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Universidade Tecnolo´gica Federal do Parana´ Apostila de Ana´lise de Circuitos Ele´tricos 1 Orientador: Jorge Luis Roel Ortiz Aluno bolsista: Maycon Moises Antunes Recurso Educacional Aberto produzido com o fomento do Programa de Bolsas para o Desenvolvimento de Recursos Educacionais Abertos (PIBEA) por meio do Programa de Bolsas de Fomento a`s Ac¸o˜es de Graduac¸a˜o da UTFPR Pato Branco 2016 Suma´rio 1 Me´todo das malhas com apenas fontes independentes de tensa˜o 2 2 Me´todo das malhas com fontes dependentes e independentes de tensa˜o 41 3 Me´todo das malhas com fontes de correntes pertencentes a uma u´nica malha 57 4 Me´todo das malhas com fontes de correntes entre duas malhas 93 5 Me´todo nodal com apenas fontes independentes de corrente 127 6 Refereˆncias bibliogra´ficas 155 1 1 Me´todo das malhas com apenas fontes independen- tes de tensa˜o Exemplo 1: Resolver o circuito da Figura 1, utilizando o me´todo das malhas. Figura 1: Circuito do Exemplo 1 Soluc¸a˜o: 1o Passo: O circuito da Figura 1 apresenta duas malhas. Para aplicar o me´todo define-se uma corrente para cada uma das malhas. Na Figura 2 apresentam-se as correntes assumidas em cada malha no sentido hora´rio. Figura 2: Correntes de malhas definidas 2o Passo: E´ aplicada para cada malha a 2a Lei de Kirchhoff, para obter a equac¸a˜o que representa o comportamento do circuito. Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1, 2 Figura 3: Resolvendo a malha 1 −15 + v1 + v2 = 0 −15 + 5I1 + 10(I1 − I2) = 0 −15 + 5I1 + 10I1 − 10I2 = 0 −15 + 15I1 − 10I2 = 0 15I1 − 10I2 = 15 (1) Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 2, Figura 4: Resolvendo a malha 2 v3 + v4 + 45 = 0 10(I2 − I1) + 10I2 + 45 = 0 10I2 − 10I1 + 10I2 + 45 = 0 20I2 − 10I1 + 45 = 0 10I1 − 20I2 = 45 (2) 3o Passo: As equac¸o˜es obtidas no passo anterior conformam o sistema de equac¸o˜es do circuito da Figura 1. As Equac¸o˜es (1) e (2) sa˜o reescritas para facilitar.{ 15I1 − 10I2 = 15 10I1 − 20I2 = 45 3 As Equac¸o˜es (1) e (2) tambe´m podem ser expressas na forma matricial.[ 15 −10 10 −20 ] [ I1 I2 ] = [ 15 45 ] (3) 4o Passo: Resoluc¸a˜o do sistema de equac¸o˜es para obtenc¸a˜o das correntes nas malhas. Para resolver o sistema de equac¸o˜es, podem ser utilizados os seguintes me´todos: Reduc¸a˜o, substituic¸a˜o, eliminac¸a˜o de Gauss, regra de Cramer, matriz inversa, me´todos nume´ricos e diversos programas computacionais, como o Matlab, PSpice, MatCad, Maple, entre ou- tros. Na continuac¸a˜o sera´ apresentada duas formas de soluc¸a˜o para o sistema de equac¸o˜es obtido para o circuito da Figura 1. 1o Me´todo de soluc¸a˜o: Me´todo da reduc¸a˜o. A partir das Equac¸o˜es (1) e (2):{ 15I1 − 10I2 = 15 10I1 − 20I2 = 45 Fazendo (1)×(−2) resulta em: −30I1 + 20I2 = −30 (4) O novo sistema de equac¸o˜es sera´:{ −30I1 + 20I2 = −30 10I1 − 20I2 = 45 Somando as Equac¸o˜es (2) e (4) teˆm-se: −20I1 = 15 I1 = −15 20 I1 = −3 4 A (5) A Equac¸a˜o (5) fornece o valor da corrente na malha 1. Para obter a corrente na malha 2 deve-se substituir a Equac¸a˜o (5) na Equac¸a˜o (1) ou na Equac¸a˜o (2). Substituindo (5) em (2): 10 ( −3 4 ) − 20I2 = 45 −15 2 − 20I2 = 45 −15− 40I2 = 90 40I2 = −105 I2 = −105 40 4 I2 = −21 8 A (6) Que fornece o valor da corrente na malha 2. 2o Me´todo de soluc¸a˜o: Regra de Cramer. A partir da Equac¸a˜o (3):[ 15 −10 10 −20 ] [ I1 I2 ] = [ 15 45 ] I1 = ∆1 ∆ (7) I2 = ∆2 ∆ (8) Os valores dos determinantes ∆, ∆1 e ∆2 sa˜o obtidos de: ∆ = ∣∣∣∣15 −1010 −20 ∣∣∣∣ = (15)(−20)− (10)(−10) = −200 (9) ∆1 = ∣∣∣∣15 −1045 −20 ∣∣∣∣ = (15)(−20)− (45)(−10) = 150 (10) ∆2 = ∣∣∣∣15 1510 45 ∣∣∣∣ = (15)(45)− (10)(15) = 525 (11) Substituindo (9) e (10) em (7): I1 = −150 200 I1 = −3 4 A (12) Substituindo (9) e (12) em (8): I2 = −525 200 I2 = −21 8 A (13) As Equac¸o˜es (12) e (13) mostram as correntes nas malhas 1 e 2. 5o Passo: Com as correntes de malhas calculadas, retorna-se ao circuito original para determinar a corrente e tensa˜o em cada elemento do circuito, como mostra a Figura 5. 5 Figura 5: Correntes determinadas Um circuito equivalente da Figura 5 e´ mostrado na Figura 6. Figura 6: Sentido real das correntes Determinam-se as tenso˜es e correntes no circuito, como e´ visto na Figura 7. Figura 7: Circuito resolvido Para determinar a tensa˜o em cada elemento, utiliza-se a Lei de Ohm: V = RI. Para encontrar a corrente no resistor central, deve ser feita uma diferenc¸a entre as correntes de malhas. Caso seja feito I2 − I1, estamos assumindo o sentido da corrente para baixo no resistor, ou seja, a corrente maior e´ I2. Caso contra´rio, I1 − I2, esta´ sendo suposto que o sentido da corrente no resistor esta´ para cima (a corrente maior e´ I1) e sera´ encontrado um resultado negativo, implicando que o sentido real da corrente e´ para baixo. 6o Passo: Comprovac¸a˜o dos resultados. 6 1o Me´todo de comprovac¸a˜o: Leis de Kirchhoff. Para garantir que os resultados esta˜o corretos, pode ser feita uma ana´lise atrave´s da 2a Lei de Kirchhoff nas malhas do circuito da Figura 1. Para isto, considera-se o circuito da Figura 7, o qual demonstra as correntes e tenso˜es encontradas. Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff para a malha 1, obteˆm-se a seguinte equac¸a˜o:∑ V = 0 −15− 15 4 + 75 4 = 0 −75 4 + 75 4 = 0 Agora, aplicando a 2a Lei de Kirchhoff a malha 2, monta-se a equac¸a˜o abaixo:∑ V = 0 −75 4 − 105 4 + 45 = 0 −45 + 45 = 0 Assim, pode-se afirmar que o sistema foi resolvido corretamente. Tambe´m e´ poss´ıvel verificar se as correntes obtidas esta˜o corretas pela 1a Lei de Kirchhoff: A somato´ria das correntes em um no´ devem ser zero, ou seja, as correntes que entram em um no´, devem ser as mesmas que saem do mesmo no´1:∑ I = 0 Ou IEntrada + ISaida = 0 No caso das correntes da Figura 7: 21 8 − 15 8 − 3 4 = 0 21 8 − 21 8 = 0 2o Me´todo de comprovac¸a˜o: Teorema de Tellegen. O Teorema de Tellegen prova que o somato´rio de poteˆncias instantaˆneas do circuito sera´ zero, ou seja, a poteˆncia consumida pelo circuito e´ igual a poteˆncia gerada pelo mesmo. Assim, somando a poteˆncia dos consumidores com a poteˆncia dos geradores2, deve-se obter zero como resultado (em circuitos ideais, desconsiderando perdas por Efeito Joule, resisteˆncia interna da fonte, indutaˆncia dos resistores, entre outros efeitos). O Teorema de Tellegen estabelece que:∑ P = 0 Ou 7 PGerada + PConsumida = 0 Desse modo, a partir das equac¸o˜es ba´sicas de poteˆncia3 e as informac¸o˜es da Figura 7: −45 ( 21 8 ) + 15 ( 3 4 ) + 5 ( 3 4 )2 + 10 ( 15 8 )2 + 10 ( 21 8 )2 = 0 −118, 125 + 118, 125 = 0 [1] Por convenc¸a˜o, correntes que entram em um no´ sa˜o positivas e correntes que saem de um no´ sa˜o negativas. [2] A convenc¸a˜o utilizada sera´ poteˆncia positiva para consumidores e poteˆncia negativa para geradores. Segundo as refereˆncias adotadas, a poteˆncia sera´ positiva quando a corrente entra pelo terminal de maior potencial (+). A poteˆncia sera´ negativa quando a corrente entra pelo terminal de menor potencial (-). Pode se notar que no circuito da Figura 7 que a fonte de 45V atua como um gerador e a fonte de 15V atua como um consumidor, neste caso pode se dizer que a fonte de 45V esta´ carregando a fonte de 15V. [3] P = V I para as fontes e P = RI2 para os resistores. Exemplo 2: Para o circuito da Figura 8, encontre as correntes I1, I2 e I3 usando o me´todo das malhas. Figura 8: Circuito do Exemplo 2 Soluc¸a˜o: 1o Passo: O circuito da Figura 8 possui duas malhas. Define-se uma corrente para cada malha. A Figura 9 representa o circuito com as correntes definidas no sentido hora´rio,mas as correntes podem tambe´m ser definidas no sentido anti-hora´rio: 8 Figura 9: Correntes definidas do Exemplo 2 2o Passo: Aplica-se a 2a Lei de Kirchhoff nas malhas do circuito para obter o sistema resultante. Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1: Figura 10: Resolvendo a primeira malha −15 + v1 + v2 + 10 = 0 −15 + 5i1 + 10(i1 − i2) + 10 = 0 −15 + 5i1 + 10i1 − 10i2 + 10 = 0 −5 + 15i1 − 10i2 = 0 15i1 − 10i2 = 5 A equac¸a˜o resultante pode ser dividida por 5 para simplificac¸a˜o dos ca´lculos: 3i1 − 2i2 = 1 (14) Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 2: 9 Figura 11: Resolvendo a segunda malha −10 + v3 + v4 + v5 = 0 −10 + 10(i2 − i1) + 6i2 + 4i2 = 0 −10 + 10i2 − 10i1 + 6i2 + 4i2 = 0 −10 + 20i2 − 10i1 = 0 −10i1 + 20i2 = 10 Esta equac¸a˜o pode ser dividida por 10 para simplificac¸a˜o: −i1 + 2i2 = 1 (15) 3o Passo: Montar o sistema de equac¸o˜es do circuito da Figura 8. O sistema pode ser escrito como: { 3i1 − 2i2 = 1 −i1 + 2i2 = 1 As Equac¸o˜es (14) e (15) tambe´m podem ser representadas por um matriz:[ 3 −2 −1 2 ] [ i1 i2 ] = [ 1 1 ] 4o Passo: Resoluc¸a˜o do sistema de equac¸o˜es para a obtenc¸a˜o de i1 e i2 que, por consequeˆncia, permitira˜o encontrar I1, I2 e I3. 