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Capítulo 30. PRAZOS PROCESSUAIS

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2017 - 07 - 16 
Curso Avançado de Processo Civil - Volume 1 - Edição 2016
PARTE V - ATOS PROCESSUAIS
CAPÍTULO 30. PRAZOS PROCESSUAIS
Capítulo 30. Prazos Processuais
Sumário: 30.1 Devido processo, procedimento e prazo - 30.2 Prazos processuais - 30.3
Unidades de contagem dos prazos - 30.4 Prazos legais e prazos judiciais - 30.5 Prazos
dilatórios e prazos peremptórios - 30.6 Prazos próprios e prazos impróprios - 30.7 Regras
gerais quanto à contagem dos prazos.
30.1. Devido processo, procedimento e prazo
O exercício da atividade jurisdicional, pelos órgãos do Poder Judiciário, ocorre sempre
dentro do processo, que é desencadeado pelo exercício do direito de ação. No processo se
realizam os diversos atos processuais que são interligados entre si e se sucedem,
sequencialmente, num movimento ditado pelas regras de procedimento que é, por assim
dizer, a costura cronológica dos atos processuais, de modo que se realizem respeitando a
necessária sequência lógica.
Portanto, a prática dos atos processuais, com o consequente desenvolvimento do
procedimento e evolução do processo, é presa a limites temporais. Em regra, há um
momento oportuno para a realização de cada ato processual. Daí a relevância dos prazos
para o processo.
A ideia de processo sugere a noção de "seguir adiante", "ir em frente", em direção a seu
fim, que é a efetiva prestação da tutela jurisdicional. Assim, a realização dos atos
processuais, que darão forma ao processo e são organizados de acordo com cada
procedimento, deve ocorrer respeitando limites específicos e predeterminados de tempo.
Não se pode imaginar que o processo chegue ao fim, atingindo os resultados almejados,
se não for organizada a prática dos atos antecedentes à prestação da tutela jurisdicional
(sentença de mérito, na atividade cognitiva; satisfação do direito, na atividade executiva).
O processo não terá resultado satisfatório caso se permita que cada ato possa ser realizado
pela parte (ou pelo juiz) quando bem entender - sem que haja qualquer consequência pela
distorção da ordem prevista no Código ou pela prática intempestiva dos atos processuais,
decorrentes dos ônus processuais de cada parte ou dos poderes do juiz.
Nesse sentido, a fixação de limites temporais para a prática dos atos é vetor relevante
para a concretização da própria garantia do devido processo legal (art. 5.º, LIV, CF/1988 - n.
3.6).
Essa diretriz vale tanto para o caso em que o momento para a prática do ato é ditado
pela própria lei (ou pelo juiz, com amparo na lei), quanto quando houver pactuação de
calendário processual pelas partes em conjunto com o juiz (v. n. 27.6.1.1). Mesmo quando
há "calendarização", os prazos somente podem ser modificados em situações excepcionais
e devidamente justificadas (art. 191, CPC/2015).
30.2. Prazos processuais
Assim, em princípio, para cada possível ato é atribuído um período máximo dentro do
qual se admite a sua realização. Não sendo realizado o ato dentro desse período, o sujeito
a quem era facultada ou competia a sua prática pode sujeitar-se a determinadas
consequências processuais negativas.
Esse lapso de tempo em que deve ser realizado o ato processual é o prazo. Ele tem um
termo inicial, isto é, um momento de início da sua contagem (dies a quo) e um termo final,
ou seja, um momento em que se encerra (dies ad quem), sujeitando o titular do ônus ou do
dever à respectiva consequência.
O fundamental é que o ato seja praticado antes do termo final. Por vezes, antes mesmo
de ser formalmente intimada, a parte toma ciência espontânea de uma situação
processual e desde logo realiza o ato cujo prazo a princípio apenas se iniciaria depois de
sua intimação. Não há, nesse caso, nenhuma extemporaneidade, nenhuma
intempestividade. A parte apenas foi zelosa e sua conduta até servirá para que o processo
tramita mais celeremente. A despeito disso, chegou a se esboçar, em dado momento,
orientação jurisprudencial no sentido de que o ato praticado nessa hipótese seria
intempestivo por ser "prematuro", "precoce". Tal concepção era errada - tanto que foi
majoritariamente descartada pelos próprios tribunais. Se a parte toma ciência espontânea
de um ato do processo, a partir de então ela tem o direito de reagir a ele pelas vias
cabíveis, no exercício do contraditório. O atual CPC sepultou definitivamente qualquer
discussão (art. 218, § 4.º, do CPC/2015: "Será considerado tempestivo o ato praticado antes
do termo inicial do prazo").
30.3. Unidades de contagem dos prazos
Em regra, os prazos são contados em dias, havendo, todavia, contagem que se faz em
horas, em minutos e até em meses ou anos.
No cômputo de contagem do prazo em dias, consideram-se apenas os dias úteis (art.
219 do CPC/2015).
Um exemplo de contagem em horas tem-se no art. 107, § 3.º, do CPC/2015, que dispõe
que, na hipótese de prazo comum, independentemente de ajuste prévio, os advogados das
partes podem retirar os autos do cartório pelo prazo mínimo de 2 (duas) e máximo de 6
(seis) horas.
Exemplo de prazo contado em minutos é o dos debates orais, que se realizam ao final
da instrução, na audiência de instrução e julgamento da fase de conhecimento (art. 364 do
CPC/2015): o juiz, finda a instrução, "dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem
como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente,
pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a
critério do juiz".
Conta-se em anos, por exemplo, o prazo após o qual o juiz deve extinguir o processo
por abandono das partes: um ano (art. 485, II, do CPC/2015).
