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* * * Construção Civil 7- Armaduras 7.1. Procedimentos preliminares a execução das armaduras: 7.1.1. Definições de projetos e previsão de perdas Os projetos estruturais são bem detalhados no que diz respeito às armaduras. Todo o projeto apresenta quadros que mostram a posição, a quantidade, diâmetro, comprimento e detalhes de dobragem, além de quadros com resumo por bitola, levando ou não em consideração as perdas que ocorrem na obra. O projeto estrutural fornece as seguintes informações: Seções e comprimentos dos elementos de concreto armado (fôrmas e armaduras); Desenho detalhado das peças estruturais ( bitolas o espaçamento entre as barras de aço, cobrimentos, esperas, emendas ou transpasse); Volume de concreto e área de fôrma; Tabela do aço (posição do aço, comprimentos e pesos parciais e global). A seguir são apresentados doi modelos de tabelas de aço. * * * Construção Civil * * * Construção Civil 7.2. Aços para a construção civil 7.2.1 – Tipos de aços Os aços utilizados na construção civil são classificados de acordo com suas características mecânicas (tensão de escoamento) e conforme o processo de fabricação – laminação a quente, encruamento por deformação a frio ou trefilação fio-máquina. No quadro a seguir são mostrados os tipos de aços mais comuns utilizados na confecção de peças em concreto armado: De acordo com a norma NBR 7480/96, as barras de aço, seja de que tipo for, com diâmetro igual ou superior a 10 mm deverão apresentar marcas de laminação em relevo (de identificação) com a marca do fabricante, a categoria e o diâmetro. Nos aços em barras de diâmetro menos que 10 mm a identificação poderá ser feita com a pintura de uma das pontas em cores padronizadas * * * Construção Civil Nos quadros a seguir são apresentados os aços usados na construção civil com suas características físicas e mecânicas, bem como o diâmetro mínimo dos pinos para dobragem dos aços. Em geral, os fabricantes fornecem aços nas categorias: CA-50, com superfície nervurada, com superfície nervurada (a Gerdal especifica o GG-50; a Belgo Mineira especifica Belgo 50) e CA-25 com superfície lisa. No caso dos aços CA-50 de boa qualidade pode-se fazer emendas com solda a topo (para diâmetros de 10 a 40 mm). Há também, por parte dos fabricantes com certificados de qualidade, a preocupação em fornecer barras de comprimentos definidos com rigoroso controle dos diâmetros, o que possibilita reduzir as perdas por transpasse nas emendas, sobra de pontas no corte e por desbitolamento. * * * Construção Civil Os aços da categoria CA-50 são indicados para ferragem longitudinal de vigas, pilares, estacas e blocos. Os ferros em CA-25 são admitidos em elementos de fundações - estacas brocas e baldrames. * * * Construção Civil Os aços da categoria CA-60 admitem emendas soldáveis, dobragem e alta resistência. Vergalhões de aço CA-60 são indicados para a produção de vigotas de lajes pré-fabricadas, treliças, armações para tubos, pré-moldados, armações em lajes e estribos. Os arames de aço recozido são obtidos por trefilação de fio- máquina, com posterior recozimento em fornos de tratamento térmico com temperaturas e tempo controlados. Possuem elevado grau de ductibilidade e alta resistência à tração. Suas características garantem sua utilização em operações que exigem dobras e torções, como as amarrações de armaduras para concreto, embalagens de feixes, fardos, etc. São fornecidos em rolos de 1Kg, 35Kg e 60Kg. * * * Construção Civil 7.3. Execução da armadura 7.3.1. Corte dos ferros (Equipamentos) a) Arcos e serras de aço rápido – indicada para pequenas obras com laje pré-fabricadas, tem como principal vantagem o menor investimento em equipamentos e mobilidade e como desvantagem o fato de exigir maior tempo de execução e conseqüente maior custo de mão-de-obra; b) Tesouras de corte – é indicada para obras de pequeno é médio porte com lajes maciças ou mistas, com a vantagem de possibilitar maior rapidez no corte dos vergalhões, exigindo, porém, maior esforço humano; c) Máquinas de corte (n.