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Seminário de farmacologia Parkinson

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Seminário de farmacologia
DOCENTE: Ana Letícia 
DISCENTES: DAIANA, GISELE, REBECA E YARA
MARÇO/2017
Parkinson
A doença de Parkinson (DP) é uma das mais frequentes patologias degenerativas do sistema nervoso central. 
Estima-se uma incidência de 1 a 2% na população acima de 65 anos.
Qual é a causa dessa diminuição de dopamina?
Início precoce
contaminação como agentes tóxicos, agrotóxicos e resíduos químicos
 SINAIS E SINTOMAS clássicos 
Esses sinais e sintomas ocorre de forma lenta e progressiva, com movimentos mais vagarosos e mais difíceis de realizar atrapalhando nas AVDs. Para o diagnóstico não é necessário, que o paciente tenha todos esses elementos, bastando alguns que serão detectados pelo médico
Esses sinais e sintomas estão presentes somente na DP?
Não! Doenças diferentes ou condições clinicas podem apresentar os mesmo sinais e sintomas apresentados na DP, porém outras características estão presentes e a história clínica e a evolução vão ajudar no diagnóstico diferencial. Portanto, quando um médico faz menção ao parkinsonismo ou síndrome parkinsoniana, ele não estará necessariamente se referindo à Doença de Parkinson. 
Uma causa importante de parkinsonismo secundário é o uso de certos medicamentos (por exemplo, algumas das drogas usadas para vertigens, tonturas e doenças psiquiátricas e alguns remédios para hipertensão). 
A importância de se identificar esses casos é que os sintomas são potencialmente reversíveis com a interrupção dos medicamentos que os causaram.
 O DIAGNÓSTICO DA DP
É basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas descritos pelo paciente e olhar clinico (médico neurologista, que é capaz de diferenciá-los do que ocorre em outras doenças neurológicas que também afetam os movimentos). 
O exame de tomografia por emissão de pósitrons (PET-Scan) pode ser utilizado como um programa especial para o diagnóstico de Doença de Parkinson, mas maioria das vezes, desnecessário, diante do quadro clínico e evolutivo característico. 
TRATAMENTO
Os medicamentos diminuem os sinais e sintomas da doença
Repõem parcialmente a dopamina que está faltando
Devem ser usados por toda a vida
Os medicamentos não promovem a cura ou e nem evitam a progressão da degeneração das células. 
Eles devem ser usados em combinações adequadas para cada paciente e fase de evolução da doença
Existem técnicas cirúrgicas para atenuar alguns dos sintomas da DP
Tratamento Farmacológico na Doença de Parkinson
ATUANTES COMO:
Precursor de dopamina
Agonista dopaminérgico
Dopamina endógena
Anticolinérgicos
Inibidor de MAO-B
Inibidor de COMT
A Doença de Parkinson (DP) atualmente não tem cura, mas pode ser tratada para combater os sintomas e diminuir seu progresso. 
A principal barreira para a cura da doença é devido a ausência de renovação das células no cérebro, especificamente na substancia negra.
Alguns medicamentos existentes para o tratamento em dp são:
Levodopa ou L-Dopa: Possui função de reposição de dopamina no cérebro, e ameniza os sintomas da doença, A levedopa é combinada a um inibidor da dopa-descarboxilase, essa que tem função de impedir a conversão periférica de levedopa em dopamina. Exemplos: Sinemet® (possui carbidopa), Prolopa® (possui benserazida) e Cronomet® (possui a combinação levodopa/carbidopa com liberação retardada).
Posologia e efeitos colaterais
De acordo com CARDOSO (1995), a maioria dos portadores de DP apresentará significativa melhora dos sintomas com o uso de 375 mg/dia de levodopa, com alcançe gradual dessa dose, para que possa reduzir a possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais dopaminérgicos, sobretudo; 
Intolerância gastrointestinal, mas que mesmo tomando-se este cuidado, é comum a ocorrência de náusea e vômito. 
Outro efeito colateral inclui hipotensão postural (mais comum em pacientes com DP avançada devido a transformação de levodopa em dopamina fora do sistema nervoso central), que pode causar síncopes e impossibilidade de andar, essa correlacionada com o nível de levodopa na corrente sanguínea, e a diminuição da levodopa poderia melhorar esse quadro, mas que isso poderia acarretar uma piora no quadro de DP. 
Anticolinérgicos
 O que são ? 
São substancias antagonistas da ação das fibras nervosas parassimpáticas que liberam acetilcolina. 
São Indicados para:
pacientes que apresentam pequeno prejuízo funcional.
Efeitos colaterais 
Neuropsiquiátricos; como demência, confusão mental, agitação e alucinação que podem ocorrer em pacientes geriátricos mesmo usando doses baixas de anticolinérgicos. 
Exemplos: Mantidan® (Amantadina)para casos de discinesias, parece aumentar a liberação de dopamina pré-sináptica além de haver uma presumível ação anticolinérgica discreta, mas possui efeitos colaterais de pigmentação rósea e indolor do calcanhar, acompanhada de discreto edema. 