1o Me´todo de soluc¸a˜o: Me´todo da substituic¸a˜o. A partir do sistema linear obtido, pode-se isolar uma inco´gnita em uma das equac¸o˜es e substitu´ı-la na outra equac¸a˜o para encontrar o seu valor. Da Equac¸a˜o (15): −i1 + 2i2 = 1 −i1 = 1− 2i2 i1 = 2i2 − 1 (16) Substituindo (16) em (14), obteˆm-se: 10 3(2i2 − 1)− 2i2 = 1 6i2 − 3− 2i2 = 1 4i2 = 4 i2 = 1A (17) Com o valor de i2 encontrado, substitui-se o resultado na Equac¸a˜o (16) para encontrar i1: i1 = 2(1)− 1 i1 = 1A (18) 2o Me´todo de soluc¸a˜o: Regra de Cramer. A partir da matriz que representa o modelo matema´tico do circuito da Figura 8 calcula-se i1 e i2 pelas razo˜es: i1 = ∆1 ∆ (19) i2 = ∆2 ∆ (20) Onde ∆, ∆1 e ∆2 sa˜o calculados pelos determinantes: ∆ = ∣∣∣∣ 3 −2−1 2 ∣∣∣∣ = (3)(2)− (−2)(−1) = 4 (21) ∆1 = ∣∣∣∣1 −21 2 ∣∣∣∣ = (1)(2)− (−2)(1) = 4 (22) ∆2 = ∣∣∣∣ 3 1−1 1 ∣∣∣∣ = (3)(1)− (1)(−1) = 4 (23) Substituindo (21) e (22) em (19): i1 = 1A (24) De (21) e (23) em (20): i2 = 1A (25) Analisando a Figura 9, percebe-se que I1 = i1 e I2 = i2 pois as correntes compartilham os mesmos ramos. Ja´, I3 e´ uma soma de I1 e I2. Pela 1 a Lei de Kirchhoff: I1 = I2 + I3 I3 = I1 − I2 (26) Aplicando os valores encontrados de I1 e I2 em (26): I3 = 0A (27) 5o Passo: Com as correntes determinadas, retorna-se ao circuito original para encon- trar as correntes e tenso˜es em cada elemento para poder comprovar os resultados obtidos. O circuito equivalente e´ visto na Figura 12. 11 Figura 12: Correntes encontradas Determinam-se as tenso˜es nos resistores a partir da Lei de Ohm e as correntes nos elementos, como indica a Figura 13. Figura 13: Circuito resolvido Como I3 = 0A, na˜o ha´ tensa˜o no resistor de 10Ω e na˜o ha´ corrente na fonte de 10V, enta˜o, este ramo do circuito pode ser representado por um circuito aberto. 6o Passo: Comprovac¸a˜o dos resultados. 1o Me´todo de comprovac¸a˜o: Leis de Kirchhoff. Atrave´s do valores encontrados de tenso˜es, monta-se a equac¸a˜o da malha 1 e malha 2 do circuito para verificar se o circuito respeita a 2a Lei de Kirchhoff com os valores obtidos. Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1:∑ V = 0 −15 + 5 + 0 + 10 = 0 −10 + 10 = 0 Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 2: 12 ∑ V = 0 −10− 0 + 6 + 4 = 0 −10 + 10 = 0 As duas equac¸o˜es obedecem a lei das tenso˜es de Kirchhoff, indicando que o circuito foi resolvido corretamente. Pode-se tambe´m verificar se as correntes nos no´s obedecem a 1a Lei de Kirchhoff: ∑ I = 0 Ou IEntrada + ISaida = 0 1− 1− 0 = 0 2o Me´todo de comprovac¸a˜o: Teorema de Tellegen. Realiza-se o balanc¸o de poteˆncias do circuito para confirmar que a poteˆncia consumida e´ a mesma que a poteˆncia gerada. Como na˜o ha´ tensa˜o no resistor de 10Ω, ele na˜o ira´ consumir poteˆncia; a fonte de 10V tambe´m na˜o consome ou gera poteˆncia pois na˜o ha´ corrente circulando por ela. Enta˜o, estes dois elementos na˜o entrara˜o no ca´lculo.∑ P = 0 Ou PGerada + PConsumida = 0 Substituindo os valores de tenso˜es e correntes obtidos: −15(1) + 5(1)2 + 6(1)2 + 4(1)2 = 0 −15 + 15 = 0 Exemplo 3: Considere o circuito da Figura 14. Determine a poteˆncia fornecida pela fonte de 2V. Figura 14: Circuito do Exemplo 3 Soluc¸a˜o: 1o Passo: Define-se para cada malha do circuito uma corrente em qualquer sentido, de acordo com a Figura 15. 13 Figura 15: Correntes definidas do Exemplo 3 2o Passo: A partir da 2a Lei de Kirchhoff, monta-se as equac¸o˜es de cada malha para se obter o modelo matema´tico do circuito. Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 1: Figura 16: Resolvendo a primeira malha −5 + v1 + v2 − 2 = 0 −7 + 4I1 + 2(I1 − I2) = 0 −7 + 4I1 + 2I1 − 2I2 = 0 −7 + 6I1 − 2I2 = 0 6I1 − 2I2 = 7 (28) Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na malha 2: 14 Figura 17: Resolvendo a segunda malha 2 + v3 + v4 + 1 = 0 3 + 2(I2 − I1) + 5I2 = 0 3 + 2I2 − 2I1 + 5I2 = 0 3− 2I1 + 7I2 = 0 −2I1 + 7I2 = −3 (29) 3o Passo: Monta-se o sistema de equac¸o˜es do circuito proposto.{ 6I1 − 2I2 = 7 −2I1 + 7I2 = −3 Ou na forma matricial: [ 6 −2 −2 7 ] [ I1 I2 ] = [ 7 −3 ] 4o Passo: Resolver o sistema linear utilizando os va´rios me´todos apresentados. 1o Me´todo de soluc¸a˜o: Me´todo da substituic¸a˜o. Partindo de (28), isola-se uma das correntes: 6I1 − 2I2 = 7 6I1 = 2I2 + 7 I1 = ( 2 6 ) I2 + 7 6 I1 = ( 1 3 ) I2 + 7 6 (30) Substituindo (30) em (29): −2I1 + 7I2 = −3 −2 ( 1 3 I2 + 7 6 ) + 7I2 = −3( −2 3 ) I2 − 14 6 + 7I2 = −3( −2 3 ) I2 + 7I2 = 7 3 − 3( 19 3 ) I2 = −2 3 15 I2 = − 2 19 A (31) Aplicando este valor obtido na Equac¸a˜o (30): I1 = ( 1 3 ) I2 + 7 6 I1 = ( 1 3 )( − 2 19 ) + 7 6 I1 = − 2 57 + 7 6 I1 = 43 38 A (32) 2o Me´todo de soluc¸a˜o: Regra de Cramer. A partir do modelo matricial do sistema, encontra-se I1 e I2 pelas fo´rmulas: I1 = ∆1 ∆ (33) I2 = ∆2 ∆ (34) Onde ∆, ∆1 e ∆2 sa˜o calculados pelos determinantes: ∆ = ∣∣∣∣ 6 −2−2 7 ∣∣∣∣ = (6)(7)− (−2)(−2) = 38 (35) ∆1 = ∣∣∣∣ 7 −2−3 7 ∣∣∣∣ = (7)(7)− (−2)(−3) = 43 (36) ∆2 = ∣∣∣∣ 6 7−2 −3 ∣∣∣∣ = (6)(−3)− (7)(−2) = −4 (37) Substituindo (35) e (36) em (33): I1 = 43 38 A (38) De (35) e (37) em (34): I2 = − 4 38 = − 2 19 A (39) O circuito equivalente com as correntes determinadas e´ mostrado na Figura 18. 16 Figura 18: Circuito equivalente 5o Passo: Com as correntes calculadas, retorna-se ao circuito original para calcular as tenso˜es e correntes resultantes nos elementos. O circuito equivalente e´ dado pela Figura 19. Figura 19: Circuito resolvido 6o Passo: Comprovac¸a˜o dos resultados. Pode ser comprovada a validez dos resultados a partir das leis de Kirchhoff e o Teorema de Tellegen. 1o Me´todo de comprovac¸a˜o: Leis de Kirchhoff. A partir dos resultados exibidos na Figura 19, monta-se as equac¸o˜es de malhas do circuito. Na malha 1: ∑ V = 0 −5 + 86 19 + 47 19 − 2 = 0 −7 + 7 = 0 Verificando a segunda malha: ∑ V = 0 2− 47 19 − 10 19 + 1 = 0 3− 3 = 0 17 Montando a equac¸a˜o de correntes (1a Lei de Kirchhoff):∑ I = 0 43 38 + 2 19 − 47 38 = 0 47 38 − 47 38 = 0 2o Me´todo de comprovac¸a˜o: Teorema de Tellegen. Nota-se na Figura 19 que todas as fontes esta˜o operando como geradoras, ou seja, todas tera˜o poteˆncias negativas.∑ P = 0 −5 ( 43 38 ) − 2 ( 47 38 ) − 1 (2 19 ) + 4 ( 43 38 )2 + 2 ( 47 38 )2 + 5 ( 2 19 )2 = 0 −313 38 + 313 38 = 0 Para encontrar a poteˆncia fornecida pela fonte de 2V, e´ necessa´rio saber qual a corrente que circula no ramo central do circuito, que e´ dada pela diferenc¸a entre I1 e I2: I2V = I1 − I2 ⇒ I2V = 43 38 − ( − 2 19 ) ⇒ I2V = 47 38 A Calcula-se a poteˆncia da fonte atrave´s de: P = V I ⇒ P = 2 ( 47 38 ) ⇒ P = 47 19 W Exemplo 4: Utilize o me´todo das malhas para encontrar Vo no circuito da Figura 20. Figura 20: Circuito do Exemplo 4 Soluc¸a˜o: 1o Passo: A tensa˜o Vo e´ a tensa˜o no resistor de 6kΩ. Para encontra´-la, e´ preciso calcular a corrente que circula por ele. Enta˜o, a partir do me´todo das malhas, define-se duas correntes, como mostra a Figura 21. 18 Figura 21: Circuito do Exemplo 4 2o Passo: Aplica-se a 2a Lei de Kirchhoff nas duas malhas para montar seu modelo matema´tico. A partir da primeira malha: Figura 22: Resolvendo a malha 1 3 + v1 + v2 + v3 = 0 3 + 2kI1 + 4kI1 + 2k(I1 − I2) = 0 3 + 6kI1 + 2kI1 − 2kI2 = 0 3 + 8kI1 − 2kI2 = 0 8kI1 − 2kI2 = −3 (40) Equacionando a segunda malha: 19 Figura 23: Resolvendo a malha 2 −3 + v4 − 6 + v5 = 0 −9 + 2k(I2 − I1) + 6kI2 = 0 −9 + 2kI2 − 2kI1 + 6kI2 = 0 −9− 2kI1 + 8kI2 = 0 −2kI1 + 8kI2 = 9 (41) 3o Passo: Montar o sistema de equac¸o˜es que representa o comportamento do circuito.{ 8kI1 − 2kI2 = −3 −2kI1 + 8kI2 = 9 Ou na forma matricial: [ 8k −2k −2k 8k ] [ I1 I2 ] = [−3 9 ] 4o Passo: Resolver o sistema de equac¸o˜es pelo me´todo desejado. 1o Me´todo de soluc¸a˜o: Me´todo da substituic¸a˜o. Partindo da Equac¸a˜o (40): 8kI1 − 2kI2 = −3 8kI1 = 2kI2 − 3 I1 = ( 1 4 ) I2 − 3 8k (42) Substituindo (42) em (41): −2kI1 + 8kI2 = 9 −2k ( 1 4 I2 − 3 8k ) + 8kI2 = 9 −500I2 + 3 4 + 8kI2 = 9 7, 5kI2 = 33 4 20 I2 = 11 10000 = 1, 1mA (43) Obs: Neste ponto, o problema ja´ esta´ resolvido, visto que Vo = 6kI2. Pore´m, todos os exerc´ıcios seguira˜o o mesmo padra˜o de resolver por completo o circuito e comprovar os resultados obtidos. Utilizando o valor de I2 na Equac¸a˜o (42): I1 = ( 1 4 ) I2 − 3 8k I1 = ( 1 4 )( 11 10000 ) − 3 8k I1 = 11 40000 − 3 8k I1 = − 1 10k = −0, 1mA (44) 2o Me´todo de soluc¸a˜o: Regra de Cramer. A partir da matriz do sistema linear, calcula-se I1 e I2 pelas seguinte equac¸o˜es: I1 = ∆1 ∆ (45) I2 = ∆2 ∆ (46) Onde ∆, ∆1 e ∆2 sa˜o calculados a partir dos seguintes determinantes: ∆ = ∣∣∣∣ 8k −2k−2k 8k ∣∣∣∣ = (8k)(8k)− (−2k)(−2k) = 60M (47) ∆1 = ∣∣∣∣−3 −2k9 8k ∣∣∣∣ = (−3)(8k)− (9)(−2k) = −6k (48) ∆2 = ∣∣∣∣ 8k −3−2k 9 ∣∣∣∣ = (8k)(9)− (−3)(−2k) = −66k (49) Substituindo (47) e (48) em (45): I1 = − 6k 60M = −0, 1mA (50) De (47) e (49) em (46): I2 = 66k 60M = 1, 1mA (51) 5o Passo: Calcular a tensa˜o e corrente em cada elemento do circuito. O circuito equivalente e´ dado pela Figura 24. 21 Figura 24: Circuito equivalente Aplica-se agora a Lei de Ohm para encontrar a tensa˜o equivalente em cada resistor. Nota-se que a corrente no resistor central e´ dada pela soma das duas correntes, ate´ que elas chegam em um no´ e separam-se. Enta˜o, o circuito resolvido sera´: Figura 25: Circuito resolvido 6o Passo: Comprovac¸a˜o dos resultados. Atrave´s das Leis de Kirchhoff e o Teo- rema de Tellegen, verifica-se se as correntes e tenso˜es encontradas esta˜o corretas. 