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ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR SUPERMERCADISTA

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Paulista PE 
2015 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
NOME DO CURSO 
 
NOME DO(S) AUTOR(ES) EM ORDEM ALFABÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ CLAUDIO DA SILVA MELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO 
BACHARELADO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR 
SUPERMERCADISTA 
 
Paulista PE 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTRUTURA DE MERCADO DO SETOR 
SUPERMERCADISTA 
 
Trabalho apresentado ao Curso de Administração da 
UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, como requisito 
parcial para a obtenção de conceito nas disciplinas de 
Microeconomia e Macroeconomia; Métodos Quantitativos; 
Ética, Política e Sociedade; Seminário. 
 
Professores: Leuter Duarte Cardoso Júnior, Paula Cristina 
de Oliveira Klefens e Wilson Sanches. 
Tutora eletrônica: Aline Franciele Moretto. 
Tutor de sala: Marcelo Figueroa Lyra. 
JOSÉ CLAUDIO DA SILVA MELO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 4 
2.1 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA ....................................................... 5 
2.2 MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS Á GESTÃO EMPRESARIAL ...... 11 
2.3 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE ................................................................... 12 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 15 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 16 
 
 
 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
Neste trabalho serão enfatizados os conteúdos abordados nas 
disciplinas do segundo semestre do curso de Administração: Microeconomia e 
Macroeconomia; Métodos Quantitativos; Ética, Política e Sociedade; destacando a 
inter-relação entre as mesmas. 
Dentre os tópicos, analisaremos os aspectos das estruturas de 
mercado mencionadas no artigo: “Estrutura de mercado do setor supermercadista do 
Rio Grande do Sul e identificação do seu grau de concentração”. Para a 
compreensão adequada da atual forma das organizações empresariais, torna-se 
fundamental tratar das estruturas de mercado, destacando-se a análise do oligopólio 
do setor supermercadista no Rio Grande do Sul. 
Ainda no escopo deste trabalho, examinaremos a aplicação dos 
métodos quantitativos e os conceitos estatísticos na gestão empresarial, auxiliando 
os gestores nas tomadas de decisões. Neste contexto, o presente trabalho trará 
algumas teorias de métodos quantitativos aplicados à gestão empresarial, auxiliando 
nas análises e pesquisas econômicas sobre as condições e perspectivas do 
ambiente organizacional brasileiro. Estes levantamentos são de interesse da 
sociedade em geral, se constituem em importante instrumento de planejamento. 
Em um novo tópico, baseado no artigo: “Concentração monopolista 
na fase imperialista: o caso da consolidação bancária” avaliaremos sobre a 
tendência do capitalismo se tornar monopolista, bem como as implicações sociais 
deste sistema econômico. Observaremos que existe uma divisão de classes na 
sociedade capitalista, com uma superior concentração de renda nos setores ou 
classes detentores do capital. 
E por último, será proposta a conclusão do trabalho. 
 
 
 4 
2 DESENVOLVIMENTO 
 
Nos últimos anos, principalmente neste segundo mandato da 
presidenta Dilma, a situação devastadora de ajuste fiscal reflete na perda de 
confiança dos empresários e a consequente eliminação de postos de trabalho, 
atingindo o poder de compra do consumidor, afetando diretamente toda a economia 
do País e provocando uma enorme transformação social, gerando novos hábitos e 
costumes, principalmente na relação de consumo. 
O cenário atual é movido de manifestações contrárias à política 
econômica do governo Dilma. O PIB do segundo trimestre de 2015 conseguiu 
superar as piores expectativas e apresentou contração de 2,6% (contra o mesmo 
trimestre do ano anterior). Na comparação com o primeiro trimestre, a redução foi de 
1,9%. As expectativas em relação à economia vêm se deteriorando no decorrer do 
ano de 2015, mas o resultado veio mais forte do que o esperado. A população ainda 
passará por dias difíceis, e o terceiro trimestre deverá ser recessivo, como já bem se 
mostram os indicadores da economia. 
Para 2016 a perspectiva também é de recessão, e espera-se que o 
cenário só deverá começar a melhorar no segundo semestre. O ajuste fiscal está 
sendo duro, onde o governo alega como necessário para reequilibrar as contas. O 
problema mais grave, no entanto, é a falta de perspectiva e confiança da população, 
agravada pela crise política e perda de credibilidade da presidente e do congresso 
nacional. No plano real, as chances de uma retomada do crescimento no médio 
prazo tem seu pilar mais forte no programa de concessões e na manutenção do 
câmbio desvalorizado, que poderá reestimular as exportações e devolver 
competitividade à indústria. 
Em setembro de 2015, o dólar chegou ao patamar dos R$4,00 e o 
governo admitindo que não conseguirá realizar o superávit primário em 2016 tem 
sido a grande preocupação da nação. A situação não é boa, porém não deve ser 
desesperadora, como tentam apregoar alguns mais otimistas. 
Nesta hora de crise é preciso ter calma e um bom planejamento para 
atravessar o momento turbulento, tanto em casa como nas empresas. Nesta fase 
surgem novas oportunidades e desafios, onde a inovação e criatividade são 
utilizadas para atrair a atenção dos consumidores. 
 