Exemplo de prazo computado em meses: a suspensão do processo por convenção entre
as partes pode durar um prazo máximo de seis meses (art. 313, II e § 4.º, do CPC/2015).
30.4. Prazos legais, prazos judiciais e prazos convencionais
Prazos legais são aqueles definidos pela própria lei. Prazos judiciais são os fixados pelo
juiz.
De acordo com o art. 218 do CPC/2015, os prazos são, em regra, legais ("os atos
processuais serão realizados nos prazos prescritos em lei"). Excepcionalmente, todavia,
quando a respeito disso a lei não tratar, o juiz os fixará (o § 1.º do art. 218 do CPC/2015:
"Quando a lei for omissa, o juiz determinará os prazos em consideração à complexidade
do ato"). Na falta de previsão legal específica e de fixação pelo juiz no caso concreto,
aplica-se um prazo legal geral de cinco dias para a prática de ato (art. 218, § 3.º, do
CPC/2015). Já se a intimação for para comparecimento em juízo, e não houver previsão de
prazo na lei nem ele tiver sido fixado pelo juiz, aplica-se prazo legal geral de 48 horas (art.
218, § 2.º, do CPC/2015).
No discurso tradicional do processo judicial civil, em princípio, as partes e o juiz não
teriam maiores margens de disponibilidade relativamente aos prazos legais. Nessa mesma
ótica, a tarefa de fixação concreta de prazos só seria atribuída ao juiz supletivamente, isso
é, nos casos em que a própria lei não os previsse.
Mas essa concepção já não corresponde à realidade da ordem jurídica. Há ampla
liberdade para, concertadamente como o juiz, as partes estabelecerem todo um calendário
processual, fixando prazos específicos para a realização de cada ato que podem não
corresponder minimamente aos estabelecidos em lei (art. 191 do CPC/2015 - v. n. 27.6.1.1).
A parte pode também, desde que modo expresso, renunciar a um prazo que tenha sido
estabelecido unicamente em seu favor (art. 225 do CPC/2015). Por outro lado, o juiz tem
sempre o poder de ampliar prazos legais, de modo a torná-los mais adequados às
peculiaridades concretas do processo (art. 139, VI, e art. 437, § 2.º, ambos do CPC/2015).
30.5. Prazos dilatórios e prazos peremptórios
O panorama normativo destacado no tópico anterior repercute também sobre a
tradicional distinção entre prazos dilatórios e prazos peremptórios. Na definição clássica,
prazos dilatórios eram os que poderiam ser alteradospela vontade das partes e também
pelo juiz. Peremptórios eram os prazos inalteráveis, seja pelas partes, seja pelo juiz.
Não há mais prazos peremptórios nesse sentido. Nos termos do art. 222, § 1.º, do
CPC/2015, peremptórios são os prazos que apenas não podem ser reduzidos pelo juiz sem
anuência das partes. Isso significa que mesmo o prazo peremptório: (a) pode ser reduzido
pelo juiz com a concordância das partes (art. 222, § 1.º, do CPC/2015, a contrario sensu); (b)
pode ser ampliado ou diminuído por iniciativa consensual das próprias partes, com a
chancela do juiz (art. 191 do CPC/2015); (c) pode ser ampliado pelo juiz,
independentemente de assentimento das partes (art. 139, VI, do CPC/2015).
Nesse contexto, põe-se inclusive o caput do art. 222 do CPC/2015, que toma em conta a
grandiosidade do território brasileiro somada à eventual dificuldade de comunicação por
via terrestre: "Na comarca, seção ou subseção judiciária onde for difícil o transporte, o juiz
poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois) meses". Essa ampliação poderá inclusive
exceder o limite de dois meses, quando houver calamidade pública.
Diante da extrema flexibilidade dos próprios prazos ditos peremptórios, pode-se até
questionar a utilidade de contrapô-los à outra categoria, dos prazos dilatórios. Mas como a
lei alude expressamente a uma classe de prazos peremptórios, isso significa que
permanece havendo prazos dilatórios. Por contraposição, considerando-se os (poucos)
limites impostos à modificação do prazo peremptório, pode-se dizer que dilatório é o
prazo que: (a) pode até ser reduzido pelo juiz sem a anuência das partes (desde que o faça
previamente, deixando isso claro às partes, e não reduza o prazo a ponto de inviabilizar
ou dificultar extremamente a prática do ato pela parte); (b) pode ser diretamente alterado
pelas partes, sem depender de uma chancela do juiz.
A lei não discrimina quais são os prazos peremptórios e quais os dilatórios. Mas, ao
menos nesse ponto, parece possível manter o critério tradicional - desde que as categorias
sejam compreendidas nos termos acima destacados. São casos de prazos peremptórios
aqueles estabelecidos diretamente pela lei para estabelecer a marcha do procedimento,
normalmente ditados para o cumprimento de um ônus pelas partes (ex.: prazo para
contestar - art. 335; prazo para impugnar a contestação - arts. 350 e 351; prazo para
recorrer - arts. 1.003, § 5.º, 1.023 e 1.070; prazo para responder ao recurso - art. 1.003, § 5.º;
prazo para noticiar em primeiro grau a interposição do agravo de instrumento - art. 1.018,
§ 2.º, etc., todos do CPC/2015). Os demais prazos são dilatórios.
30.6. Prazos próprios e prazos impróprios
Prazos próprios são aqueles cuja inobservância acarreta necessariamente uma
consequência processual negativa para quem o descumpre. São impróprios os prazos cujo
descumprimento não gera consequências processuais.
Normalmente, os prazos para as partes são próprios. Expirado o prazo para a prática
do ato, a parte perde o direito de fazê-lo. É a preclusão temporal, de que se trata no cap.
