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anais simposio 2013 usjt

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XVIII
Simpósio Multidisciplinar da USJT
Juventude e Modernidade
Centro de Pesquisa
2013
UnIVersIdade são JUdas TadeU
Simpósio multidisciplinar: “Juventude e Modernidade” (18. : 2013: São Paulo, SP)
Anais do XVIII Simpósio Multidisciplinar da USJT: Juventude e Modernidade, 
São Paulo 13 a 20 de setembro de 2013. São Paulo: USJT; Centro de Pesquisa, 2013.
ISSN 1679-401X
1. INICIAÇÃO CIENTÍFICA - Congressos V. Encontro de Pós-Graduação Lato Sensu da USJT, 1. IV Título.
CDD 001.42
Apresentação
apresentação
Os Simpósios Multidisciplinares da Universidade São Judas Tadeu (USJT) 
visam a propiciar um espaço para a divulgação da produção científica e cultural 
desenvolvida pela comunidade universitária, em atividades de ensino, de 
extensão e de pesquisa. Iniciados em 1995, sob a coordenação do Centro de 
Pesquisa, órgão da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, os Simpósios 
Multidisciplinares somam dezessete edições, de forma ininterrupta. Ano após 
ano, a comunidade universitária foi agregando valor ao evento, aumentando a 
percepção de seu mérito como lugar de autêntica integração das atividades 
desenvolvidas na USJT e como ocasião oportuna e estimulante para a exposição 
e debate de ideias. Durante uma semana, centenas de professores e alunos 
da graduação, da pós-graduação lato sensu e stricto sensu, dos núcleos de 
pesquisa, da iniciação científica e das atividades de extensão, envolvem-se em 
palestras, comunicações, mostras e apresentações.
Cada edição dos Simpósios apresenta um tema principal para reflexão. 
O XVIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT teve como tema “Juventude 
e Modernidade”.
A escolha do tema revela a preocupação da São Judas com a formação 
integral de seus alunos, ao trazer para a academia debates que refletem as 
demandas da contemporaneidade, tais como as questões de gêneros, os 
conflitos étnicos e religiosos, as desigualdades sociais, questões relacionadas à 
cultura e educação, cidadania, exclusão e inclusão, modos de produção coletivos 
e associativos, e também de consumo. Ademais, deve-se ressaltar que 2013 foi 
o ano da realização da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, e da 
instituição do Estatuto da Juventude e do Sistema Nacional de Juventude (Lei 
nº 12.852, de 5 de Agosto de 2013).
Os ANAIS DO XVIII SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR DA USJT apresentam 
os resumos dos trabalhos apresentados e entregues para publicação, exceto 
no caso dos trabalhos inscritos pelos alunos da pós-graduação stricto sensu, 
que são publicados na íntegra. Todos os trabalhos encontram-se classificados 
conforme a Tabela de Áreas do Conhecimento do CNPq.
Sumário
XVIII Simpósio Multidisciplinar da USJT
Sumário
1
5
2
6
3
4
Mesas-Redondas 16
CoMuniCações oRais 92
Viii Colóquio PGauR – Pós-GRaduação
eM aRquitetuRa e uRbanisMo
“aRquitetuRa e Cidade: inteRPRetações” 208
Viii Colóquio “Às MaRGens da FilosoFia” 
Palestra 239
Mesas teMátiCas de eduCação FísiCa 
Mesa Temática sobre Aspectos Biodinâmicos da Atividade Física 242
Mesa Temática sobre Aspectos Psicossociais e Pedagógicos da Atividade Física 258
iii enContRo do MestRado eM CiênCias do enVelheCiMento 
Comunicações Orais 272
Projetos 282
7
8
9
10
11
12
13
iV enContRo de extensão 
Mesas-Redondas 302
Comunicações Orais 306
iii JoRnada PedaGóGiCa 312
i enContRo dos alunos de FilosoFia da usJt 318
iii MostRa de tRabalhos de MetodoloGia da Pesquisa 
CientíFiCa da FaCuldade de CiênCias biolóGiCas e da saúde 333
enContRo de iniCiação CientíFiCa da usJt 
Paineis 338
xii enContRo de Pós-GRaduação Lato SenSu 347
MostRa de liVRos de liteRatuRa inFanto JuVenil - 
línGua PoRtuGuesa e MostRa das ReVistas enGleasy - 
do Learning Center - línGua inGlesa 351
índiCe 352
10
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
Mesas-Redondas
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
1
Grande área: CiênCias biolóGiCas 
sub-áRea: eColoGia 
educação ambiental, sustentabilidade e cidadania 16
Educação ambiental e cidadania 16
Educação ambiental e sustentabilidade 17
Grande área: CiênCias da saúde 
sub-áRea: eduCação FísiCa 
educação Física escolar e Práticas Cotidianas 18
Educação Física escolar: relatos de aluno-professor 18
Educação Física escolar e as três dimensões do conteúdo: tematizando as brincadeiras na escola 19
Educação Física escolar e o planejamento de ações conjuntas 20
Folguedos juninos e memórias: revisitando a prática profissional na Educação Física 20
O resgate das brincadeiras populares nas aulas de Educação Física 21
Grande área: CiênCias da saúde 
sub-áRea: eduCação FísiCa 
Por que e como ensinar esporte para a juventude nos dias de hoje? 22
Esporte e complexidade: princípios e características 22
Esporte para todos: a cultura da participação 24
Esporte e desenvolvimento humano: aproximações possíveis 25
Formação esportiva em longo prazo: além da formação de atletas de alto rendimento 26
12
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
Grande área: CiênCias da saúde 
sub-áRea: FisioteRaPia e teRaPia oCuPaCional 
diferentes perspectivas do treinamento aeróbio na reabilitação de 
pessoas que sofreram acidente vascular cerebral 27
Efeito do treinamento aeróbio na marcha hemiparética de indivíduos acometidos por acidente vascular cerebral 27
Efeitos do treinamento aeróbico em piscina e esteira rolante no senso de posição de indivíduos 
com sequela de acidente vascular cerebral 28
O efeito do treinamento aeróbio em piscina e esteira rolante no controle postural de pessoas 
com sequelas crônicas de acidente vascular cerebral: ensaio clínico randomizado 28
Efeitos do treinamento físico após acidente vascular cerebral isquêmico 29
Grande área: CiênCias da saúde 
sub-áRea: saúde ColetiVa 
Projeto de integração docente-assistencial entre Psicologia e Fisioterapia: 
um relato de experiência multiprofissional na formação universitária 30
Projeto de Integração Docente-Assistencial entre Psicologia e Fisioterapia: uma reflexão sobre essa experiência 30
Projeto de Integração Docente-Assistencial entre Psicologia e Fisioterapia: proposta para acompanhamento de mães 31
Projeto de Integração Docente-Assistencial entre Psicologia e Fisioterapia: proposta para acompanhamento de idosos 32
Projeto de Integração Docente-Assistencial entre Psicologia e Fisioterapia: preparação dos alunos para 
uma prática em clínica integrada 32
Grande área: CiênCias Humanas 
sub-áRea: ÉtiCa 
Ética em pesquisa envolvendo seres humanos: desafios do Comitê de Ética 33
Grande área: CiênCias Humanas 
sub-áRea: FilosoFia 
nietzsche filósofo, nietzsche ideólogo 34
Nietzsche, intérprete do vir a ser em Heráclito 34
Por que Comte-Sponville não é nietzschiano 35
13
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
Grande área: CiênCias Humanas 
sub-áRea: FilosoFia 
ateísmo e iluminismo: a racionalidade num tempo em que as pessoas 
ainda acreditam em deuses, messias e livros sagrados 36
Ateísmo: o fundamento para a felicidade do L’homme machine 36
Barão d’Holbach: a religião e a negação da natureza no Sistema da natureza 37
Ateísmo como iluminismo propriamente dito: as luzes radicais de Michel Onfray 38
Grande área: CiênCias Humanas 
sub-áRea: FilosoFia 
Marquês de sade: pornógrafo, criminoso ou libertário? 39
Sadismo, surrealismo, razão instrumental: três leituras do Marquês de Sade 39
Sade, revolta e política na perspectiva camusiana 40
O materialismo de Sade 41
Marquês de Sade: liberdade, natureza e mal no jogo do prazer 41
Grande área: CiênCias Humanas 
sub-áRea: FilosoFia 
simbolização e antropologia filosófica 42
Estruturalismo e Ernst Cassirer 43
A forma simbólica da linguagem 43
Critérios para a irredutibilidade de uma forma simbólica da arte a uma formasimbólica da linguagem 44
Aproximação entre linguagem e História com base na filosofia das formas simbólicas 44
Grande área: CiênCias Humanas 
sub-áRea: PsiColoGia 
PsiColoGia e atendiMento a idosos: tiPos de inteRVenção 45
Evolução do perfil da clientela idosa em uma clínica –escola de atendimento psicológico 46
Grupo focal e idoso: análise do conhecimento científico 46
Intervenção psicoterapêutica dirigida ao idoso: a oficina de cartas, fotografias e lembranças 47
Intervenção psicológica no envelhecimento: campo para pesquisa 48
14
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
Grande área: CiênCias soCiais apliCadas 
sub-áRea: CoMuniCação 
Códigos e linguagens: crítica, produção e memória 48
A canção pop e a cultura de massa 49
Da tradição oral dos sábios narradores às narrativas da contemporaneidade 50
Não é o que parece 51
Grande área: CiênCias soCiais apliCadas 
sub-áRea: desenho industRial 
do aprendizado à aplicação – a relevância do desenho nas 
áreas de engenharia, arquitetura, design e artes 53
O resgate e o desenvolvimento do ato de desenhar como recurso de interação entre 
o pensamento formal e a elaboração do projeto 53
Ilustração: o desenho como tradução 54