 5 
2.1 MICROECONOMIA E MACROECONOMIA 
Já conhecemos a lei da oferta e demanda, compreendida como um 
mecanismo de ajuste do mercado, onde existe uma relação inversa entre preço e 
quantidade demandada de um bem; e uma relação direta entre preço e quantidade 
ofertada de um bem. Portanto, quando há excesso de oferta de um bem no 
mercado, o seu preço tende a cair; da mesma forma, quando há excesso de 
demanda por um bem no mercado, seu preço tende a subir. 
No entanto, nem sempre os mercados funcionam eficientemente, 
regidos apenas pela lei da oferta e demanda. Ou seja, Mochón (2006, p.132) 
observa que “as economias na vida real não se ajustam totalmente ao mundo 
idealizado da mão invisível. Por tudo isso, o Estado desenvolve muitas iniciativas 
para amenizar as falhas do mecanismo de mercado”. A ideia de mercado que 
funciona perfeitamente apenas pela lei da oferta e demanda é hipotética e recebe o 
nome de “concorrência perfeita”. Segundo Vasconcellos e Garcia (2006), dificilmente 
encontraremos a concorrência perfeita na vida real. Em geral, os mercados possuem 
algumas falhas ou imperfeições, que podem ser ilustradas pelas “estruturas de 
mercado”: Monopólio, Oligopólio e Concorrência monopolística. Contudo, baseado 
no artigo estudado em que a estrutura do setor de supermercados do Rio Grande do 
Sul é um oligopólio, este estudo do tema será mais detalhado. 
Podemos classificar as estruturas de mercado para o setor de bens 
e serviços da seguinte forma: 
• Concorrência Perfeita – é uma situação de mercado na qual o 
número de compradores e vendedores é tão grande que nenhum deles, agindo 
individualmente, consegue afetar o preço. Além disso, os produtos de todas as 
empresas no mercado são homogêneos; 
• Monopólio – é uma situação de mercado em que uma única 
empresa vende um produto quenão tenha substitutos próximos; 
• Concorrência Monopolista – é uma situação de mercado na qual 
existem muitas empresas vendendo produtos diferenciados que sejam substitutos 
entre si; 
• Oligopólio – é uma situação de mercado em que um pequeno 
número de empresas domina o mercado, controlando a oferta de um produto que 
pode ser homogêneo ou diferenciado. 
 6 
A primeira estrutura a ser analisada denomina-se concorrência 
perfeita. É uma estrutura de mercado que visa descrever o funcionamento ideal de 
uma economia, servindo de parâmetro para o estudo das outras estruturas de 
mercado. Trata-se de uma construção teórica. Apesar disso, algumas aproximações 
dessa situação de mercado poderão ser encontradas no mundo real, como é o caso 
dos mercados de vários produtos agrícolas. 
Um exemplo de um mercado que se aproxima desse conceito é o 
mercado hortifrutigranjeiro: considere o mercado de “batatas”. As mesmas batatas 
são vendidas por todos os participantes do mercado, com preços e custos muito 
similares. Como são muitos vendedores e o produto é homogêneo (todas as batatas 
são iguais, e não possuem marca ou outra característica que as diferenciem), 
nenhum vendedor tem o poder de alterar as “regras do jogo”. Mesmo que algum 
venda com preço um pouco mais baixo ou um pouco mais alto, não conseguem 
alterar a estrutura do mercado. 
Hipóteses básicas do modelo de concorrência perfeita: 
Existência de um grande número de compradores e vendedores: 
existe um número tão grande de compradores e vendedores, sendo cada comprador 
ou vendedor tão pequeno em relação ao tamanho do mercado, que nenhum deles, 
atuando isoladamente, consegue influenciar o preço da mercadoria. 
Os produtos são homogêneos: em um mercado de concorrência 
perfeita, os produtos colocados no mercado pelas empresas são homogêneos, ou 
seja, são perfeitos substitutos entre si. Como resultado, os compradores são 
indiferentes quanto à empresa da qual eles irão adquirir o produto; 
Livre entrada e saída de empresas: existem barreiras legais e 
econômicas tanto para a entrada quanto para a saída de empresas no mercado. 
Pressupõe-se, portanto, a inexistência de direitos de propriedades e patentes que 
possibilitam uma empresa ou grupo de empresas controlarem a entrada de novas 
empresas no mercado. Se tal controle ocorrer, a concorrência estará limitada e o 
mercado não será perfeitamente competitivo. Igualmente, existem barreiras legais à 
entrada e saída resultantes da ação governamental, tais como a exigência de 
determinadas condições em imperfeições da concorrência; 
Transparência de mercado: esta hipótese garante tanto aos 
compradores quanto aos vendedores terem informação perfeita sobre o mercado, 
ambos conhecem a qualidade do produto e seu preço vigente. Os vendedores 
 7 
conhecem também os custos e lucros de seus concorrentes. Assim é que, pelo fato 
de inexistir desinformação, nenhum comprador estará disposto a adquirir um produto 
por um preço superior ao vigente; pelo mesmo motivo, nenhum vendedor estará 
disposto a vender seu produto por um preço inferior ao de mercado. 
 