31, adiante. Assim, o art. 223 do CPC/2015 estabelece que, "decorrido o prazo, extingue-se o
direito de praticar ou de emendar o ato processual, independentemente de declaração
judicial". Exemplos: se o réu não cumpre o prazo para contestar, ocorre a "revelia" (v. vol
2, cap. 10); se a parte não apela contra a sentença que lhe foi desfavorável, há o trânsito
em julgado - que é o exaurimento da possibilidade de recurso contra o pronunciamento. A
preclusão temporal apenas poderá ser afastada se a parte provar que não realizou o ato
por justa causa - hipótese em que o juiz assinará novo prazo à parte (art. 223, caput, parte
final e §§ 1.º e 2.º, CPC/2015). Exemplo de justa causa obstativa da prática de ato
processual é o de grave calamidade pública que impeça a continuidade de funcionamento
dos escritórios de advocacia e órgãos oficiais em uma localidade, tal como chuvas intensas
que afetem o fornecimento de energia elétrica.
Mas a preclusão temporal não é a única decorrência que pode advir da inobservância
do prazo próprio. Pode haver outras consequências. Por exemplo, se o prazo é comum às
partes e o juiz concede ao advogado de uma delas prazo para retirar os autos de cartório e
extrair cópias, o descumprimento de tal prazo gera a perda do direito de tornar a retirar,
no futuro, os autos do cartório (art. 107, § 4.º, do CPC/2015).
Os prazos para o juiz (ex., arts. 226 e 227 do CPC/2015) e seus auxiliares (ex., art. 228 do
CPC/2015) tendem a ser impróprios, pois seu descumprimento não acarreta a preclusão
dos seus poderes (v. n. 31.3, adiante) nem outras consequências processuais. Todavia, da
sua inobservância podem advir decorrências disciplinares, conforme dispõem os arts. 233,
§ 1.º, e 235 do CPC/2015 (aplicáveis, respectivamente, aos serventuários e aos juízes).
30.7. Regras gerais quanto à contagem dos prazos
As principais balizas legais para a contagem de prazos são a seguir expostas.
30.7.1. Definição do termo inicial do prazo para a prática de atos pelo advogado
O ato processual que dá início à contagem do prazo é a intimação, exceto no caso de
formação da relação jurídica processual, em que o réu é citado para, se quiser, apresentar
sua defesa ou comparecer à audiência de conciliação ou mediação, conforme o caso (v.
vol. 2, cap. 7 e 8). As intimações dos atos processuais de caráter técnico (recorrer,
impugnar manifestações, requerer, especificar ou acompanhar a produção de provas ou
manifestar-se sobre elas etc.), no curso do processo, dão-se em regra na pessoa do
advogado da parte - como visto no n. 29.2.2, acima.
O art. 231 do CPC/2015 regula as situações em que se considera realizada a intimação
ou a citação para o fim de início da contagem do prazo para a prática de atos técnicos
pelos advogados das partes. Conforme este dispositivo, inicia-se o prazo:
(a) na data da juntada aos autos do aviso de recebimento, na comunicação do ato
processual por correio (v. n. 29.1.9.1.1 e n. 29.2.3.6);
(b) na data da juntada aos autos do mandado cumprido, quando a comunicação do ato
processual se der por oficial de justiça (v. n. 29.1.9.1.2 e n. 29.2.3.5);
(c) na data da ocorrência da comunicação do ato por escrivão ou chefe de secretaria (v.
n. 29.1.9.1.3);
(d) no dia útil seguinte ao fim da dilação assinada pelo juiz, na hipótese de
comunicação do ato processual por edital (v. n. 29.1.9.2.1 e n. 29.2.3.7);
(e) no dia útil seguinte à consulta do teor da intimação ou citação eletrônica ou ao
término do prazo para que ocorra a consulta, no processo eletrônico (v. n. 29.1.9.1.4 e
29.2.3.1).
A Lei 11.419/2006 disciplina em detalhes a intimação eletrônica, que não se confunde
com a intimação mediante publicação no Diário da Justiça eletrônico. Considerar-se-á
realizada a intimação no dia em que o parte a ser intimada efetivar a consulta eletrônica
ao teor da comunicação, certificando-se nos autos a sua realização. Se a consulta ocorrer
em dia não útil, considerar-se a intimação como realizada no primeiro dia útil seguinte.
Tal consulta deverá ser feita em até 10 (dez) dias corridos contados da data do envio da
intimação para o portal (i.e., inserção da intimação no portal), sob pena de considerar-se a
intimação automaticamente realizada na data do término desse prazo. Confiram-se os
exemplos no n. 26.4, acima;
(f) quando a intimação ou citação se der por carta precatória, rogatória ou de ordem,
na data de juntada do comunicado ao juízo requerente ou, não havendo comunicado, na
data de juntada aos autos de origem da carta cumprida (v. cap. 32);
(g) na data de publicação no Diário de Justiça (v. n. 29.2.3.2). O Diário de Justiça pode
ser impresso ou eletrônico.
Quando impresso, a data de publicação do Diário é a da sua efetiva circulação (e não
necessariamente aquela que nele conste impressa como tal).
Quando o Diário de Justiça é eletrônico,considera-se como data da publicação o
primeiro dia útil seguinte ao da disponibilização da informação no respectivo site da
Internet (art. 224, § 2.º, do CPC/2015; art. 4.º, § 3.º, da Lei 11.419/06);
(h) na data da retirada dos autos do cartório ou da secretaria (v. n. 29.2.3.3).
