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Apostila Teórica Farmacotécnica I

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APOSTILA TEÓRICA DE FARMACOTÉCNICA I 
Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
 
 
 
 
Curso de Farmácia IMEPAC Araguari 
2017-02 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 3 
2. A FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO ................................................................................... 4 
2.1 BENEFÍCIOS DO MEDICAMENTO MANIPULADO ............................................................................................... 4 
2.2 DIFERENÇAS ENTRE O MEDICAMENTO MANIPULADO E INDUSTRIALIZADO ............................................................. 4 
2.3 FARMACOTÉCNICA ................................................................................................................................. 4 
2.4 OBJETIVOS DA FARMACOTÉCNICA .............................................................................................................. 4 
3. CONCEITOS IMPORTANTES ........................................................................................... 4 
4. CONSTITUINTES DAS FORMULAÇÕES ............................................................................ 7 
4.1 PRINCÍPIO ATIVO (P.A) ....................................................................................................................... 7 
4.2 EXCIPIENTE ........................................................................................................................................ 7 
4.2.1 COADJUVANTE TERAPÊUTICO ........................................................................................................................... 7 
4.2.2 COADJUVANTE TÉCNICO .................................................................................................................................. 7 
4.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FORMULAÇÕES .................................................................................................. 8 
5. BIOFARMACOTÉCNICA .................................................................................................. 9 
5.1 DISSOLUÇÃO E ABSORÇÃO DE FÁRMACOS .......................................................................................... 9 
5.2 INDIVÍDUO MÉDIO PADRÃO ............................................................................................................. 11 
5.3 BIODISPONIBILIDADE ....................................................................................................................... 11 
5.4 ÍNDICE TERAPÊUTICO ....................................................................................................................... 13 
5.5 FATORES QUE AFETAM A BIODISPONIBILIDADE DOS FÁRMACOS ....................................................... 14 
5.6 EXCIPIENTES E A ABSORÇÃO DE FÁRMACOS ...................................................................................... 15 
6. FORMA FARMACÊUTICA EM PÓ .................................................................................. 16 
6.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PÓS ................................................................................................................. 16 
6.2 GRANULOMETRIA DOS PÓS .............................................................................................................. 17 
6.3 ETAPAS DE OBTENÇÃO DE PÓS ......................................................................................................... 17 
6.4 MODIFICAÇÕES DEVIDO A REDUÇÃO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS ............................................... 18 
6.5 INCOMPATIBILIDADES ..................................................................................................................... 18 
6.6 ACONDICIONAMENTO ..................................................................................................................... 19 
6.7 PÓS-EFERVECENTES ......................................................................................................................... 20 
6.7.1 REGRAS GERAIS PARA A PREPARAÇÃO DE PÓS EFERVESCENTES ............................................................. 20 
7. GRANULADO .............................................................................................................. 21 
7.1 GRANULAÇÃO ................................................................................................................................. 21 
7.2 MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE GRANULADOS ..................................................................................... 21 
 
 
8. CÁPSULAS ................................................................................................................... 24 
8.1 CLASSIFICAÇÃO (CATEGORIAS DE CÁPSULAS) .................................................................................... 24 
8.2 CÁPSULAS DURAS ............................................................................................................................ 25 
8.3 TAMANHO DAS CÁPSULAS ............................................................................................................... 25 
8.4 MÉTODO DE ENCHIMENTO DAS CÁPSULAS ....................................................................................... 26 
8.5 PROCEDIMENTO PARA MANIPULAÇÃO............................................................................................. 27 
8.6 EXERCÍCIOS SOBRE ENCHIMENTO DE CÁPSULAS ................................................................................ 27 
9. REVESTIMENTO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS ............................................. 29 
9.1 RAZÕES PARA REVESTIR AS CÁPSULAS .............................................................................................. 30 
9.2 SUBSTÂNCIAS USADAS PARA O REVESTIMENTO ................................................................................ 30 
9.3 SOLUÇÃO IDEAL PARA REVESTIMENTO ............................................................................................. 30 
10. COMPRIMIDOS ........................................................................................................... 31 
10.1 CLASSIFICAÇÃO................................................................................................................................ 31 
10.2 ADJUVANTES OU EXCIPIENTES ......................................................................................................... 32 
10.2.1 DILUENTES ............................................................................................................................................... 32 
10.2.2 ABSORVENTES ......................................................................................................................................... 32 
10.2.3 AGLUTINANTES ........................................................................................................................................ 32 
10.2.4 DESAGREGANTES ..................................................................................................................................... 32 
10.2.5 LUBRIFICANTES ........................................................................................................................................ 32 
10.3 MÁQUINA DE COMPRESSÃO ............................................................................................................ 33 
10.3.1 FASES DA COMPRESSÃO .......................................................................................................................... 34 
11. ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS ............................................................................ 36 
11.1 TEMPERATURA ................................................................................................................................ 37 
11.2 LUZ .................................................................................................................................................38 
11.3 OXIGÊNIO (O2) ................................................................................................................................ 38 
11.4 PH ................................................................................................................................................... 38 
11.5 UMIDADE (HIDRÓLISE) ..................................................................................................................... 38 
11.6 TEMPO DE CONSERVAÇÃO ............................................................................................................... 39 
12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ................................................................................... 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curso de Farmácia – IMEPAC Araguari 
farmacia.imepac.edu.br 
3 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
1. INTRODUÇÃO 
No rol das Ciências Farmacêuticas, a Farmacotécnica destaca-se por reunir subsídios teóricos e práticos para 
aquele que, talvez, seja um dos maiores objetivos do profissional farmacêutico: produzir medicamentos. E, 
quando se fala em medicamentos, fala-se de um produto que, por ser destinado à promoção da saúde, é 
atrelado a um rígido controle de qualidade. 
 
Desde os mais remotos tempos, a qualidade é embasada nas relações da Farmacotécnica com as demais 
Ciências Farmacêuticas. O próprio Galeno, considerado o pai da Farmacotécnica (se não da profissão 
farmacêutica), em seus escritos no início da Era Cristã, demonstrava uma enorme coerência científica, sendo 
que algumas de suas fórmulas são utilizadas ainda hoje. 
 
Quando se pensa na técnica e todas as implicações relacionadas à escolha da forma física do medicamento, 
dependemos de pré-requisitos muito importantes, como a Química - em especial a Físico-Química e a 
Química Orgânica. O conhecimento da primeira leva à otimização da técnica de preparo, e orienta quanto ao 
perfil biofarmacêutico (velocidade de absorção) que se pretende atingir. Já a Química Orgânica, além de sua 
importância nestes aspectos técnicos, também subsidia nas questões críticas, como a estabilidade dos 
componentes envolvidos numa formulação e suas incompatibilidades. 
 
Farmacotécnica é, enfim, a ciência responsável pelo desenvolvimento e produção de medicamentos, 
levando-se em conta o efeito terapêutico e a estabilidade (prazo de validade) desejados, condições de 
acondicionamento, transporte e armazenamento, bem como a forma ideal de administração e dispensação. 
Seus principais pré-requisitos incluem outras Ciências Farmacêuticas, como Farmacologia, Farmacognosia e 
Química Farmacêutica, além de ciências básicas como Físico-Química, Química Geral e Orgânica, Fisiologia, 
Patologia, Parasitologia e Microbiologia. 
 
A farmácia magistral brasileira passou nos últimos anos por profundas transformações, adequando a novos 
parâmetros de qualidade mais exigentes e às novas legislações mais rigorosas. Contudo, o setor cresceu 
muito, e esse crescimento trouxe novos desafios decorrentes do aumento da demanda por medicamentos 
manipulados, tais como, o aumento da necessidade em atender a consumidores cada vez mais informados e 
exigentes, o crescimento da competição comercial e a necessidade de adequação à legislação. 
 