1o Me´todo de comprovac¸a˜o: Leis de Kirchhoff. Utilizando a lei das tenso˜es de Kirchhoff, analisa-se as malhas. Na primeira malha: ∑ V = 0 −3 + 2, 4 + 0, 4 + 0, 2 = 0 −3 + 3 = 0 Na segunda malha: ∑ V = 0 −3 + 2, 4− 6 + 6, 6 = 0 −0, 6 + 0, 6 = 0 Montando a equac¸a˜o de correntes (1a Lei de Kirchhoff): 22 ∑ I = 0 1, 2m− 0, 1m− 1, 1m = 0 1, 2m− 1, 2m = 0 2o Me´todo de comprovac¸a˜o: Teorema de Tellegen. Encontra-se a poteˆncia individual dos elementos, obedecendo a convenc¸a˜o adotada:∑ P = 0 −3(1, 2m)− 6(1, 1m) + 2k(0, 1m)2 + 4k(0, 1m)2 + 2k(1, 2m)2 + 6k(1, 1m)2 = 0 −10, 2m+ 10, 2m = 0 Vo e´ a tensa˜o no resistor de 6kΩ, obedecendo a refereˆncia de sinais que foi dada no exerc´ıcio. Vo = 6kI2 ⇒ Vo = 6k1, 1m⇒ Vo = 6, 6V Exemplo 5: a) Utilize o me´todo das correntes de malhas para encontrar a poteˆncia fornecida ou consumida pelas fontes de tensa˜o do circuito da Figura 26. b) Calcule a tensa˜o vo no resistor de 8Ω. Figura 26: Circuito do Exemplo 5 Soluc¸a˜o: Define-se em qualquer sentido uma corrente para cada malha, como pode ser visto na Figura 27. 23 Figura 27: Correntes definidas Montam-se as equac¸o˜es das malhas atrave´s da 2a Lei de Kirchhoff. Aplicando a lei das tenso˜es na primeira malha: Figura 28: Resolvendo a primeira malha −40 + v1 + v2 = 0 −40 + 2I1 + 8(I1 − I2) = 0 −40 + 2I1 + 8I1 − 8I2 = 0 −40 + 10I1 − 8I2 = 0 10I1 − 8I2 = 40 (52) Partindo para a segunda malha: 24 Figura 29: Resolvendo a segunda malha v3 + v4 + v5 = 0 8(I2 − I1) + 6I2 + 6(I2 − I3) = 0 8I2 − 8I1 + 6I2 + 6I2 − 6I3 = 0 −8I1 + 20I2 − 6I3 = 0 (53) Equacionando a terceira malha: Figura 30: Resolvendo a terceira malha 20 + v6 + v7 = 0 20 + 6(I3 − I2) + 4I3 = 0 20 + 6I3 − 6I2 + 4I3 = 0 −6I2 + 10I3 + 20 = 0 −6I2 + 10I3 = −20 (54) Agora, monta-se o sistema linear a partir das equac¸o˜es obtidas. 10I1 − 8I2 = 40 −8I1 + 20I2 − 6I3 = 0 −6I2 + 10I3 = −20 Ou na forma de matriz: 25 10 −8 0−8 20 −6 0 −6 10 I1I2 I3 = 400 −20 Agora aplica-se os me´todos vistos ate´ agora para resolver o sistema de equac¸o˜es. 1o Me´todo de soluc¸a˜o: Me´todo da substituic¸a˜o. Este me´todo tambe´m pode ser utilizado em sistemas maiores, pois e´ uma forma relativamente ra´pida de encontrar os valores desejados. Para aplicar corretamente esta forma de resoluc¸a˜o, todas as equac¸o˜es devem estar em func¸a˜o de uma inco´gnita. Enta˜o, partindo da Equac¸a˜o (52), isola-se I1: 10I1 − 8I2 = 40 10I1 = 8I2 + 40 I1 = ( 4 5 ) I2 + 4 (55) Agora, isolando I3 a Equac¸a˜o (54): −6I2 + 10I3 = −20 10I3 = 6I2 − 20 I3 = ( 3 5 ) I2 − 2 (56) Substituindo (55) e (56) em (53): −8I1 + 20I2 − 6I3 = 0 −8 ( 4 5 I2 + 4 ) + 20I2 − 6 ( 3 5 I2 − 2 ) = 0 −32− ( 32 5 ) I2 + 20I2 − ( 18 5 ) I2 + 12 = 0 − ( 50 5 ) I2 + 20I2 = 20 10I2 = 20 I2 = 2A (57) Para encontrar as outras correntes, aplica-se (57) em (55) I1 = ( 4 5 ) I2 + 4 I1 = ( 4 5 ) 2 + 4 I1 = 8 5 + 4 I1 = 5, 6A (58) E em (56): 26 I3 = ( 3 5 ) I2 − 2 I3 = ( 3 5 ) 2− 2 I3 = 6 5 − 2 I3 = −0, 8A (59) 2o Me´todo de soluc¸a˜o: Regra de Cramer. A partir da matriz do sistema, encontra-se I1, I2 e I3 pelas fo´rmulas: I1 = ∆1 ∆ (60) I2 = ∆2 ∆ (61) I3 = ∆3 ∆ (62) Onde ∆, ∆1, ∆2 e ∆3 sa˜o calculados pelos determinantes: ∆ = ∣∣∣∣∣∣ 10 −8 0 −8 20 −6 0 −6 10 ∣∣∣∣∣∣ = 2000− 360− 640 = 1000 (63) ∆1 = ∣∣∣∣∣∣ 40 −8 0 0 20 −6 −20 −6 10 ∣∣∣∣∣∣ = 8000− 1440− 960 = 5600 (64) ∆2 = ∣∣∣∣∣∣ 10 40 0 −8 0 −6 0 −20 10 ∣∣∣∣∣∣ = 3200− 1200 = 2000 (65) ∆3 = ∣∣∣∣∣∣ 10 −8 40 −8 20 0 0 −6 −20 ∣∣∣∣∣∣ = 1280 + 1920− 4000 = −800 (66) Enta˜o, substituindo (63) e (64) em (60): I1 = 5, 6A (67) De (63) e (65) em (61), obteˆm-se: I2 = 2A (68) E a partir de (63) e (66) em (62): I3 = −0, 8A (69) A Figura 31 mostra o circuito com as correntes encontradas. 27 Figura 31: Correntes encontradas a) Ambas as fontes esta˜o gerando energia, pois a corrente esta´ entrando no terminal negativo, enta˜o: P40V = −40(5, 6)⇒ P40V = −224W P20V = −20(0, 8)⇒ P20V = −16W b) A tensa˜o no resistor e´ dadapor: vo = 8(i1 − i2)⇒ vo = 8(3, 6)⇒ vo = 28, 8V Daqui em diante, a comprovac¸a˜o dos resultados podera´ ser feita pelo leitor como exerc´ıcio. Exemplo 6: Utilize o me´todo das malhas no circuito da Figura 32 para encontrar: a) A poteˆncia fornecida pela fonte. b) A poteˆncia dissipada no resistor de 8Ω Figura 32: Circuito do Exemplo 6 Define-se as correntes de malhas no circuito no sentido desejado, como mostra a Figura 33. 28 Figura 33: Correntes definidas Montam-se as equac¸o˜es das malhas dos circuitos a partir da lei das tenso˜es de Kir- chhoff. Aplicando a 2a Lei de Kirchhoff na primeira malha: Figura 34: Resolvendo a primeira malha −80 + v1 + v2 = 0 −80 + 5(I1 − I3) + 26(I1 − I2) = 0 −80 + 5I1 − 5I3 + 26I1 − 26I2 = 0 −80 + 31I1 − 26I2 − 5I3 = 0 31I1 − 26I2 − 5I3 = 80 (70) Na segunda malha obteˆm-se: 29 Figura 35: Resolvendo a segunda malha v3 + v4 + v5 = 0 26(I2 − I1) + 90(I2 − I3) + 8I2 = 0 26I2 − 26I1 + 90I2 − 90I3 + 8I2 = 0 −26I1 + 124I2 − 90I3 = 0 (71) Para a terceira malha do circuito, faz-se: Figura 36: Resolvendo a terceira malha v6 + v7 + v8 = 0 5(I3 − I1) + 30I3 + 90(I3 − I2) = 0 5I3 − 5I1 + 30I3 + 90I3 − 90I2 = 0 −5I1 − 90I2 + 125I3 = 0 (72) Montando o sistema de equac¸o˜es a partir do modelo obtido do circuito: 31I1 − 26I2 − 5I3 = 80 −26I1 + 124I2 − 90I3 = 0 −5I1 − 90I2 + 125I3 = 0 Ou: 30 31 −26 −5−26 124 −90 −5 −90 125 I1I2 I3 = 800 0 1o Me´todo de soluc¸a˜o: Eliminac¸a˜o de Gauss. O me´todo da substituic¸a˜o na˜o e´ aplica´vel nesta situac¸a˜o, na˜o e´ poss´ıvel colocar todas as equac¸o˜es em func¸a˜o de uma varia´vel. A partir do escalonamento/eliminac¸a˜o de Gauss, sa˜o feitas operac¸o˜es elementares nas linhas da matriz do sistema de modo que os valores abaixo da diagonal principal da matriz sejam nulos. Enta˜o: 31 −26 −5−26 124 −90 −5 −90 125 I1I2 I3 = 800 0 ⇒ 26 31 L1 + L2 31 −26 −50 3168 31 −2920 31−5 −90 125 I1I2 I3 = 802080 31 0 ⇒ 5 31 L1 + L3 31 −26 −50 3168 31 −2920 31 0 −2920 31 3850 31 I1I2 I3 = 802080 31 400 31 ⇒ 2920 3168 L2 + L3 31 −26 −50 3168 31 −2920 31 0 0 3700 99 I1I2 I3 = 802080 31 7400 99 Desta matriz observa-se na terceira linha que:( 3700 99 ) I3 = 7400 99 I3 = 2A (73) Na segunda linha da matriz escalonada tem-se:( 3168 31 ) I2 − ( 2920 31 ) I3 = 0 (74) Substituindo (73) em (74): ( 3168 99 ) I2 = ( 2920 31 ) 2 I2 = 2, 5A (75) Na primeira linha da matriz resolvida, observa-se que: 31I1 − 26I2 − 5I3 = 80 (76) Substituindo (73) e (75) em (76): 31I1 − 26(2, 5)− 5(2) = 80 31 I1 = 5A (77) 2o Me´todo de soluc¸a˜o: Regra de Cramer. A partir da matriz original do sistema, encontra-se I1, I2 e I3 pelas fo´rmulas: I1 = ∆1 ∆ (78) I2 = ∆2 ∆ (79) I3 = ∆3 ∆ (80) Onde ∆, ∆1, ∆2 e ∆3 sa˜o calculados pelos determinantes: ∆ = ∣∣∣∣∣∣ 31 −26 −5 −26 124 −90 −5 −90 125 ∣∣∣∣∣∣ = 480500−11700−11700−84500−251100−3100 = 118400 (81) ∆1 = ∣∣∣∣∣∣ 80 −26 −5 0 124 −90 0 −90 125 ∣∣∣∣∣∣ = 1240000− 648000 = 592000 (82) ∆2 = ∣∣∣∣∣∣ 31 80 −5 −26 0 −90 −5 0 125 ∣∣∣∣∣∣ = 260000 + 36000 = 296000 (83) ∆3 = ∣∣∣∣∣∣ 31 −26 80 −26 124 0 −5 −90 0 ∣∣∣∣∣∣ = 187200 + 49600 = 236800 (84) Enta˜o, substituindo (81) e (82) em (78): I1 = 5A (85) De (81) e (83) em (79), obteˆm-se: I2 = 2, 5A (86) E a partir de (81) e (84) em (80): I3 = 2A (87) a) A poteˆncia da fonte e´ dada por: P = V I ⇒ P = 80(5)⇒ P = 400W b) A poteˆncia dissipada no resistor sera´ dada por: P = RI2 ⇒ P = 8(2, 5)2 ⇒ P = 50W 32 Exemplo 7: Determinar, pelo me´todo das malhas, as correntes no circuito da Figura 37. Figura 37: Circuito do Exemplo 7 As correntes ja´ foram dadas no exerc´ıcio, apenas monta-se as equac¸o˜es de malhas. Sa˜o, enta˜o, montadas as equac¸o˜es de malha do circuito. Na primeira malha obteˆm-se: −7 + 1(i1 − i2) + 6 + 2(i1 − i2) = 0 −1 + i1 − i2 + 2i1 − 2i2 = 0 3i1 − i2 − 2i3 = 1 Equacionando a segunda malha: 1(i2 − i1) + 2i2 + 3(i2 − i3) = 0 i2 − i1 + 2i2 + 3i2 − 3i3 = 0 −i1 + 6i2 − 3i3 = 0 Para a terceira malha: 2(i3 − i1)− 6 + 3(i3 − i2) + 1i3 = 0 2i3 − 2i1 + 3i3 − 3i2 + i3 = 6 −2i1 − 3i2 + 6i3 = 6 Daqui em diante, o leitor devera´ aplicar os me´todos apresentados para resolver os sistemas desta e das pro´ximas questo˜es. Resposta: i1 = 3A i2 = 2A i3 = 3A Exemplo 8: Encontre Vo no circuito da Figura 38 utilizando a ana´lise de malhas. 33 Figura 38: Circuito do Exemplo 8 As correntes de malha sa˜o definidas como mostra a Figura 39. Figura 39: Correntes definidas Analisando a primeira malha obteˆm-se: −2 + 2kI1 + 3kI1 + 4k(I1 − I2) + 3k(I2 − I3) = 0 5kI1 + 4kI1 − 4kI2 + 3kI2 − 3kI3 = 2 12kI1 − 4kI2 − 3kI3 = 2 Equacionando a segunda malha: −12 + 4k(I2 − I1) + 4kI2 + 6k(I2 − I3) = 0 4kI2 − 4kI1 + 4kI2 + 6kI2 − 6kI3 = 12 −4kI1 + 14kI2 − 6kI3 = 12 Para a u´ltima malha: −8 + 3k(I3 − I1) + 6k(I3 − I2) + 6kI3 = 0 3kI3 − 3kI1 + 6kI3 − 6kI2 + 6kI3 = 8 −3kI1 − 6kI2 − 15kI3 = 8 Resposta = 8,96V 34 Exemplo 9: Calcule a diferenc¸a de potencial entre os no´s A e B do circuito da Figura 40 pelo me´todo das correntes nas malhas. Figura 40: Circuito do Exemplo 9 Definindo as correntes de malhas: Figura 41: Correntes definidas Equacionando a 1a malha: −2 + 2(I1 − I3)− 5 + 1(I1 − I2) = 0 −7 + 2I1 − 2I3 + I1 − I2 = 0 3I1 − I2 − 2I3 = 7 Na segunda malha: 10 + 1(I2 − I1) + 8 + 3(I2 − I3) = 0 18 + I2 − I1 + 3I2 − 3I3 = 0 −I1 + 4I2 − 3I3 = −18 Para a terceira malha: 35 −8 + 5 + 2(I3 − I1) + 4I3 − 20 + 3(I3 − I2) = 0 −23 + 2I3 − 2I1 + 4I3 + 3I3 − 3I2 = 0 −2I1 − 3I2 + 9I3 = 23 Resposta: VAB = -3,14V Exemplo 10: Calcule a poteˆncia absorvida pelo resistor de 3Ω no circuito da Figura XX pelo me´todo das correntes nas malhas. Figura 42: Circuito do Exemplo 10 Soluc¸a˜o: Ao se tratar de circuitos espaciais (resisteˆncia de 3Ω que cruza por cima da resisteˆncia de 1Ω), deve-se transformar o esquema em um circuito plano. Para isso, o ramo entre os no´s A e C e´ deslocado a` esquerda, resultando no circuito da Figura 43. Figura 43: Circuito redesenhado Ao aplicar o me´todo das malhas, obteˆm-se na malha 1: 4 + 2(I1 − I3) + 3I1 = 0 4 + 2I1 − 2I3 + 3I1 = 0 5I1 − 2I3 = −4 Na malha 2 monta-se a seguinte equac¸a˜o: 36 −4 + 2I2 + 1(I2 − I3) = 0 −4 + 2I2 + I2 − I3 = 0 3I2 − I3 = 4 Por fim, na terceira malha: 10 + 2(I3 − I1) + 1(I3 − I2) = 0 10 + 2I3 − 2I1 + I3 − I2 = 0 −2I1 − I2 + 3I3 = −10 A resoluc¸a˜o do sistema de equac¸o˜es devera´ ser feita pelo leitor. Resposta: P = 27W Exemplo 11: Calcule o valor da resisteˆncia R do circuito mostrado na Figura 44 de modo que a corrente i seja nula.