30.7.2. Termo inicial quando há litisconsórcio
Na hipótese de pluralidade de réus, o prazo para contestar (exceto quando citação se
der através de publicação no órgão oficial ou mediante retirada dos autos do cartório ou
da secretaria) começará a ser contado após a realização da última citação, observando-se
as regras descritas no tópico anterior (art. 231, § 1.º, CPC/2015). Essa previsão apenas se
aplica aos casos em que o prazo da contestação corre a partir da citação. É irrelevante nas
hipóteses em que o prazo da contestação só terá curso depois da audiência de conciliação
ou mediação.
Por outro lado, tal diretriz não se aplica à intimação de litisconsortes, pois, nesse caso, o
prazo deve ser contado individualmente para cada um deles (art. 231, § 2.º, do CPC/2015).
30.7.3. Termo inicial para a prática de atos pela parte ou de terceiro
Se a intimação tem em vista a prática de um ato pessoal pela própria parte ou por
terceiro que de algum modo participa do processo, não se aplicam os parâmetros
indicados nos tópicos anteriores. Nessa situação específica, inicia-se o prazo na própria
data em que ocorrer a intimação (art. 231, § 3.º, do CPC/2015), sendo irrelevante a data da
juntada de seu comprovante aos autos.
30.7.4. Ausência de "prematuridade" do ato processual
Como já dito antes, a prática do ato antes da configuração de qualquer das hipóteses
indicadas nos tópicos anteriores não implica sua intempestividade (art. 218, § 4.º, n. 30.2,
acima).
30.7.5. Exclusão do dia do início e inclusão do dia do fim
No cômputo do prazo, salvo exceções expressas em lei, exclui-se o dia do início e inclui-
se o dia do vencimento (art. 224, caput).
Assim, se o termo inicial é o dia 2, segunda-feira, a contagem inicia-se no dia seguinte,
3, terça-feira. Quanto ao termo final do prazo, se, por exemplo, ele se dá no dia 25,
segunda, esse é o último dia em que se pode tempestivamente praticar o ato, e não na
terça, dia 26.
30.7.6. Início da contagem apenas em dia útil
A contagem do prazo terá início no primeiro dia útil que seguir ao seu dia de início (art.
224, § 3.º, do CPC/2015).
Assim, se a intimação eletrônica se der numa sexta-feira, a contagem do prazo se inicia
somente na segunda-feira seguinte. Se for feriado a segunda-feira, então a contagem do
prazo tem início na terça.
30.7.7. Dia com horário de expediente forense anormal ou com indisponibilidade da
comunicação eletrônica
No entanto, se no primeiro dia útil seguinte ao do começo do prazo o expediente
iniciar-se depois ou encerrar-se antes do horário normal, a contagem do prazo apenas se
iniciará no primeiro dia útil subsequente a esse (art. 224, § 1.º, do CPC/2015). A mesma
regra aplica-se aos casos em que houver indisponibilidade da comunicação eletrônica -
desde que obviamente o processo em questão comporte comunicação eletrônica.
30.7.8. Cômputo apenas dos dias úteis, nos prazos em dia
Já se indicou que, nos prazos processuais em dia, computam-se apenas os dias úteis
(art. 219 do CPC/2015). Se, por exemplo, a intimação da sentença for publicada na quinta-
feira, o prazo de cinco dias para os embargos de declaração (art. 1.023 do CPC/2015)
começa a correr na sexta-feira, suspende-se no final de semana e volta a correr na
segunda-feira, encerrando-se na quinta-feira.
30.7.9. Termo final apenas em dia útil - Prorrogação para o primeiro dia útil
subsequente
Agora, mesmo que o prazo seja computado em periodicidade maior que o dia (mês,
ano...), ele não apenas não pode começar a ser contado em dia não útil (como já visto no n.
30.7.6, acima), como também não pode encerrar-se em dia não útil. Se o último dia da
contagem cai em dia não útil, prorroga-se o prazo para o primeiro dia útil subsequente.
E tal como se dá quanto ao início da contagem, o dia útil em que o expediente forense
iniciar-se depois ou encerrar-se antes do horário normal (ou em que for indisponível a
comunicação eletrônica) não serve para o término de contagem do prazo (art. 224, § 1.º, do
CPC/2015), que prorrogará até o primeiro dia útil subsequente.
30.7.10. Hipóteses de prazo em dobro
Assegura-se ao Ministério Público (art. 180 do CPC/2015), aos entes representados por
advogados públicos (art. 183 do CPC/2015) e à Defensoria Pública (art. 186 do CPC/2015)
prazo em dobro para toda e qualquer manifestação no processo - exceto nos casos em que
a lei já lhes fixa um prazo próprio e específico (art. 180, § 2.º, art. 183, § 2.º, e art. 186, § 4.º,
todos do CPC/2015).
O art. 229 do CPC/2015 atribui também a litisconsortes representados por diferentes
procuradores prazo em dobro para "todas as suas manifestações, em qualquer juízo ou
tribunal, independentemente de requerimento", desde que os advogados sejam de
escritórios distintos e que não sejam eletrônicos os autos (caput e § 2.º). Porém, se
existindo somente dois réus, um deles for revel, cessa a contagem em dobro (art. 229, §
1.º). O prazo em dobro também não se aplica se o processo tiver forma eletrônica.
30.7.11. Suspensão e interrupção de prazo
Em regra, os prazos não são aptos a interromper-se, mas apenas a serem suspensos.
Exceção a isso tem-se com a interposição de embargos de declaração, que interrompe o
prazo para outros recursos (art. 1.026 do CPC/2015).
A diferença entre a suspensão e a interrupção está em que, na primeira, o prazo
continua a correr, depois, do dia em que parou. Assim, se determinado prazo de quinze
dias for suspenso quando já tenham decorrido dez dias, ao final da suspensão restarão
cinco dias do prazo. Já na interrupção, o prazo é depois retomado desde o seu início.