O principal desafio da farmácia magistral está na conquista da credibilidade que só será alcançada através 
do crescimento sustentado, pautado na obtenção de excelência em serviços e em produtos e na capacidade 
técnica-gerencial. A implantação de sistemas de garantia de qualidade, treinamentos contínuos, a 
informatização, o emprego de novas tecnologias, o cumprimento das legislações sanitárias, a política 
adequada de formação de preços e o marketing são alguns dos caminhos recomendáveis. 
 
A principal mudança foi à substituição da RDC n° 33/2000 pela RDC n° 214/2006, a qual foi substituída pela 
RDC n° 67/2007, que fixa os requisitos mínimos exigidos para o exercício das atividades de manipulação de 
preparações magistrais e oficinais das farmácias, como as instalações, os equipamentos, recursos humanos, 
aquisição, armazenamento e controle da qualidade da matéria-prima, avaliação farmacêutica da prescrição, 
e principalmente a manipulação, conservação, transporte, e dispensação de preparações. 
Portanto, a disciplina de farmacotécnica tem como objetivo discutir as principais formas farmacêuticas 
produzidas dentro das farmácias de manipulação, não se esquecendo de interagir este conhecimento com o 
dia-a-dia das empresas, trazendo assim a realidade para dentro da sala de aula. Desejo a todos um bom 
semestre, repleto de conhecimentos que possam ser utilizados para ajudar as pessoas. 
 
Seja bem-vindo a disciplina de Farmacotécnica I. 
 
Importante: esta apostila destina-se apenas como apoio e não é um material didático, cabendo ao aluno 
consultar as referências bibliográficas citadas na ementa. 
 
 
 
 
 
 
Curso de Farmácia – IMEPAC Araguari 
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4 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
2. A FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO 
 
2.1 Benefícios do medicamento manipulado 
a) Facilidade posológica 
b) Possibilidade de escolha da forma farmacêutica 
c) Possibilidade de resgate de medicamentos 
d) Economia 
e) Personalização terapêutica 
f) União multiprofissional 
 
 
2.2 Diferenças entre o medicamento manipulado e industrializado 
 
 
 
2.3 Farmacotécnica 
A farmacotécnica estuda a transformação dos produtos naturais ou de síntese em medicamentos nas várias 
formas farmacêuticas, utilizadas na prevenção, diagnóstico e cura das doenças. Esta transformação torna os 
fármacos susceptíveis de serem administrados, assegurando uma perfeita eficácia terapêutica e 
conservação. 
 
2.4 Objetivos da farmacotécnica 
Preparar, conservar, acondicionar e dispensar medicamentos, dosados com exatidão e apresentados sob 
uma forma que facilite a sua administração. Além disso, visa o melhoramento das formas farmacêuticas 
existentes, através do estudo dos componentes das fórmulas e de novos processos de fabricação. Compete 
à Farmacotécnica estudar a forma farmacêutica mais adequada e o melhor meio de se conservar os 
medicamentos, de modo a prolongar, na medida do possível, o seu período de utilização. 
 
 
3. CONCEITOS IMPORTANTES 
FORMAS FARMACÊUTICAS (F.F). 
É a forma na qual o medicamento é apresentado podendo ser líquida (ex.: gotas, xarope, elixir), sólida (ex.: 
comprimidos, cápsulas), semi-sólida (ex.: creme, gel, pomada) ou gasosa (spray, aerossol). É o estado final 
apresentado pelos medicamentos após operações farmacotécnicas executadas sobre o fármaco e os 
adjuvantes apropriados. 
 
 
MEDICAMENTO INDUSTRIALIZADO MEDICAMENTO MANIPULADO 
Formulação padronizada para atender necessidades 
gerais de uma população. 
Formulação personalizada para atender as 
necessidades específicas de um paciente. 
O prescritor precisa adequar o paciente à 
apresentação comercial disponível. 
O prescritor pode adequar a formulação (dose, 
quantidade ou forma farmacêutica) a cada 
paciente. 
A comercialização em larga escala, inviabiliza 
economicamente e às vezes tecnicamente por 
questões de estabilidade, a possibilidade da 
produção de diversas F.F em várias dosagens. 
Permite a prescrição de F.F diferenciadas das 
disponíveis comercialmente, bem como, o 
emprego de dosagem especifica para um 
determinado paciente. 
 
 
 
 
 
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5 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
FÓRMULA FARMACÊUTICA 
É a composição do medicamento, considerando todas as substâncias ativas ou inativas que são empregadas 
na produção de produtos farmacêuticos. 
Ex: 
Ácido salicílico.......................1,0% 
Uréia.......................................3,0% 
Lactatode amônio.................1,5% 
Creme base.................q.s.p...100% 
 
DROGAS 
Matérias primas (ativa ou inativa) de várias origens, que tenha ou não finalidade medicamentosa ou sanitária 
 
FÁRMACOS 
É uma substância ativa, droga, insumo farmacêutico ou matéria-prima empregada para modificar ou explorar 
sistemas fisiológicos ou estados patológicos em benefício da pessoa a qual se administra o medicamento. 
 
REMÉDIOS 
A palavra remédio é empregada num sentido amplo e geral, sendo aplicada a todos os meios utilizados com 
o fim de prevenir ou de curar as doenças. Deste modo, são remédios não só os medicamentos, mas também 
os agentes de natureza física ou psíquica a que se recorre na terapêutica. 
 
MEDICAMENTO 
Produto farmacêutico tecnicamente obtido ou elaborado, que contém um ou mais fármacos juntamente com 
outras substâncias, com a finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. 
 
MEDICAMENTO OFICINAL OU FARMACOPÉICO 
É uma preparação realizada na farmácia, cuja fórmula esteja inscrita no Formulário Nacional ou em 
Formulários Internacionais reconhecidos pela ANVISA. 
 
MEDICAMENTO MAGISTRAL 
Medicamento preparado na farmácia cuja prescrição estabelece a composição, a forma farmacêutica e a 
posologia de acordo com a necessidade clínica de cada paciente. Não está descrito nos códigos oficiais. 
 
ESPECIALIDADE FARMACÊUTICA 
Produto industrializado e comercializado em suas embalagens originais, podendo ser classificados em 
genéricos, similares e de marca, sempre com registro no MS. 
 
DCB 
Denominação Comum Brasileira do fármaco ou princípio ativo aprovada pelo órgão federal responsável 
 
DCI 
Denominação Comum Internacional do fármaco ou princípio ativo aprovada pela organização Mundial de 
Saúde. 
 
PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO – POP 
É a descrição de técnicas e operações a serem utilizadas na farmácia, visando proteger e garantir a 
preservação da qualidade das preparações manipuladas e a segurança dos manipuladores. 
 
QUARENTENA 
Retenção temporária de insumos, preparações básicas ou preparações manipuladas isoladas fisicamente ou 
por meios que impeçam a sua utilização, enquanto esperam decisão quanto à sua liberação rejeição. 
 
 
 
 
 
 
 
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6 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
TERMOS USADOS EM FARMACOTÉCNICA 
 
q.s.p: quantidade suficiente para... (se preparar uma formulação). Pode-se dizer que o q.s.p representa o 
peso ou volume total da formulação, e não necessariamente o peso ou volume de um determinado item. 
q.s: quantidade suficiente 
fsa: faça segundo a arte 
bm: banho-maria 
caps: cápsulas 
USP: United States Pharmacopeia – Farmacopéia Americana 
Farm. Bras.: farmacopéia Brasileira 
 
BASES GALÊNICAS 
Preparações compostos de uma ou mais matérias-primas, com fórmula definida destinada a serem utilizadas 
como veículos/excipiente de preparações farmacêuticas. 
 