O desenho e a etapa de construção de seu conhecimento – o processo humano 55
CAD: o desenho efetivamente auxiliado pelo computador 55
O desenho e a engenharia de fabricação 56
Grande área: CiênCias soCiais apliCadas 
sub-áRea: diReito 
Formas jurídicas e formas simbólicas 56
A importância das formas simbólicas na interpretação da sociedade 57
O símbolo em Cassirer e os mitos políticos modernos 58
O Direito como forma de expressão na tragédia grega 58
Ensaio sobre o homem e o mito em que se aborda o caso concreto do nazismo 60
A validade da forma jurídica 60
Uma leitura do poder a partir de Foucault e Cassirer 61
Grande área: CiênCias soCiais apliCadas 
sub-áRea: diReito 
a dialética contemporânea e sua aplicação 62
A percepção dialética materialista sobre o Estado 63
A dialética e o institucionalismo 64
15
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
Violência contra a mulher: o lado omisso da forma jurídica 64
A relação do trabalho e a dignidade da pessoa humana no sistema capitalista 65
A dialética do mercado de capitais 66
Grande área: CiênCias soCiais apliCadas 
sub-áRea: diReito 
dialética e a Filosofia Contemporânea 66
A dialética em Gramsci e os movimentos sociais 68
A dialética transcendental 68
A dialética das Penas 69
A dialética da desigualdade de gênero 70
Direito e a dialética da eficácia social do salário 70
A dialética do mercado musical 71
Grande área: enGenHarias 
sub-áRea: enGenhaRia bioMÉdiCa 
avanços recentes do núcleo de bioengenharia da usJt 72
Teste “in vivo” prospectivo do sinal do eletrocardiograma para o controle da bomba de sangue centrífuga implantável 73
Integração entre Engenharia e Medicina: aplicação no desenvolvimento de dispositivos de assistência cardíaca 73
Desenvolvimento de metodologia de apoio ao diagnóstico utilizando manufatura aditiva de 
modelos provenientes de imagens médicas 74
Simulador híbrido do sistema cardiovascular 75
Grande área: linGuístiCa, letras e artes 
sub-áRea: históRia da aRte 
semana de 22, últimas reflexões 76
A representação da arquitetura no modernismo de Tarsila do Amaral 76
Religiosidade e Modernidade, mais aproximações do que divergências 77
As Gravuras de Lasar Segall 79
Grande área: linGuístiCa, letras e artes 
sub-áRea: letRas 
a pesquisa acadêmica em letras e a produção de artigos científicos 80
O fantástico no conto “Ligeia”, de Edgar Allan Poe 81
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
16
Grande área: CiênCias biolóGiCas 
sub-área: ecologia
eduCação ambiental, sustentabilidade e Cidadania
Responsável(is): CastanheiRa, solange dos anjos
Da conservação do meio ambiente depende a sobrevivência do homem, fato que hoje faz parte do senso comum. Ecologia, meio 
ambiente, recursos naturais, conservação, preservação, biodiversidade, extinção e educação ambiental passaram a ser vocábulos 
presentes no linguajar das grandes massas populacionais. Mas, mesmo assim, muitos ainda promovem ações que culminam com a 
degradação do meio ambiente. Algumas são extremamente simples e aparentemente inócuas, como o simples corte de uma árvore 
no quintal, a utilização de excesso de detergentes, a manutenção de uma torneira aberta enquanto escova os dentes, ou ainda, um 
grande, e às vezes excessivo, número de filhos. Ações que notadamente conduzem à redução de sua qualidade de vida. Por outro 
lado, há por refletir: como exigir comportamentos conservacionistas de pessoas que não foram ensinadas a agir assim ou apenas 
foram sensibilizadas de que uma pequena ação pode representar muito, de que o ambiente pode representar muito mais do que se 
imagina, estando relacionado com sua própria casa, com seu quintal e com sua saúde física, mental e social? Como salvaguardar, 
então, o direito a um ambiente saudável para as gerações futuras? Como consequências das ações desencadeadas pela necessidade 
de sobrevivência do homem, foram promovidas grandes alterações ambientais em poucos séculos. São tantas e tão profundas essas 
modificações, que em muitas regiões é difícil imaginar qual seria seu estado original, quanto mais restaurá-las. Algumas palavras 
de ordem nos dias atuais são sustentabilidade, cidadania e educação ambiental, porém mais tem se discursado do que efetivamente 
concretizado. Devemos crer, entretanto, que, se é para um passo ser dado, que o seja; não é possível simplesmente aguardar que 
outro o faça por nós. Devido às rápidas e imprevistas mudanças ambientais, as populações humanas, nos últimos anos, começaram a 
perceber que o mundo e o futuro de seus filhos podem ser postos em risco, levando a considerar a necessidade de conservação dos 
recursos existentes e da recuperação dos degradados. Sensibilizar torna-se relevante, mas promover uma mudança de comporta-
mento substituindo antigos e arraigados paradigmas parece ser um caminho mais efetivo a ser trilhado, uma vez que, ao se acreditar 
em uma nova postura, passa-se a atuar sob essa nova perspectiva. Alguns passos poderiam ser dados, por exemplo, no sentido de 
reverter o paradigma de “As crianças são cidadãs do futuro” para “As crianças são cidadãs hoje!” (BRASIL, 1998), entender a ideia 
de que “não existe conservação enquanto houver barrigas vazias”. Não é uma tarefa de fácil execução, mas, se os atores envolvidos 
estivem comprometidos e engajados, as possibilidades de sucesso aumentam. Portanto, trabalhos de educação ambiental podem ser 
utilizados para “abrir portas” ou ainda “para mantê-las abertas”. Dessa forma, a presente mesa-redonda tem por objetivo promover 
um fórum de discussão incluindo uma avaliação sobre a educação ambiental como ferramenta na consolidação de mudanças de ati-
tudes que culminem com uma sociedade mais justa e com cidadãos mais atuantes, bem como com o estímulo a ações que conduzam 
à conservação ambiental e à sustentabilidade. 
Palavras-chave: Educação ambiental. Sustentabilidade. Cidadania
eduCação ambiental e Cidadania
Autor(a): CastanheiRa, solange dos anjos
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
Nos dias atuais vive-se um reflexo das insanas investidas do homem sobre a Terra: nossa morada, nosso meio ambiente vem sendo 
dizimado sistematicamente em prol de uma força motriz que impulsiona a humanidade em direção ao desenvolvimento econômico, 
político, tecnológico e, até mesmo, científico, mas sem a devida preocupação ou controle dessas mesmas ações e de suas conse-
quências, sejam sobre o planeta ou sobre nós mesmos. Será que todos os riscos em médio e longo prazo são medidos ou consi-
derados? A resposta é bem simples: não! Essas populações migrantes, todavia, quando tentam estabelecer-senos grandes centros 
urbanos (já superpovoados e sob estresse socioeconômico e ambiental), deparam com uma competição acirrada e com situações 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
17
muitas vezes mais difíceis e constrangedoras do que as encontradas em suas próprias localidades de origem. O fato de o Brasil ser 
constituído por uma multiculturalidade e plurietnicidade pode ser visto como a nossa mais marcante alavanca em direção à melhoria 
da qualidade de vida, principalmente nos grandes centros urbanos. Uma esfera em que a educação ambiental pode e deve trabalhar 
com bastante liberdade e segurança em busca de um senso de cidadania e de responsabilidade que nos permita encarar os sistemas 
naturais como parte de nós mesmos e, dessa forma, cuidar do meio ambiente como cuidamos de nossos filhos, principalmente em 
um momento em que há instalado um sentimento de desresponsabilização. O “eu não tenho nada com isso!” tem sido a resposta de 
muitas pessoas para ignorar os problemas ambientais, ou simplesmente transferir suas próprias responsabilidades. Dessa forma, 
objetiva-se discutir a importância da educação ambiental como alavanca do desenvolvimento de um senso de cidadania conduzindo 
a reflexão: será que realmente vivemos uma crise ambiental, ou vivemos, de fato, uma crise de valores sociais e éticos? É o momento 
de instruirmos a população, conduzirmos nossos esforços na direção do despertar de novos cidadãos cônscios de seus deveres e 
capazes de agir, sem medo de chamar para si as responsabilidades diárias, incluindo nelas a proteção ambiental e o uso adequado 
dos recursos naturais disponíveis. É necessário quebrar o círculo vicioso do “eu tenho que levar vantagem em tudo!”, com o potencial 
transformador inerente a cada um, para o “nós podemos construir um país ético”, que valoriza seus cidadãos como devem ser e 
com respeito, dignidade e qualidade de vida. Se extrapolarmos a mensagem dessa poesia para nossas ações em educação ambiental 
enquanto cidadãos e para os reflexos que causamos por onde passamos, sempre ouviremos de alguns que somos loucos em pensar 
o que pensamos, em fazer o que fazemos e que certamente perdemos o senso, mas é importante ressaltar que devemos educar não 
importando as dificuldades do processo, para fechar o seguinte círculo: “só cuida quem se importa, só se importa quem ama, só ama 
quem conhece e só quem conhece se importa!”. 
