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RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL EM CÃES TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO

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RUPTURA DO LIGAMENTO CRUZADO CRANIAL EM CÃES 
TRATAMENTO E DIAGNÓSTICO 
 
 
 
Introdução 
A Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCC) é uma afecção frequente que acomete a 
articulação do joelho de cães que pode resultar em perdas funcionais, instabilidade e doença 
articular degenerativa (DAD). É o principal ligamento do joelho. Limita a rotação medial da 
tíbia, a hiperextensão articular e junto com o ligamento cruzado caudal (LCCd), coíbe o 
deslocamento crânio-caudal da tíbia em relação ao fêmur. 
É uma lesão ortopédica muito comum nos cães, sendo associada a degeneração da articulação. 
É mais frequente em cães jovens de raças grandes. Exercícios inadequados durante a fase de 
crescimento também podem ser responsáveis pela lesão, entretanto, a ruptura traumática 
acomete cães jovens e tem início repentino. 
Cães com peso acima de 15 kg e com mais de cinco anos de idade, também foi observada 
deteriorização funcional, associada a doenças auto-imunes. Tendo uma progressão mais rápida 
da doença devido ao maior impacto no joelho. Com a falta de uso do membro, os músculos 
começam a sofres hipotrofias, o que diminui a estabilidade articular. 
Apesar dos inúmeros estudos realizados e técnicas cirúrgicas descritas, ainda existe 
controvérsia entre os pesquisadores a respeito de qual técnica de reparação fornece o melhor 
resultado funcional para a RLCC no cão. Para o tratamento da lesão a cirurgia é de eleição, 
todavia, a terapia conservadora é citada por alguns autores, principalmente para animais 
obesos, idosos e aqueles com doença articular degenerativa em grau avançado. 
 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico da RLCC no cão é confirmado pelo teste de gaveta cranial ou teste de 
compressão da tíbia positivo, porém, artrotomia ou artroscopia podem ser necessárias para 
estabelecer o diagnóstico definitivo quando esses testes são inconclusos. 
As radiografias geralmente são realizadas com o intuito de descartar outras anormalidades 
ósseas e determinar o grau de artrose presente. A análise do líquido sinovial permite avaliar a 
presença de infecção e doença imuno-mediada concornitantes. 
 
TRATAMENTO, MÉTODOS E MATERIAIS 
A cirurgia tem como finalidade restaurar a estabilidade e evitar a deterioração futura da 
articulação, principalmente do menisco medial, o qual geralmente está acometido em 50% dos 
casos. O tratamento cirúrgico é sempre preferido, pois trata diretamente a causa do 
problema, minimizando a degeneração articular, trazendo o melhor resultado para o paciente. 
O tratamento conservador pode ser indicado, que consiste em analgésicos, anti-inflamatórios, 
confinamento por algumas semanas e fisioterapia, que reforça os tecidos ao redor do joelho e 
evita a atrofia muscular, além de retirar a dor, relaxar, alongar, e não deixar, os músculos 
ficarem tensos e contraturados; Porém o animal sofre o risco de lesões secundárias como a 
osteoartrose e lesões menicais. Para prevenir tais alterações e disfunções indica-se o 
tratamento cirúrgico. 
A fisioterapia no pós-operatório é importante, pois trabalha inicialmente tirando a dor e 
relaxando. Porém a intervenção fisioterapêutica ainda é pouco utilizada no âmbito da 
medicina veterinária; Assim como a utilizada em seres humanos, reflete um grande benefício 
para o paciente. 
Diversos recursos podem ser utilizados como, por exemplo, a crioterapia (utilização do frio 
com fins terapêuticos como exemplo: cubos de gelo dentro de um saco plástico, bolsas 
térmicas de gel, imersão de membros em água gelada, massagem com gelo com função de 
analgesia, anestesia e diminuição dos espasmos) que pode ser utilizada logo no pós-
operatório. A crioterapia na fase aguda diminui o processo inflamatório, evita edema e 
promove analgesia. 
Podendo ser utilizado após esta fase de crioterapia sempre no fim das sessões de 
cinesioterapia, onde a dor do paciente é o limite dos movimentos, pois o gelo diminui a 
velocidade de condução nervosa prejudicando a resposta. 
 
O ultra-som terapêutico também é empregado no tratamento de diversas doenças do sistema 
músculo-esquelético. Pode ser utilizado na fase aguda na forma pulsátil (não produz calor) 
para controlar quadro inflamatório e reparo tecidual e, na fase crônica na forma contínua 
(produz calor) com objetivo de tratar seqüelas de aderência. 
A cinesioterapia (exercícios com bola, "dança", carrinho de mão, caminhadas na areia e grama, 
caminhadas em aclives (subidas) e declives (descidas), exercícios na prancha proprioceptiva e 
de equilíbrio, sentar e levantar, passar por cones ou cavaletes) Podem ser usados para alcançar 
as metas que foram estabelecidas. Os efeitos positivos dos exercícios terapêuticos incluem: 
prevenção de disfunções, assim como melhora e restauração da amplitude de movimento 
(ADM), força, mobilidade, flexibilidade, relaxamento, coordenação e habilidade. 
Outras modalidades como a massagem, hidroterapia e alongamento podem ser associadas. 
 
CONCLUSÃO 
A utilização do protocolo terapêutico no pós-operatório em cães com ruptura do ligamento 
cruzado cranial é de importante colaboração na reabilitação funcional do membro locomotor 
afetado. 
As lesões ortopédicas têm grande importância na medicina veterinária atual, principalmente 
nos estudos de reabilitação, e devem ser tratadas visando não somente o bem estar do 
paciente em questão da resolução do problema em si, mas também resguardando sua saúde, 
no que tange à prevenção de lesões degenerativas. A fisioterapia veterinária é uma ferramenta 
comprovadamente eficaz e pertinente, que abrange estas e muitas outras premissas do bem 
estar animal. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIAS 
 
 
 http://www.fisioanimal.com/ruptura-de-ligamento-cruzado-cranial-em-caes-
fisioterapia-veterinaria/ ; site: fisioanimal.com 
 Possibilidades de tratamento da ruptura do ligamento cruzado cranial no cão, 
Angelica Cecilia Tatarunas ; Julia Maria Matera - Departamento de Cirurgia da 
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo 
(FMVZlUSP). São Paulo, SP, Brasil; Rev. Edue. Contin. CRMV-SP, São Paulo, v. 8, n. I, 
p. 26-37, 2005 
 Tratamento fisioterapêutico pós-operatório do ligamento cruzado cranial em cães, 
Giuliano Barbieri & Vanessa Vilela Monte-Raso. Médico Veterinário, FMRP-USP. 
Fisioterapeuta, FMRP-USP. Acta Scientiae Veterinariae. 35(Supl 2): s662-s663, 2007 
 http://reabfisioanimal.blogspot.com.br/2010/09/ruptura-de-ligamento-cruzado-
cranial.html - BLOG REALITAÇÃO E FISIOANIMAL 
 http://fisioterapiaanimal.blogspot.com.br/2010/04/exercicios-terapeuticos-
cinesioterapia.html - BLOG FISIOTERAPIA ANIMAL

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