RDC 67/2007 
Conjunto de normas e definições que dispõe sobre as Boas Práticas de Manipulação em Farmácia, desde suas 
instalações, equipamentos e recursos humanos, aquisição e controle da qualidade da matéria-prima. Além 
do armazenamento, avaliação farmacêutica da prescrição, manipulação, fracionamento, conservação, 
transporte, dispensação das preparações, incluindo a atenção farmacêutica aos usuários ou seus 
responsáveis, visando à garantia de sua qualidade, segurança, efetividade e promoção do seu uso seguro e 
racional. 
 
INSUMO INERTE 
Substância complementar, de natureza definida, desprovida de propriedades farmacológicas ou 
terapêuticas, nas concentrações utilizadas, e empregada como veículo ou excipiente, na composição do 
produto final. 
 
PREPARAÇÃO 
Procedimento farmacotécnico para obtenção do produto manipulado, compreendendo a avaliação 
farmacêutica da prescrição, a manipulação, fracionamento de substâncias ou produtos industrializados, 
envase, rotulagem e conservação das preparações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
4. CONSTITUINTES DAS FORMULAÇÕES 
 
4.1 PRINCÍPIO ATIVO (P.A) 
Os princípios ativos ou fármacos são os elementos-chave responsáveis pela ação terapêutica de um 
medicamento alopático ou fitoterápico. 
 
4.2 EXCIPIENTE 
Excipientes farmacêuticos são substâncias farmacologicamente inativas, que tem sua segurança avaliada e, 
que estão incluídos junto ao P.A com as seguintes intenções1: 
 
a) Possibilitar a preparação do medicamento; 
b) Proteger, fornecer ou melhorar a estabilidade e disponibilidade biológica; 
c) Melhorar a aceitabilidade pelos pacientes; 
d) Proporciona identificação dos medicamentos; 
 
Também chamados de adjuvantes ou coadjuvantes, dependendo de suas aplicações podem ser divididos em 
coadjuvantes terapêuticos ou coadjuvantes técnicos. 
 
4.2.1 Coadjuvante terapêutico 
 
Está diretamente relacionado às fases farmacodinâmicas e farmacocinéticas, e tem como função auxiliar a 
ação do P.A, seja por sinergismo, redução de efeitos adversos ou ainda o aumento do tempo de meia-vida 
dos fármacos. 
 
Ex: carbidopa e ácido clavulânico, que associados à levodopa e penicilina aumentam a meia-vida destes por 
inibição metabólica. 
 
4.2.2 Coadjuvante técnico 
 
São os excipientes mais comuns e estão relacionados ao melhoramento dos aspectos químicos, físicos e 
físico-químicos, permitindo maior estabilidade das formulações. São classificados de acordo com a sua 
funcionalidade nas formulações. 
 
 Agente acidulante: usado em preparações liquidas para proporcionar meio ácido para a estabilidade 
do produto. 
 Agente alcalinizante: usado em preparações liquidas para proporcionar meio alcalino para a 
estabilidade do produto. 
 Adsorvente: agente capaz de prender outras moléculas em sua superfície por meios físicos ou 
químicos. 
 Conservante antifúngico: previne o crescimento de fungos em formulações liquidas e semissólidas. 
 Conservante antimicrobiano: previne o crescimento de bactérias em formulações líquidas e 
semissólidas. 
 Antioxidante: inibe a oxidação. 
 Agente tampão: usado para resistir às mudanças de pH. 
 Agente quelante: substância que forma complexos estáveis e hidrossolúveis (quelatos) com metais. 
 Corante: usado para fornecer cor. 
 Emulsificante: usado para dispersar líquidos não miscíveis. 
 Flavorizante: fornece cor e odor agradáveis. 
 
1 Fonte: www.ipecamericas.org 
 
 
 
 
 
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8 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
 Umectante: evitar o ressecamento das preparações. 
 Solvente: agente usado para dissolver uma substância em solução. 
 
 
4.3 CLASSIFICAÇÃO DAS FORMULAÇÕES 
 
1) Baseadas no número de P.A presentes nas formulações 
 
2) Baseadas nas vias de administração 
 
3) Baseadas das formas farmacêuticas (F.F) 
 
4) Baseadas nas ações terapêuticas 
 
5) Baseadas nos métodos de obtenção das formas: 
 
a) Divisão mecânica: granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas. 
b) Dispersões mecânicas: suspensões, emulsão, aerossóis. 
c) Dispersão molecular: soluções, xaropes, extratos, espíritos, águas aromáticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
5. BIOFARMACOTÉCNICA 
A biofarmacotécnica estuda os processos que ocorrem no organismo, a partir da administração da forma 
farmacêutica, considerando as fases de liberação e dissoluçãodo fármaco, que precedem sua absorção. 
Pode, também, ser definida como o estudo entre a intensidade e o efeito biológico dos ativos e, os vários 
fatores relacionados ao próprio fármaco, à formulação do medicamento, incluindo o processo produtivo e, 
à via de administração. 
 
• Estuda os processos que ocorrem no organismo deste o momento de sua administração; 
• Focado nos aspectos de liberação e dissolução da forma farmacêutica; 
• Permite compreender a relação dos componentes da formulação com a absorção e o efeito 
terapêutico; 
• Melhora as F.F de acordo com a necessidade de administração e absorção dos fármacos 
 
 
 
 
 
 
 
5.1 DISSOLUÇÃO E ABSORÇÃO DE FÁRMACOS 
 
• Para que seja absorvido precisa antes ser dissolvido (dissolução) no local de absorção 
• A dissolução depende do pH do meio, podendo ser dissolvido no estômago ou intestino 
• A dissolução depende de inúmeros fatores, como a F.F, solvente, características físico-químicas, etc. 
• Produtos mal formulados podem não ser completamente absorvidos 
 
 
 
 
 
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10 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
DOSE 
Quantidade de fármaco suficiente (mínima) para produzir efeito terapêutico ideal. A dose usual segura e 
eficaz é definida por estudos clínicos e depende de fatores fisiológicos, patológicos e genéticos. 
 
POSOLOGIA 
É o intervalo de tempo entre uma dose e outra, ou seja, o número de vezes e a quantidade de medicamento 
a ser utilizada a cada dia – que varia em função do paciente, da doença que está sendo tratada e do tipo de 
medicamento utilizado. A posologia está relacionada com o tempo de ação e a dose terapêutica do 
medicamento em questão. 
 
DOSE USUAL 
Existem grupos de indivíduos que respondem diferente às mesmas doses 
 
 
5.2 INDIVÍDUO MÉDIO PADRÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.3 BIODISPONIBILIDADE 
 
Corresponde à quantidade de um fármaco que chega a circulação sanguínea, em determinado tempo após a 
sua administração. 
1. A libertação e dissolução dos fármacos constituem fatores limitantes na absorção, quer do ponto de 
vista da quantidade absorvida, quer na velocidade que ela se efetua. 
2. Uma das medidas da absorção de um fármaco é a determinação de sua concentração ( [ ] ) sérica em 
vários intervalos de tempo após a sua administração. 
3. É possível determinar qual a [ ] mínima que produza os efeitos desejados. Essa [ ] é denominada CME 
– Concentração Mínima Efetiva 
 
 
 
 
 
 
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12 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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13 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
5.4 ÍNDICE TERAPÊUTICO 
 
Um fármaco deve ser julgado não apenas por suas propriedades úteis, mas também pelos seus efeitos 
tóxicos. Desta forma, tem-se o índice terapêutico de um fármaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PICOS DE CONCENTRAÇÃO MÁXIMA, NÍVEL PLASMÁTICO EFETIVO E CONCENTRAÇÃO MÁXIMA TOLERADA 
DE UM MESMO FÁRMACO, A MESMA DOSE EM DIFERENTES FORMULAÇÕES DE USO ORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Indica a margem de segurança; 
2. Determina a relação entre a dose eficaz 
e a tóxica; 
3. Quanto maior o índice, maior a margem 
de segurança 
 
 
 
 
 
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14 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
5.5 FATORES QUE AFETAM A BIODISPONIBILIDADE DOS FÁRMACOS 
Complete as informações abaixo com relação aos fatores que afetam a biodisponibilidade. 
 
 
a. A forma farmacêutica 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________ 
b. Os excipientes 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________ 
c. Ligados ao próprio fármaco 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________ 
d. Ligados aos indivíduos 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________ 
e. A dose 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
____________________________________________________________ 
 
 
EXEMPLO: 
Mesmo fármaco, mesma dose e diferentes formas farmacêuticas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ERROS DE PESAGEM PODEM ELEVAR A [ ] PLASMÁTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5.6 EXCIPIENTES E A ABSORÇÃO DE FÁRMACOS 
 
O gráfico abaixo representa diferentes concentrações do excipiente Estearato de magnésio e sua influência 
na absorção de um fármaco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS 
 
As formas farmacêuticas sólidas são resultantes da transformação de transformação de fármacos em pós, os 
quais poderão ser dispensados diretamente nesta forma ou servirem de intermediários para outras formas 
farmacêuticas, como comprimidos, granulados e cápsulas. 
 