Palavras-chave: Educação ambiental. Cidadania. Ética
eduCação ambiental e sustentabilidade
Autor(a): CaRRasCo, Pablo Garcia
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
Em 1854, o chefe Seattle escreveu uma carta encaminhada ao governo dos Estados Unidos, em prol da conservação das terras indí-
genas, que o deixou célebre. Criticou, com propriedade, a falta de visão do “homem branco” e os caminhos para onde essa “cegueira” 
o levaria. A importância desse fato histórico não reside tão somente no discurso em si, mas também em quem o fez. Na época, quem 
era o selvagem? Quem era o homem civilizado? Quem se preocupou com “a mãe terra” e quem se preocupou com o imediatismo 
da exploração e da conquista, sem considerar as consequências? Dezenas de décadas mais tarde, quem continua se preocupando 
com o lucro fácil com base na exploração desenfreada e imediatista dos recursos naturais? Quem continua cego? Quem está em vias 
de perder o pouco que sobrou? Estas questões, certamente, podem ser facilmente respondidas. Apesar de essas alterações serem 
significativas e muitas espécies terem sido extintas por ação antrópica, essas civilizações eram capazes de suprir suas próprias 
necessidades e garantir às gerações futuras condições de sobreviver. Não seria esse o conceito de sustentabilidade? Partindo desse 
pressuposto há necessidade de conjugar-se uma visão naturalista às necessidades de sobrevivência da humanidade e à melhoria 
de sua qualidade de vida, desenvolvendo-se uma postura crítica diante da utilização de recursos naturais, da ocupação de espaços, 
principalmente os agricultáveis e os aquíferos, bem como o respeito às demais formas de vida que habitam a Terra, uma vez que uma 
ação pode levar a uma reação que desencadeie um processo de alteração em escala planetária. A educação ambiental representa 
uma ferramenta muito importante na formação de uma sociedade sustentável, com a capacidade de planejar ações, reorientar e 
capacitar os atores do processo para a construção de uma nova forma de desenvolvimento local sem deixar de lado uma visão global, 
com o objetivo de melhorar a qualidade de vida de sua comunidade. Sensibilizar torna-se relevante, mas promover uma mudança 
de comportamento substituindo antigos e arraigados paradigmas parece ser um caminho mais efetivo a ser trilhado, uma vez que 
ao se acreditar em uma nova postura passa-se a atuar sob essa nova perspectiva. Isto posto, objetiva-se discutir a importância da 
educação ambiental como ferramenta para o despertar de uma consciência ecológica que se encaminha para a sustentabilidade. Edu-
car, profissionalizar, oferecer acesso ao conhecimento e às novas tecnologias, orientar e encaminhar para um mercado de trabalho 
altamente competitivo, não seriam as melhores ferramentas para construir-se um país no qual as diferenças sociais poderiam ser 
minimizadas? Além do que também é o momento de chamar a atenção daqueles que fazem política para que esta seja direcionada 
consoante as necessidades de todos. 
Palavras-chave: Educação ambiental. Desenvolvimento. Sustentabilidade
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
18
Grande área: CiênCias da saúde
sub-área: educação Física
eduCação FísiCa esColar e prátiCas Cotidianas 
Responsável(is): RodRiGues, Graciele Massoli
Muito se discute na Educação Física sobre o sentido e o significado desse componente curricular na escola. O fazer pedagógico, 
entretanto, pressupõe clareza dos objetivos traçados e da estrutura representada nos aspectos procedimentais, conceituais e 
atitudinais, o que implica a organização do processo pedagógico. Perceber e constituir o trabalho docente depende do necessário 
para educar: apropriação do conhecimento, autoria e atuação na realidade circunscrita nas ações didáticas e pedagógicas, recons-
trução dos conhecimentos para enfrentamento situacional no qual se insere. A reconstrução dos conhecimentos para enfrenta-
mento situacional é primordial para a intervenção pedagógica, sobretudo porque descobrir na prática pedagógica a possibilidade 
das novas ações – caso do pesquisador reflexivo – e vivenciar a administração do processo de formação com a percepção e 
sensibilidade da realidade possibilita uma atuação pedagógica contextualizada no tempo e espaço. Vale ressaltar que uma inter-
venção que credencie o aluno para ações sociais dentro e fora da escola direciona a inquietação dos constructos de orientação e 
acompanhamento dos alunos nas aulas de Educação Física. Conceber uma intervenção que se sustente no conhecimento tácito 
do professor não perpassa apenas a formalização e flexibilização das estratégias, mas adentra o desafio de envolver os sentidos 
dos porquês do ensino e do aprender. É sempre interessante pensar que o abandono do planejamento rígido para uma construção 
reflexiva e inacabada remete-nos a uma ação de enfretamento da realidade com aquilo que ela nos impõe, apresenta e é. Nesse 
sentido, o professor como autor e ator da singularidade das intervenções tem um desafio, que é entender a unicidade do indivíduo 
no contexto ampliado da sociedade e articular o processo na escola. Portanto, ser professor é estar em constante movimento 
no mundo que o cerca com autonomia e competência pedagógica – ética e política –, que o fazem pertencer ao aprender da 
ação pedagógica e o torna sujeito em descoberta na constante reavaliação daquilo que se descobre. E, para instigar a reflexão 
sobre a prática pedagógica cotidiana, buscamos experiências de profissionaisque se propuseram a revisitar suas ações enquanto 
educadores. Serão apresentadas situações concretas do fazer pedagógico em diferentes contextos educacionais nos quais as 
construções do saber em Educação Física se constituíram.
eduCação FísiCa esColar: 
relatos de aluno-proFessor
Autor(a): PulZi, Wagner
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Pós-Graduação Stricto Sensu
Este relato retrata o percurso de professores de Educação Física e suas experiências enquanto alunos. O objetivo é fazer 
uma reflexão acerca das vivências ocorridas e as relações com a Educação Física no âmbito escolar. Entre demagogias, 
conhecimentos científicos e relações vivenciadas e acumuladas, alguns professores foram determinantes para a constru-
ção de um saber acerca da área. Ao longo dos anos, o esporte e a ginástica foram os conteúdos mais presentes nas vidas 
escolares dos relatores, configurando, ainda que em tempos recentes, os resquícios da história. Nos aportes dos meandros 
legais, a diminuição ou ampliação da carga horária da Educação Física na escola foi presenciada e portou-se por muito 
tempo como mera espectadora das manobras governamentais. Hoje se vê que o duro caminho percorrido como disciplina 
reguladora e com sustentação precária acadêmica fragilizou substancialmente sua identidade enquanto área de conheci-
mento e fortaleceu-a como “disciplina do fazer”. Se antigamente os objetivos findavam-se em um ou outro conteúdo, tal 
como o esporte, hoje está claro que o movimento diz muita coisa sobre uma pessoa, um grupo, uma cultura ou culturas. 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
19
E justamente essa percepção é que amplia as possibilidades de compreensão acerca da concepção da individualidade e 
diversidade. As aulas na escola, visualizadas sobretudo nas manifestações da cultura corporal do movimentar-se, transcen-
dem o conteúdo como foco, mas apreendemo fato de que o argumento do “conteúdo” expande-se para além do fazer, pois 
constitui-se e é constituído pelos entes participantes das aulas, podendo ser explorado nas dimensões conceituais, proce-
dimentais e atitudinais. Retornando às memórias pessoais, contudo, vêm à tona lembranças de professores que cruzaram 
nossos caminhos e assumiram um compromisso de direcionar nossos olhares para uma leitura da área. Alguns sonegaram 
possibilidades de entender-nos como Ser Corpo contextualizados em um tempo e espaço funilar, pois furtaram nossas vidas 
para a compreensão do movimento. Outros assinaram nossas histórias,de aluno–professor, como agentes transformado-
res do seu tempo e seus espaços,na medida em que, mesmo com as imposições estruturais locais, conseguiram legitimar 
o movimento de cada um de nós através do pensar e do refletir sobre suas práticas pedagógicas e compromisso sociais. 
Palavras-chave: Educação Física. Prática pedagógica. Histórias de vida
eduCação FísiCa esColar e as três dimensões do Conteúdo: 
tematizando as brinCadeiras na esCola
Autor(a): Maldonado, daniel teixeira
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Pós-Graduação Stricto Sensu
Após o lançamento dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das propostas curriculares de Educação Física em diversos estados 
brasileiros, começa-se a discutir com mais ênfase as três dimensões do conteúdo nesse componente curricular. Nesse sentido, 
o objetivo deste estudo foi relatar a experiência da tematização das brincadeiras na escola com enfoque nas três dimensões do 
conteúdo. O estudo foi realizado em uma escola municipal localizada na Zona Leste da cidade de São Paulo, durante o primeiro 
semestre de 2012, com alunos do 3º ano do Ensino Fundamental, e teve os seguintes objetivos: vivenciar as brincadeiras popula-
res que as crianças gostariam de fazer; realizar todas as aulas em grupos (meninos, meninas e criança com deficiência múltipla), 
com a intenção de discutir a diversidade cultural; compreender os conceitos das capacidades físicas nas brincadeiras realizadas; 
desenvolver atividades com enfoque na leitura e na escrita relacionadas com o conteúdo proposto e debater a importância de 
movimentar-se para a saúde. No complexo do cotidiano escolar, esses aprendizados ocorreram ao mesmo tempo, de acordo 
com cada dinâmica que estava sendo realizada. Solicitamos aos alunos que desenhassem algumas brincadeiras de que mais 
gostassem, com a intenção de construir um painel com todas essas atividades, das quais foram escolhidas para realização barra 
manteiga, queimada, rouba bandeira, corre cotia, boliche, pega corrente, mãe da rua, vampiro que horas são, duro ou mole ameri-
cano e cabo de guerra. A criança com deficiência teve o aporte de uma cuidadora com adequações em atividades de pegar, com 
a corda, arremessos e nas posições estratégicas nas brincadeiras. Os aspectos conceituais emergiram das dúvidas das crianças, 
tais como por que ficamos cansados quando corremos?,por que conseguimos desviar das outras crianças nas corridas?,por que 
alguns alunos conseguem vencer mais as brincadeiras que outros? As capacidades físicas eminentes nas perguntas foram con-
textualizadas e discutidas pelas crianças, que refletiram sobre elas, dentre as quais a agilidade, a capacidade cardiorrespiratória e 
o tempo de ação e reação. Também aproveitamos esse momento para discutir com os alunos a importância de realizar atividades 
físicas para a saúde. Para finalizar o projeto, decidimos estimular os alunos a que escrevessem sobre as brincadeiras realizadas.