Exemplos de fármacos: Artane® (Trihexifenidil) e Akineton® (Biperideno) e Amitriptilina (devido a ação antidepressiva, este agente tricíclico melhora a qualidade do sono e alguns dos sintomas motores parkinsonianos).
Agonista dopaminérgico
De acordo com o autor Francisco Cardoso, alguns estudos indicam que o tratamento com a associação de levodopa e agonista dopaminérgico reduz a incidência de complicações do uso de levodopa, mas destaca que um estudo recentemente não encontrou este efeito protetor.
 Em casos da não tolerância ao uso da droga anticolinégica ou o tremor persiste inalterado, acrescenta-se o agonista dopaminérgico, que ao contrário da levodopa, essas drogas atuam diretamente no receptor dopaminérgico sem prévia transformação. Exemplos: Parlodel/Bagren® (Bromocriptina), Dopergin® (Lisuride), Mirapex® (Pramipexol), Sifrol® (Pramipexol), Celance® (Pergolida), Requip® (Ropinirol), Neupro® (Rotigotina).
A Apomorfina é usada para indivíduos com acinesia prolongada, que pode ser um efeito do uso prolongado da levodopa, gerando o fenômeno Off, mas o uso desse agonista dopaminérgico possuem desvantagens de ter que ser administrado por via parenteral e pela indução de náuseas e vômitos. O Domperidone pode ser administrado em conjunto com a Apomorfina, que permite um controle satisfatório do efeito emético.
Inibidor da monoamino oxidase B (MAO-B)
Como a função da enzima MAO é degradar monoaminas, como por exemplo dopamina, o uso desse fármaco possibilita a diminuição dessa degradação, e mais dopamina no indivíduo. Seu uso é devido a possibilidade de retardar a necessidade de introdução de Levedopa em paciente de estágio inicial da DP. 
A posologia recomendada é 5 mg ao acordar durante uma semana seguida por 5 mg ao acordar e durante o almoço, não exceder 10 mg por dia, podendo inibir MAO A e B. Pacientes com doença avançada e déficit cognitivo podem desenvolver alucinações e outros efeitos colaterais neuropsiquiátricos durante seu uso. Exemplos: Niar –Deprilan –Jumexil - Elepril® (Selegilina/L-Deprenil).
Se todas as opções farmacológicas falham, o uso de toxina botulínica (Botox®) pode ser usado, pois essa proteína impede a liberação de acetilcolina na placa motora e bloqueia a transmissão neuromuscular, o que poderá causar fraqueza muscular. 
Esta droga, injetada de forma correta por um profissional, nos músculos envolvidos na produção do tremor, age durante cerca de 8 a 12 semanas e a única complicação descrita é transitória fraqueza muscular local.
Medidas não farmacológicas e falha terapêutica
Mecanismos não farmacológicos pode ser medidas necessárias, como o uso de meias elásticas, mudança na ingestão de sal e elevação da cabeceira da cama para evitar a hipertensão sistólica compensatória.
Em casos de ausência de melhora da DP, aparecimento de bradicinesia e rigidez é necessário avaliar outros medicamentos que o paciente usa, pois algumas drogas antidopaminérgicas podem ser a causa mais comum da falha terapêutica.
A FISIOTERAPIA NA DOENÇA
 DE PARKINSON
A doença de Parkinson é uma doença progressiva com um quadro clínico rico em sintomas que se não tratados, tornam o paciente dependente.
FISIOTERAPIA
A grande maioria dos pacientes com doença de Parkinson apresentam depressão. Estes indivíduos passam a maior tempo no leito, diminuindo a mobilidade, acelerando o processo de rigidez e dependência. A terapêutica para a doença de Parkinson está atualmente voltada para o uso de medicamentos, cirurgias e a atuação de profissionais da reabilitação como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais, sendo que não existe cura para a D. P., uma vez que as células do cérebro não se regeneram (CASTRO; CAMMARANO, 2000).
Antes de iniciar o tratamento, é necessário realizar uma avaliação globalizada do paciente, enfocando o grau de rigidez e bradicinesia e o quanto esses sintomas interferem nas atividades da vida diária. Abordar desde o sistema musculoesquelético ao cardio-respiratório, não esquecendo do aspecto psicológico (MELO, 2002). A partir de uma avaliação global, deve-se estabelecer as metas a curto e longo prazo (O´SULLIVAN; SCHMITZ, 1993).
O propósito da fisioterapia e melhorar e manter a facilidade e segurança das AVDs e AVDIs e prevenir complicações secundárias
Infelizmente nem todos os pacientes são submetidos a estes cuidados.
 Alguns por não serem encaminhados pelos neurologistas, geriatras ou clínicos, por desconhecimento ou pela atitude séptica destes profissionais e outros por falta destes serviços na comunidade em que residem.
 Em alguns países como na Inglaterra a fisioterapia é praticada em 7% dos pacientes com DP, já na Holanda em cerca de 60%. 