(Obs: Utilizar o me´todo das malhas) Figura 44: Circuito do Exemplo 11 Soluc¸a˜o: Primeiramente define-se as correntes de malhas no circuito, como mostra a Figura 45. Figura 45: Correntes definidas Para i ser zero, o resistor de 3Ω na˜o deve possuir queda de tensa˜o. Tambe´m monta-se uma equac¸a˜o de restric¸a˜o para o circuito, dada por: 37 i− I3 + I2 = 0⇒ i = I3 − I2 = 0 Agora, monta-se as equac¸o˜es de malhas com base nestas premissas. Para a malha 1: −12 + 2I1 + 4(I1 − I2) +R(I1 − I3) = 0 −12 + 2I1 + 4I1 − 4I2 +RI1 −RI3 = 0 (R + 6)I1 − 4I2 −RI3 = 12 Para a malha 2: 2 + 4(I2 − I1) + 6I2 + 3(I2 − I3) = 0 2 + 4I2 − 4I1 + 6I2 + 3I2 − 3I3 = 0 −4I1 + 13I2 − 3I3 = −2 Na malha 3: −2 + 3(I3 − I2) + 8I3 +R(I3 − I1) = 0 −2 + +3I3 − 3I2 + 8I3 +RI3 −RI1 = 0 −RI1 − 3I2 + (R + 11)I3 = 2 Obs: Na˜o e´ necessa´rio saber o valor de I1 para encontrar o valor de R. A restric¸a˜o refere-se apenas a` I2 e I3, enta˜o encontram-se estascorrentes em func¸a˜o de R. Dica: Utilize a Regra de Cramer. Resposta: R = 1,923Ω Exemplo 12: Calcular a intensidade da corrente i do circuito da Figura 46 pelo me´todo das malhas. Figura 46: Circuito do Exemplo 12 Soluc¸a˜o: Antes de definir as correntes em um circuito, e´ sempre importante verificar se e´ poss´ıvel reduzi-lo para que possa simplificar os ca´lculos posteriores. Neste caso, e´ poss´ıvel fazer duas reduc¸o˜es: 1) A fonte de corrente com seu resistor em paralelo pode ser transformada em uma fonte de tensa˜o com o resistor agora em se´rie atrave´s de: 38 V = RI ⇒ V = 0, 5(1)⇒ V = 0, 5V 2) O resistor de 1Ω em paralelo com a fonte de tensa˜o pode ser descartado do circuito, pois na˜o havera´ variac¸a˜o de tensa˜o no resistor, ele esta´ fixado a 2V. Apo´s levar em conta estas considerac¸o˜es, o circuito reduzido sera´: Figura 47: Circuito do Exemplo 12 simplificado Equacionando o circuito, na primeira malha e´ obtido: 2I1 + 1(I1 − I3) + 1(I1 − I2) = 0 2I1 + I1 − I3 + I1 − I2 = 0 4I1 − I2 − I3 = 0 Na segunda malha e´ obtida a seguinte equac¸a˜o: −2 + 0, 5I2 + 1(I2 − I1) + 0, 5(I2 − I3) + 0, 5 = 0 −1, 5 + 0, 5I2 + I2 − I1 + 0, 5I2 − 0, 5I3 = 0 −I1 + 2I2 − 0, 5I3 = 1, 5 Na terceira malha obteˆm-se: 2− 0, 5 + 0, 5(I3 − I2) + 1(I3 − I1) = 0 1, 5 + 0, 5I3 − 0, 5I2 + I3 − I1 = 0 −I1 − 0, 5I2 + 1, 5I3 = −1, 5 A resoluc¸a˜o do sistema linear e obtenc¸a˜o da equac¸a˜o que descreve i devem ser feitas pelo leitor para fixac¸a˜o. Resposta: i = 15 26 = 0, 577A 39 Exemplo 13: Determinar o valor de Eo no circuito da Figura 48. Figura 48: Circuito do Exemplo 13 Soluc¸a˜o: E´ poss´ıvel planificar o circuito para uma ana´lise mais fa´cil. Observando a partir da refereˆncia Topo, pode-se rotacionar o circuito para uma visa˜o superior, como mostra a Figura 49. Figura 49: Circuito do Exemplo 13 com vista superior Com uma visa˜o mais clara, foram definidas as correntes de malhas e agora aplica-se a 2a Lei de Kirchhoff. Resolvendo a malha 1: E + 2(I1 − I3) + 2I1 + 2(I1 − I2) = 0 E + 2I1 − 2I3 + 2I1 + 2I1 − 2I2 = 0 6I1 − 2I2 − 3I3 = −E Equacionando a malha 2: −E + 2(I2 − I1) + 2I2 + 2I2 = 0 −E + 2I2 − 2I1 + 4I2 = 0 −2I1 + 6I2 = E Modelando a terceira malha: 40 −E + 2I3 − 3E + 2I3 + 2(I3 − I1) = 0 −4E + 4I3 + 2I3 − 2I1 = 0 −2I1 + 6I3 = 4E A resoluc¸a˜o das equac¸o˜es fica como exerc´ıcio. Dica: Adote um sinal de refereˆncia para Eo. Resposta: Eo = 6 7 E 2 Me´todo das malhas com fontes dependentes e in- dependentes de tensa˜o Exemplo 14: Determine i1 no circuito da Figura 50. Figura 50: Circuito do Exemplo 14 Soluc¸a˜o: Circuitos com fontes dependentes, ou controladas, dependem de algum paraˆmetro do circuito: a tensa˜o em um no´ ou elemento; ou a corrente em um ramo. Esse paraˆmetro sempre sera´ apontado no circuito quando se trabalha com fontes dependentes. Neste caso, a fonte depende do paraˆmetro corrente i1 e ira´ quadruplicar seu valor. O resultado obtido sera´ o valor de tensa˜o de sa´ıda da fonte. Para resolver o circuito, define-se como nos exemplos anteriores, as correntes de malha: 41 Figura 51: Definidas as correntes do Exemplo 14 Enta˜o, equacionando a primeira malha: 3 + 4(i1 − i2) + 2i1 = 0 3 + 4i1 − 4i2 + 2i1 = 0 6i1 − 4i2 = −3 Para equacionar a segunda malha, deve-se ter cuidado com a fonte de tensa˜o. Ela esta´ gerando uma tensa˜o de 4i1 e devera´ ser adicionada desse modo na equac¸a˜o: −5− 4i1 + 4(i2 − i1) + 4i2 = 0 −5− 4i1 + 4i2 − 4i1 + 4i2 = 0 −8i1 + 8i2 = 5 O leitor deve resolver o sistema resultante como exerc´ıcio. Resposta: i1 = −0, 25A Exemplo 15: Determine o valor de i1 no circuito da Figura 52. Figura 52: Circuito do Exemplo 15 Soluc¸a˜o: Agora a fonte controlada depende de um valor de tensa˜o de um resistor, o que muda a resoluc¸a˜o do sistema. Agora e´ necessa´rio obter uma equac¸a˜o de restric¸a˜o. Pois ao resolver o circuito pelo me´todo das malhas, sera´ obtida treˆs varia´veis: i1, i2 e vx mas apenas duas equac¸o˜es. E´ preciso encontrar um modo de representar vx em func¸a˜o das correntes do circuito. Enta˜o, definindo as correntes de malhas: 42 Figura 53: Correntes definidas no Exemplo 15 Montando a equac¸a˜o da primeira malha: 3 + 4(i1 − i2) + 2i1 = 0 3 + 4i1 − 4i2 + 2i1 = 0 6i1 − 4i2 = −3 Agora, na segunda malha: −5− 2vx + 4(i2 − i1) + 4i2 = 0 A varia´vel vx pode ser reescrita como: vx = 4(i2 − i1) Substituindo a equac¸a˜o de vx na equac¸a˜o da segunda malha: −5 + 2[4(i2 − i1)] + 4(i2 − i1) + 4i2 = 0 −5 + 8i2 − 81 + 4i2 − 4i1 + 4i2 = 0 4i1 = 5 A resposta ja´ pode ser obtida a partir da segunda equac¸a˜o. Na˜o foi necessa´ria a equac¸a˜o da primeira malha, mas sem a equac¸a˜o de restric¸a˜o, seria imposs´ıvel resolver este sistema. Resposta: i1 = 1, 25A Exemplo 16: Determine i1 no circuito da Figura 54, se o valor de controle A for: a) 2i2 b) 2vx 43 Figura 54: Circuito do Exemplo 16 a) Para o primeiro caso, troca-se A pelo valor fornecido: Figura 55: Exemplo 16 caso A Enta˜o, para a primeira malha: −2i2 − 2 + 2i1 + 5(i1 − i2) = 0 −2i2 − 2 + 2i1 + 5i1 − 5i2 = 0 7i1 − 7i2 = 2 Para a segunda malha: −6 + 4i2 + 5(i2 − i1) + 3i2 = 0 −6 + 4i2 + 5i2 − 5i1 + 3i2 = 0 −5i1 + 12i2 = 6 Resposta: i1 = 66 49 A b) Neste caso, a fonte dependera´ de um valor de tensa˜o. Ja´ sabemos que a tensa˜o deve ser escrita em func¸a˜o das correntes de malha para que o sistema seja poss´ıvel determinado. Enta˜o: 44 Figura 56: Exemplo 16 caso B Para a primeira malha: −2vx − 2 + 2i1 + 5(i1 − i2) = 0 O paraˆmetro vx e´ dado por: vx = 5(i1 − i2) Substituindo a restric¸a˜o na equac¸a˜o da primeira malha, obteˆm-se: −2[5(i1 − i2)]− 2 + 2i1 + 5i1 − 5i2 = 0 −10i1 − 10i2 − 2 + 2i1 + 5i1 − 5i2 = 0 −3i1 + 5i2 = 2 Para a segunda malha: −6 + 4i2 + 5(i2 − i1) + 3i2 = 0 −6 + 4i2 + 5i2 − 5i1 + 3i2 = 0 −5i1 + 12i2 = 6 Resposta: i1 = 6 11 A Exemplo 17: O circuito equivalente de um amplificador operacional e´ mostrado na Figura 57. Determine a impedaˆncia (resisteˆncia) de entrada. 45 Figura 57: Circuito do Exemplo 17 Resolvendo a primeira malha: −V1 + Vi +R1(I1 − I2) = 0 −V1 +RiI1 +R1I1 −R1I2 = 0 V1 = (Ri +R1)I1 −R1I2 Resolvendo a segunda malha: −AVi +R1(I2 − I1) +R2I2 +RoI2 = 0 −ARiI1 +R1I2 −R1I1 +R2I2 +RoI2 = 0 −ARiI1 = (R1 +R2 +Ro)I2 −R1I1 (R1 − ARi)I1 = (R1 +R2 +Ro)I2 Dica: A impedaˆncia de entrada e´ dada por V1 I1 Resposta: V1 I1 = Ri + (ARi +R2 +Ro)R1 R1 +R2 +Ro Ω Exemplo 18: Utilize o me´todo das malhas para encontrar a corrente Io. 46 Figura 58: Circuito do Exemplo 18 Equacionando a primeira malha: −10 + 10(i1 − i2) + 12(i1 − i2) = 0 −10 + 10i1 − 10i2 + 12i1 − 12i2 = 0 22i1 − 10i2 − 12i3 = 24 Equacionando a segunda malha: 24i2 + 4(i2 − i3) + 10(i2 − i1) = 0 24i2 + 4i2 − 4i3 + 10i2 − 10i1 = 0 −10i1 + 38i2 − 4i3 = 0 Por fim, na u´ltima malha, contendo a fonte controlada: 4Io + 12(i3 − i1) + 4(i3 − i2) = 0 A corrente Io deve ser escrita em func¸a˜o das outras correntes do sistema, ja´ que estas sa˜o as varia´veis que deseja-se encontrar. A equac¸a˜o de restric¸a˜o de Io e´ dada por: Io = i1 − i2 Aplicando a restric¸a˜o, na equac¸a˜o em andamento da terceira malha: 4(i1 − i2) + 12i3 − 12i1 + 4i3 − 4i2 = 0 4i1 − 4i2 + 12i3 − 12i1 + 4i3 − 4i2 = 0 −8i1 − 8i2 + 16i3 = 0 Resposta: Io = 1, 5A Exemplo 19: Encontre Io pelo me´todo das malhas no circuito da Figura 59. 47 Figura 59: Circuito do Exemplo 19 Na primeira malha: −16 + 4(i1 − i3) + 2(i1 − i2) = 0 −16 + 4i1 − 4i3 + 2i1 − 2i2 = 0 6i1 − 2i2 − 4i3 = 16 Na malha 2: −10Io + 2(i2 − i1) + 8(i2 − i3) = 0 Nota-se que a corrente Io coincide com a corrente de malha i3. Assim, a equac¸a˜o de restric¸a˜o para Io sera´: Io = i3 E a equac¸a˜o da malha 2 se torna:10i3 + 2i2 − 2i1 + 8i2 − 8i3 = 0 −2i1 + 10i2 − 18i3 = 0 Por fim, na terceira malha: 6i3 + 8(i3 − i2) + 4(i3 − i1) = 0 6i3 + 8i3 − 8i2 + 4i3 − 4i1 = 0 −4i1 − 8i2 + 18i3 = 0 Com Io em func¸a˜o das inco´gnitas do circuito, resolve-se o sistema atrave´s de qualquer me´todo apresentado. Resposta: Io = −4A Exemplo 20: Encontre Io na rede da Figura 60. 