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Cardiologia Insuficiência cardíaca jaqueline

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INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
Ambulatório de cardiologia – hm viii
Acadêmicos: Alisson VE, Gianluca S, Jaqueline CV, Joana R, Kelvin HRM, Soraya BM.
Professor: Vilmar Queiroz de Menezes.
UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO
FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
epidemiologia
Doenças cardiovasculares são as principais causas de morte no Brasil e no mundo
No Brasil, as doenças cardiovasculares (DCV) representam a principal causa de mortalidade no país e a terceira causa de internação
No Brasil, a falência cardíaca só perde para o AVE como maior causa de óbito
IC é a principal condição cardíaca que leva à internação, sendo responsável por 2,6% das internações e por 6% dos óbitos. Mais de 2/3 das internações por IC ocorrem em pacientes acima de 60 anos.
epidemiologia
Encontra-se em progressão, devido ao envelhecimento da população e a um aumento da sobrevida dos pacientes com hipertensão arterial sistêmica (HAS) e a doença arterial coronariana (DAC).
No último censo (2010), observa-se crescimento da população idosa no Brasil e, portanto, com potencial crescimento de pacientes em risco ou portadores de insuficiência cardíaca (IC). 
Melhora no tratamento de doencas associadas que antes limitavam a sobrevida do paciente (como o IAM e as valvulopatias)...
Fatores de aumento de prevalência
definição
O coração é um músculo formado por duas metades, a direita e a esquerda. Quando uma dessas cavidades falha como bomba, não sendo capaz de enviar adiante todo o sangue que recebe, falamos que há insuficiência cardíaca. 
A Insuficiência Cardíaca (IC) não é uma doença do coração por si só. É uma incapacidade do coração efetuar as suas funções de forma adequada como conseqüência de outras enfermidades, do próprio coração ou de outros órgãos. 
definição
É a incapacidade do coração em adequar sua ejeção às necessidades metabólicas do organismo, ou fazê-la somente através de elevadas pressões de enchimento (aumento de pressão diastólica final).
O coração não consegue bombear o sangue de acordo com a demanda tecidual
A maioria dos casos é devida a perda de massa miocárdica, cursando com dilatação e/ou hipertrofia compensatória do VE.
definição
É uma síndrome clínica complexa, caracterizada por anormalidades da função ventricular esquerda, e da regulação neuro-hormonal acompanhadas de intolerância ao esforço, retenção hídrica e redução da sobrevida. 
Essa resposta compensatória envolve ativação neuro-hormonal (sistema adrenérgico, sistema renina-angiotensina-aldosterona),
A hiperatividade neuro-hormonal é a responsável direta pelas alterações deletérias observadas no cardiomóocito (ha cardiotoxicidade de mediadores como epinefrina, angiotensina II e aldosterona).
definição
É uma condição clínica considerada como via final comum de todas as doenças cardiovasculares e associada a piora da capacidade funcional, diminuição da qualidade de vida e aumento da morbidade e mortalidade. (SOCESP, TRATADO DE CARDIOLOGIA)
conceito
A insuficiência cardíaca, em poucas palavras, e caracterizada por uma inabilidade dos ventrículos se encherem e se esvaziarem de sangue adequadamente (com pressões intraventriculares normais).
etiologia
etiologia
ETIOLOGIA
Etiologia miocardiopatia primária
CARDIOMIOPATIA DILATADA
É a doença primária do músculo cardíaco com dilatação e alteração na função contráctil do ventrículo esquerdo (VE) ou de ambos os ventrículos. Ela pode ser: idiopática, familiar/genética, viral e/ou imune, alcoólica/tóxica ou associada com doença cardiovascular reconhecida, cujo grau de disfunção do miocárdio não é explicado pelas condições de anormal sobrecarga ou extenso dano isquêmico
 Predomina a disfunção sistólica, havendo hipertrofia miocárdica reacional nas áreas não acometidas pelo processo de agressão miocárdica, podendo evoluir para a insuficiência cardíaca (IC) ou não (dilatação sem insuficiência), apresentar arritmias atrial e/ou ventricular e resultar em óbito em qualquer estágio da doença
CARDIOMIOPATIA DILatada 
Hereditariedade - O caráter autossômico dominante é demonstrado em 20% dos pacientes. A presença de gene mórbido, que causa defeito da condução atrioventricular e CMD, em famílias com caráter autossômico dominante
Cardiomiopatia viral - Os vírus são agentes infecciosos que podem causar CMD e ICC. A maioria apresenta tropismo cardíaco, agredindo o miocárdio, sendo o mais encontrado o enterovírus (Coxsachie, especialmente os sorotipos B1 - B6)  Ocasionam insuficiência miocárdica por dois mecanismos: ou por seu efeito citotóxico direto (neste caso detectamos partículas do vírus nas biópsias endomiocárdicas [BEM]), ou por resposta imunológica secundária
Cardiomiopatia dilatada idiopática - Embora seja sua etiologia desconhecida, vêm se acumulando evidências nos tempos atuais das alterações celulares, moleculares e imunológicas envolvidas nesta gênese. Alterações celulares com: redução no número de receptores ß1 adrenérgicos presença de anticorpos contra: receptores ß adrenérgicos
Cardiomiopatia dilatada alcoólica
A cardiomiopatia alcoólica é um tipo de doença cardíaca causada pelo abuso de álcool. O abuso de álcool por muito tempo acaba enfraquecendo e danificando o músculo cardíaco. O músculo danificado não consegue bombear o sangue como deveria, o que priva os tecidos do corpo de oxigênio
 O músculo cardíaco danificado não consegue bombear sangue suficiente para o resto do corpo.