Então, retomando o exemplo dado acima: se ocorrer interrupção do prazo de quinze dias
no quinto dia, uma vez cessada a interrupção, o prazo recomeça desde seu início, com o
curso de mais quinze dias.
O art. 221 do CPC/2015 dispõe que o prazo é suspenso nas hipóteses de suspensão do
processo (art. 313 do CPC/2015), como, por exemplo, em razão da "morte ou perda da
capacidade processual de qualquer das partes, de seu representante legal ou de seu
procurador" (art. 313, I, do CPC/2015), ou da convenção das partes (art. 313, II, do
CPC/2015). Veja-se a respeito o n. 25.2.2, acima.
Haverá igualmente suspensão de prazo enquanto durar obstáculo em detrimento da
parte (i.e., no mais das vezes, do advogado da parte), que a impeça de cumpri-lo (por
exemplo, uma greve em repartição pública responsável pela emissão de uma certidão que
o juiz mandou a parte apresentar no processo em determinado prazo).
O parágrafo único do art. 221 do CPC/2015 prevê ainda a suspensão dos prazos durante
a execução de programas de conciliação e mediação instituídos pelo Poder Judiciário.
A EC 45/2004, trouxe regra inovadora, embora de duvidosa capacidade de produzir
efeitos em favor da efetividade do processo. Trata-se do inc. XII do art. 93 da Constituição
Federal, segundo o qual a atividade jurisdicional será ininterrupta, "sendo vedado férias
coletivas nos juízos e tribunais de 2.º grau, funcionando, nos dias em que não houver
expediente forense normal, juízes em plantão permanente".
À primeira vista, essa disposição eliminaria todas as hipóteses de suspensão de prazos
que ocorrem nos meses de janeiro ou julho em determinados órgãos judiciais, que estão
em recesso. No entanto, o STF reputou que o simples recesso não ofende a norma do art.
93, XII, da CF/1988. O CPC adota essa orientação, dispondo que, durante o recesso, que
deve ocorrer entre os dias 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive, suspendem-se os
prazos (art. 220). Não há, nesse período, propriamente suspensão dos processos, mas
apenas dos prazos e da realizaçãode audiências. Os agentes do Poder Judiciário, do
Ministério Público, da Advocacia e da Defensoria Públicas e seus respectivos auxiliares
devem continuar atuando (art. 220, § 1.º: "Ressalvadas as férias individuais e os feriados
instituídos por lei, os juízes, os membros do Ministério Público, da Defensoria Pública e da
Advocacia Pública e os auxiliares da Justiça exercerão suas atribuições durante o período
previsto no caput").
1. Processo
· Atos
· Espaço de tempo (minuto, hora, dia, mês e ano)
· Regra geral: contagem do prazo em dias úteis
2. Prazos
· Legais
· Judiciais
· Peremptórios
· Dilatórios
· Próprios
· Impróprios
3. Regras gerais de
contagem dos prazos
em dias
· Intimação - Regra geral da comunicação - Os prazos nas
intimações eletrônicas e por DJ eletrônico
· Exclusão do dia do começo - Inclusão do dia final
· Suspensão em feriados e finais de semana
· Prorrogação do prazo - art. 224 do CPC/2015
· Interrupção - Caso excepcional dos embargos de
declaração
· Suspensão
4. Consequências
acerca do
descumprimento de
prazos
· Partes (advogados): art. 234 do CPC/2015; art. 34, XXII,
do Estatuto da Advocacia
· Juiz/desembargador: art. 235 do CPC/2015
· Servidores: art. 233 do CPC/2015
· Membros do MP e representantes da Fazenda Pública:
art. 234, § 4.º, do CPC/2015
· Arruda Alvim (Manual..., 11. ed., vol. 1, p. 479) afirma que o processo "constitui-se
numa realidade jurídica que nasce para se desenvolver e morrer", referindo-se ao fator
tempo como relevantíssimo para o processo, pois, nele, tudo acontece no tempo, "em
função de um começo, desenvolvimento e fim", razão porque são fixados, de forma
extremamente minuciosa, todos os prazos processuais destinados à prática dos atos do
processo. Para esse autor, dois dos princípios informativos do processo têm reflexos
profundos no tempo e nos prazos processuais: o princípio da paridade de tratamento e o
da brevidade, "que vão ao encontro do princípio da economia processual". Destaca
também os princípios informativos da teoria dos prazos, próprios "da mecânica do
andamento dos processos": princípio da utilidade, continuidade, peremptoriedade e
preclusão.
· Humberto Theodoro Júnior (Curso..., v. 1, 56. ed., p. 507). No sentir desse autor, "prazo
é o espaço de tempo em que o ato processual da parte pode ser validamente praticado.
Todo prazo é delimitado por dois termos: o inicial (dies a quo) e o final (dies ad quem). Pelo
primeiro, nasce a faculdade de a parte promover o ato; pelo segundo, extingue-se a
faculdade, tenha ou não sido levado a efeito o ato". Classifica os prazos em legais, judiciais
e convencionais, segundo sejam fixados pela lei, pelo juiz ou ajustados pelas partes e,
quanto à sua natureza, informa que os prazos podem ser dilatórios ou peremptórios.
· Luiz Guilherme da Costa Wagner Junior (Breves..., p. 355) sustenta que as crítica
dirigidas à contagem de prazos apenas em dias úteis não bastam "para afastar os
benefícios da modificação legislativa na medida em que, a experiência forense mostra que
a tão indesejada morosidade dos processos não se deve a um, dois, cinco ou dez dias a
mais no curso de um feito, sendo certo que outros fatores mais graves, como o excessivo
número de recursos, a deficiência na estrutura dos fóruns e a mentalidade beligerante dos
envolvidos no processo são, na realidade, os grandes vilões do sistema".
· Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero (Novo Curso...,
v. 2, p. 118) afirmam que "a existência de prazos processuais evidencia a característica
necessariamente temporal do processo e assinala ainda a tentativa do legislador
infraconstitucional em dimensionar de acordo com o direito fundamental ao processo
com prazo razoável a sua duração. Prazos são lapsos temporais que existem entre dois
termos dentro dos quais se prevê a oportunidade para uma ação ou omissão".
· Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery (Comentários..., p. 738) referem-se aos
prazos próprios e impróprios, os primeiros "fixados para o cumprimento do ato
processual, cuja inobservância acarreta desvantagem para aquele que o descumpriu,
consequência essa que normalmente é a preclusão". Para esses autores, "prazos
impróprios são aqueles fixados na lei apenas como parâmetro para a prática do ato, sendo
que seu desatendimento não acarreta situação processual detrimentosa para aquele que o
descumpriu, mas apenas sanções disciplinares. O ato processual praticado além do prazo
impróprio é válido e eficaz. Normalmente são prazos impróprios os fixados para o juiz e
auxiliares da justiça. São, também, impróprios os prazos para o curador especial contestar
(art. 72, II do CPC/2015) e para o MP falar nos autos como custos legis (arts. 178 e 179 do
CPC/2015)".
· Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da
Silva Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello (Primeiros..., p. 393) entendem que a
exclusão do dia de início na contagem dos prazos "se justifica em virtude da seguinte
circunstância: ao receber a intimação para a prática do ato processual (seja via imprensa
oficial, seja via oficial de justiça), não se pode exigir que a parte ou seu advogado iniciem
necessariamente nesta mesma data atos destinados ao cumprimento do ato, dado que se
deu a cientificação para tanto exatamente nesta ocasião e seria no mínimo desarrazoado
que se considerasse tal data como dia útil".
N.º 19. (Art. 190, CPC/2015) São admissíveis os seguintes negócios processuais, dentre
outros: pacto de impenhorabilidade, acordo de ampliação de prazos das partes de
qualquer natureza, acordo de rateio de despesas processuais, dispensa consensual de
assistente técnico, acordo para retirar o efeito suspensivo de recurso, acordo para não
promover execução provisória; pacto de mediação ou conciliação extrajudicial prévia
obrigatória, inclusive com a correlata previsão de exclusão da audiência de conciliação ou
de mediação prevista no art. 334; pacto de exclusão contratual da audiência de conciliação
ou de mediação prevista no art. 334; pacto de disponibilização prévia de documentação
(pacto de disclosure), inclusive com estipulação de sanção negocial, sem prejuízo de
medidas coercitivas, mandamentais, sub-rogatórias ou indutivas; previsão de meios
alternativos de comunicação das partes entre si; acordo de produção antecipada de prova;
a escolha consensual de depositário-administrador no caso do art. 866; convenção que
permita a presença da parte contrária no decorrer da colheita de depoimento pessoal.
N.º 21. (Art. 190, CPC/2015) São admissíveis os seguintes negócios, dentre outros:
acordo para realização de sustentação oral, acordo para ampliação do tempo de
sustentação oral, julgamento antecipado do mérito convencional, convenção sobre prova,
redução de prazos processuais.
N.º 23. (Art. 218, § 4.º; art. 1.024, § 5.º, CPC/2015) Fica superado o enunciado 418 da
súmula do STJ após a entrada em vigor do CPC ("É inadmissível o recurso especial
interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior
ratificação").
N.º 82. (Art. 932, parágrafo único; art. 938, § 1.º, CPC/2015) É dever do relator, e não
faculdade, conceder o prazo ao recorrente para sanar o vício ou complementar a
documentação exigível, antes de inadmitir qualquer recurso, inclusive os excepcionais.
N.º 96. (Art. 1.003, § 4.º, CPC/2015) Fica superado o enunciado 216 da Súmula do STJ
após a entrada em vigor do CPC ("A tempestividade de recurso interposto no Superior
Tribunal de Justiça é aferida pelo registro no protocolo da Secretaria e não pela data da
entrega na agência do correio").
N.º 97. (Art. 1.007, § 4.º, CPC/2015) É de cinco dias o prazo para efetuar o preparo.
N.º 107. (Art. 7.º; art. 139, I; art. 218; art. 437, § 2.º, CPC/2015) O juiz pode, de ofício,
dilatar o prazo para a parte se manifestar sobre a prova documental produzida.
N.º 116.(Art.113, § 1.º, art. 139, VI, CPC/2015) Quando a formação do litisconsórcio
multitudinário for prejudicial à defesa, o juiz poderá substituir a sua limitação pela
ampliação de prazos, sem prejuízo da possibilidade de desmembramento na fase de
cumprimento de sentença.
N.º 129.(Art. 139, parágrafo único, CPC/2015) A autorização legal para ampliação de
prazos pelo juiz não se presta a afastar preclusão temporal já consumada.
N.º 131.(Art. 190, CPC/2015) Aplica-se ao processo do trabalho o disposto no art. 190 no
que se refere à flexibilidade do procedimento por proposta das partes, inclusive quanto
aos prazos.
N.º 179.(Art. 559; art. 139, VI, CPC/2015) O prazo de cinco dias para prestar caução pode
ser dilatado, nos termos do art. 139, VI.
N.º 251.(Art. 139, VI, CPC/2015) O inc. VI do art. 139 do CPC aplica-se ao processo de
improbidade administrativa.