Entretanto as quedas freqüentes, fraturas, perda da independência, inatividade, causando isolamento social e o risco de osteoporose e doenças cardiovasculares resistentes a tratamento medicamentoso e à cirurgia encorajam aqueles que lutam para incrementar exercícios fisioterápicos para estes enfermos.
Estudos (metanálises) de Fisioterapia na DP Um grande número de ensaios tem sido feitos para avaliar o resultado da fisioterapia na DP. As terapias podem ser em grupo ou individual. Quase todas focam em atividades como andar, subir escadas, pegar objetos, preensão, “hobbies”, praticar esportes, atividades sociais, etc. Em pesquisa mais recente, Keus et al. (2009) encontraram 38 estudos randomizados e controlados, a maioria sendo realizada nos últimos cinco anos (Figura 1). 
 Fisioterapia é importante para:
 A reabilitação deve compreender 
Estímulos visuais, auditivos e somato-sensitivos.
Objetivos 
Justificativa: 68,5% dos pacientes com DP apresentam quedas, sendo que 33% destes teriam fraturas ósseas com admissões em hospitais.
Escalas de Avaliação
“Unified Parkinson’s Disease Rating Scale”- UPDRS (Escala Unificada para avaliar a DP) (10 A 20 MIN, HUMOR,COMPORTAENTO MENTAL, AVDS, EXAME MOTOR E COMPLICAÇÕES DO TRATAMENTO)
The Timed Up and Go Test –TGUP (Teste de tempo para levantar e andar) (DEFICIÊNCIA NO EQUILÍBRIO DINÂMICO)
Parkinson Disease Questionnaire – PDQ-39 (Questionário para a DP) (QV DOS PACIENTES COM DP E PVD-39
Short-Form – SF-36 (Questionário genérico de avaliação de qualidade de vida) 
EXERCÍCIOS: 
Exercícios de Frenkel (coordenação) - de colocar o pé de maneira precisa durante o ciclo de marcha e alcançar objetos de forma também precisa 
Exercícios respiratórios também são recomendados com os objetivos de aumentar a mobilidade da parede torácica e melhorar a ventilação pulmonar, devido à conseqüência secundária de diminuição da expansão torácica, que estão diminuídas em decorrência de rigidez dos intercostais e das posições de flexão e flexão-adução do tronco e membros superiores. 
 Mímica Facial
Movimentos de abertura e fechamento da boca e de mastigação, combinados com o controle do pescoço; movimentos de sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos, soprar um canudo ou um apito, fazendo uso de um espelho para proporcionar feedback visual . ( cantar, ler em voz alta)
MARCHA: Deambulação festinada e arrastada
Marcações no chão podem auxiliar na estimulação visual e estimulam passos mais longos e andar sobre obstáculos estimulará a sustentação de peso sobre um pé, passos com maior objetivo e confiança ao caminhar. Também pode ser usada música para ajudar o paciente a readquirir movimento rítmico (DELISA, 1992).
Deve-se treinar o caminhar de frente, de costas, de lado. Devem ser enfatizadas: passadas, partidas, mudanças de direção e tipos de padrão de movimento, trabalhando coordenação dos passos. Com a progressão e evolução do treinamento temos a conduta do treinamento em escadas e rampas
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HIDROTERAPIA
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP)
Técnicas de Poupagem, massoterapia, etc
conclusão
O tratamento correto do paciente com DP deve incluir, além dos fármacos já utilizados, o acompanhamento com uma equipe multidisciplinar, para que o tratamento seja eficiente e o paciente observado em vários pontos que podem agravar a doença. 
Por isso, o profissional de saúde como o fisioterapeuta deverá conhecer cada fármaco utilizado, para determinar as possíveis causas e acometimentos nos pacientes adquiridos pelo medicamento, e como o fisioterapeuta poderá agir em cada tipo de disfunção.
OBRIGADA!
 Bibliografia:
SAITO. A Doença de Parkinson e Seus Tratamentos: uma revisão bibliográfica. Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Saúde Coletiva e Saúde da Família para a Banca Examinadora do Centro Universitário Filadélfia – UniFil, 2011. Acesso dia 11/03/2017 pelo link : http://web.unifil.br/pergamum/vinculos/000004/00000414.pdf
SANTOS et.tal - Fisioterapia na Doença de Parkinson: uma Breve Revisão; Revista Brasileira de Neurologia- 2010
MELO, L. Declínio cognitivo e demência associada á Doença de Parkinson: características clínicas e tratamentos. Revista Psiquiatria Clínica, v. 34, n. 4, p.176-183, 2007.
CARDOSO, Francisco. Tratamento da doença de Parkinson. Arq Neuropsiquiatr, v. 53, n. 1, p. 1-10, 1995. 
ABP. O que é Parkinson. Disponível: <http://www.parkinson.org.br/firefox/oquee.html>. Acesso em: 07 de Março de 2017.
FERRAZ, Henrique, BORGES, Vanderci. Como Diagnosticar e Tratar Doença de Parkinson. Disponível: <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=1870>. Acesso em: 12 de Março de 2017.

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