Pedimos, então, que eles explicassem duas brincadeiras que mais haviam gostado de realizar durante as aulas. Nosso maior 
objetivo na dimensão atitudinal era que os alunos entendessem que meninos e meninas podem realizar qualquer prática corporal 
sem sofrer nenhum tipo de preconceito e, para isso, focamos a desmistificação das diferenças individuais, sexos e gêneros por 
meio de rodas de conversa, reflexões e filme (Kung Fu Panda), o que culminou nos registros gráficos. Finalizando, gostaríamos de 
reforçar a importância de iniciar-se uma proposta que contemple as três dimensões do conteúdo durante as aulas de Educação 
Física escolar, para que os alunos valorizem essa disciplina na escola e tenham uma formação integral das manifestações da 
cultura corporal de movimento. 
Palavras-chave: Educação Física escolar. Dimensões do conteúdo. Cotidiano escolar
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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eduCação FísiCa esColar e o 
planejamento de ações Conjuntas
Autor(a): loPes, alexandre apolo da silveira Menezes
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Pós-Graduação Stricto Sensu
Com as mudanças na educação advindas da LDB e com base nas discussões sobre a adequação de conteúdos na Educação 
Física escolar, a cidade de Cubatão (SP) construiu o seu Plano Referencial para a Educação Física com a participação do Coletivo 
de Professores no ano de 2008. Esta reestruturação proporcionou a visualização da Educação Física escolar como componente 
curricular e gerou propostas integradas no ambiente escolar, tais como o desenvolvimento de ações inclusivas visualizadas para 
o acolhimento de pessoas com deficiência. O presente relato traz um exemplo de inclusão de uma criança com deficiência física 
na Educação Física escolar durante seus primeiros cinco anos de vida escolar, vividos na UME Estado do Ceará. Ressalva-se que 
não houve preparação do professor por parte da instituição municipal para o trato com pessoas com deficiência, mas, por ser 
responsabilidade profissional a busca de solucionar os problemas instaurados no meio escolar, um planejamento foi traçado junto 
com os demais professores, coordenação e todo corpo administrativo da escola. Durante os dois primeiros anos, observações 
pontuais levaram o professor a trabalhar a afetividade utilizando estratégias como o “dado dos fazeres”, e também a intervir nas 
atividades de lazer observadas durante o recreio escolar, comoo tradicional “rachão de futebol”, de forma que se garantisse a 
construção de uma autonomia de participação de todos, sempre nos diversos momentos escolares. Utilizaram-se atividades de 
cunho cooperativo, voltando-separa a adaptação de todos os alunos no reconhecimento de suas diferenças, como forma de todos 
participarem das atividades e tivessem a oportunidade de ter contato direto uns com os outros. Como parte da avaliação desse 
processo, foi desenvolvida uma dinâmica com os integrantes da sala a que a criança pertencia para que se elencassem os alunos 
e as parcerias que gostariam de ter para brincar. Observou-se que as ações planejadas desencadearam o acolhimento da criança 
com deficiência, o que gerou a identificação desta como Amigo, possibilidade que não era sinalizada na perspectiva nos primeiros 
meses de inserção da criança no ambiente escolar. Assim, entender a Educação Física como componente curricular propiciou 
também compreender que o planejamento escolar pertence a todos os envolvidos, sem perda de especificidade de área, mas com 
ações conjuntas para um fim. 
Palavras-chave: Educação Física escolar. Inclusão. Estratégias
FolGuedos juninos e memórias: 
revisitando a prátiCa proFissional na eduCação FísiCa
Autor(a): VieiRa, Pollyane de barros albuquerque
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Pós-Graduação Stricto Sensu
A Educação Física teve, e ainda tem, uma forte predominância do conteúdo de esporte na escola. Tal incidência retoma raízes 
históricas e, atualmente, é reforçada pela mídia e pelo imaginário popular. A partir da década de 1990, surgem novas contribui-
ções e abordagens na Educação Física, com novos temas e conteúdos para as aulas, como é o caso da dança, da luta, dos jogos 
e da ginástica, entre outros. Mesmo com a presença, entretanto, de novas tendências, pesquisas e publicações na área, sobre 
essa diversidade de conteúdos/temas, ainda é pouco frequente a utilização deles, sobretudo no que se refere à dança, nas 
aulas de Educação Física escolar. O presente relato de experiência tem por objetivo revisitar e tecer uma análise das aulas de 
dança vividas, em dois momentos distintos: enquanto aluna da escola básica e, posteriormente, como professora de Educação 
Física. A memória das aulas de dança, vivida enquanto aluna, foi ponto de partida para refletir e nortear a prática pedagógica, 
atualmente, enquanto profissional da área, na medida em que propõe uma ressignificação do conteúdo de dança, numa relação 
dialógica entre professor e aluno. A análise teve como cenário o Projeto Interdisciplinar de Artes e Educação Física: Arraial 
do Campus Rural de Marabá, onde foram vivenciados dois conteúdos: a quadrilha e o carimbó. Tomando como referência o 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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fato de que a dança, na escola, restringia-se às apresentações coreográficas em datas comemorativas, com foco na execução 
de movimentos – no “saber fazer”, no procedimento –, e com o reforço de olhares preconceituosos em relação aos povos do 
campo, o projeto sugere uma prática inovadora. A concepção de prática inovadora ancora-se no processo do desenvolvimento 
do projeto: a escolha do tema emergiu de uma demanda apresentada pelo grupo; a abordagem do conteúdo transcendeu a 
dimensão procedimental, na medida em que foram vivenciados conceitos e atitudes, inerentes ao conteúdo, pelo envolvimento 
na execução do projeto, que ultrapassou a simples apresentação coreográfica. Foram utilizadas 3h/a para explanação teórica 
dos aspectos históricos e conceituais do conteúdo, apresentação do projeto e divisão dos grupos de trabalho. Foi redigido um 
texto didático com informações sobre o conteúdo (história, movimentos básicos e noções coreográficas), objetivos do projeto, 
metodologia e processos avaliativos. A culminação do projeto foi o Arraial, que contou com coreografias de quadrilha junina e 
do carimbó paraense, comidas, decoração e brincadeiras típicas. Destaca-se a vivência do conteúdo nas dimensões conceitual, 
procedimental e atitudinal,o que transcende o “saber fazer”, pois os alunos reconheceram-se como produtores de cultura, 
pela relação dialógica de ressignificação do conteúdo de dança e pela oportunidade de refletir sobre os aspectos de gênero, 
sexualidade e religiosidade. 
Palavras-chave: Dança. Educação Física. Práticas dialógicas
o resGate das brinCadeiras populares 
nas aulas de eduCação FísiCa
Autor(a): el KhouRi, Fernanda b.
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Pós-Graduação Stricto Sensu
Observando a realidade das crianças nos dias atuais, nos quais visualizamos a imersão de crianças nos jogos eletrônicos, e en-
tendendo que há o abandono, por muitas delas, das brincadeiras e jogos populares, verificou-se a necessidade de refletir sobre a 
Educação Física como componente curricular imersa nessa realidade. A Educação Física que trata da cultura corporal de movimento 
deve assumir a responsabilidade de permitir que as manifestações culturais de movimento sejam praticadas, circuladas, estimuladas, 
construídas e revisitadas. Visualizando o ambiente escolar que propicia a diversidade cultural, partimos para contextualizar a cultura 
corporal de movimento no movimentar-se da criança. Diferentes conteúdos nas aulas de Educação Física dimensionam a cultura, 
tais como as brincadeiras populares que, na maioria das vezes, são transmitidas de geração para geração e carregam características 
locais,sendo vivenciadas com grande variação. Diante disso, o objetivo deste relato de experiência é explicitar o percurso da estrutu-
ração de um projeto temático intitulado “Resgate das Brincadeiras Populares”, desenvolvido em uma escola pública da cidade de São 
Paulo e que culminou em uma experiência significativa da prática pedagógica cotidiana. O projeto foi desenvolvido em quatro etapas: 
tomada do conhecimento sobre jogos populares; levantamento das atividades infantis por informações fornecidas pelos pais por 
meio de questionário; vivência das brincadeiras e exposição de vídeo de diferentes brincadeiras. O envolvimento dos alunos com os 
familiares foi perceptivo ao identificarmos o resgate de brincadeiras, regras, variações terminológicas e vivências diferentes nos locais 
em que pais e avós passaram a infância. No levantamento das atividades, dentre muitas, foram citadas bolinha de gude, pião, estrela 
nova sela, passa anel, cinco Marias e subir em árvores. A vivência processou-se em aula, sendo apresentada pelos próprios alunos. 
Percebeu-se que as brincadeiras que não utilizava nenhum material ou utilizavam materiais baratos e de fácil acesso prevaleceram 
e que muitas crianças não as conheciam. A proposta desencadeou reflexões sobre a participação da família no ambiente escolar, 
instigada pela Educação Física. Refletir sobre a prática pedagógica proporciona muitas possibilidades que podem ser contextualiza-
das em cada situação escolar, e isso revigora e cultiva a própria Educação Física. Assim, as proposições de uma Educação Física 
que transcenda os muros poderão ser ampliadas com olhares intergeracionais e com a aproximação das diferentes esferas sociais 
responsáveis pela formação do aluno, tal como a família. 
Palavras-chave: Brincadeiras populares. Educação Física escolar. Cultura corporal de movimento
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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Grande área: CiênCias da saúde
sub-área: educação Física
por que e Como ensinar esporte para 
a juventude nos dias de Hoje?