48 Figura 60: Circuito do Exemplo 20 Resolvendo a malha 1: 6 + 6k(I1 − I2) + 12k(I1 − I3) = 0 6 + 6kI1 − 6kI2 + 12kI1 − 12kI3 = 0 18kI1 − 6kI2 − 12kI3 = −6 Resolvendo a malha 2: 2vx + 6k(I2 − I1) + 12kI2 = 0 Novamente, a fonte controlada exigira´ uma equac¸a˜o de restric¸a˜o para tornar o sistema linear determinado. A equac¸a˜o que determina vx e´ dada por: vx = 6k(I2 − I1) Aplica-se agora esta restric¸a˜o na equac¸a˜o da segunda malha: 2[6k(I2 − I1)] + 6k(I2 − I1) + 12kI2 = 0 12kI2 − 12kI1 + 6kI2 − 6kI1 + 12kI2 = 0 −18kI1 + 30kI2 = 0 Para a malha 3: −2vx + 6kI3 + 12k(I3 − I1) = 0 Esta equac¸a˜o tambe´m requer que a restric¸a˜o seja aplicada para que possa ser resolvida. Enta˜o: −2[6k(I2 − I1)] + 6kI3 + 12kI3 − 12kI1 = 0 −12kI2 + 12kI1 + 6kI3 + 12kI3 − 12kI1 = 0 −12kI2 + 18kI3 = 0 Resposta: Io = 0, 375mA 49 Exemplo 21: Utilize o me´todo das correntes nas malhas para encontrar a poteˆncia dissipada pelo resistor de 4Ω no circuito da Figura 61. Figura 61: Circuito do Exemplo 21 Na primeira malha: −50 + 5(i1 − i2) + 20(i1 − i3) = 0 −50 + 5i1 − 5i2 + 20i1 − 20i3 = 0 25i1 − 5i2 − 20i3 = 50 Para a segunda malha, monta-se: 1i2 + 4(i2 − i3) + 5(i2 − i1) = 0 i2 + 4i2 − 4i3 + 5i2 − 5i1 = 0 −5i1 + 10i2 − 4i3 = 0 A terceira malha resulta em: 15io + 20(i3 − i1) + 4(i3 − i2) = 0 Agora deve-se buscar a equac¸a˜o que define io em termos das inco´gnitas que modelam o circuito. Analisando o paraˆmetro no circuito, nota-se que: io = 11 − i3 Substituindo na equac¸a˜o da malha 3: 15(i1 − i3) + 20i3 − 20i1 + 4i3 − 4i2 = 0 15i1 − 15i3 + 20i3 − 20i1 + 4i3 − 4i2 = 0 −5i1 − 4i2 + 9i3 = 0 Resposta: P = 16W 50 Exemplo 22: Considere o circuito da Figura 62. a) Quantas equac¸o˜es de correntes nas malhas sa˜o necessa´rias para resolver o circuito? b) Utilize a ana´lise de malhas para encontrar a poteˆncia entregue a` fonte dependente de tensa˜o. Figura 62: Circuito do Exemplo 22 a) Por possuir treˆs malhas, havera´ treˆs correntes desconhecidas, que implicam na necessidade de treˆs equac¸o˜es para solucionar o sistema. b) Equacionando a primeira malha: −25 + 2(I1 − I3) + 5(I1 − I2) + 10 = 0 −15 + 2I1 − 2I3 + 5I1 − 5I2 = 0 7I1 − 5I2 − 2I3 = 15 Agora, na malha 2: −10 + 5(I2 − I1) + 3(I2 − I3) + 1I2 = 0 −10 + 5I2 − 5I1 + 3I2 − 3I3 + I2 = 0 −5I1 + 9I2 − 3I3 = 10 Na terceira malha: −(−3vo) + 14I3 + 3(I3 − I2) + 2(I3 − I1) = 0 3vo + 14I3 + 3I3 − 3I2 + 2I3 − 2I1 = 0 Neste momento deve ser definida a equac¸a˜o de restric¸a˜o da tensa˜o vo, que sera´ dada por: vo = 3(I2 − I3) Completa-se agora a equac¸a˜o 3 do sistema: 3[3(I2 − I3)] + 14I3 + 3I3 − 3I2 + 2I3 − 2I1 = 0 9I2 − 9I3 + 14I3 + 3I3 − 3I2 + 2I3 − 2I1 = 0 51 −2I1 + 6I2 + 10I3 = 0 Dica: O fato do multiplicador da fonte controlada ser negativo implica que a polari- dade da fonte esta´ invertida. E caso o valor vo < 0, a polaridade sera´ invertida outra vez, voltando a polaridade original. Resposta: P = −36W . Exemplo 23: Dado o circuito da Figura 63, pede-se: a) Simplificar o circuito a partir da transformac¸a˜o ∆ - Y no triaˆngulo BCD e realizar a ana´lise pelo me´todo das malhas. b) Calcular as tenso˜es e as correntes em cada elemento no circuito original. Verificar o balanc¸o de poteˆncias. Figura 63: Circuito do Exemplo 23 a) A Figura 64 ilustra com maior clareza a localizac¸a˜o do triaˆngulo no circuito. Figura 64: Circuito destacado O triaˆngulo da figura possui cargas equilibradas (resisteˆncias iguais). Este e´ um caso particular na transformac¸a˜o para Y. Neste caso: RY = R∆ 3 ⇒ RY = 1Ω Apo´s a transformac¸a˜o, o circuito resultante e´ o seguinte: 52 Figura 65: Circuito transformado Rearranjando o circuito e calculando a resisteˆncia se´rie equivalente, obteˆm-se a se- guinte rede: Figura 66: Circuito simplificado Nota-se que a transformac¸a˜o para estrela reduziu uma malha no circuito, o que reduz a ordem do sistema linear resultante. Ao inve´s de treˆs malhas como circuito original, tem-se agora duas malhas, o que torna a ana´lise mais fa´cil e ra´pida. Agora, modelando a primeira malha do circuito: −6I1 + 3i1 + 3(i1 − i2) = 0 A restric¸a˜o de I1 e´ dada pela subtrac¸a˜o das correntes i1 e i2: I1 = i1 − i2 Voltando a equac¸a˜o original: 6(i1 − i2) + 3i1 + 3i1 − 3i2 6i1 − 6i2 + 3i1 + 3i1 − 3i2 = 0 3i2 = 0 Na segunda malha: 53 −10 + 3i2 + 3(i2 − i1) = 0 −10 + 3i2 + 3i2 − 3i1 = 0 −3i1 + 6i2 = 10 A resoluc¸a˜o do sistema fica como exerc´ıcio ao estudante. b) Exerc´ıcio para o leitor. Exemplo 24: Determinar o valor de Io para o circuito da Figura 67. Figura 67: Circuito do Exemplo 24 Resolvendo a primeira malha: −3io + 1(i1 − i3) + 2(i1 − i2) = 0 Nota-se que o paraˆmetro indesejado (io) percorre o mesmo ramo e o mesmo sentido que a corrente i3. io = i3 Enta˜o, a equac¸a˜o da malha 1 se torna: −3(i3) + i1 − i3 + 2i1 − 2i2 = 0 3i1 − 2i2 − 4i3 = 0 Para a segunda malha: 6 + 4i2 + 2(i2 − i1) + 3(i2 − i3) = 0 6 + 4i2 + 2i2 − 2i1 + 3i2 − 3i3 = 0 −2i1 + 9i2 − 3i3 = −6 Na u´ltima malha: −6 + 3(i3 − i2) + 1(i3 − i1) + 2i3 = 0 −6 + 3i3 − 3i2 + i3 − i1 + 2i3 = 0 −i1 − 3i2 + 6i3 = 6 Resposta: Io = 1, 6A 54 Exemplo 25: Determine v e i no circuito da Figura XX. Considere E1 = 5V ;E2 = −3V ;R1 = 1kΩ;R2 = 2kΩ;R3 = 5kΩ;R4 = 2kΩ; r = 10Ω; β = 5. Figura 68: Circuito do Exemplo 25 O circuito possui duas fontes controladas. Isto significa que sera´ necessa´rio duas equac¸o˜es de restric¸a˜o (uma para cada fonte dependente) para poder resolver o sistema linear. Enta˜o, comec¸ando pela primeira malha: −E1 +R1i1 + rix +R2(i1 − i2) = 0 Nota-se no circuito que a corrente ix coincide com a corrente i3, ou seja: ix = i3 Retornando a` equac¸a˜o: −E1 +R1i1 + ri3 +R2i1 −R2i2 = 0 (R1 +R2)i1 −R2i2 − ri3 = E1 Na segunda malha: βvx +R3(i2 − i3) +R2(i2 − i1) = 0 A tensa˜o vx depende de i1 e a resisteˆncia R1; olhando para a primeira malha: vx = R1i1 Esta e´ a segunda equac¸a˜o de restric¸a˜o do circuito, que agora podera´ ser resolvido em func¸a˜o das correntes i1, i2 e i3. Voltando a equac¸a˜o da segunda malha: βR1i1 +R3i2 −R3i3 +R2i2 (βR1 −R2)i1 + (R2 +R3)i2 −R3i3 = 0 Para a malha 3 monta-se: E2 +R3(i3 − i2) +R4i3 = 0 E2 +R3i3 −R3i2 +R4i3 = 0 −R3i2 + (R3 +R4)i3 = −E2 Agora, substitui-se os valores fornecidos pelo exerc´ıcio para resolver o sistema linear resultante. Resposta: i = 0, 64mA; v = −1, 2V 55 Exemplo 26: Pelo me´todo das malhas, determine I1 e I2 no circuito da Figura 69. Figura 69: Circuito do Exemplo 26 Primeiramente, percebe-se que na˜o foi montada uma resisteˆncia equivalente entre os resistores em paralelo da malha 4. A fonte controlada depende de um paraˆmetro que esta´ dentro da quarta malha (I1). Ao fazer a resisteˆncia equivalente, perde-se o valor original de I1. Na˜o se deve fazer transformac¸o˜es em ramos que possuem paraˆmetros de fontes controladas. Sabendo isso, monta-se agora as equac¸o˜es de malhas. Na primeira malha: −7I1 + 6 + 1i1 = 0 A equac¸a˜o de restric¸a˜o de I1 e´ dada por: I1 = i3 − i4 Caso tivesse sido feita a resisteˆncia equivalente, seria perdida esta equac¸a˜o de restric¸a˜o, pois a corrente I1 iria ser diferente. Voltando a equac¸a˜o da malha 1: −7(i3 − i4) + 6 + i1 = 0 −7i3 + 7i4 + 6 + i1 = 0 i1 − 7i3 + 7i4 = 6 Na segunda malha: 7I1 + 1i2 + 1(i2 − i4) = 0 Volta-se a utilizar a equac¸a˜o de restric¸a˜o: 7(i3 − i4) + i2 + i2 − i4 = 0 7i3 − 7i4 + i2 + i2− i4 = 0 2i2 + 7i3 − 9i4 = 0 56 Para a terceira malha: 10− 6 + 2(i3 − i4) + 3i3 4 + 2i3 − 2i4 + 3i3 = 0 5i3 − 2i4 = −4 Na u´ltima malha: 1(i4 − i2) + 2(i4 − i3) = 0 i4 − i2 + 2i4 − 2i3 = 0 −i2 − 2i3 + 3i4 = 0 Dica: Monte a matriz ampliada do sistema para visualizar o melhor me´todo para resolver o sistema. Resposta: I1 = 0A; I2 = 22 3 A 3 Me´todo das malhas com fontes de correntes per- tencentes a uma u´nica malha Exemplo 27: Calcular pelo me´todo das malhas a corrente Ia do circuito da Figura e tambe´m a diferenc¸a de potencial entre os no´s M e N. Figura 70: Circuito do Exemplo 27 Antes de resolver o circuito, como qualquer outro deve-se primeira verificar se e´ poss´ıvel fazer uma transformac¸a˜o que reduza a complexidade do circuito, mas que tambe´m na˜o interfira com paraˆmetros importantes; sejam eles de fontes controladas ou inco´gnitas pedidas pelo exerc´ıcio. Neste caso, e´ poss´ıvel realizar uma transformac¸a˜o de fonte com a fonte de corrente de 3A e seu resistor em paralelo. Esta fonte ira´ se tornar uma fonte de tensa˜o em se´rie com o resistor e o terminal positivo da fonte coincide com a ponta da flecha da fonte de corrente. O resistor mantera´ seu valor original, mas a tensa˜o da nova fonte e´ dada por: 57 V = RI ⇒ V = 3(3)⇒ V = 9V Enta˜o, o circuito se tornara´: Figura 71: Circuito transformado do Exemplo 27 Agora tem-se um circuito de apenas treˆs malhas, pore´m ao se tratar de fontes de correntes, a corrente de malha definida assumira´ o valor da fonte. Ou seja: i3 = 4A Desse modo, o circuito e´ reduzido para apenas duas malhas, pois uma das inco´gnitas ja´ foi obtida. Na˜o se pode percorrer uma malha contendo uma fonte de corrente, pois ha´ uma tensa˜o associada a` ela que na˜o e´ poss´ıvel determinar. Enta˜o, resolvendo a primeira malha: −10 + 5i1 + 6i1 + 4(i1 − i2) = 0 −10 + 11i1 + 4i1 − 4i2 = 0 15i1 − 4i2 = 10 Para a segunda malha: −9 + 2(i2 − i3) + 4(i2 − i1) + 3i2 = 0 −9 + 2i2 − 2i3 + 4i2 − 4i1 + 3i2 = 0 Mas sabe-se que o valor de i3 e´ o mesmo da fonte de corrente de 4A, enta˜o, substituindo este valor na equac¸a˜o da segunda malha: −9 + 2i2 − 2(4) + 4i2 − 4i1 + 3i2 = 0 −4i1 + 9i2 = 17 Dica: A tensa˜o entre os terminais M e N e´ equivalente a