VANTAGENS 
 
1. Menor custo de acondicionamento e embalagem 
2. Maior estabilidade química, física e microbiana 
3. Boa aceitação e fácil administração 
4. Possibilidade de controlar a biodisponibilidade 
5. Menor sensação de gosto 
 
 
 
6. FORMA FARMACÊUTICA EM PÓ 
São formas farmacêuticas sólidas e secas constituídas por um ou mais componentes, que passaram por 
processos de pulverização e que apresentam a mesma tenuidade. 
 
VANTAGENS 
Fácil deglutição, fácil dissolução e fácil absorção. 
 
DESVANTAGENS 
Baixa uniformidade de doses, sabor mais realçado que outras F.F, baixa estabilidade química. 
 
6.1 CLASSIFICAÇÃO DOS PÓS 
 
1) QUANTO À APLICAÇÃO 
Uso interno: podem constituir solução no momento da administração. 
Uso externo: devem possuir boa espalhabilidade e tenuidade e não devem causar irritação local. 
 
2) QUANTO A CONSTITUIÇÃO 
Pós simples: 
Pós compostos: 
 
3) QUANTO AO TAMANHO DA PARTÍCULA 
Pó muito grosso: 
Pó grosso: 
Pó medianamente grosso: 
Pó fino: 
Pó muito fino: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6.2 GRANULOMETRIA DOS PÓS 
 
A granulometria dos pós pode interferir em processos de mistura, dissolução e biodisponibilidade. Ou seja, 
o tamanho das partículas interfere na biodisponibilidade através da variabilidade dos seguintes fatores: 
 
a) Velocidade de dissolução; 
 
b) Suspensibilidade; 
 
c) Uniformidade na distribuição; 
 
d) Tecnologia de obtenção de comprimidos e cápsulas; 
 
e) Penetrabilidade (partículas inaladas: 1 a 5 μm); 
 
f) Espalhabilidade (não aspereza < 100 μm) 
 
 
 
 
 
6.3 ETAPAS DE OBTENÇÃO DE PÓS 
 
a) Operações preliminares 
Operações mais utilizadas para material vegetal e separação de corpos sólidos. Caracterizadas 
principalmente pela triagem ou monda, divisão grosseira e secagem 
 
b) Operação principal – Mistura ou homogeneização 
Pulverização (trituração) no gral 
Levigação com líquidos 
Espatulação 
Fricção no tamis 
 
 
O tamis é o instrumento utilizado para fazer a tamisação. É constituído por um aro de diâmetro variável, 
apresentando uma das extremidades fechada com uma tela aplicada de modo a ficar bem esticada, como 
uma peneira. 
 
 
 
 
 
 
 
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6.4 MODIFICAÇÕES DEVIDO A REDUÇÃO DO TAMANHO DAS PARTÍCULAS 
 
a) Cor 
b) Cheiro e sabor 
c) Volume 
d) Densidade 
e) Higroscopia 
f) Solubilidade 
 
6.5 INCOMPATIBILIDADES 
 
a) Misturas eutéticas 
 
São misturas que se liquefazem a temperatura ambiente. O ponto de fusão da mistura é menor do que a dos 
dois pós isoladamente, podendo liquefazer-se ou formar uma pasta. Exemplos: 
1. Acetanilida e cânfora; 
2. Ácido acetilsalicílico e fenol; 
3. Antipirina e mentol; 
4. Cânfora e mentol; 
Para minimizar esse efeito, deve-se usar um pó absorvente, como o óxido de magnésio, o fosfato tricálcio, o 
gel de sílica, talco, amido ou a lactose. 
 
 
 
 
 
 
 
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Problemas relacionados à manipulação de pós. 
 
Problema Medida corretiva 
Formação de mistura eutética (pós se 
liquefazem à temperatura ambiente após 
serem misturados em determinada 
proporção). 
Interpor entre os pós incompatíveis um pó absorvente de 
elevada temperatura de fusão (exs: MgCO3, MgO, caulim, 
amido, talco, etc.). 
Formação de misturas explosivas (trituração 
de agentes oxidantes e redutores fortes). 
Evitar ou interpor pós inertes entre o agente oxidante e o 
redutor. 
Pós Higroscópicos (absorvem umidade do ar) 
e Deliqüescentes (se liquefazem total ou 
parcialmente). 
Controlar a umidade relativa do ar, granular os pós, 
manipular evitando a exposição à atmosfera úmida, 
adicionar um pó absorvente à preparação. 
Pós eflorescentes (aqueles que possuem água 
de hidratação que é liberada tornando o pó 
pastoso ou liquefeito). 
Substituir o pó hidratado pelo anidro ou secar o pó antes 
de manipula-lo. 
Pós leves e “fofos”. Compactar com álcool ou óleo mineral. 
Pós de difícil escoamento. 
Acrescentar estearato de magnésio em concentração 
inferior a 1%. 
Pós com carga estática. 
Neutralizar as cargas com laurilsulfato de sódio em 
concentração inferior a 1%. 
Incorporar líquidos à pós. 
Além do líquido acrescentar um pó absorvente; 
concentrar o líquido até uma consistência mais viscosa. 
 
 
6.6 ACONDICIONAMENTO 
O acondicionamento pode ser feito em potes de plástico ou de vidros, de boca larga, bem cheios e fechados. 
As substancias que sofrem hidrolise podem ser acondicionadas em 
embalagens com gel de sílica, por exemplo 
 
A GRANEL – O paciente deverá medir a quantidade a ser tomada em colheres 
ou outro tipo de utensílio semelhante. Como a medida assim é imprecisa, 
apenas os pós efervescentes, laxativos, pós para ducha higiênica, pós 
dentifrícios ou para limpeza de dentadura. 
 
PAPEIS MEDICAMENTOSOS OU SACHES – Os pós também podem ser 
acondicionados em envelopes ou papéis medicamentosos. Neste caso, a 
distribuição será feita por divisão geográfica ou com medidores de volume ou 
peso, principalmente para fármacos potentes. 
 
 
 
 
 
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Uso: Para acondicionar pó em doses individuais. 
Proteção dos pós após pesagem 
Tipo: papel impermeável, papel vegetal. 
Recomendado: para substâncias não higroscópicas. 
Forma: retangular. Ex: 10 x 8 cm 
 
EXIGÊNCIAS 
 
 Estabilidade 
 Homogeneidade: 
1. Tamanho de partículas semelhantes 
2. Técnica adequada – Misturador em V 
3. Gral – Mistura geométrica 
 
 
6.7 PÓS-EFERVECENTES 
A efervescência destina-se a proporcionar um paladar agradável, corrigindo eventualmente o gosto de certos 
fármacos utilizando as propriedades ácidas do CO2, o qual vai ainda atuar secundariamente como 
estabilizante da mucosa gástrica, podendo aumentar a absorção do medicamento. 
 