Responsável(is): silVa, sheila aparecida Pereira dos santos
A Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação (Seme) desenvolve há cinco anos o Programa Clube Escola, que visa a 
oferecer a crianças e jovens acesso ao esporte. Com base em um diagnóstico documental e de campo, levantou-se a necessidade, 
referida pelos educadores, de orientação no sentido de atualizar sua prática pedagógica. Nesse sentido, o objetivodesta mesa é 
apresentar o trabalho de aprimoramento pedagógico desenvolvido pela equipe de consultores do acordo de cooperação entre a Seme 
e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO, sigla da denominação em inglês) com olhar de 
indissociabilidade entre o desenvolvimento humano e a prática esportiva. 
Método
Para elaboração de um documento norteador e guias didáticos, a equipe mantém reuniões de reflexão, dá oportunidade de partici-
pação aos técnicos de Educação Física (TEFs) e gestores dos Clubes Escola, para que as orientações atendam as necessidades e 
os interesses desses profissionais, divulga os documentos em seminários e ministra o curso de capacitação e o acompanhamento 
da prática pedagógica. 
Resultados
Durante esse processo foram apuradas, analisadas e discutidas as solicitações e informações referentes à prática pedagógica dos 
especialistas. A equipe considerou que, embora os profissionais trabalhem arduamente para que a criança e o jovem sejam atraídos 
para a prática esportiva, as mudanças sociais advindas da quantidade e velocidade da informação têm levado os jovens para outros 
caminhos que não o esporte, seguindo a tendência da sociedade do consumismo. Assim, cada vez mais se requer um cidadão com-
petente, que seja empreendedor, cooperativo e autônomo para acessar o conhecimento e para racionalmente fazer suas escolhas. 
Para isso é necessário mudar a estrutura das aulas considerando o desenvolvimento humano, pela coexistência da cooperação e 
competição, do estímulo ao protagonismo infantojuvenil e o fortalecimento das relações entre o clube, a família e o bairro. Por sua vez, 
na elaboração do planejamento é importante que a definição de objetivos e estratégias se dê tendo como parâmetros as competências 
a serem fortalecidas e que a progressão das atividades atenda os interesses e necessidades dos educandos, o que deve ter como 
base os dados da avaliação formativa. 
Palavras-chave: Esporte. Desenvolvimento humano. Jovem
esporte e Complexidade: 
prinCípios e CaraCterístiCas
Autor(a): aRMbRust, igor
Instituição: secretaria Municipal de esportes, lazer e Recreação de são Paulo/unesCo
Classificação: Graduação
objetivo
A abordagem deste tema tem como propósito relatar as diferenças e semelhanças, antagonismos e convergências que se apresen-
tam entre as chamadas manifestações sociais do esporte. Com base na compreensão dessas relações será possível estabelecer 
princípios norteadores para o profissional de Educação Física orientar-se e refletir sobre seus planejamentos. 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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intRodução
Após diferentes formas de uso político-ideológico do fenômeno esportivo, ocorreram muitas reações internacionais contra o uso ne-
gativo do esporte. Com posicionamentos e interpretações de práticas esportivas que promovessem o direito e o acesso ao esporte e a 
atividade física a todas as pessoas, em 1964 surge um movimento que fica conhecido como Manifesto Esporte para Todos. Um pouco 
mais de uma década depois, em 1978, a UNESCO publica a Carta da Educação Física e Esportes. Estes manifestos realizados pelos 
organismos internacionais, que reagiam às descaracterizações do esporte, foram fundamentais para as reflexões sobre o sentido do 
esporte na sociedade, considerando os interesses e as possibilidades dos praticantes, compreendendo o esporte em suas dimensões 
sociais, a saber: esporte de rendimento, esporte de participação e esporte de educação. Diante dessa “nova” forma multidimensional 
de enxergar-se o esporte, as práticas esportivas educacionais, de lazer ou de performance passam a ser consideradas como direito 
legal de todos os cidadãos. Como característica inegável da modernidade racionalista, surgiram inúmeros estudos apontando as 
respectivas diferenças e fragmentações esportivas, ocasionando interpretações equivocadas e reducionistas sobre as manifestações. 
Método
Neste momento, trazemos à tona o pensamento complexo, pautado na dialógica, que recomenda conversar entre os contrários e criar 
as estratégias que irão fervilhar com base no acontecimento da ordem e da desordem, buscando gerar algo que dê sentido àquele 
fazer e experimentar. O princípio dialógico permite-nos manter a dualidade no seio da unidade. Ele associa dois termos ao mesmo 
tempo complementares e antagônicos. 
Resultados
Se analisarmos atentamente as características que predominam nas manifestações esportivas, veremos que o esporte de rendimen-
to está reservado a pequena parcela da população, visando o automatismo, a quebra de recordes e a mercantilização do espetáculo 
esportivo. É, inquestionavelmente, belíssimo de se ver. Exatamente por isso, pelo nível de habilidade exigida nessa dimensão, permite 
a participação de número restrito de praticantes, mas retroalimenta a criação de campos simbólicos de desejo, desafio e superação 
e, acima de tudo, de esperança em muitas pessoas que se projetam como praticantes de esporte de rendimento. O esporte de rendi-
mento é como uma porta que se insinua aberta aos praticantes, mas que lhe frustra as esperanças. O esporte de participação, ou de 
lazer, pressupõe a atividade em tempo livre, desregrada e descompromissada, sem orientação profissional, sem a obrigatoriedade da 
busca pela superação. Suas características marcam a prática descomprometida do rendimento, mas não podemos perder de vista tal 
complementaridade quando, por exemplo, num jogo de fim de semana, no encontro entre amigos na praia, no parque, no clube ou em 
qualquer outro espaço de prática esportiva, as pessoas se reúnem com o intuito de confraternizar, manter-se fisicamente ativas, entre 
outros motivos. Os valores de sobreposição e a busca pela vitória, no entanto, sobressaem em relação ao lazer, ao entretenimento e 
ao espírito participativo. O esporte educacional é voltado para a formação integral do ser humano, sendo a prática esportiva não uma 
ferramenta, mas sim um fator de desenvolvimento global que promove uma leitura crítica do mundo em que o sujeito está inserido. 
Desenvolvido dentro ou fora das instituições de ensino formal, adaptando regras, recursos físicos/materiais/pedagógicos e gestos 
motores de acordo com as condições sociais, pessoais, os interesses e as necessidades dos alunos. Novamente, não raro se observa 
nessa dimensão que os alunos, pela lógica do aluno, têm como objetivo tornar-se um atleta de rendimento. Ninguém que ser “café 
com leite”, todos querem “brincar para valer”. Ora, uma das mais equivocadas interpretações que se poderiam fazer ao analisar as 
manifestações do esporte é, justamente, a de que o praticante – aluno ou atleta – advoga os mesmos objetivos oferecidos pela prática 
esportiva. Mais ainda, nessa visão, seria realmente possível reduzir a complexidade do esporte a compartimentos que se encaixariam 
em manifestações desconectadas. 
ConsideRações
O valor educativo pode muito bem, a nosso ver, ser aplicado a qualquer manifestação esportiva. Destacamos, como resultado 
reflexivo, alguns princípios convergentes e antagônicos que ocorrem nas manifestações esportivas: a) competitividade e cola-
boração; b) rendimento, disputas e desafios; c) diversão, esforço e prazer; d) estabelecimento de regras institucionalizadas ou 
criadas pelos protagonistas; e) esporte fim e meio. Pelo que temos observado, o esporte praticado pelas crianças e jovens, nos 
mais variados espaços de aprendizagem, pouco difere da prática adulta do rendimento, a não ser em alguns casos, pela redução 
das dimensões dos equipamentos, o “tamanho da bola, tempo de jogo, mudanças de regras”. Notadamente, o que se presencia é 
certa confusão de objetivos, técnicas e procedimentos de ensino, uma vez que aqueles utilizados para formar atletas, para extrair 
rendimento de adultos, são, frequentemente, empregados para o ensino de esportes para crianças e jovens, com a expectativa de 
Anais do XVIII SImpóSIomultIdIScIplInar da USJT
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formar integralmente pessoas para o exercício da cidadania. Nesse sentido, a prática esportiva acaba sendo interpretada erronea-
mente como forma natural de educação para a cidadania. O esporte pode ser entendido como um conjunto de tecnologias corpo-
rais, sendo balizado por razões e padrões culturais, por intencionalidades e valores sociais, embebido de expectativas extrínsecas, 
mas também pode estar relacionado intrinsecamente a diferentes olhares que muitas vezes não são percebidos ou vistos: a forma 
humana, o aprimoramento corporal, gestual e comportamental do ser humano que se manifesta em tal representação pessoal. 
Nesse espaço esportivo, o corpo torna-se um interlocutor de expressões. É neste espaço, num momento oportuno, que o corpo 
representa, com base em suas possibilidades e seus limites, o diálogo e o relacionamento com a natureza interior e exterior, com 
a vida e com o mundo, ele é fim e é meio ao mesmo tempo. Pode-se dizer que ele manifesta-se, nesses momentos, até como 
necessidade de viver. Por meio de seu corpo, o ser humano estabelece o seu mundo, um sistema de significados que ele esboça, 
vive, altera, afirma ou nega. Sua existência é corporal e surge ligada a muitas formas de um corpo em mudança, tendo o provo-
cador provocado, o sistema reage e também é reagente. Nós mudamos nossa própria história, e a história muda nossa própria 
vida. O corpo, assim como o esporte, não pode ser visto apenas por uma janela, que é o físico ou motor. Este é tão físico, como 
social, cultural, psíquico e histórico. Ele tende a buscar algo faltante, está posto ao desafio e ao enfrentamento. É fundamental que 
a pessoa envolvida com o esporte consiga compreender suas práticas, discuti-las, participar de seu planejamento, ter iniciativas, 
lidar com emoções, entre outros comportamentos, em que, de certo modo, o indivíduo precisa ter ganhos além do esporte, ganhos 
para a vida, para a formação de uma vida cidadã. Deveríamos, portanto, ser animados pelo principio de pensamento que permitisse 
ligar as coisas que nos parecem separadas umas em relação às outras. 