O monopólio é uma situação de mercado em que existe um só 
produtor de um bem ou serviço que não tenha substituto próximo. Devido a isso, o 
monopolista exerce grande influência na determinação do preço a ser cobrado pelo 
seu produto. De fato, iremos verificar que o monopolista é um formador de preço. 
Isto significa que o monopolista tem a capacidade de escolher o preço do produto. 
Hipóteses básicas do modelo de monopólio: 
• Um determinado produto é suprido por uma única empresa: uma 
única empresa oferece o produto em um determinado mercado; 
• Não há substitutos próximos para esse produto: significa dizer que 
o monopolista enfrenta pouca ou nenhuma concorrência; 
• Existem obstáculos (barreiras) à entrada de novas empresas na 
indústria (nesse caso a indústria é composta de uma única empresa): para que o 
monopólio exista é preciso manter concorrentes em potencial afastados da indústria. 
Isto significa que devem existir barreiras que impeçam o surgimento de 
competidores, protegendo, dessa forma, a posição de monopolista. Estas barreiras 
fazem com que seja muito difícil (ou praticamente impossível) a entrada de novas 
empresas no mercado. 
Uma particularidade do monopólio é o chamado “monopólio natural”. 
Pode ocorrer de não compensar economicamente manter mais de uma empresa 
atuando em um setor; nesse caso, o governo pode deixar que haja monopólio e 
regular sua atuação e preços. Esse é o caso das companhias transmissoras de 
energia elétrica e das companhias de saneamento (água e esgoto), por exemplo. 
Não faz sentido, por exemplo, criar duas redes de esgoto em cada residência! E a 
divisão do mercado pode não compensar para as empresas. Nesses casos, o 
governo prefere manter uma única empresa e regular sua atuação (principalmente 
no que diz respeito às tarifas). O Brasil possui algumas agências reguladoras que 
atuam em determinados setores da economia. Alguns exemplos são a ANEEL 
(Agência Nacional de Energia Elétrica) e ANATEL (Agência Nacional de 
Telecomunicações), entre outras. 
 8 
A concorrência monopolista é uma estrutura de mercado que 
contém elementos da concorrência perfeita e do monopólio, ficando em situação 
intermediária entre as duas formas de organização de mercado. 
Hipóteses básicas do modelo de concorrência monopolista: 
• Existência de um grande número de compradores e de 
vendedores: da mesma forma que na concorrência perfeita, a concorrência 
monopolista apresenta grande número de empresas, cada qual respondendo por 
uma fração da produção total de mercado; 
• Cada empresa produz e vende um produto diferenciado, embora 
substituto próximo: na verdade, a diferenciação caracteriza a maioria dos mercados 
existentes. Exemplificando: não existe um tipo homogêneo de perfumes, de 
aparelhos de televisão, de restaurantes ou de automóveis. Na realidade, cada 
produtor procura diferenciar seu produto a fim de torná-lo único. 
• Existência de livre entrada e saída de empresas: da mesma forma 
que no mercado de concorrência perfeita, não existem barreiras legais ou de 
qualquer outro tipo que impeçam a livre entrada e saída de empresas no mercado. 
Mochón (2006) observa que, na tentativa de lutar contra as 
imperfeições do mercado, os governos no mundo todo vêm buscando abrir 
mercados a empresas nacionais e estrangeiras como forma de incentivar a 
concorrência. No Brasil, podemos exemplificar o caso das empresas de telefonia, 
que desde a privatização, na década de 90, estão sendo submetidas a mercados 
concorrenciais. Por outro lado, em alguns setores é mais difícil promover essa 
concorrência. Como exemplo, podemos citar a rede de água e esgoto das 
residências, como já mencionado no caso dos monopólios naturais. 
 
