PROINTER I PLANO DE NEGOCIOS

Prévia do material em texto

3
UNIVERSIDADE ANHANGUERA – UNIDERP
POLO UNIEDUCAÇÃO – 22498
TECNOLOGIA EM GESTÃO PÚBLICA
Projeto Interdisciplinar aplicado aso Cursos Superiores de Tecnologia I
Tutor Presencial: 
Uberlândia
2017.
PROINTER I
PLANO DE NEGÓCIOS
RELATÓRIO FINAL
Relatório final do PROINTER I, apresentado junto ao 1º período do curso de Tecnologia em Gestão Pública, da Universidade Anhanguera – Uniderp.
Uberlândia
2017.
RESUMO
Buscando uma inovação diante da concorrência tão grande que se instalou no mercado, a saída para conquistar e manter clientes, está no diferencial. Com clientes cada vez mais exigentes e grande concorrência do mercado, as empresas tem que se inovar a cada dia para se destacar entre tantas outras. Para isso, o Plano de Negócio é o processo de validação de uma ideia, que o empreendedor realiza através do planejamento detalhado da empresa. Também pode ser definido como um documento que descreve quais os objetivos de um negócio e qual é o percurso necessário para que esses objetivos sejam alcançados, diminuindo os riscos e as incertezas. No presente Plano de negócio, traçaremos o objetivo de alavancar a empresa no mercado, para isso faremos a analise da empresa como um todo, buscando melhorias e inovação. O Plano de Negócios consiste ainda em provar a viabilidade de uma ideia empresarial. Se a ideia merece tempo e dinheiro, pesquisar e escrever um Plano de Negócios é uma forma excelente de testar suas ideias.
1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho teve como objetivo o estudo de uma empresa e elaboração de um Plano de negócios. Foi realizada uma entrevista com o empreendedor da empresa, que foi de extrema importância para entendimento do negocio em geral. O propósito do plano de negócios é fazer uma analise completa do mercado (clientes, concorrentes, mercado alvo, demanda de mercado, valor do investimento, entre outros.), para que se possa investir correndo os menores riscos possíveis. É uma oportunidade para refinar estratégias e cometer erros no papel em lugar da vida real, examinando a viabilidade da empresa sob todos os pontos de vista, tais como: o mercadológico, o financeiro e o operacional.
2 ENTREVISTA
2.1 Entrevista com o empreendedor
Entrevistado: Sr. Maxwel Silva Ferreira – Administrador
1 - Que fatores o influenciaram a se tornar um empreendedor?
Influencia familiar, horário flexível e oportunidade de aplicar os conhecimentos e ideias com liberdade.
2 - Existem outros empreendedores em sua família?
Sim, os avos.
3 - Sua ideia empreendedora nasceu durante seu período de estudos no colégio ou faculdade?
A empresa é familiar, e iniciou com os meus avós. Porem, com o conhecimento adquirido na faculdade (curso de ciências contábeis), pude fazer novos planejamentos, realinhar a visão da empresa e visionar investimentos futuros.
4 - Qual foi a sua educação formal? Foi relevante para o negócio?
Cursei a graduação superior de Ciências Contábeis, onde a teoria vista no curso foi muito relevante para o planejamento da empresa.
5 - Porque muitos Profissionais têm medo de se arriscar em um empreendimento?
Por medo de sair da zona de conforto, de largar o emprego fixo para abrir um negócio próprio, o medo do novo, de conciliar a vida pessoal com a profissional ou até mesmo o receio de ser só mais um no meio dos demais concorrentes. Tem que ter dedicação integral, por muitas vezes ou a maior parte de todo o trabalho tem que ser feito por nós tais como: atendimento, contato com o cliente. 
6 - Como este futuro projeto poderá trazer independência ao profissional, impulsionando sua carreira e possibilitando o alcance de seus objetivos profissionais e pessoais?
O planejamento permite definir claramente os negócios, antecipar-se aos problemas, enxergar oportunidades e as falhas. Este projeto de plano de negócios será de extrema importância para a empresa diante dos concorrentes e impulsionará possíveis investimentos.
7 - De que forma na teoria e na pratica a ética e as relações humanas no trabalho irão contribuir para o sucesso de um empreendimento?
Sabemos que a ética e as relações no trabalho são fundamentais para qualquer profissional e empresa, sem isso não se estabelece confiança e sem confiança não se vende.
8- Como você encontrou a oportunidade de empreender?
Quando os meus avós me chamaram para ingressar na empresa, encontrei a oportunidade de empreender. A partir desse momento, priorizei ouvir os clientes para atender os desejos do publico alvo, de forma a aprimorar os produtos fabricados e serviços prestados. Adotando esta pratica fui aprimorando alguns produtos e mudando a gestão de serviços.
9 - Como você avaliou esta oportunidade?
Percebi o quanto era importante fazer a analise do consumidor/cliente para o crescimento do negocio. Passei a sempre fazer perguntas do tipo “Quem é o cliente?" Que produto o cliente quer comprar? Quando o cliente vai querer comprar? ‘’, pois afinal de contas, a principal coisa que todos os empreendedores procuram é a receita, e a receita virá dos clientes.
10 - Você já tinha um plano de negócios? Se não, fez algum tipo de planejamento? Explique.
Não, seguia planejamentos de acordo com as planilhas elaboradas para o controle dos negócios (caixa, estoque, etc.) e de acordo com a analise de clientes/consumidor.
11 - Que experiência de trabalho anterior você teve antes de abrir um negócio?
Tive experiência como padeiro, onde pude aproveitar todo o aprendizado adquirido no meu negocio próprio.
12 - Quais são suas forças e fraquezas?