tensa˜o no resistor de 2Ω. Resposta: Ia = −1, 151A;VMN = −3, 042V 58 Exemplo 28: Realizar a ana´lise do circuito da Figura 72, determinando as tenso˜es e correntes em cada elemento, a poteˆncia absorvida por cada resisteˆncia e a poteˆncia fornecida pelas fontes. Figura 72: Circuito Exemplo 28 Primeiramente percebe-se que ha´ um resistor em paralelo com a fonte de 14V. Este resistor pode ser removido do circuito para facilitar a ana´lise, pois ele ja´ esta´ com uma corrente e tensa˜o fixas. O resistor em se´rie com a fonte de corrente do lado direito tambe´m pode ser removido, visto que esta´ com tensa˜o e corrente fixas. Enta˜o, o novo circuito com as correntes definidas: Figura 73: Circuito simplificado O circuito possui quatro malhas, mas duas dessas malhas fornecem equac¸o˜es de res- tric¸a˜o e as outras duas fornecem equac¸o˜es para montar o sistema linear. Comec¸ando na malha 3: i3 = −2A A corrente e´ negativa pois o sentido da corrente de malha e´ oposto a` corrente i3 definida. Agora na malha 4: i4 = −1A Agora, parte-se para as equac¸o˜es que definem o circuito. Para a primeira malha: 59 −14 + 2i1 + 10(i1 − i2) = 0 −14 + 2i1 + 10i1 − 10i2 = 0 12i1 − 10i2 = 14 Para a segunda malha: 10(i2 − i1) + 2(i2 − i4) + 2(i2 − i3) = 0 10i2 − 10i1 + 2i2 − 2i4 + 2i2 − 2i3 = 0 Grac¸as as equac¸o˜es de restric¸a˜o, sabe-se quem e´ i3 e i4, e o sistema que a princ´ıpio parecia ser 2x4 se torna 2x2, sendo poss´ıvel sua resoluc¸a˜o. Substituindo os valores na equac¸a˜o: 10i2 − 10i1 + 2i2 − 2(−1) + 2i2 − 2(−2) = 0 −10i1 + 14i2 = −6 Resolvendo o sistema: i1 = 2A, i2 = 1A. Para encontrar a poteˆncia nas fontes de corrente e´ necessa´rio saber a tensa˜o entre seus terminais. E para saber esta tensa˜o, deve ser montada a equac¸a˜o da malha em que a fonte esta´. Neste circuito, as fontes de corrente esta˜o em paralelo com os resistores, enta˜o suas tenso˜es sa˜o iguais. Para a fonte de 1A: 2(i4 − i2) = v1A 2i4 − 2i2 = v1A 2(−1)− 2(1) = v1A v1A = −4V Implicando que o terminal positivo coincide com a ponta da flecha. Aplica-se o mesmo princ´ıpio para encontrar a tensa˜o na fonte de 2A: v2A = 2(i3 − i2) v2A = 2(−2− 1) v2A = −6V Novamente, o sentido real e´ com o terminal positivo na ponta da flecha. Agora resta encontrar as tenso˜es e correntes nos elementos, que fica como atividade para o leitor. Dica: So sinal positivo coincidir com a ponta da flecha indica a fonte de corrente ser uma geradora. Isto tambe´m pode ser visto pelo sentido da corrente, que esta´ entrando no terminal negativo. Resposta: PGerada = PConsumida = 146W 60 Exemplo 29: Realizar a ana´lise de malhas e o balanc¸o de poteˆncias do circuito da Figura 74, se os paraˆmetros sa˜o: R1 = 4Ω, R2 = 2Ω, R3 = 2Ω, R4 = 2Ω, R5 = 1Ω, R6 = 1Ω, Eg1 = 6V,Eg2 = 12V, Ig = 2A,α = 10. Figura 74: Circuito do Exemplo 29 A fonte de corrente esta´ em paralelo com R3, enta˜o, e´ poss´ıvel realizar uma trans- formac¸a˜o de fonte para facilitar a ana´lise. A nova fonte tera´ uma tensa˜o de: V = RI ⇒ V = R3Ig Agora tem-se duas fontes de tensa˜o em se´rie, que por sua vez podem ser somadas. Lembrando que o terminal positivo acompanha a ponta da flecha. O novo circuito sera´: Figura 75: Circuito reduzido Montando a equac¸a˜o da primeira malha: 61 −Eg1 +R1i1 +R2(i1 − i2) = 0 −Eg1 +R1i1 +R2i1 −R2i2 = 0 (R1 +R2)i1 −R2i2 = Eg1 Para a segunda malha: −(Eg2 +R3Ig) +R3i2 +R4(i2 − i3) +R2(i2 − i1) = 0 −Eg2 −R3Ig +R3i2 +R4i2 −R4i3 +R2i2 −R2i1 = 0 −R2i2 + (R2 +R3 +R4)i2 −R4i3 = 0 Para a terceira malha: αuc +R5i3 +R4(i3 − i2) +R6i3 = 0 Para resolver o sistema, e´ necessa´rio escrever a inco´gnita uc em func¸a˜o dos paraˆmetros do circuito (fontes e resisteˆncias) e das correntes de malhas definidas. Neste caso, os terminais da tensa˜o uc esta˜o em paralelo com os terminais do resistor R5, pore´m com polaridades diferentes, devido ao sentido adotado para i3. Enta˜o: uc = −R5i3 Aplicando esta soluc¸a˜o na equac¸a˜o da malha 3: −αR5i3 +R5i3 +R4i3 −R4i2 +R6i3 = 0 −R4i2 + [R4 + (1− α)R5 +R6]i3 = 0 Agora aplicam-se os valores dados pelo exerc´ıcio nas equac¸o˜es para resolver o sistema linear. Resolvendo o sistema, obteˆm-se: i1 = 2A, i2 = 3A, i3 = −1A. Volta-se ao circuito original para encontrar a tensa˜o na fonte de corrente e montar o balanc¸o de poteˆncias. O ca´lculo das poteˆncias sempre deve ser realizado no circuito original, caso contra´rio, havera´ desequil´ıbrio de poteˆncias no circuito. A tensa˜o na fonte Ig e´ igual a tensa˜o de R3, pois esta˜o em paralelo. Enta˜o: vf = R3(Ig − i2) vf = 2(2− 3) vf = −2V No comec¸o da equac¸a˜o foi definido que a corrente que predominava, e que determinaria o sentido da corrente resultante, era Ig. Mas o sinal resultante e´ negativo, implicando que a corrente predominante e´ i2 e o terminal positivo encontra-se na parte superior da fonte (e do resistor). Isto a torna uma consumidora, portanto tera´ poteˆncia negativa. Resposta: PGerada = PConsumida = 54W 62 Exemplo 30: Encontre Vo no circuito da Figura 76. Figura 76: Circuito do Exemplo 30 A tensa˜o Vo e´ a mesma do resistor de 6kΩ, ou seja: Vo = 6ki2 Enta˜o, na primeira malha, como ha´ uma fonte de corrente, apenas abstrai-se uma equac¸a˜o de restric¸a˜o, dada por: i1 = 2mA Ha´ apenas uma malha para montar e resolver: −2 + 6ki2 + 2k(i2 − i1) = 0 Aplica-se a equac¸a˜o de restric¸a˜o na equac¸a˜o de malha. Enta˜o: −2 + 6ki2 + 2ki2 − 2k(2m) = 0 8ki2 = 6 Multiplicando e dividindo a equac¸a˜o por 6k: 8k 6k 6ki2 = 6 8 6 Vo = 6 Vo = 4, 5V63 Exemplo 31: Utilize o me´todo das malhas para encontrar ia no circuito abaixo. Figura 77: Circuito do Exemplo 31 Das treˆs malhas do circuito, duas possuem fontes de corrente, que na˜o podem ser equacionando convencionalmente. Destas malhas, obteˆm-se equac¸o˜es de restric¸a˜o para o circuito. Para a segunda malha: i2 = ( 2 5 ) vo Esta soluc¸a˜o esta´ incompleta, pois na˜o se sabe quem e´ vo. Analisando o elemento de controle (resistor de 5Ω): vo = 5(i1 − i2) Substituindo vo na primeira equac¸a˜o: i2 = ( 2 5 ) 5(i1 − i2) i2 = 2i1 − 2i2 3i2 = 2i1 A importaˆncia dessa equac¸a˜o sera´ vista logo, ao equacionar a primeira malha. Da terceira malha extrai-se que: i3 = −10A Montando a equac¸a˜o da primeira malha: −75 + 2(i1 − i3) + 5(i1 − i2) = 0 −75 + 2i1 − 2i3 + 5i1 − 5i2 = 0 Sabe-se que i3 = −10A e que ia = i1. A princ´ıpio ha´ uma equac¸a˜o e duas varia´veis, mas grac¸as a combinac¸a˜o das duas primeiras equac¸o˜es, sabe-se quem e´ i2 em func¸a˜o de i1: 64 i2 = ( 2 3 ) i1 Substituindo os valores na equac¸a˜o da malha 1: −75 + 2i1 − 2(−10) + 5i1 − 5 ( 2 3 i1 ) = 0 −75 + 7i1 + 20− ( 10 3 ) i1 = 0( 11 3 ) i1 = 55 i1 = ia = 15A Exemplo 32: Encontre Vo na rede da Figura 78. Figura 78: Circuito do Exemplo 32 A primeira e segunda malha geram equac¸o˜es de restric¸o˜es que permitem a resoluc¸a˜o da terceira malha do circuito. Na malha 1: I1 = 4mA Para a malha 2: I2 = −2mA E para a malha 3: −3 + 4k(I3 − I2) + 2k(I3 − I1) + 2kI3 = 0 −3 + 4kI3 − 4kI2 + 2kI3 − 2kI1 + 2kI3 = 0 −2kI1 − 4kI2 + 12kI3 = 3 Resposta: Vo = −1, 5V 65 Exemplo 33: Encontre Vo no circuito a seguir. Figura 79: Circuito do Exemplo 33 A primeira malha fornece: I1 = Vx 2000 E a segunda malha: I2 = 2mA Montando a equac¸a˜o da terceira malha: −3 + 2k(I3 − I1) + 6kI3 = 0 −3 + 2kI3 − 2kI1 + 6kI3 = 0 −2kI1 + 8kI3 = 3 Sabe-se que I1 depende de Vx, que na˜o se sabe o valor. Analisando a varia´vel de controle Vx no circuito: Vx = 4k(I1 − I2) Substituindo esta expressa˜o na equac¸a˜o da primeira malha: I1 = 4k 2k (I1 − I2) I1 = 2(I1 − I2) I1 = 2I2 Resposta: Vo = 33 4 V = 8, 25V 66 Exemplo 34: Encontre as correntes de malhas utilizando o MATLAB no circuito da Figura 80. Figura 80: Circuito do Exemplo 34 Este circuito gera ao total seis equac¸o˜es. Quatro equac¸o˜es de malhas com seis varia´veis ao total e duas equac¸o˜es de restric¸a˜o das fontes controladas que permitem a reduc¸a˜o para quatro varia´veis. A resoluc¸a˜o do sistema sera´ feit em MATLAB e demonstrada aqui. As equac¸o˜es sera˜o montadas aqui; na malha 1: I1 = 4mA Na segunda malha: I2 = Vx 2000 Verificando a varia´vel de controle Vx, verifica-se que: Vx = 2k(I3 − I1) Substituindo na equac¸a˜o da malha 2: I2 = 2k 2k (I3 − I1) I2 = I3 − I1 I1 + I2 − I3 = 0 Para a malha 3: 1000Ix = −2kI1 + 3kI3 − 1kI4 A varia´vel de controle Ix expressa que: Ix = I4 − I2 67 Voltando para a terceira malha: 1k(I4 − I2) = −2kI1 + 3kI3 − 1kI4 1kI4 − 1kI2 = −2kI1 + 3kI3 − 1kI4 1kI2 + 3kI3 − 2kI4 = 8 Para a u´ltima malha: 12 + 1k(I4 − I3) + 1k(I4 − I2) 12 + 1kI4 − 1kI3 + 1kI4 − 1kI2 = 0 1kI2 + 1kI3 − 2kI4 = 12 Para resolver o sistema no MATLAB, deve-se organizar estas equac¸o˜es numa matriz: 1 0 0 0 1 1 −1 0 0 1k 3k −2k 0 1k 1k −2k I1 I2 I3 I4 = 4m 0 8 12 A resoluc¸a˜o pelo MATLAB e´ vista na Figura 81. Figura 81: Resoluc¸a˜o pelo MATLAB 68 Exemplo 35: Determine Io no circuito da Figura 82. Utilize o MATLAB. Figura 82: Circuito do Exemplo 35 Este circuito gera ao total oito equac¸o˜es: seis de malhas, pore´m com oito varia´veis, e duas equac¸o˜es de restric¸a˜o para reduzir a ordem do sistema de 6x8 para 6x6. Na malha 1: 1kI1 + 1k(I1 − I2) + 1k(I1 − I4) = 0 1kI1 + 1kI1 − 1kI2 + 1kI1 − 1kI4 = 0 A equac¸a˜o pode ser dividida por 1000 para simplificac¸a˜o: 3I1 − I2 − I4 = 0 Para a malha 2: −6 + 1k(I2 − I5) + 1k(I2 − I1) = 0 −6 + 1kI2 − 1kI5 + 1kI2 − 1kI1 = 0 Dividindo esta expressa˜o por 1000: −I1 + 2I2 − I5 = 6m Na malha 3: I3 = 2Ix Mas, a varia´vel de controle Ix pode ser escrita como: Ix = I5 − I6 Enta˜o, voltando para a terceira malha: I3 = 2(I5 − I6) I3 = 2I5 − 2I6 I3 − 2I5 + 2I6 = 0 69 Partindo para a malha 4: −12 + 1k(I4 − I1) + 2Vx = 0 O paraˆmetro Vx e´ definido pela primeira malha: Vx = −1kI1 O sentido negativo indica que a corrente esta´ entrando no terminal negativo do resistor. A polaridade/sentido da varia´vel de controle na˜o deve ser alterada. Enta˜o, retornando a equac¸a˜o da malha 4: −12 + 1kI4 − 1kI1 + 2(−1kI1) = 0 −12 + 1kI4 − 1kI1 − 2kI1 = 0 Agrupando os termos e dividindo a expressa˜o por 1000 obteˆm-se: −3I1 + I4 = 12m Agora, equacionando a malha 5: −2Vx + 1k(I5 − I2) + 1k(I5 − I6) = 0 −2(−1kI1) + 1kI5 − 1kI2 + 1kI5 − 1kI6 = 0 2kI1 + 1kI5 − 1kI2 + 1kI5 − 1kI6 = 0 Organizando os termos e dividindo a equac¸a˜o por 1000 tem-se que: 2I1 − I2 + 2I5 − I6 = 0 Por fim, na malha 6: 1kI6 + 1k(I6 − I5) + 1k(I6 − I3) = 0 1kI6 + 1kI6 − 1kI5 + 1kI6 − 1kI3 = 0 Dividindo a equac¸a˜o por 1000 obteˆm-se: −I3 − I5 + 3I6 = 0 I3 pode ser escrito como uma combinac¸a˜o de I5 e I6, como mostra a equac¸a˜o da terceira malha. −3I5 + 5I6 = 0 Organiza-se as equac¸o˜es em uma matriz para inseri-la no MATLAB: 3 −1 0 −1 0 0 −1 2 0 0 −1 0 0 0 1 0 −2 2 −3 0 0 1 0 0 2 −1 0 0 2 −1 0 0 0 0 −3 5 I1 I2 I3 I4 I5 I6 = 0 6m 0 12m 0 0 A resoluc¸a˜o deste sistema no MATLAB pode ser vista na Figura 83. 