O oligopólio é a forma de mercado que atualmente prevalece nas 
economias do mundo ocidental. Ele pode ser conceituado como uma estrutura de 
mercado em que um pequeno número de empresas controla a oferta de um 
determinado bem ou serviço. Contudo, o oligopólio pode também ser entendido 
como sendo uma indústria em que há um grande número de empresas, mas poucas 
dominam o mercado. 
Os oligopólios podem ser de produtos diferenciados (como o 
automobilístico ou bebidas) ou de produtos homogêneos (como o de cimento ou de 
distribuição de combustíveis). O oligopólio possibilita que o preço de mercado seja 
 9 
definido pelas empresas dominantes, o que pode levar a lucros extraordinários. É 
justamente esse fato de caracteriza o oligopólio como um mercado imperfeito. Essa 
prática de coordenação e combinação de preços leva o nome de cartel. O governopode condenar s pela formação de cartel, desde que existam provas dessa prática. 
No Brasil, além das indústrias citadas, lembramos o objeto principal 
deste estudo (a rede supermercadista do estado do Rio Grande do Sul) que são 
tidas como sendo oligopolistas. 
 Hipóteses básicas do modelo de oligopólio: 
• Existência de poucas empresas: trata-se de uma estrutura de 
mercado que se situa entre a concorrência monopolista e o monopólio. O oligopólio 
apresenta como principal característica o fato das empresas serem independentes. 
Isso decorre do pequeno número de empresas existentes na indústria. O oligopólio 
pode ter duas, três, dez ou mais empresas, dependendo da natureza da indústria. 
Entretanto, o número deve ser pequeno, de tal forma que levem em consideração e 
tenham reações quanto às decisões de preço e produção de outras. 
Uma das maneiras de se verificar uma indústria é um oligopólio é 
por meio de determinação do índice de concentração da indústria. Este método nos 
fornece o percentual da produção total da indústria que é controlada pelas quatro (às 
vezes oito) maiores produtoras. 
Para exemplificar a ação e reação dentro de uma indústria 
oligopolista, suponhamos que somente três empresas controlem a oferta de uma 
determinada mercadoria no setor supermercadista e que uma delas resolva diminuir 
o preço de seu produto, aumentando a sua participação no mercado e reduzindo as 
vendas das outras. 
As outras empresas, entretanto, podem reagir, diminuindo ainda 
mais seus preços. Essa retaliação novamente afeta a participação no mercado e 
pode eliminar o ganho inicial da empresa que deu origem à diminuição de preço. Na 
verdade, um oligopolista reluta em se engajar em uma competição de preço devido à 
possibilidade de reação das concorrentes, por temerem desencadear uma guerra de 
preços. Por essa razão, existem muitas outras formas de competição extrapreço 
dentro de um oligopólio: com base na qualidade, design do produto, serviço ao 
cliente, propaganda, etc.; 
• Produto homogêneo ou diferenciado: o oligopólio pode ser puro ou 
diferenciado. Ele será considerado puro caso os concorrentes ofereçam um produto 
 10 
homogêneo (substitutos perfeitos entre si). 
Exemplos de oligopólio puros podem ser encontrados na indústria de 
cimento, de alumínio, cobre, aço, etc. Caso os produtos não sejam homogêneos, o 
oligopólio será considerado diferenciado. Como exemplo, podemos citar a indústria 
automobilística e de bebidas, cujos produtos, embora semelhantes, não são 
idênticos (o carro VERONA é diferente do APOLLO e a cerveja SKOL é diferente da 
BRAHMA, e assim por diante); 
• Existência de dificuldades para entrar na indústria: da mesma 
forma que no monopólio, existem barreiras que favorecem o surgimento do 
oligopólio, impedindo a entrada de novas empresas, tais como a existência de 
patentes e outras barreiras legais. 
A estrutura do setor de supermercados do Rio Grande do Sul é 
constituída por várias empresas. Contudo, algumas dessas empresas detêm maior 
poder de mercado que outras. Assim, pode-se dizer que o setor de supermercados 
do Rio Grande do Sul é um oligopólio. 
A década de 90 do século passado foi marcada pela abertura 
comercial, onde houve um grande aumento da concentração no setor 
supermercadista. As empresas internacionais estiveram muito presentes nesse 
processo. Foi nessa época que a Norte-Americana Wal-Mart, maior empresa de 
varejo do mundo, iniciou suas operações aqui no Brasil. Também nessa época, 
grandes redes internacionais, como Carrefour, Cassino, Arrold e Sonae, começam 
suas aquisições e fusões no território nacional (VALADARES; PEREIRA; 
GONÇALVES, 2007). 
Para evitar que a concorrência via preços reduzisse os lucros do 
setor, os supermercadistas buscaram se diferenciar através de, por exemplo, 
facilidades de pagamento, velocidade de atendimento, variedade dos produtos 
oferecidos etc. (SIMÕES, 2006). Em outras palavras, a diferenciação do setor ocorre 
principalmente nos serviços oferecidos, já que os produtos comercializados são, 
basicamente, os mesmos. 
Segundo Simões (2006), os principais fatores responsáveis pelas 
mudanças recentes na estruturação do setor supermercadista são a alteração nos 
padrões de consumo, a informatização do setor e a entrada de grupos estrangeiros. 
 