º 1, 2, 3 etc.) – cujo emprego é indicado para obras de médio a grande porte, permitindo o corte de bitolas maiores, tendo como desvantagem relativa a necessidade de ter que ser fixada em local único; d) Serra de corte (disco de corte) – para obras de médio e grande porte, com o corte rápido de qualquer tipo de bitola, tendo como principal desvantagem o ruído provocado pela alta velocidade do disco. * * * Construção Civil 7.2.2. Dobra dos ferros a) Pinos de dobragem – em obras pequenas e médias pode-se usar pinos feitos de aço fixados diretamente nos pranchões para servir de apoio na dobragem dos ferros com uma alavanca (chave ou ferro de dobrar). b) Chapas de dobrar – são chapas prontas com pinos de dobragem soldadas que devem ser fixadas na bancada para servir de apoio para o uso da ferramenta de dobragem. O diâmetro dos pinos deve seguir o especificado na tabela a seguir: * * * Construção Civil c) Máquinas de dobrar – para obras de médio a grande porte pode-se usar máquinas para realizar o trabalho de dobragem em série. Exigem mão-de-obra qualificada para a operação do equipamento. * * * Construção Civil 7.2.3. Kits de armaduras Depois de cortadas e dobradas as barras soltas podem ser imediatamente montadas ou amarradas em feixes, chamados kits de armaduras para serem transportadas para a obra, quando montadas em central ou do local de corte e dobra (térreo) para o local de aplicação (pavimento). Cada kit deve conter a armadura de um pilar ou viga ou parte da armadura de laje. Os kits devem receber identificação conforme o projeto estrutural por meio de etiquetas (plaquetas) a fim de evitar erros de montagem. A armazenagem deve ser feita em local livre de passagem de equipamentos e preferencialmente colocados sobre berços de madeira. Para transportar usar guincho (grua) com os devidos cuidados de manuseio. * * * Construção Civil 7.2.4. Amarração dos ferros a) Arame trançado (dobrado ou retorcido) – a amarração das barras cortadas e dobradas para solidarizar a armação é feita com arame recozido n.º 18 em par trançado (no mínimo), executando-se o nó mais apropriado de acordo com número de barras concorrentes no ponto de amarração pela aplicação de torniquete com a ferramenta do armador - torquês de cabo comprido – e que depois de devidamente apertado é cortado rente ao nó. b) Nó simples – é usado para amarrar duas barras lisas e de menor bitola em um nó apenas, comum em solidarização de armaduras de laje maciça e armaduras de pele. c) Nó duplo – para bitolas maiores é necessário utilizar o nó duplo. * * * Construção Civil d) bancadas de amarração – na maioria das vezes as armaduras são montadas na própria obra e o mais próximo das fôrmas que irão receber a armadura. Pode-se, para isso, utilizar bancadas secundárias para a amarração das armaduras feitas com cavaletes de madeira ou de barras de ferros. 7.2.5. Emendas nos aços As emendas devem ser evitadas pois quase sempre acrescentam custos e podem a vir a comprometer a segurança. No entanto, caso seja necessário usar emendas é recomendável consultar profissional qualificado. a) Emenda por transpasse – devem ser desalinhadas e o mínimo transpasse em vergalhões é de 80 vezes o diâmetro da barra e a distância entre as barras deve seguir a norma de acordo também com o diâmetro. * * * Construção Civil b)Emendas com luvas – são luvas prensadas e/ou rosqueadas que exigem cálculo específico feito para cada situação e executadas em oficinas com equipamentos apropriados. c)Emendas por solda – existe norma específica para aços soldados e as condições de aceite após ensaios próprios. As emendas com solda podem ser por caldeamento e por eletrodo (mais comum) e ainda com sistema de soldagem com cadinhos (moldes). 7.2.6. Montagem das armaduras Após a amarração das barras constituindo as armaduras ou parte delas (dependendo das dimensões e peso) os conjuntos podem ser levados para as fôrmas para a montagem final. No caso de armaduras de pilares e vigas recomenda-se colocar a armadura na fôrma com pelo menos uma das faces (fundo) já com as pastilhas (espaçadores) devido a dificuldade em colocar as pastilhas depois da armadura estar na fôrma. * * * Construção Civil A seguir uma pequena listagem de itens e cuidados na montagem das armaduras: a) Colocação dos espaçadores – são pequenas peças de plástico, argamassa ou metálicos usados para garantir o recobrimento mínimo no concreto e são colocados entre a armadura e a fôrma e/ou entre as barras de aço. Nas lajes colocar no mínimo 5 espaçadores por metro quadrado. b) Colocação de caranguejos – são espaçadores feitos de pedaços de barras de aço próprios para a colocação dos ferros negativos das lajes. c) Amarração das armaduras das lajes – deve amarrar alternadamente as barras cruzadas nas lajes (nó sim, nó não). Fazer uma verificação final e ajustes, momentos antes da concretagem. d) Verificar a necessidade de armaduras de pele em vigas e pilares e em pontos próximos às caixas e tubulações. Cuidar para evitar fissuras por retração. e) Conferir o posicionamento dos embutidos (caixas, tubulação) e aberturas. f) No caso de armadura muito densa, evitar fechar totalmente a passagem do vibrador, deixando para colocar eventuais barras no momento do lançamento e adensamento do concreto. g) Protetores de pontas – luvas plásticas que são colocadas nas pontas de ferro (esperas) para proteger os operários de cortes acidentais. * * * Construção Civil * * * Construção Civil
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