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A regulação da temperatura corporal

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A regulação da temperatura corporal
A termoregulação, consiste na manutenção da estabilidade da temperatura corporal.
A ação homeostática é essencial para estabilizar a configuração das macromoléculas que compõem as células e garantir a operação ótima das reações enzimáticas. Entre 20 a 35° a maioria das pessoas não executa nenhum comportamento específico para regular a temperatura corporal: o organismo se auto ajusta. Porém quando a temperatura ambiente fica mais fria ou mais quente, sentimos sensações desconfortável de frio ou calor (estados motivacionais) e tomamos certas iniciativas (comportamentos motivados) para ajudar os mecanismos automáticos de termoregulação: casaco ou ventilador.
Servomecanismo natural: o sistema de termoregulação de animais endotérmicos. Com ponto de ajuste em torno de 37°. 
Variável controlada: temperatura 
Ponto de ajuste: temperatura que se julga mais adequada (determinada pelo integrador- hipotálamo, oscila durante 24 hr- ponto de ajuste se modifica ; cresce a longo do dia até seu máximo no fim da tarde e logo decresce lentamente durante a noite e na madrugada volta a se elevar; ISTO CARACTERIZA O CICLO DIA-NOITE, sincronizado pelo nú. Supraquiasmático do hipotálamo - termorregulação)
Sistema de retroação ou feedback: informa sobre a temperatura ambiente
Integrador ou detector de erros: “sinal de erro” sempre que a temperatura se afastar do ponto de ajuste
Controlador: refrigera ou aquece
O sistema de retroação informa o integrador e este envia um “sinal de erro” que aciona o controlador. Se a temperatura subir, o controlador aciona para refrigerar, se aquecer ele ativa para esfriar. Os termorreceptores periféricos e centrais constituem o sistema de retroação, o hipotálamo é o integrador e o controlador múltiplo; formado pelo SNA, sistema endócrino e sistema neuromuscular. 
Algumas circunstancias patológicas alteram o ponto de ajuste: infecções. Além das próprias toxinas bacterianas, o sistema imunitário libera citocinas pirogênicas que penetram no hipotálamo através de capilares fenestrados e como há receptores para citocinas, acredita-se que ocorre uma ativação dos neurônios que por sua vez, conectam com a área pré-óptica ( local que acredita-se ser responsável pelo ponto de ajuste da temperatura corporal) que leva a uma mudança do ponto de ajuste que passa a admitir uma temperatura corporal elevada levando a febre. Este mecanismo acelera o metabolismo e facilita a reação do organismo contra os microorganismos invasores.
O sistema controla uma única variável: a temperatura. Porém o faz em 2 regiões do organismo: 1- nas superfícies internas e externas da pele, onde a temperatura está sujeita a influência direta do ambiente. 2 – no sangue, que com bastante fidelidade expressa a temperatura da maior parte do corpo e órgãos. O integrador hipotalâmico deve lidar com a interação entre essas suas medidas de temperatura.
A temperatura ambiente é monitoradas por termorrereptores periféricos. Que constituem de fibras aferentes com terminais situados na pele e em algumas vísceras tendo a propriedade de gerar potenciais receptores proporcionais a certas variações de temperatura, podendo atingir indiretamente o sangue cuja a temperatura é monitorada pelos termorreceptores centrais ( região pré-óptica e hipotálamo anterior), que integra as informações e gera respostas controladoras às mudanças observadas.
O hipotálamo é dividido em regiões específicas que acreditam ser responsáveis por os ajustes termoregulatórios. Na região anterior, o hipotálamo é hipertérmico, ou seja, não perde calor “sinal de erro para cima” correspondentes ao aumento da temperatura corporal – mecanismo de dissipação de calor: vasodilatação cutânea, sudorese e respiração ofegante. Na região posterior, o contrário, incapaz de aquecer e acaba igualando a temperatura ambiente “sensível aos sinais de queda da temperatura corporal” e ativa mecanismo de conservação e geração de calor- vasoconstrição e tremores musculares.
O hipotálamo anterior, aciona os controladores SUB-REULADORES, capazes de diminuir o tônus vascular simpático periférico e de provocar a sudorese e o aumento da frequência e amplitude respiratória, garantindo dissipação de calor corporal excessivo. 
O hipotálamo posterior, ativa os controladores SUPRARREGULADORES, aqueles capazes de provocar a estimulação simpática dos vasos cutâneos e tremores musculares involuntários, provocando a conservação e a geração de calor corporal. 
Além desses mecanismos rápidos, existem mecanismos de longo prazo que são ativados quando a temperatura ambiental se mantém muito baixa do ponto de ajuste do organismo. Isto provoca respostas autonômicas (ativação simpática do tecido adiposo marrom – aumentando seu metabolismo energético, que gera calor) e neuroendócrinas secreção de hormônio tireoidianos levando ao aumento da taxa metabólica, produzindo mais energia para enfrentar o frio) do hipotálamo.
O afastamento da temperatura ambiente do ponto de ajuste – para cima ou para baixo, ativa os comportamentos motivados apropriados – colocar casaco por exemplo. Essas ações, acredita-se que o hipotálamo acione regiões corticais adequadas para gerar essas ações.

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