A efervescência é conseguida à custa da reação de um carbonato ou bicarbonato com um ácido orgânico, 
como o cítrico ou o tartárico, na presença da água usada para a ingestão do medicamento, produzindo-se a 
liberação de CO2. Geralmente usa-se uma quantidade fixa e arbitrária de ácido tartárico, ácido cítrico ou 
NaH2PO4, podendo ainda associarem-se estes três compostos. A quantidade de NaHCO3 que é necessária 
adicionar pode-se calcular em função da acidez conferida pelos ácidos e o NaH2PO4, de tal modo que a 
reação entre eles em presença de água, gera uma solução próximo da neutralidade. 
 
Os pós efervescentes constituem uma fórmula dotada de má conservação, pois absorvem facilmente 
umidade atmosférica dada a grande superfície que apresentam. É por isso que eles são geralmente 
substituídos por granulados, menos sujeitos a esta alteração. 
 
 
6.7.1 REGRAS GERAIS PARA A PREPARAÇÃO DE PÓS EFERVESCENTES 
 
Além das regras utilizadas para a preparação de pós compostos, deve-se: 
 
a) Logo após a pulverização e tamisação de cada um dos pós presentes na fórmula, secar cada um 
desses pós em estufa à 50-60°C durante 20 minutos. 
 
b) Pulverizar e tamisar isoladamente cada um dos pós secos, misturá-los em um gral. Secar o pó 
composto obtido em estufa à 50°C durante 20 minutos aproximadamente. 
 
c) Após o término da etapa anterior, caso necessário, tamisar a mistura final obtida. embalar, rotular e 
registrar conforme as mesmas exigências dos pós compostos acima descritas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. GRANULADO 
Granular é uma operação farmacêutica de dar forma utilizada para aglomerar substâncias pulverizadas 
através da aplicação de pressão e/ou adição de aglutinantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7.1 GRANULAÇÃO 
Processo em que pequenas partículas são transformadas em partículas maiores – aglomerados permanentes. 
É o processo através do quais partículas em pó são conduzidas a se aderirem umas às outras para formar 
entidades multiparticuladas grandes denominadas grânulos. 
 
OS GRÂNULOS SÃO OBTIDOS POR 3 MOTIVOS 
 
1. Para se obter uma forma farmacêutica final em escala magistral e industrial 
2. Para a produção de comprimidos em escala industrial 
3. Para promover o revestimento 
 
RAZÕES PARA A GRANULAÇÃO EM COMPRIMIDOS 
 
1. Evitar a separação (segregação) de constituintes numa mistura de pós 
2. Melhorar as propriedades de fluxo da mistura: facilidade de escoamento 
3. Aumento da densidade: reduzo volume permitindo melhor compressibilidade 
4. Melhorar as características de compactação da mistura: maior compressibilidade 
5. Aumento da dissolução: devido a sua alta porosidade 
 
RAZÕES PARA A GRANULAÇÃO COMO F.F FINAL 
 
1. Mais estéticos 
2. Não aderem entre si: evita a umidade 
3. Mais agradáveis de ingerir 
4. Posologia mantida x colheres 
5. Efervescentes – melhor conservação – menor superfície de contato 
 
 
 
7.2 MÉTODOS DE OBTENÇÃO DE GRANULADOS 
 
1. Granulação por Fusão 
a. Aquecer (90-105°C) substâncias medicamentosas 
 
 
 
 
 
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b. Pela ação da água e do calor ocorre a fusão superficialmente aglomerando-se sob a forma de 
pasta – crivo 
c. Ex: ácido cítrico, bicarbonato de sódio e sulfato de Mg 
 
2. Granulação por via seca 
 
Mistura dos pós → Compactação → Calibração (tamis) 
 
 
 
3. Granulação por via úmida 
 
Mistura dos pós → Umectação → Granulação (tamis) → Secagem → Calibração (tamis) 
 
 
 
 
 
 
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8. CÁPSULAS 
São formas farmacêuticas sólidas, com invólucro duro ou mole, de diversos formatos e tamanhos, 
normalmente contendo uma dose unitária de ingrediente ativo. Os invólucros são normalmente formados 
de gelatina de origem animal, contudo podem ser de amido. 
 
VANTAGENS 
 
1. Mascaramento de odor e sabor; 
2. Fácil liberação do princípio ativo; 
3. Possibilidade de revestimento; 
4. Boa estabilidade: proteção contra luz, ar e umidade; 
5. Ótima precisão e dosagem; 
6. Fácil administração e boa aceitação pelos pacientes; 
7. Rapidez na execução; 
8. Possibilidade de obtenção de pequenas quantidades; 
9. Melhora dos aspectos comerciais (ocupa pequenos volumes); 
10. Baixo risco de contaminação cruzada; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DESVANTAGENS 
 
1. Não é fracionável; 
2. Aderem com certa facilidade à parede de esôfago; 
3. Dificuldade de uso em crianças e idosos; 
4. Incompatibilidade com substâncias higroscópicas, deliquescentes e eflorescentes; 
 
 
 
8.1 CLASSIFICAÇÃO (CATEGORIAS DE CÁPSULAS) 
1. Cápsulas duras; 
2. Cápsulas moles; 
3. Cápsulas gastro-resistentes (de liberação entérica); 
4. Cápsulas de liberação modificada (liberação prolongada). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8.2 CÁPSULAS DURAS 
As cápsulas duras têm forma cilíndrica, arredondada nos extremos e são formadas por duas partes abertas 
numa extremidade, com diâmetros ligeiramente diferentes, devendo seus extremos abertos encaixar um no 
outro. 
 
As cápsulas duras são constituídas de gelatina*, corantes, antioxidantes e 
agentes opacos. Apresentam cerca de 8 a 16% de água. Tem formato 
cilíndrico, arredondado nas extremidades e são formadas de 2 partes: corpo 
e tampa. O corpo é utilizado para acondicionar os pós, e já a tampa com a 
finalidade de retê-lo. 
 
* A gelatina NF, é um produto obtido pela hidrólise parcial de colágeno 
obtido da pele do tecido conjuntivo branco de ossos de animais. É 
comercializado na forma de pó fino, pó grosso, tiras, flocos ou folhas. 
 
 
8.3 TAMANHO DAS CÁPSULAS 
 
N° CAPACIDADE MÉDIA (MG) VOLUME MÉDIO (ML) 
5 Até 65mg 0,130ml 
4 65mg a 100mg 0,210ml 
3 130mg a 200mg 0,300ml 
2 200mg a 350mg 0,370ml 
1 350mg a 550mg 0,500ml 
0 550mg a 750mg 0,680ml 
00 750mg a 975mg 0,950ml 
000 975mg a 1400mg 1,370ml 
 
Obs.: existem diferenças de capacidade relacionadas com a reologia do pó, tenuidade, densidade, pressão 
usada no enchimento, etc. Exemplo: uma cápsula n° 0 pode conter 520mg de Ácido Acetilsalicílico e 715mg 
de bicarbonato de sódio, ou ainda 325mg de sulfato de quinina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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26 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
A dosificação correta das cápsulas duras depende de três fatores fundamentais: 
 
a) Escolha do invólucro com capacidade adequada 
b) Método de enchimento (manual ou automático) 
c) Produto a encapsular (densidade/umidade). 
 