Palavras-chave: Educação esportiva. Manifestações esportivas. Complexidade
esporte para todos: a Cultura da partiCipação
Autor(a): FuGita, Meico
Instituição: secretaria Municipal de esportes, lazer e Recreação de são Paulo/unesCo
Classificação: Graduação
intRodução
Temos visto uma crescente participação de pessoas “não atletas de rendimento” nas corridas de rua, nas travessias a nado e nas pro-
vas que combinam corrida, natação e ciclismo. Nesses eventos, muitas pessoas inscrevem-se para completar o percurso, competindo 
ou não, e para avaliar seu desempenho tanto pelo tempo cronometrado como pela autoavaliação de resistência à fadiga. Incentivados 
pela família, pelo grupo, pelos professionais da Educação Física e pela mídia, essa parcela da população parece ter consciência dos 
benefícios de tal prática esportiva, da necessidade do aquecimento e da importância da preparação para os eventos entre outros. 
Muito provavelmente são motivados pelo sentimento de pertencimento a um grupo. Junto a ele têm prazer em participar de todo o 
circuito de eventos, utilizando muitos fins de semana para tal atividade, que se torna, além de física, também social. Provavelmente, 
muitos dos participantes tomarão gos o pela atividade e optarão pela carreira esportiva, sendo seguidos pelas crianças e jovens de 
sua família. A quantidade de pessoas e a mobilização que podemos ver nesses dias, por si sós, sãé o marketing do evento e das mar-
cas e nos fazem imaginar o quanto e como o esporte vem envolvendo as pessoas. Este fato parece dar à pessoa a sensação de ser 
um esportista, de ter acesso ao esporte, e isso é bom. Com menor visibilidade, outros grupos também se articulam para o crescimen-
to e a prática de diversas modalidades. Projetos sociais e associaçõeo de pais, atletas e profissionais, como no badmigton, canoagem 
de corredeira, nado sincronizado e vôlei, são alguns exemplos de opções de iniciação à prática esportiva e que promoveram alguns 
atletas para o esporte de rendimento. O que há em comum nesses exemplos? A participação. 
objetivo
Nesse sentido pretende-se discutir a cultura da participação, como facilitadora do acesso e da continuidade da prática esportiva em 
espaços públicos mediante sua integraç o com a comunidade circundante. 
Método
Comentário sobre algu s exemplos de sucesso, baseados em associaçõeo de praticantes, professores e pais, que têm mostrado que 
a participação ativa e consciente desenvolve-se com base na orientação de interesses comuns para determinar metas, com busca de 
esclarecimentos para decisões e troca de impressões para tal. 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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Resultados
Muitos praticantes oriundos dessas associações têm conseguido chegar ao esporte de rendimento, possuindo não somente o conhe-
cimento técnico, como também conhecimentos sobre o funcionamento da estrutura política do esporte. Eles participam não apenae 
dos treinamentos, mas de reuniões para trocas de informação, resolução de problemas e tomada de decisão. 
ConsideRações
Numa sociedade que vive grandes e rápidas transformações o cidadão é solicitado a atualizar-se e fazer escolhas. Alteridade, ética e 
protagonismo têm sido as palavras de ordem. É importante a orientação para o desenvolvimento de competências para a convivência, 
tendo como preceito a cultura de participação. 
Palavras-chave: Esporte. Participação. Associação esportiva
esporte e desenvolvimento Humano: 
aproximações possíveis
Autor(a): MaRques, José anibal azevedo
Instituição: secretaria Municipal de esportes, lazer e Recreação de são Paulo/unesCo
Classificação: Graduação
Conceber o esporte, atualmente, pede por uma visão que vai muito além de pensa-lo como prática de atividade física, benefícios 
à saúde ou práticas de lazer. Certamente, todas as manifestações estão compreendidas neste fenômeno sociocultural chamado 
esporte. Assim, caracterizado desta forma, deve ser entendido de forma mais ampla, em toda sua complexidade: os benefícios da 
atividade física e esportiva, a mobilização social em torno desta prática, a influência da mídia, o poderia econômico envolvido, princi-
palmente nos megaeventos esportivos que serão realizados no Brasil, entre outras questões não menos importantes. Sendo assim, 
tratar o esporte como um caminho para a promoção do desenvolvimento humano pede por uma reflexão mais apurada e complexa 
sobre um fenômeno que se caracteriza desta forma por não estar isolado em nossa sociedade, mas, pelo contrário, estar totalmente 
inserido em um contexto que o influencia ao mesmo tempo m que também é influenciado por ele, determinando sua prática. Então, 
o que aproximaria esporte e desenvolvimento humano? O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) entende 
desenvolvimento humano como um processo de ampliação de escolhas para que as pessoas possam ter oportunidades da sem 
aquilo que desejar. Assim, oferecer uma prática esportiva que incorpora este princípio essencial é de fundamental importância para 
promovermos esta aproximação. Este é o Objetivo na discussão desta temática: como organizar uma pratica esportiva que conceba 
o indivíduo como sujeito de seu desenvolvimento ao agir eo seu meio físico e social. 
Método
Com base no conceito de trilhas desenvolvimentistas, nas quais as escolhas feitas nas experiências vividas no esporte podem contri-
buir para o desenvolvimento de competências importantes para seu sucesso no esporte e na vida. 
Resultados
Entender competências como a capacidade do individuo de agir de maneira eficiente diant! dos desafios propostos no contexto es-
portivo permite, principalm nte por intermédio da mediação do educador esportivo, a generalização de posturas, soluções, tomadas 
de decisão, entre outras, para além do esporte, contribuindo assim para um desenvolvimentomais amplo, que não fique restrito ao 
contexto esportivo, mas que, com base na experiência vivida, possa ser generalizado para toda a vida. 
ConsideRações
A possibilidade de concretização desta prática pede por uma extensa discussão com a participação dos profissionais envolvidos 
neste processo. Organização, planejamento, intencionalidade pedagógica são temáticas centrais para tornar práticos os referenciais 
e conceitos teóricos envolvidos nesta proposta. 
Palavras-chave: Esporte. Desenvolvimento humano. Mediação
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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Formação esportiva em lonGo prazo: 
além da Formação de atletas de alto rendimento
Autor(a): FReiRe, thatiana
Instituição: secretaria Municipal de esportes, lazer e Recreação de são Paulo/unesCo
Classificação: Graduação
intRodução
Cada vez mais se dá importância à formação esportiva de crianças e adolescentes sob a justificativa de que isso favorece o surgi-
mento de grandes atletas. Quanto mais crianças e adolescentes praticarem e aprenderem esporte, mais chances haverá de serem 
formados atletas de alto rendimento. Essa linha de raciocínio é verdadeira, mas oferece um único sentido ao processo de formação 
esportiva. Será que o único fim de oferecer uma prática esportiva de qualidade para o público infant-juvenil é a formação de grandes 
atletas? Portanto, o objetivo é discutir o processo de formação esportiva em longo prazo e suas finalidades, considerando principal-
mente a participação de crianças e adolescentes e buscando ampliar o olhar sobre esse processo. 
Método
Para isso, foram analisadas diferentes propostas de formação esportiva disponíveis na literatura, de diferentes nacionalidades, oriun-
das da literatura sobre treinamento esportivo, pedagogia do esporte ! políticas públicas esportivas. A reflexão sobre as propostas 
partiu dos seguintes princípios: esporte como fenômeno sóci-cultural e direito garantido constitucionalmente para todo cidadão; 
desenvolvimento humano como processo que assegura a ampliação do leque de opções e oportunidades das pessoas; praticante 
como construtor ativo de suas aprendizagens. 
Resultados
Todas as propostas analisadas, baseadas ee diferentes argumentos, defendem a ideia de que a formação esportiva é um longo 
processo de prática de qualidade, caracterizado por uma íntima relação entre os potenciais e os limites do sujeito e os conteúdos do 
esporte e da(s) modalidade(s) esportiva(s) praticada(s), organizados sistematicamente ao longo do tempo, iniciado por uma formação 
esportiva multilateral. Essas ideias vão ao encontro dos princípios utilizados como referência.dDuas propostas, contudo, de destacam: 
a Iniciação Esportiva Universal e o Modelo Canadense, por considerar explicitamente todos os sujeitos dentro do processo de forma-
ção esportiva, até mesme aqueles que não se t rnarão atletas de alto rendimento. 
ConsideRações
A garantia do esporte como direito passa por oferecer uma prática esportiva qualificada a cada cidadão. Essa prática qualificada, 
preocupada com o desenvolvimento integral dos sujeitos e a valorização ds seus potenciais, se garantida, sem distinção, a todos, 
caracteriza-se como uma proposta democrática, na qual todos tem seu espaço de formação esportiva garantido, sejam quais forem 
seus interesses e potenciais. Assim, é possível ter mais pessoas envolvidas com o esporte – nos diferentes níveis, mais pessoas ti-
rando proveito de sua prática e seus benefícios, mais pessoas incentivando amigos, filhos e outros familiares a fazer alguma atividade 
esportiva e, por que não, mais atletas de alto rendimento. 