 
 11 
2.2 MÉTODOS QUANTITATIVOS APLICADOS Á GESTÃO EMPRESARIAL 
A busca pela eficiência operacional e financeira demanda que o 
gestor empresarial planeje com muita consciência os próximos passos do seu 
negócio, estabelecendo metas que, se alcançadas, proporcionem as tão desejadas 
melhorias contínuas. Em qualquer setor da economia, a eficiência na tomada de 
decisões está intimamente ligada à obtenção de informações estratégicas. 
Os métodos quantitativos ampliam o conhecimento administrativo e 
alicerçam os gestores de uma determinada organização para que estes dados se 
transformem no diferencial competitivo diante de seus concorrentes. Os métodos 
quantitativos utilizados variaram de acordo com as necessidades da empresa: 
Medidas Descritivas: as medidas descritivas têm como objetivo 
reduzir um conjunto de dados numéricos a um pequeno grupo de valores que deve 
fornecer toda a informação relevante a respeito desses dados, além de preverem a 
mensuração de variáveis previamente estabelecidas, verificando e explicando sua 
influência sobre outras variáveis, mediante a analise de frequências e de correlações 
estatísticas. 
Medidas de Tendência Central: a média, assim como a mediana e 
a moda são medidas de tendência central, ou seja, são usadas para indicar um valor 
que tende a tipificar, ou a representar melhor, um conjunto de números, conforme 
ensina STEVENSON, que prefere conceituar as medidas de tendência central como 
estatísticas, cujos valores estão próximos do centro de um conjunto de dados. Já 
MEDRI, prefere afirmar que as medidas de tendência central são aquelas que 
produzem um valor em torno do qual os dados observados se distribuem, e que 
visam sintetizar em um único número o conjunto de dados. Essa última definição, 
que remete ao aspecto da distribuição dos dados, parece ser a mais correta, porque 
as medidas de tendência, não necessariamente representam melhor o conjunto, ao 
final de uma análise e porque a noção de centro, não significa, necessariamente, 
proximidade. 
Medidas de Dispersão: apurado um valor médio para os elementos 
de um rol torna-se necessário examinar as medidas de dispersão dos demais 
elementos em relação à tendência central, como meio de definir a variabilidade que 
os dados apresentam entre si. Somente não haverá dispersão quando todos os 
elementos do rol forem iguais. As medidas de dispersão, assim, apresentam o grau 
 12 
de agregação de dados. 
Técnicas de Amostragem Probabilística: as técnicas 
probabilísticas garantem a possibilidade de realizar afirmações sobre a população 
com base nas amostras. Normalmente, todos os elementos da população possuem 
a mesma probabilidade de serem selecionados. Assim, considerando N como o 
tamanho da população, a probabilidade de cada elemento ser selecionado será 1/N. 
Estas técnicas garantem o acaso na escolha. São técnicas probabilísticas: 
• Amostragem Aleatória Simples: processo mais elementar e 
frequentemente utilizado. 
• Amostragem Estratificada: Quando a população possui 
características que permitem a criação de subconjuntos, as amostras extraídas por 
amostragem simples são menos representativas. 
• Amostragem Sistemática: Esta técnica de amostragem em 
populações que possuem os elementos ordenados, em que não há a necessidade 
de construir um sistema de referência. 
• Amostragem por Conglomerados: Esta técnicaé usada quanto á 
identificação dos elementos da população é extremamente difícil, porém pode ser 
relativamente fácil dividir a população em subgrupos heterogêneos representativos 
da população global. 
Números – Índice: na tentativa de construção do Número-índice, é 
necessário primeiramente selecionar variáveis, e posteriormente ponderá-las. Esses 
dois aspectos do problema serão abordados nesse trabalho, usando duas técnicas 
de análise multivariada. A Análise de Grupamento será usada para seleção das 
variáveis, e a Análise de Componentes Principais será usada para ponderá-las. 
 