N.º 266.(Art. 15; art. 218, § 4.º, CPC/2015) Aplica-se o art. 218, § 4.º, ao processo do
trabalho, não se considerando extemporâneo ou intempestivo o ato realizado antes do
termo inicial do prazo.
N.º 267.(Art. 218; art. 1.046, CPC/2015) Os prazos processuais iniciados antes da
vigência do CPC serão integralmente regulados pelo regime revogado.
N.º 268.(Art. 219; art. 1.046, CPC/2015) A regra de contagem de prazos em dias úteis só
se aplica aos prazos iniciados após a vigência do Novo Código.
N.º 269.(Art. 220, CPC/2015) A suspensão de prazos de 20 de dezembro a 20 de janeiro é
aplicável aos Juizados Especiais.
N.º 270.(Art.15; art. 222, § 1.º, CPC/2015) Aplica-se ao processo do trabalho o art. 222, §
1.º.
N.º 271.(Art. 231, CPC/2015) Quando for deferida tutela provisória a ser cumprida
diretamente pela parte, o prazo recursal conta a partir da juntada do mandado de
intimação, do aviso de recebimento ou da carta precatória; o prazo para o cumprimento
da decisão inicia-se a partir da intimação da parte.
N.º 272.(Art. 231, § 2.º, CPC/2015) Não se aplica o § 2.º do art. 231 ao prazo para
contestar, em vista da previsão do § 1.º do mesmo artigo.
N.º 274.(Art. 272, § 6.º, CPC/2015) Aplica-se a regra do § 6.º do art. 272 ao prazo para
contestar, quando for dispensável a audiência de conciliação e houver poderes para
receber citação.
N.º 275.(Art. 229, § 2.º; art. 1.046, CPC/2015) Nos processos que tramitam
eletronicamente, a regra do art. 229, § 1.º, não se aplica aos prazos já iniciados no regime
anterior.
N.º 280.(Art. 290, CPC/2015) O prazo de quinze dias a que se refere o art. 290 conta-se
da data da intimação do advogado.
N.º 293.(Art. 331; art. 332, § 3.º; art. 1.010, § 3.º, CPC/2015) Se considerar intempestiva a
apelação contra sentença que indefere a petição inicial ou julga liminarmente
improcedente o pedido, não pode o juízo a quo retratar-se.
N.º 341.(Art. 975, §§ 2.º e 3.º; art. 1.046, CPC/2015) O prazo para ajuizamento de ação
rescisória é estabelecido pela data do trânsito em julgado da decisão rescindenda, de
modo que não se aplicam as regras dos §§ 2.º e 3.º do art. 975 do CPC à coisa julgada
constituída antes de sua vigência.
N.º 399. (Art. 180; art. 183, CPC/2015) Os arts. 180 e 183 somente se aplicam aos prazos
que se iniciarem na vigência do CPC de 2015, aplicando-se a regulamentação anterior aos
prazos iniciados sob a vigência do CPC de 1973.
N.º 400. (Art. 183, CPC/2015) O art. 183 se aplica aos processos que tramitam em autos
eletrônicos.
N.º 401. (Art. 183, § 1.º, CPC/2015) Para fins de contagem de prazo da Fazenda Pública
nos processos que tramitam em autos eletrônicos, não se considera como intimação
pessoal a publicação pelo Diário da Justiça Eletrônico.
N.º 415. (Arts. 212 e 219, CPC/2015; Lei 9.099/1995, Lei 10.259/2001, Lei 12.153/2009) Os
prazos processuais no sistema dos Juizados Especiais são contados em dias úteis.
N.º 416. (Art. 219, CPC/2015) A contagem do prazo processual em dias úteis prevista no
art. 219 aplica-se aos Juizados Especiais Cíveis, Federais e da Fazenda Pública.
Fundamental
Arruda Alvim, Manualdedireitoprocessualcivil, 11. ed., São Paulo, Ed. RT, 2007, vol. 1;
Humberto Theodoro Júnior, Curso de direito processual civil, 56. ed., Rio de Janeiro,
Forense, 2015, vol. 1; Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arenhart e Daniel Mitidiero,
Novo curso de processo civil: tutela dos direitos mediante procedimento comum, São Paulo,
Ed. RT, 2015, v. 2; Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery, Comentários ao código de
processo civil, São Paulo, Ed, RT, 2015; Teresa Arruda Alvim Wambier, Fredie Didier Jr.,
Eduardo Talamini e Bruno Dantas (coord.), Breves comentários ao Novo Código de Processo
Civil, São Paulo, Ed. RT, 2015; _____, Maria Lúcia Lins Conceição, Leonardo Ferres da Silva
Ribeiro e Rogerio Licastro Torres de Mello, Primeiros comentários ao novo código de
processo civil: artigo por artigo, São Paulo, Ed. RT, 2015.
Complementar
Ada Pellegrini Grinover, Benefício de prazo, RBDP 19/13; _____, Início do prazo e início
da contagem do prazo, em O processo em sua unidade - II, Rio de Janeiro, Forense, 1984;
Adroaldo Furtado Fabrício, Flexibilização dos prazos como forma de adaptar
procedimentos - ação de prestação de contas, RePro 197/413; Alcides de Mendonça Lima,
Calamidade pública, prazo para apelar, RePro 10/241; Alexandre Freitas Câmara, Lições de
direito processual civil, 16. ed., Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2007, vol. 1; Alfredo Buzaid, O
prazo para impetrar mandado de segurança, RePro 53/100; Alfredo de Araújo Lopes da
Costa, Manual elementar de direito processual civil, 3. ed., Atual. Sálvio de Figueiredo
Teixeira, Rio de Janeiro, Forense, 1982; Antonio Aurélio Abi Ramia Duarte, Negócios
processuais e seus novos desafios, Revista dos Tribunais 955/211; Antonio de Paula Ribeiro,
Decadência: contagem do prazo no caso de lançamento por homologação, RDPGJERJ 32/45;
Antônio Janyr Dall'agnol, Comentários ao Código de Processo Civil, 2. ed., São Paulo, Ed. RT,
2007, vol. 2; Arnoldo Wald, Contagem de prazo para recurso - Interpretação da Súmula 310
do STF, RT 486/38; Arruda Alvim, Tratado de direito processual civil, 2. ed., São Paulo, Ed.