Palavras-chave: Formação esportiva em longo prazo. Esporte como direito. Esporte infant-juvenil
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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Grande área: CiênCias da saúde
sub-área: Fisioterapia e Terapia ocupacional
diFerentes perspeCtivas do treinamento aeróbio na reabilitação 
de pessoas que soFreram aCidente vasCular Cerebral
Responsável(is): FRanCiulli, Patrícia Martins
Com o aumento da população idosa, a incidência de doença cerebrovascular, como o acidente vascular cerebral (AVC), também 
aumentou. O AVC é uma disfunção neurológica que ocorre devido a uma anormalidade na circulação encefálica persistente por 
pelo menos 24 horas. Os déficits neurológicos do AVC dependem da localização, extensão, tipo clínico da lesão, quantidade de fluxo 
sanguíneo colateral e tratamento inicial da fase aguda. Em 2008, o Projeto Atlas da Saúde do município de São Paulo estimou em 
19.652 os casos de AVC, em função dos quais 5.377 pessoas morreram. Em 2009, o número de óbitos aumentou para 5.735. De 
acordo com Secretária Estadual de Saúde de São Paulo, no ano de 2010, foram registradas 38,9 mil e, em 2011, 39 mil internações 
de pacientes acometidos por AVC no Sistema Único de Saúde (SUS) no estado de São Paulo. Mesmo com alta taxa de mortalidade, 
existem poucos levantamentos epidemiológicos do AVC, principalmente referentes ao processo de reabilitação desses indivíduos. 
Dentre as limitações observadas em indivíduos pós-AVC, destacam-se as alterações do tônus muscular, da postura, do equilíbrio, da 
propriocepção, fraqueza muscular e modificações hemodinâmicas, além de anormalidades no padrão da marcha. O treino aeróbio 
para pacientes de AVC beneficia a independência e qualidade de vida, reduzindo a morbidade e mortalidade por AVC. Os indivíduos 
que sofreram AVC têm baixa resistência aeróbia e baixa capacidade de força em relação aos indivíduos saudáveis de idade similar, 
e ainda apresentam maior gasto energético nas atividades de vida diária. Os déficits gerados pelo AVC alteram a qualidade de vida, 
pois esses pacientes ficam com a capacidade funcional reduzida. A melhora da capacidade aeróbia promove benefícios para a recu-
peração de capacidades motoras. No entanto, há pouca discussão sobre os benefícios da reabilitação para pacientes crônicos com 
mobilidade reduzida, já que são poucos os estudos que avaliam a população crônica. Entender os prejuízos que sofre o indivíduo 
com sequelas crônicas de AVC, e observar o desempenho das habilidades motoras antes e após a intervenção do treinamento ae-
róbio, contribui para conhecer novas estratégias para os programas de neurorreabilitação. Essa mesa-redonda tem como objetivo 
apresentar diferentes perspectivas da reabilitação fisioterapêutica de pessoas pós-AVC. Os estudos foram conduzidos na clínica de 
fisioterapia da Universidade São Judas Tadeu.
eFeito do treinamento aeróbio na marCHa HemiparétiCa de 
indivíduos aCometidos por aCidente vasCular Cerebral
Autor(a): FRanCiulli, Patrícia Martins
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
O acidente vascular cerebral é uma das principais causas de incapacidade nos adultos. Nos últimos anos, o treinamento aeróbio 
vem sendo empregado como forma de recuperação da marcha. O treinamento aeróbio para a reabilitação também pode ser feito em 
piscina. A literatura mostra que pessoas submetidas a tal abordagem melhoraram a qualidade de vida, controle postural e reduziram 
o risco de quedas. Mas os efeitos do treinamento aeróbio no ambiente aquático e terrestre não foram comparados, impedindo uma 
análise crítica por parte dos profissionais da reabilitação, na escolha de protocolos de treinamento aeróbio que auxiliem os pacientes 
com sequelas de acidente vascular cerebral. O AVC é um distúrbio incapacitante e um problema crítico de saúde pública que pro-
voca o interesse sobre os programas de intervenção. Diante desse interesse, surgiram as seguintes questões que ajustaram a ideia 
central desse doutorado: qual é o melhor ambiente para desenvolver o treinamento aeróbio no programa de reabilitação de pessoas 
que sofreram AVC e estão em estágio crônico? Quais são os efeitos do treinamento aeróbio na marcha em pessoas que sofreram 
AVC? O objetivo geral deste estudo foi avaliar o efeito do treinamento aeróbio em piscina terapêuticae em esteira rolante na marcha 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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de indivíduos hemiplégicos crônicos. Participaram 12 pessoas, randomizadas por sorteio para Grupo Piscina e Grupo Esteira. Para 
as avaliações funcionais, os testes e escalas foram divididos de acordo com a Classificação Internacional de Funcionalidade, Inca-
pacidade e Saúde: Avaliação Fugl-Meyer; a Escala de equilíbrio de Berg, a Escala de avaliação do controle postural para pacientes 
pós-AVC, Timed Up and Go, Questionário de qualidade de vida SF-36. Na avaliação biomecânica foram avaliados eletromiográficos 
(EMG) dos músculos tibial anterior, gastrocnêmico lateral, reto da coxa, vasto lateral, bíceps da coxa, semitendíneo O treinamento 
aeróbio melhorou o comprometimento sensório-motor, o equilíbrio, a agilidade e a qualidade de vida relacionada à saúde dos partici-
pantes de ambos os grupos, como alterações nos padrões eletromiográficos dos músculos na locomoção dos participantes de ambos 
os grupos. Os participantes foram beneficiados pela prática do treinamento aeróbio, que propiciou a melhora da funcionalidade dos 
participantes, independentemente do meio no qual foi realizado. 
Palavras-chave: AVC. Marcha hemiparética. Avaliação funcional e biomecânica
eFeitos do treinamento aeróbiCo em pisCina 
e esteira rolante no senso de posição de indivíduos 
Com sequela de aCidente vasCular Cerebral
Autor(a): MaZuChi, Flávia de andrade e souza
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
O acidente vascular cerebral é das doenças mais incapacitantes no mundo. De acordo com a Classificação Internacional de Funciona-
lidade, Incapacidade e Saúde (CIF), da Organização Mundial da Saúde (OMS), as manifestações clínicas do acidente vascular cerebral 
afetam as funções e estruturas do corpo, a capacidade de realizar atividades da vida diária (AVD) e a participação social. O objetivo 
do presente estudo foi avaliar o efeito do treinamento aeróbico em piscina terapêutica e esteira rolante no senso de posição de in-
divíduos com sequela de acidente vascular isquêmico crônico (AVCI) no desempenho da habilidade motora testada. Este estudo foi 
realizado no laboratório de biomecânica, nas dependências da clínica de fisioterapia da Universidade São Judas Tadeu. A amostra foi 
composta por 12 indivíduos com sequelas de acidente vascular cerebral isquêmico crônico da lista de espera da clínica de fisioterapia. 
Após a avaliação do estado geral da saúde, os indivíduos foram randomizados por sorteio em 2 grupos: grupo piscina (GP, indivíduos 
com sequelas de acidente aascular cerebral isquêmico crônico que realizaram treinamento aeróbico em ambiente aquático); grupo 
esteira (GE, indivíduos com sequelas de acidente vascular cerebral isquêmico crônico que realizaram treinamento aeróbico na esteira 
rolante). Foi usado um dinamômetro isocinético da marca Biodex System 3 para avaliar o senso de posição da articulação dos joe-
lhos. Todos os indivíduos foram acomodados na cadeira do dinamômetro isocinético de acordo com as especificações do fabricante. 
Após este procedimento, houve a familiarização do instrumento. Os indivíduos realizaram três séries de duas tarefas exigidas (duas 
posições angulares), no modo passivo do protocolo de propriocepção do dinamômetro isocinético. O teste foi realizado na posição 
angular do joelho de 75º de flexão; em uma velocidade angular de 10º/s. Os dados foram tabulados no software Excel e foi realizado 
o teste estatístico ANOVA. Os resultados encontrados mostraram que tanto o erro absoluto (ΧGP pré = 12,4; ΧGP pós = 6,5; F(1,381) 
= 14,0; p = 0,05) quanto o erro variável são significativamente menores (ΧGP pré = 8,1; ΧGP pós = 4,5; F(1,381) = 7,5; p = 0,006) após 
o treinamento aeróbico realizado na piscina. 
Palavras-chave: Senso de posição. Cinestesia. Treinamento aeróbico e derrame. Acidente vascular cerebral. Reabilitação
o eFeito do treinamento aeróbio em pisCina e esteira rolante 
no Controle postural de pessoas Com sequelas CrôniCas de 
aCidente vasCular Cerebral: ensaio ClíniCo randomizado
Autor(a): biGonGiaRi, aline
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das afecções mais prevalentes e incidentes no mundo. O objetivo geral deste estudo foi 
avaliar as variáveis biomecânicas do controle postural em sujeitos com sequelas crônicas de acidente vascular encefálico isquêmico 
após o treinamento aeróbio realizado em piscina e esteira ergométrica. O estudo foi realizado nas dependências da clínica de fisio-
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
29
terapia da Universidade São Judas Tadeu. Participaram 12 adultos que sofreram um acidente vascular cerebral e eram capazes de 
andar com independência. Os participantes foram divididos aleatoriamente nos grupos esteira (GE) e piscina (GP). Para avaliação 
clínica foram usadas as escalas: Equilíbrio de Berg, Avaliação sensório-motora Fugl-Meyer, e Timed Up and Go. Para a avaliação 
biomecânica, foram analisadas as séries temporais da atividade eletromiográfica de 10 músculos do membro inferior em duas tarefas: 
alcance funcional e flexão do ombro não parético a 90°. A frequência de aquisição foi 2 kHz. O acelerômetro foi usado para indicar 
o início e o término de movimento e o footswitch foi usado para indicar o término da tarefa de alcance funcional. O protocolo de 
treinamento aeróbico foi feito após a avaliação ergométrica determinar a aptidão cardiorrespiratória e da intensidade de exercício 
individual. Após 27 sessões de treino, os sujeitos realizaram novamente as avaliações clínicas e biomecânica. Os resultados foram 
tabelados, e utilizou-se o software estatístico SigmaPlot. O teste escolhido foi a análise de variância (ANOVA). Os resultados das 
avaliações clínicas mostraram o aumento dos escores do Timed Up and Go e equilíbrio de Berg pós-treinamento. Houve mudanças 
no root mean square (RMS), sinal eletromiográfico integrado (iEMG), frequência mediana, sinergia, variabilidade, latência e resíduo 
após treinamento aeróbio, entre os grupos e os hemicorpos. O treino aeróbio melhorou a agilidade, equilíbrio e qualidade de vida de 
pessoas com AVC e modificou a sinergia postural de forma diferente entre os grupos piscina e esteira e para os ajustes posturais. A 
segunda análise foi feita com a regressão linear múltipla para conhecer as relações entre variáveis biomecânicas e clínicas. Houve 
relação forte entre as variáveis biomecânicas e clínicas na tarefa de alcance funcional. 