2.3 ÉTICA, POLÍTICA E SOCIEDADE 
 Karl Marx (1818-1883, importante pensador e crítico das 
consequências do capitalismo em nossa sociedade) descreveu com profundidade as 
características do modo de produção capitalista, seu funcionamento e efeitos. Karl 
Marx foi um dos principais teóricos do trabalho. Na sua teoria, o processo de 
trabalho ocupa um posto muito importante e tem um aspecto duplo, a saber, o de 
transformação material e o de valorização do capital. 
 13 
 Segundo Paulo Sandroni, em seu Novíssimo Dicionário de 
Economia, a formação do capital financeiro, que corresponde às últimas décadas do 
século XIX e primeiras do século XX resultou da elevada concentração e 
centralização do capital nos setores industrial e bancário. Os bancos emprestam 
dinheiro às empresas ou investem diretamente. O sistema bancário torna-se 
dominante e passa a controlar as demais atividades econômicas. As indústrias, por 
sua vez, incorporam ou constituem bancos, a fim de ampliar sua capacidade de 
autofinanciamento. 
O Capitalismo Financeiro, também conhecido como Capitalismo 
Monopolista é a fase do sistema capitalista caracterizada pelo crescimento da 
especulação financeira em torno de ações de empresas, juros, títulos de dívidas e 
outras formas de crédito que se transformaram em mercadorias. 
Podemos compreender que o marco para a consolidação do 
Capitalismo Financeiro foi o gradativo processo de transformação das empresas em 
ações, ou seja, a fragmentação dos títulos dessas empresas em várias ações que 
são comercializadas livremente. Os detentores da maior parte desses documentos, 
os sócios majoritários, são os que tomam as principais decisões, bem como aqueles 
que acumulam a maior parte do lucro dessas empresas. 
Outro fator importante referente à expansão do mercado financeiro 
foi a maior participação dos bancos, que se tornaram os maiores financiadores das 
empresas por meio de empréstimos ou investimentos diretos. Assim, o sistema 
bancário tornou-se muito próximo do industrial, constituindo uma complexa relação 
de complementaridade. 
Assim, podemos considerar que um marco desse fenômeno no 
processo econômico foi a bolsa de valores, que se tornou o principal símbolo do 
Capitalismo Financeiro. É na bolsa de valores que são negociadas as ações e os 
investimentos em empresas e por empresas, envolvendo negócios que envolvem a 
especulação de possíveis lucros futuros em relação a investimentos imediatos, o que 
gera um fator de risco. 
Neste cenário, a maior crise da história do capitalismo foi marcada 
justamente pela quebra de uma bolsa de valores, no caso a de Nova Iorque, no ano 
de 1929, quando o sistema liberal entrou em colapso. Ainda hoje, quando as bolsas 
de valores de várias partes do mundo apresentam sucessivas quedas, a economia 
torna-se o centro das preocupações por parte da população e dos governos. 
 14 
O fato de essa fase do capitalismo também ser chamada de 
“monopolista” refere-se ao processo de concentração de capitais e de mercado nas 
mãos de poucas empresas. Afinal, a comercialização de direitos e ações sobre 
indústrias e instituições provoca a compra de uma marca pela outra, que passa a 
controlar parte do mercado. Assim, quando um grupo econômico passa a controlar 
várias empresas que, não necessariamente, atuam no mesmo segmento, diz-se que 
esse grupo formou uma holding. 
Um exemplo de holding é a Ambev, que controla várias empresas 
ligadas ao ramo de bebidas. Outro exemplo é a Pepsico, que controla s de vários 
ramos alimentícios, entre outros inúmeros casos. Essas holdings passam a controlar 
o mercado ou pelo menos grande parte dele, fazendo com que muitos considerem 
essa prática uma forma de monopólio ou oligopólio. 
Além da formação e expansão das holdings, observa-se também a 
fusão entre empresas, o que chamamos de trustes. Um exemplo de truste é a união 
entre os bancos Itaú e Unibanco, ou, mais antigamente, entre as empresas 
Electrolux e Prosdócimo, essa última incorporada à primeira. Outro caso foi a união 
entre a Sadia e a Perdigão, além de muitos outros exemplos. 
Atualmente, estamos vivendo um período no qual o expansionismo 
do capital está fortemente presente e difundido pelo termo “globalização”. Os 
fundamentos do capitalismo, como o lucro, e o individualismo competitivo, estão 
cada vez mais presentes em todos os recantos do mundo. Ao mesmo tempo, junto a 
este expansionismo, assiste-se a concentração dos espaços de poder em torno de 
organismos tais como o FMI e o Banco Mundial. Assim sendo, os acontecimentos 
em curso no plano mundial, afetam as orientações/decisões políticas 
governamentais de todos os países e produzem modificações substantivas nas 
relações sociais e até mesmo no plano individual. 
O cenário atual do Brasil apresenta a falta de confiança da 
população na economia, política, e até no futuro do País. Contudo, espera-se que 
não devamos cair nesse “caos” de desconfiança, ao contrário, é hora de acreditar e 
trabalhar para mudar essa percepção da realidade brasileira. 
 