RT, 1996, vol. 2; Athos Gusmão Carneiro, Dias feriados sucessivos - Recesso forense -
Contagem dos prazos, Estudos de direito processual civil em memória de Luiz Machado
Guimarães, Rio de Janeiro, Forense, 1996; Cândido Rangel Dinamarco,Instituições de direito
processual civil, 5. ed., São Paulo, Malheiros, 2005, vol. 2; Cassio Scarpinella Bueno, Visão
geral do(s) projeto(s) de novo código de processo civil, RePro 235/353; Cezar Santos, Prazos
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Prazos no processo de conhecimento - Preclusão, prescrição, decadência, perempção, coisa
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liminarmente concedida e o prazo para a resposta, RePro 31/259; Edson Jacinto da Silva,
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contínuos e peremptórios, RT 110/483; Evaristo Aragão Santos, A EC n. 45 e o tempo dos
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e contrapontos sobre o projeto do novo CPC, Revista dos Tribunais 950/17; Flávio César de
Toledo Pinheiro, Dos prazos e das férias forenses, RT 461/284; Francisco C. Pontes de
Miranda, Comentários ao Códigode Processo Civil, 3. ed., Rio de Janeiro, Forense, 1996,t.
III; Gelson Amaro de Souza, Prazo: como contar, RBDP 56/91; Georgenor de Sousa Franco
Filho, Férias (de advogado) e recesso forense, Revista dos Tribunais 955/57; Glauco
Gumerato Ramos, Crítica macroscópica ao fetiche da celeridade processual. Perspectiva do
CPC de hoje e no de amanhã, RePro 239/421; Hélio Tornaghi, Comentários ao Código de
Processo Civil, 2. ed., São Paulo, Ed. RT, 1978, vol. 2; Humberto Theodoro Júnior, Alguns
reflexos da Emenda Constitucional n. 45, de 08.12.2004, sobre o processo civil, RePro
124/28; _____, Perda de prazos processuais, RBDP 15/57; _____, Prazos processuais, RBDP
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Brandão, Prazos processuais, Rio de Janeiro, Esplanada, 1992; José Carlos Barbosa Moreira,
O benefício da dilatação de prazo para a Fazenda Pública, Temas de direito processual -
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César Rossi, As informações prestadas através dos sites oficiais e os prazos processuais,
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impactos do novo CPC na razoável duração do processo, RePro 241/15; Leonardo José
Carneiro da Cunha, Consequências processuais da abolição das férias coletivas pela
reforma do Judiciário, Dialética24/80; _____, As prerrogativas processuais da Fazenda
Pública e vicissitudes quanto aos prazos diferenciados previstos no art. 188 do CPC, RT
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de novo CPC para o Brasil, RePro 227/197; Louis Piereck de Sá, Direito processual civil:
prazo processual, litisconsortes com diferentes procuradores, contagem em dobro,
reflexões sobre o tema, Adcoas 33/1.149; Luís Antônio Giampaulo Sarro, Dos recursos no
© desta edição [2016]
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Capitais 66/191; Luiz Fux, Curso de direito processual civil, 3. ed., Rio de Janeiro, Forense,
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Horizonte, Del Rey, 2007; Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, Processo de
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novo Código de Processo Civil, RT 958/363; Marcelo Abelha Rodrigues, Elementos de direito
processual civil, 2. ed., São Paulo, Ed. RT, 2003, vol. 2; Marcos Salvador de Toledo Piza,
Prazo da contestação nas ações de separação e divórcio, RePro 32/270; Marcos Valls Feu
Rosa, Prazos dilatórios e peremptórios: comentários aos artigos 181 e 182 do Código de
Processo Civil, Porto Alegre, SAFE, 1995; _____, Prazos dilatórios: da alteração dos prazos
processuais por convenção das partes, CJ 56/263; Nelson Nery Jr., O benefício da dilatação
do prazo para o MP no direito processual civil brasileiro: interpretação do art. 188 do CPC,
RePro 30/109; Norma Chrissanto Dias, Os prazos processuais e seu reflexo na efetividade do
processo civil, Rio de Janeiro, Lumen Juris, 2003; Odilon de Andrade, Observações à
sistemática dos prazos no CPC, RF 113/307; Patrícia Carla de Deus Lima, A contagem dos
prazos no processo civil a partir da Reforma do Judiciário, Reforma do Judiciário -
Primeiras reflexões sobre a Emenda Constitucional n. 45/2004, São Paulo, Ed. RT, 2005;
Regina Celia Almeida da Silva, Paulo Sergio da Costa Lins e Carlos Sampaio, Prazos
processuais, Rio de Janeiro, Esplanada, 1994; Sálvio de Figueiredo Teixeira, Prazos e
nulidades em processo civil, Rio de Janeiro, Forense, 1987; Sérgio Porto, O duplo grau de
jurisdição, os prazos judiciais e a administração indireta, Ajuris 18/165; Sidnei Alzidio
Pinto, Férias e férias decretadas, feriados e recessos, RT 729/83; Trícia Navarro Xavier
Cabral, Convenções em matéria processual, RePro241/489.

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