 
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES 
 
As cápsulas devem ser completamente preenchidas, e a tampa não foi feita para acondicionar os pós, e sim 
servir de barreira. Se a quantidade de fármaco for menor que a capacidade total da cápsula, é necessário 
acrescentar um diluente para seu completo enchimento, como a lactose, a celulose microcristalina, amido 
ou uma mistura chamada de excipiente padrão: 
 
Estearato de Magnésio....................... 0,5% 
Aerosil............................................... 1,0% 
Lauril Sulfato de Sódio................... 1% a 2% 
Talco.................................................. 30% 
Amido de milho............. qsp.............. 100% 
 
 
 
8.4 MÉTODO DE ENCHIMENTO DAS CÁPSULAS 
 
A cápsula é uma das formas farmacêuticas mais difundidas em manipulação. 
No entanto, a prática envolvendo cápsulas é muitas vezes imprecisa, pois os 
métodos geralmente utilizados para o enchimento, se baseiam na capacidade 
em termos de peso. Este parâmetro (peso) varia muito conforme a densidade 
do pó a ser encapsulado, o que pode gerar alguns inconvenientes no cálculo 
de excipiente e tamanho da cápsula a ser empregada. 
 
 
Este método consiste em encher as cápsulas 
pressionando o seu corpo contra o pó várias vezes 
até o completo enchimento. Em seguida esta 
cápsula é pesada e seu peso relacionado com a sua 
capacidade. Assim, seleciona-se o nº preciso de 
cápsulas vazias que serão envasadas. Se ao final do processo, a capacidade de pó 
da última cápsula for insuficiente, adiciona-se um diluente. 
 
Por isso, o “método volumétrico” de enchimento de cápsulas é muito mais preciso, já que as cápsulas têm a 
capacidade constante em termos de volume. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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8.5 PROCEDIMENTO PARA MANIPULAÇÃO 
1. Passo: processo em que o manipulador deverá pesar os pós especificados na ficha de pesagem, 
observando as respectivas quantidades; 
2. Passo: a pesagem deverá ser precisa e muito cuidadosa; 
3. Passo: ao iniciar a pesagem, tarar a balança com papel de pesagem sobre o prato; 
4. Passo: pesar os pós um a um com o auxílio de espátula. Para a pesagem de Pellets deve utilizar sempre 
espátula de plástico ou chifre – não utilizar espátula de aço inox; 
5. Passo: os pós devidamente pesados deverão ser pulverizados em gral de porcelana ou de vidro 
individualmente; 
6. Passo: misturar os pós em um único gral seguindo a REGRA DO MISTÃO ou REGRA GEOMÉTRICA (maior 
sobre o menor); 
7. Passo: passar o conteúdo para uma provera graduada a verificar o volume obtido por aquela quantidade 
de pó; 
8. Passo: verificar a necessidade de diluente e escolher a cápsula ideal de acordo com o volume obtido no 
passo 7 dividido pela quantidade de cápsulas da formulação; 
9. Passo: com o auxílio de um saco plástico, misturar bem os pós e o distribuir sobre a placa encapsuladora; 
10. Passo: encapsular; 
11. Passo: lustrar as cápsulas; 
12. Passo: acondicionar. 
 
 
8.6 EXERCÍCIOS SOBRE ENCHIMENTO DE CÁPSULAS1. Prescrição A 
 
Fluoxetina........................................................................25mg 
Preparar 60 caps 
 
Dados: 
 
I. A matéria-prima disponível na farmácia está na forma de sal 
(cloridrato de fluoxetina), e, portanto, seu fator de equivalência é 
1,12 
II. O volume ocupado pelo fármaco (na proveta) foi de 3,0 ml 
III. O volume das cápsulas disponíveis é: 
 
Perguntas: 
 
1) Quanto será utilizado do fármaco (sal) para pesagem (em gramas)? 
 
 
2) Quantos ml do fármaco caberão em cada cápsula? 
 
 
3) Qual o tamanho das cápsulas utilizadas? 
 
 
4) Quanto será usado de excipiente (em gramas)? 
 
 
 
N° Volume da 
Cápsula (ml) 
5 0,130ml 
4 0,210ml 
3 0,300ml 
2 0,370ml 
1 0,500ml 
0 0,680ml 
00 0,950ml 
000 1,370ml 
 
 
 
 
 
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28 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
 
2. Prescrição B 
 
Cáscara sagrada.................................................................250mg 
Preparar 60 caps 
 
Dados: 
I. A matéria-prima disponível na farmácia está com um teor e umidade 
de 8% 
II. O volume ocupado pelo fármaco (na proveta) foi de 10,0 ml 
III. O volume das cápsulas disponíveis é: 
 
Perguntas: 
 
1) Quanto será utilizado do fármaco para pesagem (em gramas)? 
 
2) Quantos ml do fármaco caberão em cada cápsula? 
 
3) Qual o tamanho das cápsulas utilizadas? 
 
4) Quanto será usado de excipiente (em gramas)? 
 
 
 
3. Prescrição C 
 
Losartana ........................................................25mg 
Hidroclorotiazida..........................................12,5mg 
Preparar 60 caps 
 
Dados: 
IV. A matéria-prima disponível na farmácia está com teor de umidade 
de 12%. 
V. O volume ocupado pelo fármaco (na proveta) foi de 9,0 ml 
VI. O volume das cápsulas disponíveis é: 
 
 
Perguntas: 
 
1) Quanto será utilizado do fármaco para pesagem (em gramas)? 
 
2) Quantos ml do fármaco caberão em cada cápsula? 
 
3) Qual o tamanho das cápsulas utilizadas? 
 
4) Quanto será usado de excipiente (em gramas)? 
 
 
 
 
 
 
 
N° Volume da 
Cápsula (ml) 
5 0,130ml 
4 0,210ml 
3 0,300ml 
2 0,370ml 
1 0,500ml 
0 0,680ml 
00 0,950ml 
000 1,370ml 
N° Volume da 
Cápsula (ml) 
5 0,130ml 
4 0,210ml 
3 0,300ml 
2 0,370ml 
1 0,500ml 
0 0,680ml 
00 0,950ml 
000 1,370ml 
 
 
 
 
 
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29 Apostila Teórica de Farmacotécnica I – Prof. Herbert Cristian de Souza 
9. REVESTIMENTO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS 
Existem fármacos que por serem irritantes ao estômago ou sensíveis ao baixo valor do pH do suco gástrico 
(entre 1,0 e 2,5) devem passar intactos pelo estômago para serem absorvidos no intestino. 
 
 
O intestino delgado é uma das principais vias de absorção 
para os fármacos, devido: 
– pH adequado 
– Grande área de superfície disponível para a absorção 
no seu interior (aproximadamente 6 metros de 
comprimento) 
 
 
O revestimento gastro-resistente é uma técnica utilizada na 
preparação de formas farmacêuticas para que resistam, 
sem alteração, à ação do suco gástrico devendo, porém, 
desagregar-se rapidamente no suco intestinal. 
 
O planejamento dos revestimentos entéricos baseia-se no tempo de trânsito necessário para a passagem da 
forma farmacêutica do estômago até os intestinos. Isso pode ser obtido com revestimentos de espessura 
suficiente para resistir à dissolução no estômago 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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9.1 RAZÕES PARA REVESTIR AS CÁPSULAS 
1) Proteger fármacos que se decomponham em meio ácido, tais como enzimas e alguns antibióticos; 
2) Prevenir mal-estar gástrico e náuseas devido à irritação provocada pelo fármaco, como por exemplo, 
o AAS; 
3) Administração de fármacos para a ação local nos intestinos, como os anti-parasitários; 
4) Quando for importante que o princípio ativo não sofra diluições antes de atingir o intestino, como, 
por exemplo, mesalazina e sulfassalazina (anti-inflamatório intestinal – colite). 
 