Palavras-chave: Postura. Coordenação. Exercício. Biomecânica
eFeitos do treinamento FísiCo após 
aCidente vasCular Cerebral isquêmiCo
Autor(a): FRanCiCa, Juliana Valente
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
O acidente vascular cerebral apresenta uma alta taxa de incidência no Brasil e no mundo. O acidente vascular cerebral é um problema 
de saúde pública e uma das principais causas de mortalidade. Anualmente, cerca de 5,5 milhões de pessoas morrem por acidente 
vascular cerebral no mundo. O acidente vascular cerebral reduz a mobilidade das pessoas e aumenta complicações secundárias, 
diminuindo a resistência cardiovascular. Estudos demonstram que o exercício aeróbico pode aumentar a capacidade cardiovascular 
e funcional em pacientes que sobreviveram ao acidente vascular cerebral. O treinamento aeróbico para pessoas com disfunções 
neurológicas, como o acidente vascular cerebral, destaca-se na recuperação de capacidades físicas e pode ser realizado de diferen-
tes formas. A especificidade dos protocolos de treinamento aeróbio auxiliam na melhora das limitações geradas pelas sequelas do 
acidente vascular cerebral. Essa apresentação tem por objetivo demonstrar os efeitos de um treinamento aeróbico em esteira nos 
parâmetros hemodinâmicos, autonômicos, e metabólicos em indivíduos após acidente vascular cerebral isquêmico. Esteestudo foi 
realizado nas dependências da clínica de fisioterapia da Universidade São Judas Tadeu. De acordo com revisão de literatura reali-
zada, uma ampla variedade de instrumentos foi utilizada para medir a capacidade funcional dessa população. Testes ergométrico e 
ergoespirométrico foram os principais modos da avaliação da capacidade cardiovascular. Treinamento na bicicleta ergométrica foi a 
estratégia de treinamento mais comumente utilizada, e fisioterapia convencional foi a terapia de controle mais frequente. Quanto às 
características do treinamento, a duração do treinamento variou de 4 semanas a 6 meses, a frequência semanal média foi de três 
sessões por semana, enquanto a intensidade do treinamento variou de 40% a 80% da frequência cardíaca máxima ou VO2 máximo. 
A duração das sessões de treinamento variou entre 25 minutos a 1 hora. De acordo com os artigos levantados, o treinamento físico 
aeróbico parece capaz de melhorar a performance muscular, melhorar a aptidão cardiovascular, reduzir a pressão arterial, reduzir 
níveis de colesterol total e triglicerídeos, reduzir o gasto energético, aumentar a variabilidade da frequência cardíaca e reduzir o pre-
juízo na modulação do sistema nervoso autônomo. 
Palavras-chave: Acidente vascular cerebral. Isquemia cerebral. Treinamento aeróbico. Modulação autonômica cardiovas-
cular. Reabilitação
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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Grande área: CiênCias da saúde
sub-área: saúde Coletiva
projeto de inteGração doCente-assistenCial entre 
psiColoGia e Fisioterapia: um relato de experiênCia 
multiproFissional na Formação universitária
Responsável(is): VeChi, luís Gustavo
Os supervisores da disciplina A Clínica Psicodinâmica na Sociedade (ACPSOC), do Núcleo de Formação em Clínica Psicodinâmica 
do curso de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu, há alguns anos, têm procurado orientar a formação de seus alunos de 
acordo com as novas diretrizes para atuação profissional na área clínica. Essas diretrizes apontam para uma preparação dos futuros 
profissionais focada em uma prática que atenda às diversas demandas presentes no cenário social, especialmente na área da saúde. 
Uma preparação que tenha como meta prestar serviços à população, atendendo aos anseios e necessidades dos usuários dos di-
versos serviços de saúde existentes na comunidade. Nesses termos, esta mesa-redonda é proposta pelos professores supervisores 
da referida disciplina com três objetivos, todos relacionados ao Projeto de Integração Docente-Assistencial, articulado em conjunto 
pelos discentes e alunos da disciplina, para fazer parte dos requisitos prévios à obtenção do grau de psicólogo. As clínicas envolvidas 
com o projeto são: o Centro de Psicologia Aplicada do curso de Psicologia (Cenpa) e a Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade 
São Judas Tadeu. O projeto teve início em 2013, e pretende-se que a experiência estabeleça uma parceria permanente entre as 
duas clínicas-escola da mesma instituição, para que o trabalho possa atingir metas mais abrangentes. O primeiro objetivo é expor as 
definições e propostas desse projeto. O segundo objetivo dessa mesa-redonda é exemplificar a aplicação desse plano de integração 
mediante o relato de duas propostas clínicas, isto é, o Grupo de Apoio Psicológico às Mães de Crianças atendidas na Clínica-Escola 
de Fisioterapia e o Grupo de Apoio Psicológico aos Idosos atendidos nesse mesmo serviço. O terceiro objetivo é discorrer sobre 
o preparo dos alunos da disciplina ACPSOC para a prática de estágio na clínica integrada. A apresentação dessa mesa-redonda é 
composta de quatro falas: a primeira introduz o supracitado projeto de integração. A segunda e a terceira falas discorrem sobre os 
projetos de apoio psicológico às mães e aos idosos, respectivamente, e a quarta trata dos resultados obtidos com a preparação dos 
alunos para o atendimento multidisciplinar. 
Palavras-chave: Clínica integrada. Psicologia. Fisioterapia
projeto de inteGração doCente-assistenCial entre 
psiColoGia e Fisioterapia: uma reFlexão sobre essa experiênCia
Autor(a): FeRReiRo, Marcia Martins
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
Os supervisores da disciplina A Clínica Psicodinâmica na Sociedade (ACPSOC), do Núcleo de Formação em Clínica Psicodinâmica do 
Curso de Psicologia da Universidade São Judas Tadeu, há alguns anos, têm procurado orientar a formação de seus alunos de acordo 
com as novas diretrizes para atuação profissional na área clínica. Essas diretrizes apontam para uma preparação dos futuros pro-
fissionais com foco em uma prática que atenda às diversas demandas presentes no cenário social, especialmente na área da saúde, 
com vistas a prestar serviços à população que respondam aos anseios e necessidades dos usuários dos diversos serviços de saúde 
existentes na comunidade. Essa disciplina tem, assim, como proposta a experimentação, o ensino e a pesquisa de novas formula-
ções da clínica psicológica para atender às demandas sociais, do trabalho interdisciplinar em saúde e da intervenção psicológica em 
instituições. O objetivo desta fala é refletir sobre a experiência do Projeto de Integração Docente-Assistencial articulado pela referida 
disciplina entre o Centro de Psicologia Aplicada do curso de Psicologia (Cenpa) e a Clínica-Escola de Fisioterapia da Universidade 
Anais do XVIII SImpóSIo multIdIScIplInar da USJT
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São Judas Tadeu. Esse projeto é uma resposta ao anseio institucional por trabalhos interdisciplinares entre os cursos de graduação 
mencionados acima e nele estão envolvidos docentes, discentes e clientes das clínicas acima mencionadas. Além disso, esse plano 
cria também um campo fundamental para a concretização da proposta da disciplina ACPSOC. Como resultado dessa experiência, 
destacamos os seguintes: a) A integração clínica é possível e desejável pelos atores institucionais envolvidos nesse processo; b) A 
integração clínica parece depender, em grande medida, da integração entre os docentes dos diferentes cursos envolvidos no projeto; 
c) A disciplina ACPSOC oferece subsídios teórico-práticos para novas formulações da clínica psicológica. d) A integração oferece aos 
alunos estagiários da disciplina ACPSOC a possibilidade de visualizar a Psicologia como um serviço à população e os impactos das 
variáveis biológicas de sua clientela, bem como as institucionais do contexto de sua prática, no atendimento psicológico. A conclusão 
possível é que há demanda para a continuidade da experiência de integração e de implementação de melhorias nesse processo, 
principalmente no que se refere à articulação docente entre os dois cursos, para que a integração possa ser realizada no molde 
interdisciplinar, e não apenas no multidisciplinar. Essa proposta pode também ser explorada como campo de pesquisas evolvendo a 
Psicologia e a Fisioterapia. 
Palavras-Chave: Clínica integrada. Psicologia. Fisioterapia
projeto de inteGração doCente-assistenCial entre psiColoGia 
e Fisioterapia: proposta para aCompanHamento de mães
Autor(es): RaFael, Geisa; MaRiGliano, Rilza
Instituição: univ. são Judas tadeu (usJt) 
Classificação: Graduação
Desde meados do século passado, a prática psicológica tem sido repensada para atender de forma mais apropriada às diversas 
demandas emergentes no cenário social. As novas diretrizes para a atuação dos psicólogos clínicos, nesse novo contexto, voltam 
sua atenção para acolher as diversas demandas identificadas na comunidade, sempre privilegiando o atendimento grupal, dentro 
de uma perspectiva multidisciplinar e com caráter preventivo. Portanto, o objetivo dessa comunicação é apresentar uma das 
propostas de atendimento que integram o Projeto de Integração Docente-Assistencial entre Psicologia e Fisioterapia, elaborado 
pelos professores supervisores e alunos da disciplina A Clínica Psicodinâmica na Sociedade, do Núcleo de Formação em Clínica 
Psicodinâmica do

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