70 Figura 83: Soluc¸a˜o no MATLAB Exemplo 36: Calcular no circuito da Figura 84: a) A tensa˜o entre os no´s A e D. b) A poteˆncia fornecida pela fonte de corrente. Figura 84: Circuito do Exemplo 36 Este e´ mais um exemplo de circuito na˜o-planar que precisa ser modificado de modo que na˜o seja mais tridimensional. Mas antes disto, ha´ uma simplificac¸a˜o que pode ser feita entre os no´s C e D. Primeiramente, pode ser feita uma transformac¸a˜o para fonte de corrente e teremos dois resistores em paralelo que podem ser unidos. Apo´s isto, havera´ uma fonte de corrente em paralelo com um resistor, que podera´ ser transformada em uma 71 fonte de tensa˜o em se´rie com o resistor, reduzindo uma malha do circuito. Este processo e´ visto na Figura 84. Figura 85: Simplificac¸a˜o da rede Apo´s esta simplificac¸a˜o, o resistor de 1Ω entre os no´s A e C pode ser redesenhado para que o circuito se torne planar. A rede reconstru´ıda e´ dada pela Figura 86. Figura 86: Circuito remontado Agora equacionam-se as malhas do circuito. Para a malha 1: −2 + 1(i1 − i2) + 1(i1 − i3)− 1 + 1i1 = 0 −3 + i1 − i2 + i1 − i3 + i1 = 0 3i1 − i2 − i3 = 3 Equacionando a segunda malha: 2− 8 + 1(i2 − i3) + 1(i2 − i1) = 0 −6 + i2 − i3 + i2 − i1 = 0 72 −i1 + 2i2 − i3 = 6 A malha 3 dita que: i3 = 1A Para resolver a questa˜o b e´ necessa´rio saber a tensa˜o na fonte de corrente, por isso, vamos percorrer a malha 3: −vf + 2i3 + 1 + 1(i3 − i1) + 1(i3 − i2) = 0 −vf + 2i31 + i3 − i1 + i3 − i2 = 0 −i1 − i2 + 4i3 + 1 = vf a) Dica: A tensa˜o VAD e´ da da por: VAD = 1(i1 − i2)− 2. Resposta: VAD = −4V b) Resposta: Pf = −3W Exemplo 37: Na Figura 87, a fonte de corrente fornece 54W de poteˆncia ao circuito. Calcular: a) O valor de E entre os no´s A e B. b) Poteˆncias produzidas pelos geradores. c) Poteˆncias dissipadas pelos resistores. Comprovar pelo balanc¸o de poteˆncias. Figura 87: Circuito do Exemplo 37 a) Em primeiro lugar, se a fonte de corrente esta´ fornecendo ao circuito esta poteˆncia, significa que a fonte e´ uma geradora e por convenc¸a˜o, o terminal positivo esta´ na pontada flecha. Podemos determinar a tensa˜o na fonte com a poteˆncia dada pelo exerc´ıcio: Pf = vfIf ⇒ 54 = vf (3)⇒ vf = 18V Esta tensa˜o ajudara´ a obter mais uma equac¸a˜o no circuito. A primeira malha, que a princ´ıpio determinava uma das inco´gnitas, pode ser percorrida, pois a tensa˜o na fonte na˜o e´ mais desconhecida. Esta nova equac¸a˜o sera´ necessa´ria, devido a inco´gnita E no circuito. Agora temos o seguinte: 73 Figura 88: Circuito pre´-determinado Modela-se as malhas agora. Malha 1: −18 + 1(i1 − i3) + E + 5i1 = 0 −18 + i1 − i3 + E + 5i1 = 0 A mesma malha ainda nos diz que: i1 = 3A Substituindo na primeira equac¸a˜o de malha, obtemos: −18 + 3− i3 + E + 15 = 0 i3 = E Malha 2: −E + 2(i2 − i3) + 4i2 = 0 −E + 2i2 − 2i3 + 4i2 = 0 Esta equac¸a˜o se beneficia do valor de i3 obtido anteriormente. Como E e´ a varia´vel que desejamos obter o valor, podemos reduzir as inco´gnitas das equac¸o˜es atrave´s destas igualdades e encontrar E de um modo mais fa´cil. Enta˜o: −E + 6i2 − 2(E) = 0 i2 = 1 2 E Sabemos quem e´ i1 numericamente, i2 e i3 em func¸a˜o de E. Com a equac¸a˜o da terceira malha o problema pode ser resolvido. −7 + 3i3 + 2(i3 − i2) + 1(i3 − i1) = 0 −7 + 3(E) + 2(E)− 2 ( 1 2 ) E + E − 3 = 0 E = 2V b) Resposta: P3A = 54W,PE = −4W,P7V = 14W . c) Resposta: P1Ω = 1W,P2Ω = 2W,P3Ω = 12W,P4Ω = 4W,P5Ω = 45W . 74 Exemplo 38: No circuito da Figura 89, encontrar o valor de R se a fonte controlada fornece 168W ao circuito. Figura 89: Circuito do Exemplo 38 Infere-se do enunciado que se a fonte controlada esta´ fornecendo energia, enta˜o a corrente esta´ entrando pelo terminal negativo, de acordo com a convenc¸a˜o adotada. Isso implica que ia > ib, caso contra´rio, ela estara´ consumindo energia do sistema, pois ib predominara´ ia e a corrente sera´ invertida. Com isto em mente, podemos comec¸ar a equacionar o circuito. A equac¸a˜o da primeira malha sera´: −4i3 − 6 +Ria + 2(ia − ic) = 0 Da malha 3 ja´ sabemos que i3 = ic, logo: −4(ic)− 6 +Ria + 2ia − 2ic = 0 −4ic − 6 + (R + 2)ia − 2ic = 0 (R + 2)ia − 6ic = 6 Pela segunda malha ja´ vemos que ib = 2A. Voltando a conclusa˜o inicial de ia > ib, sabemos agora que ia > 2. Esta informac¸a˜o sera´ relevante na resoluc¸a˜o do sistema. Por fim, na malha 3: −5 + 2(ic − ia) + 1ic = 0 −5 + 2ic − 2ia + ic = 0 −2ia + 3ic = 5 Bom, temos duas equac¸o˜es, mas treˆs inco´gnitas (ia, ic e R). Ainda na˜o e´ poss´ıvel resolver o sistema sem uma equac¸a˜o auxiliar. Esta equac¸a˜o e´ remetida a poteˆncia gerada pela fonte controlada, e´ a u´nica informac¸a˜o que ainda na˜o foi inserida no nosso sistema. Enta˜o: 75 P = V i⇒ 168 = 4i3(ia − ib) Substituindo i3 por ic: 4(ic)(ia − ib) = 168 4ic(ia − 2) = 168 ic(ia − 2) = 42 Para descobrir R, precisamos saber o valor de ia e ib, para substitui-los na equac¸a˜o da malha 1. Isolando ic na equac¸a˜o da terceira malha: ic = 2ia + 5 3 Substituindo esta´ igualdade na equac¸a˜o auxiliar, obtemos o seguinte:( 2ia + 5 3 ) (ia − 2) = 42 (2ia + 5)(ia − 2) = 126 2i2a − 4ia + 5ia − 10 = 126 2i2a + ia = 136 2i2a + ia − 136 = 0 Esta equac¸a˜o ira´ fornecer duas soluc¸o˜es: ia1 = 8A e ia2 = −8, 5A Para saber qual e´ o valor correto, devemos analisar a deduc¸a˜o inicial. ia > ib ⇒ ia > 2A ia = 8A Com o valor de ia, encontra-se agora o valor de ic: ic = 2ia + 5 3 ic = 2(8) + 5 3 ic = 21 3 ic = 7A Agora encontramos R pela primeira equac¸a˜o montada. (R + 2)ia − 6ic = 6 (R + 2)(8)− 6(7) = 6 (R + 2)(8) = 48 R + 2 = 6 R = 4Ω 76 Exemplo 39: Calcular o valor de Ug se a corrente ib = 1A. Figura 90: Circuito do Exemplo 39 A corrente ia e´ um paraˆmetro de uma fonte controlada que precisa ser determinado em func¸a˜o das varia´veis que estamos utilizando no sistema e que queremos encontrar. ia = I1 − I3 Sabemos tambe´m que ib = 1A, mas quem exatamente e´ ib em termos das inco´gnitas que queremos obter? ib = 1 = I2 − I3 I2 − I3 = 1 Todas as condic¸o˜es foram observadas, agora partimos para a ana´lise de malhas. Na primeira malha: Ug + 8I1 + 1(I1 − I3) + 6(I1 − I2) = 0 Ug + 8I1 − 8I3 + 6I1 − 6I2 = 0 15I1 − 6I2 − I3 = −Ug Para a malha 2: I2 = −2ia Mas ja´ obtivemos analiticamente ia, logo: I2 = −2(I1 − I3) I2 = −2I1 + 2I3 −2I1 − I2 + 2I3 = 0 77 Para a malha 3: 5ia + 1I3 + 1(I3 − I2) + 1(I3 − I1) = 0 5(I1 − I3) + I3 + I3 − I2 + I3 − I1 = 0 5I1 − 5I3 + 3I3 − I2 − I1 = 0 4I1 − I2 − 2I3 = 0 A resoluc¸a˜o se baseia na substituic¸a˜o, mas de um modo mais elaborado, pensando no seguinte passo ao que estamos. Primeiramente, isolamos na equac¸a˜o da terceira malha I1; em seguida substitui-se este novo I1 na equac¸a˜o da segunda malha. Aqui entra o pensar mais a frente: a ideia de isolar I1 e na˜o I2 ou I3 e´ fundamentada no fato da equac¸a˜o de ib estar relacionando I2 com I3. Deste modo teremos duas equac¸o˜es com duas inco´gnitas. Enta˜o, isolando I1 na equac¸a˜o da malha 3: I1 = I2 + 2I3 4 Substituindo esta expressa˜o na equac¸a˜o da segunda malha: −2 ( I2 + 2I3 4 ) − I2 + 2I3 = 0 −I2 2 − I3 − I2 + 2I3 = 0 3 2 I2 + I3 = 0 I3 = 3 2 I2 Aplicamos esta expressa˜o de I3 na relac¸a˜o de ib: I2 − I3 = 1 I2 − ( 3 2 I2 ) = 1 I2 = −2A Agora apenas voltamos no caminho. Para encontrar I3: I3 = 3 2 I2 I3 = 3 2 (−2) I3 = −3A Para encontrar I2: I1 = I2 + 2I3 4 78 I1 = −2 + 2(−3) 4 I1 = −2A Utilizamos os valores das correntes na equac¸a˜o da malha 1 para determinar o valor de Ug: 15I1 − 6I2 − I3 = −Ug 15(−2)− 6(−2)− (−3) = −Ug Ug = 15V Exemplo 40: Realizar a ana´lise de malhas do circuito da Figura 91. Figura 91: Circuito do Exemplo 40 E´ interessante comec¸ar pela quarta malha, para que possamos substituir o valor de i4 nas equac¸o˜es que dependem do mesmo. i4 = 7A Montando a equac¸a˜o da primeira malha: −23 + 9(i1 − i2) + 2(i1 − i3) + 3i1 = 0 −23 + 9i1 − 9i2 + 2i1 − 2i3 + 3i1 = 0 14i1 − 9i2 − 2i3 = 23 Equacionando a segunda malha: 20 + 9(i2 − i1) + 1i2 + 5(i2 − i4) + 2(i2 − i3) = 0 20 + 9i2 − 9i1 + i2 + 5i2 − 5(7) + 2i2 − 2i3 = 0 79 −9i1 + 