 Quando o ventrículo esquerdo não consegue bombear todo o sangue, o coração aumenta de tamanho para conter o sangue extra.
 A pressão arterial aumenta para compensar a produção cardíaca reduzida. Isso produz ainda mais pressão sobre o coração e os vasos sanguíneos.
 Finalmente, o músculo do coração, as válvulas e vasos sanguíneos podem falhar, devido aos danos e excesso de esforço.
Cardiomiopatia dilatada chagásica
A história natural da cardiopatia chagásica começa quando a destruição de fibras miocárdicas pelo processo inflamatório e a sua substituição por tecido fibroso atinge um limite crítico, obrigando os ventrículos a remodelarem-se frente à perda gradativa dos elementos contráteis.  Uma inflamação crônica ativa, progressiva e fibrosante é o substrato morfológico fundamental dos mecanismos patogênicos responsáveis pela miocardite (MARIN-NETO e cols, 2007).
Cardiomiopatia dilatada chagásica
O remodelamento ventricular ocorre de duas maneiras: inicialmente, ocorre hipertrofia das fibras íntegras e, posteriormente, dilatação da cavidade ventricular.  Essa hipertrofia extrínseca restaura temporariamente o volume sistólico já comprometido, mas a dinâmica do processo leva à dilatação cardíaca crescente, com perda progressiva da capacidade de ejeção ventricular em virtude da evolução da miocardite e da sobrecarga mecânica.  
Nos estágios mais avançados, além do componente sistólico, também se intensifica um componente de restrição diastólica, devido à grande dilatação e enrijecimento cardíacos pela fibrose.  Contribuem ainda para o agravamento da cardiopatia, as arritmias ventriculares complexas, o tromboembolismo pulmonar repetido e a insuficiência das válvulas mitral e tricúspide
ETIOLOGIA SISTÓLICA
Nos EUA, a doença coronariana supera a HAS como causa de insuficiência cardíaca, mas, no Brasil, não se sabe exatamente qual e a causa predominante...
As duas entidades (HAS e coronariopatia) estão muito associadas na pratica! As doenças valvares também são causas relativamente comuns de insuficiência cardíaca em nosso meio, já que estamos em um pais onde persiste a endemia de febre reumática...
As três valvopatias que levam a sobrecarga ventricular esquerda são: estenose aórtica, insuficiência aórtica e insuficiência mitral
Outras causas menos comuns de insuficiência cardíaca sistólica crônica são: miocardites (virais, HIV, colagenoses, vasculites), taquicardiomiopatia, disturbios endocrinos, miocardiopatia por cocaina, uso de certos quimioterapicos (doxorrubicina, daunorrubicina) e disturbios nutricionais (ex.: deficiencia de selenio).
ETIOLOGIA
DIASTÓLICA
Cardiomiopatia diastólica hipertrófica
É uma doença miocárdica primária, de caráter genético (autossômico dominante), caracterizada pela hipertrofia ventricular desproporcional, mais freqüente no VE. 
O VE é o mais acometido, podendo este envolvimento ser simétrico (concêntrico) ou assimétrico (septal, medioventricular, apical, lateral e posterior)
A cardiomiopatia hipertrófica normalmente é causada por mutações genéticas que causam a hipertrofia) do músculo do coração. As pessoas com essa doença também apresentam um arranjo anormal das células do músculo cardíaco, condição conhecida como desordem fibromuscular, condição que pode contribuir para a arritmia em algumas pessoas.
Cardiomiopatia diastólica hipertrófica
Até o momento, existem apenas especulações, quanto à etiologia desta cardiomiopatia; alguns acreditam que seja devida a alterações no metabolismo das catecolaminas, tendo sido sugerido que a hipersensibilidade a este neuro-hormônio poderia decorrer da não regressão do desarranjo das fibras miocárdicas fetais e da hipertrofia septal .
Acredita-se que as alterações que afetam a expressão gênica possam ser responsáveis pelas modificações protéicas desencadeantes da doença.
resumindo
Quando falamos sobre IC aguda, nos referimos a um paciente previamente higido que abriu um quadro de falência cardíaca de instalação rápida. Neste caso a causa mais comum é o IAM
referências
Arq. Bras. Cardiol. vol.71 n.2 São Paulo Aug. 1998 - Cardiomiopatias Francisco Manes Albanesi Fº Rio de Janeiro, RJ
SERRANO JR., C.V. Tratado de cardiologia SOCESP. 2. ed. São Paulo: Manole, 2009. 
Bocchi EA, Marcondes-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, et al. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíaca Crônica - 2012. Arq Bras Cardiol 2012: 98(1 supl. 1): 1-33

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