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6 Reparo tecidual

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REPARO TECIDUAL 
 Patologia 24 
 Lesão  perda de muitas células  reparo 
 Ocorre após: Inflamação, infarto, hemorragia 
 
 Objetivo do reparo 
 Preencher a área afetada e restaurar a função normal do tecido afetado 
 Pode ocorrer restauração com função diminuida, anormal ou até mesmo 
perdida  depende 
 Da natureza e extensão da lesão 
 Do tipo de tecido afetado 
 Da genética individual 
 Da presença de outras doenças 
 
 Tipos de reparo 
 Regeneração 
 Ocorre a lesão  afeta principalmente as células parenquimatosas com a 
membrana basal íntegra  proliferação de células do mesmo tipo das que 
se perderam  recupera a estrutura e função normais 
 Cicatrização 
 Ocorre a lesão  afeta principalmente o estroma com comprometimento 
da membrana basal  proliferação de tecido conjuntivo  pode ocorrer a 
formação de cicatriz fibrosa 
 
 Os tipos celulares são diferentes na capacidade de replicação → determina se é 
possível ocorrer a regeneração  depende da integridade da membrana basal 
 Células lábeis 
 Regeneram com facilidade e rapidez  estão constantemente se 
multiplicando 
 Superfície de revestimento, epitélio seminífero, órgãos hematopoiéticos 
 Células estáveis 
 Multiplicam-se quando estimuladas 
 Hepatócitos, túbulos renais, células endoteliais, fibroblastos 
 Células permanentes 
 Não se multiplicam  são substituídas pelas células do estroma  cicatriz 
 Neurônios e músculo estriado (principalmente cardíaco) 
 
FASES DIDÁTICAS (referencia  ferida na pele) 
 
 Limpeza 
 Ferimento + hemorragia + tecido lesado: liberam mediadores químicos  
inflamação aguda 
 Exudato fibrinoso  contato com o ar  crosta 
 Contém a hemorragia 
 Protege de contaminação 
 Forma o arcabouço 
 Enquanto a inflamação estiver ativa não completa o processo 
 
REPARO TECIDUAL 
 Patologia 25 
 Retração 
 Proliferação dos miofibroblastos  células contráteis  aproxima as bordas 
da lesão  redução de 50-70% do tamanho da ferida 
 Quanto mais próximas as bordas  menor a proliferação do tecido conjuntivo 
 
 Tecido de Granulação  é um tecido transitório, proeminente na cicatrização 
 Proliferação de tecido conjuntivo para preencher o defeito 
 Fibroblastos, capilares (angiogênese) e nervos (mais tardio) 
 Inicialmente 
 Capilares recém-formados 
 Frágeis  sangram com facilidade 
 Permeáveis em excesso  acúmulo de água no estroma  edema 
 Dirigem para superfície da lesão dá o aspecto granulado do tecido 
 Rico em ácido hialurônico  aspecto edemaciado 
 Posteriormente  remodelagem 
 Aumento de fibras colágenas  densificação da matriz extracelular  
mudança no padrão frouxo para padrão denso 
 Capilares menos proeminentes  desaparecem, mantendo os normais 
 Reorganização das terminações nervosas  são tardias 
 Durante a remodelagem  cobertura da ferida  pelo processo de 
reepitelização 
 Lesões de maior extensão, com comprometimento da membrana basal, com 
bordas afastadas  fase predominante  favorece o processo ás custas de 
cicatrização 
 
 Reepitelização 
 Presente desde o início → mais evidente na fase final 
 Crescimento do epitélio → ocorre das bordas para o centro das feridas  
inclusive por baixo da crosta, até deslocá-la 
 Inicialmente encobre o tecido de granulação e progride para dentro da 
ferida  reparo 
 Quanto maior a distância  mais demorado 
 Lesões de pequena extensão, sem comprometimento da membrana basal, em 
tecidos capazes de repor células parenquimatosas  fase predominante 
favorece o processo ás custas de regeneração 
 
CICATRIZAÇÃO POR INTENSÃO 
 
 Cicatrização por primeira intenção 
 Pouca produção de tecido de granulação  bordas aproximadas 
 
