tradução a mais clara e elegante possível. A tradução de expressões e gírias normalmente demanda que você recorra à licença poética para fazer as adaptações necessárias, pois algumas delas não fazem sentido algum em outra língua. Sempre busque por equivalentes e lembre-se de que o que se deseja é que os leitores do texto traduzido gostem do que vão ler;
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3) Procedimentos para Tradução de Poesia – Parte 4:
Traduzir um poema é quase como escrever um poema. É preciso saber o que se deseja dizer, e sentir o que se deseja transmitir. É preciso foco;
Programas de tradução e dicionários podem ser usados como guias, mas é tarefa sua dar vida ao poema;
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4) Desafio: 
They say that “Time assuages” – 
Time never did assuage – 
An actual suffering strengthens
As Sinews do, with age – 
Time is a Test of Trouble – 
But not a Remedy - 
If such it prove, it prove too
There was no Malady – 
Emily Dickinson
Sugestões de tradução para o poema acima em nosso Fórum de Discussão B (Aulas 4, 5 e 6).
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Resumo:
Definição POESIA;
Poesia pode ser traduzida?
Procedimentos para tradução de poesia;
Desafio;
Resumo;
Bibliografia.
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Bibliografia:
AMORA, Antônio Soares. Introdução à teoria da literatura. São Paulo: Cultrix, 2002.
BRITTO, Paulo Henriques. A tradução literária. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009.
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