 
9.2 SUBSTÂNCIAS USADAS PARA O REVESTIMENTO 
1) Goma laca; 
2) Ftalato de hidroxipropilmetilcelulose (HPMC); 
3) Copolímero do ácido metacrílico/metacrilato de metila (Eudragit L-100); 
4) Acetaftalato de polivinil e Acetoftalato de celulose; 
5) Formaldeído e Acetona 
 
 
9.3 SOLUÇÃO IDEAL PARA REVESTIMENTO 
O método mais viável para uso magistral por ser simples e rápido é o proposto por Lachman empregando: 
 
Solução de acetoftalato de celulose adicionada manualmente ou diluída com solventes apropriados para 
aspersão nas cápsulas, a qual é composta por: 
• Acetoftalato de celulose............................ 5% 
• Polietilenoglicol 8000.............................. 15% 
• Monoleato de sorbitano......................... 0,3% 
• Corante amarelo..................................... 0,05% 
• Dióxido de titânio......................................0,5% 
• Vanilina (0,1%), óleo de rícino............... .0,25% 
• Álcool etílico............................................ 12% 
• Acetona......................... Qsp................... 100% 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10. COMPRIMIDOS 
Comprimidos são formas farmacêuticas sólidas contendo princípios ativos, com vários tamanhos, formas, 
peso, dureza, espessura, características de desintegração, etc. São obtidos pela compressão de pós ou 
granulados, em que onde uma elevada pressão é aplicada ao sistema até que este se rearranje e deforme, 
dando origem a uma massa compacta, ou seja, um corpo rígido de forma bem definida. Sua grande maioria 
é destinada à via oral, sofrendo desagregação na boca, estômago ou intestino. 
 
VANTAGENS 
 
1. Maior precisão de dosagem e menor variabilidade de conteúdo; 
2. Facilidade de manuseio, administração e transporte pelo usuário; 
3. Maior estabilidade física e microbiológica; 
4. Melhor adequação à produção em escala industrial 
5. Menor custo; 
 
DESVANTAGENS 
 
1. Não é uma forma farmacêutica emergencial; 
2. Impossibilidade de adaptação de posologia individual; 
3. Impossibilidade de obtenção econômica de quantidades reduzidas, dado ao custo elevado do 
equipamento; 
4. Permite e facilita em grandes proporções a automedicação; 
5. Impossibilidade de administração a lactentes e idosos. 
 
10.1 CLASSIFICAÇÃO 
a) Quanto à forma 
a. Circular 
b. Alongado 
c. Quadrado, etc. 
b) Quanto ao perfil 
a. Plano 
b. Convexo 
c. Côncavo 
d. Chanfrados 
c) Quanto à superfície 
a. Revestimento por película 
b. Revestimento por açúcar + verniz: drágeas 
d) Quanto a cadencia e desagregação 
a. Liberação imediata 
b. Liberação modificada (retardada, prolongada, controlada e repetida) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.2 ADJUVANTES OU EXCIPIENTES 
Os adjuvantes em comprimidos são adicionados à formulação para melhorar certas características, como a 
forma, tamanho, escoamento do pó, a desagregação, dissolução, aceitabilidade pelo paciente, etc. 
 
10.2.1 DILUENTES 
 
São adicionados aos pós para obter comprimidos com peso conveniente. Podem ser: 
a. Solúveis: lactose, sacarose, cloreto de sódio, manitol; 
b. Insolúveis: amido, celulose microcristalina (Avicel); 
c. Mistos: misturados solúveis com insolúveis. 
 
 
10.2.2 ABSORVENTES 
 
São incorporados para absorver a água da umidade atmosférica ou residual dos pós que provoquem a 
alteração da forma farmacêutica. Retém ainda a água de extratos fluidos ou tinturas. Exemplos: 
a. Amido e lactose. 
 
 
10.2.3 AGLUTINANTES 
 
São substâncias que aumentam o contato entre as partículas, devido a sua alta capacidade de agregação e 
compactação. São produtos de longa cadeia, como: 
b. Açucares: lactose, glucose, manitol, sacarose; 
c. Mucilagens: goma arábica, goma de amido, goma agraganta; 
d. Polímeros: PVP 
 
 
10.2.4 DESAGREGANTES 
 
Acelera a dissolução ou a desagregação dos comprimidos na água ou nos líquidos do organismo. Os 
desagregantes atuam geralmente por três processos: 
a. Dissolvendo-se na água, abrindo canalículos que facilitam a desagregação dos comprimidos: 
lactose, glicose e cloreto de sódio; 
b. Reagindo com a água ou com ácido clorídrico do estômago e libertando gases, como o 
oxigênio ou gás carbônico: carbonato, bicarbonato, misturas efervecentes; 
c. Inchando em contato com a água e abrindo assim canalículos que facilitam a desagregação 
dos comprimidos: amido; 
 
 
10.2.5 LUBRIFICANTES 
 
Facilita o deslizamento do pó ou granulado para a máquina de compressão, e diminuem a tendência do 
produto a se aderir as punções. 
a. Talco, estearato de magnésio e amido 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10.3 MÁQUINA DE COMPRESSÃO 
 
As máquinas de compressão do tipo excêntricas são constituídas por punções, sendo um inferior e um 
posterior, por uma câmara de compressão ou matriz, cujo fundo é formado pela punção inferior e por uma 
peça móvel distribuidora de pó. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formatos dos punções que determinam a forma dos comprimidos e sulcos. 
1 – Face chata lisa; 2 – Côncavo raso; 3 - Côncavo padrão; 4 – Côncavo fundo 
 
As punções e matrizes são de aço temperado especial e algumas vezes o punção superior tem gravado o 
nome do laboratório, de um símbolo ou o do medicamento a se preparar. 
 
 
 
 
 
 
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10.3.1 FASES DA COMPRESSÃO 
 
A. Formação da câmara de compressão. A punção superior dá brilho e a dureza ao comprimido, e faz a 
compressão propriamente dita. 
B. Nesta câmara de compressão é distribuído o pó a ser comprimido. É a punção inferior que ajusta a 
altura da matriz (ou câmara), regulando a quantidade de pó a ser comprimida. 
C. Ocorre verdadeiramente a compressão. A punção superior se abaixa comprimindo o pó. 
D. Pela ação o alimentador (que irá adicionar mais pó para a compressão de um segundo comprimido), 
o primeiro comprimido é expulso da máquina, e em seguida inicia-se um novo ciclo de compressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A força de compressão define a forma e dureza do 
comprimido. 
 
Já as máquinas de compressão automáticas chamadas de Máquinas rotativas, 
os punções inferiores e superiores, assim como as matrizes, são montadas face 
a face sobre a mesma coroa circular, animada de movimento contínuo sempre 
no mesmo sentido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11. ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS 
Todos os materiais sofrem alterações, com o tempo, sob a ação do ambiente, desde materiais extraídos da 
natureza até materiais sintéticos. Os fatores ambientais que degradam os medicamentos são inúmeros, 
como por exemplo, a luz (através da radiação ultravioleta e infravermelha), a umidade, o calor, 
microorganismos, etc. 
Com os fármacos ocorre o mesmo: 
 Fármacos puros são mais estáveis do que em misturas: as chances de interação com outros materiais 
aumentam muito. 
 Lembre-se: medicamentos são misturas de fármacos e veículos ou excipientes. 
 Fármacos em formas sólidas são mais estáveis que em formas líquidas: as reações químicas ocorrem 
melhor e mais rápido em um meio líquido. 
 Fármacos sujeitos a algum processamento são também mais facilmente decompostos: Granulação 
úmida, secagem, aquecimento para facilitar a solubilização, etc. 
 O processamento promove maior exposição da preparação aos agentes ambientais: oxigênio, 
luz, aquecimento, microrganismos, etc. 
A decomposição dos fármacos, puros ou nos medicamentos, obriga aos fabricantes estipular a sua data de 
validade: 
 A determinação do prazo de validade é baseada em experimentos que permitem estimar o 
tempo em que os fármacos permanecem em condições de exercer seu efeito sem alterar sua 
toxicidade. 
No desenvolvimento de formulações são feitos exaustivos estudos para compreender o mecanismo de 
degradação dos fármacos e a velocidade com que os processos ocorrem, sob vários aspectos: químico, físico 
e microbiológico. 
Por esse motivo há um tempo considerável entre a elaboração de uma nova formulação e o seu 
aparecimento no mercado. 
O estudo da estabilidade de medicamentos conduz a uma compreensão mais fácil sobre a degradação que 
os medicamentos podem sofrer, principalmente em sua potência. 
Portanto, a estabilidade é a extensão de tempo na qual o produto mantém, dentro de limites especificados, 
através do período de armazenamento e uso, as mesmas propriedades que possuía no momento da sua 
fabricação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11.1 TEMPERATURA 
a. Em geral, o aumento de 10 graus na Temperatura, acelera em 2 a 5 vezes a velocidade de uma 
reação; 
 
 
b. Importante lembrar que, em nosso país, a temperatura ambiente varia muito, ultrapassando os 
30º C 
c. A temperatura é um importante catalisador das reações de hidrólise e oxidação 
 