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O consumidor nunca exerceu tanta influência na dinâmica alimentar 
quanto hoje e a busca pelo saudável, pela praticidade e pela sofisticação cresce a 
cada dia. Este movimento, porém, está só começando e cabe a gestão empresarial 
estar atenta para alinhar as atuais necessidades e expectativas dos consumidores. 
No setor supermercadista é essencial o trabalho em colaboração com os 
fornecedores e todos os elos da cadeia de abastecimento, maximizando esforços 
para oferecer os melhores produtos e serviços. 
Em todos os mercados, este é o momento dos consumidores, 
observando as mudanças de comportamento e todos os detalhes que trazem as 
novas oportunidades, porque é da crise que surgem os novos negócios. E quem 
demanda estas mudanças é a população, isto é, os clientes com suas novas 
expectativas e necessidades de consumo, adequando-se ao novo cenário nacional. 
O Brasil vem de uma série de reformas, sob o pretexto de colocar o 
país em condições de competitividade no mercado internacional, modernizando o 
setor produtivo e a administração pública, visando reduzir os déficits e ajustar as 
contas públicas, o que incluiu a privatização de empresas e dos serviços públicos. 
Quase sempre as autoridades e a mídia omitem que tais reformas são originadas de 
cláusulas de acordos financeiros com os poderosos organismos internacionais. 
Nessa nova economia, o próprio capitalismo está sofrendo um 
processo de reestruturação com a organização das empresas em redes, a 
descentralização de suas atividades e a integração dos mercados financeiros. 
Assim, emerge uma economia em rede profundamente interdependente que se 
torna cada vez mais capaz de aplicar seu progresso em tecnologia, conhecimento, 
produtividade, lucratividade e competitividade. 
Portanto, o capitalismo é marcado por desigualdades sociais, mais 
acentuadas nos países subdesenvolvidos. Ultimamente, porém, a distância entre 
ricos e pobres tem aumentado também nos países do “primeiro mundo”. 
 
 
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REFERÊNCIAS 
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