 Cicatrização por segunda intenção 
 Proliferação intensa de tecido conjuntivo  muita produção de tecido de 
granulação  bordas afastadas  cicatrização é de dentro para fora 
 
REPARO TECIDUAL 
 Patologia 26 
TIPOS DE REPARO 
 
 Reparo com regeneração 
 Apenas as células parenquimatosas são afetadas, sem danos na membrana 
basal 
 Reposição das células parenquimatosas  tecido retorna a sua arquitetura e 
função normais 
 
 Reparo com certo grau de regeneração. 
 Ocorre comprometimento do estroma  é dependente do tecido conjuntivo 
 Mesmo ocorrendo a reposição das células parenquimatosas  
comprometimento da estrutura e função do tecido  regeneração atípica 
 Ocorre 
 Fígado  quando afeta a estrutura lobular  destruição da membrana 
basal  os hepatócitos proliferam, mas não se organizam  cicatrização 
com regeneração nodular dos hepatócitos (cirrose) 
 Revestimento glandular  preenchimento com epitélio simples ou 
pavimentoso 
 
 Reparo com cicatriz fibrosa 
 Durante a remodelagem as fibras de colágeno ficam retidas no tecido fibroso 
 Ocorre em: 
 Processos extensos com reparo de segunda intenção 
 Tecidos de células permanentes 
 Pele  pode ocorrer cicatriz proeminente (hipertrófica) 
 
FATORES QUE INTERFEREM NO REPARO 
 
 Gerais 
 Estado nutricional → mais importante 
 Defesa contra a infecção e produção de novo tecido 
 Proteínas: enzimas, colágeno, anticorpos, hormônios 
 Ácido ascórbico (vit.C): atua no fortalecimento do colágeno 
 Deficiência: escorbuto → cicatrização defeituosa 
 Zinco: co-fator enzimático 
 Estresse → diminui a produção de mediadores químicos 
 Aumenta produção de corticoides  modulador da resposta inflamatória e 
imune 
 Idade  relacionado a capacidade de proliferação celular 
 Crianças, jovens e adultos  mais rápido 
 Idosos  mais lento 
 Doenças sistêmica  diabetes 
 Maior tendência a infecções, microangiopatias, excesso de glicose nos 
tecidos 
 
REPARO TECIDUAL 
 Patologia 27 
 Locais 
 Crosta → papel protetor 
 Vascularização  chegada das células inflamatória e nutrientes ao local 
 Comprometimento vascular  ferida com borda desvitalizada  remover 
as células mortas para permitir o reparo 
 Prolongamento a inflamação → infecção, corpo estranho e resto de tecido 
 Relacionados ao tecido de granulação  ruptura  hemorragias 
 
REPARO PREJUDICADO 
 
 Pode ocorrer em qualquer fase 
 
 Ulceras 
 Lesões abertas na pele e mucosas  aspecto circunscrito e profundo 
 Ocorrem por baixa perfusão sanguínea no local  retarda o reparo 
 Favorece a contaminação por microrganismos 
 Exemplo  úlceras gástricas como complicação de gastrites 
 
 Deiscência 
 É o rompimento ou abertura da ferida 
 Ocorre devido a matriz extracelular frágil e um colágeno ineficiente  
favorece infecção secundária 
 Exemplo  nas linhas de sutura e locais com estresse mecânico 
 
 Queloide 
 São cicatrizes hipertróficas que ultrapassam a área da lesão e regridem muito 
lentamente ou não regridem  reparo ineficiente 
 Cicatrizes hipertróficas ficam limitadas à área da lesão e regridem com o 
tempo, diferente do queloide 
 Ocorre devido a produção excessiva de colágeno 
 É mais frequente em indivíduos jovens negros ou amarelos 
 
 Adesões (aderências) 
 São conexões fibrosas  fibras de colágeno conectam estruturas em 
cavidades serosas  diminui a motilidade dos órgãos 
 Exemplo  no peritônio levam aderências do intestino, bexiga e ovários

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