MEDICAMENTOS
MEDICAMENTOS 
ESTÁVEIS
ALTERAÇÕES NÃO 
PROGRAMADAS
FATORES 
EXTRÍNSECOS 
(CAUSAS EXTERNAS)
INSTABILIDADES
TEMPERATURA
LUZ
OXIGÊNIO (O²)
pH
UMIDADE
TEMPO
FATORES 
INTRÍNSECOS 
(CAUSAS INTERNAS)
INCOMPATIBILIDADES
FÍSICAS
QUÍMICAS
FISICO-QUIMICAS
TERAPÊUTICAS
 
 
 
 
 
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11.2 LUZ 
a. A luz solar (UV) afeta as ligações químicas fornecendo energia para a separação dos elétrons 
compartilhados entre os dois átomos dessa ligação. Pode resultar em: 
a. Formação de radicais livres no processo de oxidação 
b. Lise da molécula formando dois radicais 
c. A quebra da molécula pode causar isomerização 
b. Correções: armazenar os produtos em embalagens foto-resistentes (vidro, plástico PET âmbar, 
plástico escuro, embalagens de alumínio, etc). 
 
11.3 OXIGÊNIO (O2) 
a. Reação que ocorre na presença de oxigênio, com o ganho ou perda de um ou mais átomos 
eletropositivos, átomos aletronegativos, radiais ou elétrons. 
b. É iniciada tanto pela luz como pela presença de metais 
c. Formas de evitar a oxidação: 
a. Usar agentes quelantes: EDTA 
b. Usar agentes anti-oxidantes:bissulfito de sódio, metabissulfito 
c. Evitar o contato com a luz e excesso de umidade 
 
11.4 pH 
1. O pH é um importante catalisador da hidrólise 
2. Em pH baixos ou altos: aumentam as chances de ocorrer alterações nas hidroxilas e hidrogênios 
dos fármacos, podendo levar a oxidação e à hidrólise. 
3. Para cada formulação existe um pH ótimo, no qual a tanto a hidrólise quanto a oxidação é mínima, 
permitindo melhor atividade biológica e maior estabilidade da preparação. 
 
11.5 UMIDADE (HIDRÓLISE) 
a. Ocorre quebra da molécula de fármaco pela adição de uma molécula de água. 
b. Para diminuir este efeito controla-se a temperatura do laboratório 
c. Há grupos funcionais que favorecem a hidrólise: 
i. Lactonas (ésteres cíclicos) 
ii. Lactamas (amidas cíclicas) 
iii. Ésteres 
iv. Amidas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11.6 TEMPO DE CONSERVAÇÃO 
A conservação do medicamento determina diretamente a degradação do produto. O estudo do prazo de 
validade da preparação é um dos fatores mais críticos na farmácia de manipulação. 
Pelo fato das preparações magistrais serem produzidas para a administração imediata ou após curto período 
de armazenagem, seus prazos de validade podem ser estabelecidos, utilizando critérios diferentes daqueles 
aplicados para determinar a validade do produto industrializado. 
Embora se subtenda que o produto manipulado será utilizado logo após o aviamento da prescrição e somente 
durante o tempo de tratamento, ele precisa se manter estável durante todo este tempo. 
A dificuldade de estabelecer o prazo de validade para preparações farmacêuticas magistrais reside em alguns 
aspectos específicos inerentes à produção artesanal e unitária na farmácia magistral, tais como: 
a. Diversidade de formulações 
b. Associações de ativos 
c. Diversos excipientes e veículos 
d. Equipamentos utilizados e a tecnologia aplicada 
e. Fatores econômicos: doses unitárias e individuais 
 
Contudo, existem meios racionais e científicos, embora não exatos, de se presumir de maneira aproximada 
a validade de uma preparação farmacêutica magistral. 
Os prazos de validade recomendados pela USP-23ed, para preparações magistrais embaladas em recipientes 
hermeticamente fechados e protegidos da luz, na temperatura ambiente controlada são: 
a. Formulações sólidas e líquidas não-aquosas 
 Se a fonte for industrializado a validade não deve exceder a 25% do tempo remanescente para a 
data de expiração do produto original, ou 6 meses, o que for mais precoce. 
 Se a fonte da M.P não é industrializado (comprado direto do fabricante), o prazo de validade não 
deverá exceder a 6 meses. 
b. Formulações de antibióticos contendo grande quantidade de água 
 Não deverá ultrapassar 14 dias quando estocado em temperaturas baixas. 
a)
CO2H
O
O
CO2H
OHhidrólise
H
O
H
OH
O
ác. acetil salicílico ác. salicílico ác. acético
+
 
 
 
 
 
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c. Formulações semi-sólidas 
 Não deverá ultrapassar 3 meses. Entende-se por preparações semi-sólidas as formas 
farmacêuticas em gel, loções, cremes, pomadas, gel-creme, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
1. ALLEN JR, Loyd V.; POPOVICH, Nicholas G; ANSEL, Howard C. Formas farmacêuticas e sistemas de 
liberação de fármacos. Tradução Ana Lúcia Gomes dos Santos et al. 8. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2007. viii, 775 p. il. Tradução de: Ansel's pharmaceutical dosage form & drug delivery systems. ISBN 
978-85-363-076. 
2. FERREIRA, Anderson de Oliveira. Guia prático da Farmácia magistral. 4.ed. rev. ampl. São Paulo: 
Pharmabooks, 2010. v.1. xxii, 736 p. il. ISBN 978-85-8973-145-4. 
3. FERREIRA, Anderson de Oliveira; BRANDÃO, Marcos. Guia prático da Farmácia magistral. 4.ed. rev. 
ampl. São Paulo: Pharmabooks, 2011. v.2. xxiii, 673 p. il. ISBN 978-85-8973-145-4. 
4. AULTON, Michael E. Delineamento de formas farmacêuticas. Tradução George González Ortega et 
al. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2005. 677 p. Tradução de: Pharmaceutics the science of dosage form 
design. ISBN 978-85-363-0152-5. 
 
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR 
1. CRESPO, Marcelo Soares; CRESPO, Juliana Maria Rocha e Silva. Formularium: compêndio de fórmulas 
magistrais. São Paulo: Crespo, 2002. v.1. xlvi, 586 p. ISBN 85-902747-1-3. (A biblioteca possui 2 ex. 
v.1 de 2002) 
2. VILLANOVA, Janaina Cecília Oliveira; SÁ, Vania Regina de. Excipientes: guia prático para 
padronização. São Paulo: Pharmabooks, 2007. 115 p. ISBN 85-8973-114-6. 
3. ANTUNES Jr., D. Farmácia de manipulação. São Paulo: Tecnopress, 2002. 
4. GENNARO, Afonso R. (Ed.). Remington: a ciência e a prática da Farmácia. Tradução Adriana Ito 
Azevedo at al. 20. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, c2004. xviii, 2208 p. il. Tradução de: 
Ramington: the science and practice of pharmacy. ISBN 85-277-0873-6. 
5. Farmacopéia brasileira parte II: sexto fascículo. 4. ed. São Paulo: Atheneu, 2005. Várias paginações 
p. ISBN 85-7454-091-9.

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