17i2 − 2i3 = 15 Na terceira malha, obteˆm-se: −20 + 2(i3 − i2) + 2(i3 − i4) + 1i3 + 2(i3 − i1) = 0 −20 + 2i3 − 2i2 + 2i3 − 2(7) + i3 + 2i3 − 2i1 = 0 −2i1 − 2i2 + 7i3 = 34 Fica como exerc´ıcio ao leitor encontrar as correntes e calcular a tensa˜o e corrente em cada elemento do circuito. Exemplo 41: Considere o circuito da Figura 92. Utilize a ana´lise de malhas para obter uma expressa˜o para as tenso˜es v1, v2 e v3. Figura 92: Circuito do Exemplo 41 Nota-se que na parte inferior do circuito foi adicionado um novo elemento, um terra, tambe´m conhecido como referencia. Ele serve para indicar que naquele no´ o potencial e´ zero e as medidas de tensa˜o no circuito devem ser feitas com relac¸a˜o a ele. A refereˆncia geralmente e´ ilustrada em circuitos para se resolver pelo me´todo dos no´s, que sera´ visto mais adiante. Mas a refereˆncia na˜o nos impede de modelar o circuito pelo me´todo das malhas. Assim, na malha de i1: R1(i1 − io) +R2i1 +R3(i1 − i2) = 0 R1i1 −R1io +R2i1 +R3i1 −R3i2 = 0 (R1 +R2 +R3)i1 −R3i2 = R1io Para simplificar ca´lculos posteriores, podemos dizer que: RA = R1 +R2 +R3 Enta˜o, nossa primeira equac¸a˜o se torna: RAi1 −R3i2 = R1io 80 Na segunda malha: R3(i2 − i1) +R4[i2 − (−3io)] +R5i2 = 0 R3i2 −R3i1 +R4i2 +R4(3io) +R5i2 = 0 −R3i1 + (R3 +R4 +R5)i2 = −3R4io Novamente podemos refinar a equac¸a˜o para uma resoluc¸a˜o mais fa´cil e ra´pida. RB = R3 +R4 +R5 Assim, a equac¸a˜o da malha 2 se torna: −R3i1 +RBi2 = −3R4io Dica: As correntes podem ser obtidas de um modo mais fa´cil pela HP utilizando a opc¸a˜o MTRW e designar cada resisteˆncia a uma letra. Resposta: v1 = RARB −R23 −RBR1 − 3R4R3RARB −R23 R1io v2 = RBR1 + 3R3R4 −R1R3 − 3RAR4 RARB −R23 R3io v3 = R1R3 + 3RAR4 RARB −R23 R5io Exemplo 42: Obtenha as expresso˜es para as correntes i1 e i2. Figura 93: Circuito do Exemplo 42 Desejamos obter as correntes i1 e i2, que sa˜o respectivamente iguais a ia e ib. A equac¸a˜o da malha a e´ escrita como: −vo +R1ia +R2(ia − ib) = 0 −vo +R1ia +R2ia −R2ib = 0 81 (R1 +R2)ia −R2ib = vo E a malha b e´ expressa por: R2(ib − ia) +R3(ib − io) +R4[ib − (−5io)] = 0 R2ib −R2ia +R3ib −R3io +R4ib + 5R4io = 0 −R2ia + (R2 +R3 +R4)ib = (R3 − 5R4)io Novamente, pode-se utilizar substituic¸a˜o para resolver o sistema, ou a HP. A resoluc¸a˜o fica como exerc´ıcio para o estudante. Resposta: i1 = vo R1 +R2 + R2 R1 +R2 [ R2vo + (R1 +R2)(R3 − 5R4)io (R1 +R2)(R2 +R3 +R4 −R22) ] i2 = R2vo + (R1 +R2)(R3 − 5R4)io (R1 +R2)(R2 +R3 +R4 −R22) Exemplo 43: Encontre a raza˜o I2 Is no circuito da Figura 94. Figura 94: Circuito do Exemplo 43 A tensa˜o V e´ a mesma para a fonte de corrente quanto para o resistor R1, pore´m, na˜o conseguimos determinar a tensa˜o a partir da fonte de corrente. Podemos escrever a tensa˜o V em func¸a˜o das correntes do circuito e da resisteˆncia R1. V = R1(Is − I1) Agora analisamos a malha 2 do circuito. −αV +R2I2 +R1(I2 − Is) = 0 −α[R1(Is − I2)] +R2I2 +R1I2 −R1Is = 0 −αR1Is + αR1I2 +R2I2 +R1I2 −R1Is = 0 (αR1 +R1)Is = (R1 +R2 + αR1)I2 I2 Is = (α + 1)R1 (α + 1)R1 +R2 82 Exemplo 44: Determine a poteˆncia total dissipada nos resistores da Figura 95. Figura 95: Circuito do Exemplo 44 Definimos primeiramente a varia´vel de controle VR da fonte dependente em func¸a˜o das resisteˆncias e correntes. VR = 5I Equacionando a malha dispon´ıvel: −5VR − 100 + 500(I − 1) + 5I = 0 −5(5I)− 100 + 500I − 500 = 0 −25I − 600 + 500I = 0 I = 1, 25A Com a corrente determinada, calcula-se as poteˆncias nos resistores, que fica como exerc´ıcio para o leitor. Resposta: PTotal = 39, 0625W Exemplo 45: Calcule a poteˆncia fornecida (ou absorvida) pela fonte controlada no circuito abaixo. 83 Figura 96: Circuito do Exemplo 45 A varia´vel de controle VR pode ser expressa como: VR = 2(−2− I) Equacionando a malha da direita obtemos: 3VR − 4 + 2(I − (−2)) + 5I = 0 3[2(−2− I)]− 4 + 2I + 4 + 5I = 0 −12− 6I − 4 + 2I + 4 + 5I = 0 I = 12A A poteˆncia da fonte sera´ dada por: P = V i⇒ P = (3VR)(12)⇒ P = 3[2(−2− I)](12)⇒ P = −1008W Exemplo 46: Determine na Figura 97: a) A tensa˜o a circuito aberto (entre os terminais a e b) com as polaridades marcadas. b) A tensa˜o na fonte de corrente de 3A no circuito. c) A corrente que circula entre os terminais ab se os mesmos sa˜o curto-circuitados. Figura 97: Circuito do Exemplo 46 parte (a e b) a) Ja´ temos a corrente de malha, apenas precisamos percorrer a malha mais externa para determinar a tensa˜o Vab. Observe primeiramente que ha´ um resistor entre os termi- nais em aberto. Ele sera´ descartado da ana´lise pois na˜o ha´ corrente em circuito aberto, portanto na˜o ha´ queda de potencial no mesmo. 84 −Vab − 4(3) + 20 = 0 −Vab + 8 = 0 Vab = 8V b) Utilizando o valor de Vab obtido em (a), calcula-se a tensa˜o na fonte a partir de: −Vab + 8(3)− vf = 0 −8 + 24 = vf vf = 16V c) Para este caso, o circuito toma uma geometria diferente, como mostra a Figura 98. Figura 98: Circuito do Exemplo 46 parte (c) Nota-se uma fonte de corrente que compartilha as duas malhas do circuito. Quando isto acontece, temos o que chama-se de supermalha, que sera´ vista na pro´xima sec¸a˜o. Neste exemplo veremos o que pode ser feito quando na˜o se conhece uma supermalha e o que a supermalha permitira´. Enta˜o, equacionando a primeira malha: −20 + 4I1 + 8(I1 − I2)− vf = 0 −20 + 4I1 + 8I1 − 8I2 − vf = 0 20 + vf = 12I1 − 8I2 Para a segunda malha: vf + 8(I2 − I1) + 6I2 = 0 vf + 8I2 − 8I1 + 6I2 = 0 8I1 − 14I2 = vf Temos agora duas equac¸o˜es, pore´m treˆs inco´gnitas. Ao analisar as equac¸o˜es, vemos que a tensa˜o vf e´ comum em ambas. Desse modo, podemos substituir vf na primeira equac¸a˜o pela expressa˜o obtida da segunda malha e obteremos a seguinte equac¸a˜o: 20 + (8I1 − 14I2) = 12I1 − 8I2 85 4I1 + 6I2 = 20 Agora temos apenas uma equac¸a˜o e duas inco´gnitas. Necessitamos de uma equac¸a˜o auxiliar. Esta equac¸a˜o pode ser obtida analisando o ramo central do circuito e aplicar a Lei das Correntes de Kirchhoff. Precisamos de algo que relacione I1 com I2. O no´ superior do circuito nos da´ a relac¸a˜o que procuramos, que relaciona I1 com I2 e a fonte de corrente: A corrente I1 esta´ entrando no no´, enquanto que I2 e 3A esta˜o saindo do no´. I1 = I2 + 3 Com isso, temos finalmente o nu´mero de inco´gnitas igual ao nu´mero de equac¸o˜es e podemos obter o valor da corrente de curto-circuito, que coincide com I2. Enta˜o, substituindo a equac¸a˜o auxiliar na equac¸a˜o resultante das duas malhas obtemos: 4(I2 + 3) + 6I2 = 20 4I2 + 12 + 6I2 = 20 I2 = 0, 8A O conceito de supermalha ira´ nos permitir pular o passo intermedia´rio que envolve a substituic¸a˜o de vf para que esta varia´vel desaparec¸a. Nota-se que o circuito de duas malhas gerou, no fim das contas, apenas uma equac¸a˜o de malha e tivemos que obter uma equac¸a˜o auxiliar para resolver o circuito. A supermalha faz com que uma malha saia do circuito, mas a custo de uma nova equac¸a˜o, que e´ determinada olhando para a fonte de corrente e as correntes que circulam entre suas malhas. Exemplo 47: Para o circuito da Figura 99: a) Encontre k de modo que a poteˆncia dissipada no resistor de 2Ω na˜o ultrapasse 50W. b) Para o valor determinado de k, encontre a poteˆncia fornecida por cada fonte. c) Calcular a poteˆncia dissipada pelos resistores e verificar o balanc¸o de poteˆncias. Figura 99: Circuito do Exemplo 47 Em primeiro lugar, devemos saber quais sa˜o as condic¸o˜es que garantem que na˜o haja uma poteˆncia superior a 50W: 86 P = Ri2 ⇒ P2Ω 6 50W Ri2 6 50 2I21 6 50 I1 6 √ 50 2 I1 6 5A Este valor representa a ma´xima amplitude poss´ıvel para I1, que sera´ utilizado nos ca´lculos posteriores. Agora, podemos simplificar o circuito; o resistor de 8Ω em paralelo com a fonte pode ser removido, pois esta´ numa tensa˜o fixa. Figura 100: Circuito simplificado do Exemplo 47 Agora, montamos a equac¸a˜o da malha a, com cuidado, pois a polo positivo do resistor de 2Ω esta´ na parte superior, implicando que Ia < 6A. Enta˜o: −kI1 + 16− 2(6− Ia) + 4Ia = 0 Temos um problema agora, pois na˜o sabemos quem e´ Ia e apenas temos uma equac¸a˜o. O que sabemos e´ que ha´ uma corrente de 6A descendo e precisamos de um nu´mero para Ia de modo que a corrente resultante seja 5A no resistor, tambe´m descendo, obedecendo o sentido do paraˆmetro I1. A u´nica possibilidade para isso e´ que Ia seja 1A, pois havera´ 6A descendo e 1A subindo. Caso na˜o tenha ficado claro, analise pela Lei das Correntes de Kirchhoff no no´ superior do circuito. Temos que: 6− I1 − Ia = 0 Ia = 6− I1 Ia = 1A Agora retornamos a equac¸a˜o de malha obtida anteriormente: −kI1 + 16− 2(6− Ia) + 4Ia = 0 −k(5) + 16− 12 + 2(1) + 4(1) = 0 −5k + 10 = 0 k = 2 87 As questo˜es b e c ficam como exerc´ıcio. Dica: O circuito utilizado deve ser o original. b) Resposta: P6A = 60W ;P16V = 16W ;PkI1 = 10W c) Resposta: P2Ω = 50W ;P4Ω = 4W ;P8Ω = 32W ;PGerada = PConsumida = 86W Exemplo 48: Determine a poteˆncia no resistor R7 no circuito da Figura 101. Consi- dere Vo = 5V,R1 = 1kΩ, R2 = 2kΩ, R3 = 7kΩ, R4 = 1kΩ, R5 = 3, 7kΩ, R6 = 1kΩ, R7 = 2kΩ, r = 2kΩ, α = 2. Figura 101: Circuito do Exemplo 48 Para este circuito ha´ dois elementos com uma tensa˜o fixa, mas eles na˜o podera˜o ser removidos da ana´lise, pois o balanc¸o de poteˆncia sera´ afetado, ja´ que havera´, neste caso, dois resistores que na˜o sera˜o contabilizados. A remoc¸a˜o dos elementos so´ pode
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