A principal força é a habilidade interpessoal tanto com os colaboradores, quanto com os clientes. A maior fraqueza é manter todos os processos sobre controle.
13 - Você teve ou tem Sócio? Os seus sócios complementaram suas habilidades para tocar o negócio?
Não. No início ajudava meus avós no negócio e posteriormente me passaram toda a responsabilidade empresa (inclusive legalmente).
14 - O que significa ter ética nos negócios para você?
A ética nos negócios é o conjunto de valores e regras sociais que distinguem o que está certo do que está errado, ou seja, indicam quando um comportamento é socialmente aceitável ou não. 
15 - Quais os recursos econômico-financeiros você precisou para iniciar o negócio?
Como a empresa já estava “montada” quando comecei minha gestão, realizei um investimento inicial, para melhorar a fabricação de alguns produtos e uma pequena reforma na Infraestrutura da empresa. 
16 - Onde e quando obteve estes recursos?
Obtive um empréstimo junto à Caixa Econômica Federal, em um credito especial para microempreendedores.
17 - Quando e como obteve o primeiro cliente?
Quando assumi os negócios a empresa já possuía clientes, devido o negocio ter iniciado com os avós.
18 - Qual foi o momento mais critico do negócio? Como foi superado?
Tive muita dificuldade nos primeiros meses, devido as mudanças realizadas na padaria e aceitação dos clientes aos novos produtos implantados. Fui superando este período, através de planejamento antecipado das despesas e retorno financeiro.
19 – Qual é o lado positivo e o negativo de se tornar um empreendedor?
O lado positivo é fazer o que gosta e ter autonomia sobre o negocio. O lado negativo é a insegurança com relação ao retorno financeiro.
20 - A carreira como empreendedor afetou sua família de alguma forma?
Depende do ponto de vista, pelo lado positivo consigo fazer meus próprios horários, pelo lado negativo às vezes trabalho muito e preciso me dedicar mais ao negocio, onde deixo de estar com a família em alguns momentos.
21 - Você faria tudo isso novamente? Por quê?
Sim, pois apesar das dificuldades enfrentadas diariamente, aprendo a ter mais confiança em mim e estou em constante aprendizado, devido aos diversos desafios.
22 - Que conselhos você deixa para uma pessoa que deseja se tornar um empreendedor de sucesso?
Primeiramente, aconselho que se conheça o ramo do negóciocom precisão. Abrir uma empresa não é, necessariamente, oferecer o que você gosta de consumir. Toque seu negócio com paixão, mas esteja sempre disposto a mudá-lo, às vezes até o ponto de ele não ter relação com o que era no início. Um empreendedor tem que estar constantemente trabalhando e estudando pois pode se tornar um fracasso e na verdade ele e funcionário dele mesmo, o negocio depende dele para a melhoria continua. O empreendedor tem que estar atento nas mudanças do mercado.
2.2 Considerações e Observações sobre a empresa entrevistada
A entrevista foi crucial para o entendimento das características e desafios da empresa pesquisada. Através desse contato, podemos traçar um objetivo a ser apresentado no Plano de Negócios da empresa no mercado, onde faremos a analise da empresa como um todo, buscando melhorias e inovação.
Empreender é ter autonomia para usar as melhores competências para criar algo diferente e com valor, com comprometimento, pela dedicação de tempo e esforço necessários, assumindo os riscos financeiros, físicos e sociais.
O empreendedor é aquele que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e gerir um negócio, gerando resultados positivos.
3 DESCRIÇÃO DA EMPRESA
Nome da Empresa: Panificadora Mais Pão
Endereço: Rua Tailândia, 200, Bairro: Laranjeiras.
Cidade: Uberlândia
Estado: Minas Gerais
Contato: (34) 3217-7336 / (34) 9 9774-1462
Ramo de Atividades: Padaria e confeitaria com predominância de revenda.
Data de Início das atividades: fevereiro/2002.
Porte/Tamanho: Empresa de pequeno porte
Produtos e/ou serviços: Pães, bolos, biscoitos, quitandas em geral.
Missão: Fabricar com amor, conquistar com sabor e fidelizar com qualidade.
Visão: Liderar através da excelência no atendimento aos clientes.
Valores: Qualidade, respeito, honestidade, transparência e paixão pelo que fazemos.
Publico Alvo: Consumidores diretos da classe C e D por vender produtos acessíveis e baratos, e também grandes produção de pães/salgadinhos direcionado para eventos.
4 PRODUTOS E SERVIÇOS
O negocio é sustentado pela ideia de produção, serviço e comercio de produtos como pães, bolos, sobremesas, biscoitos, quitandas em geral. Há uma marca própria, Mais Pão, com uma estrutura de fabricação própria e em um único ponto de venda. A empresa oferece várias opções de produtos, bem como outros que são vendidos diariamente como sucos, água, refrigerantes sanduiches e sorvete, e outros produtos vendidos em ocasiões especiais no estabelecimento. A proposta de valor para o cliente é a qualidade e a variedade dos produtos oferecidos. A variedade é colocada à disposição em quantidades que atendem a oferta pela demanda dos determinados sabores, a fim de evitar que as quitandas de menor saída fiquem encalhadas por um período muito longo.
Com produtos agregados, o negócio deve fazer uso de algumas sobremesas, bolos confeitados, salgados e outros produtos em datas específicas, como por exemplo, eventos especiais organizados na loja podem lançar mão de estratégias comerciais momentâneas e vender, especialmente em datas comercias (natal, dias das mães). A empresa também vem apresentando crescimento no mercado, com a fabricação de doces e bolos para festas de aniversários.
5 MERCADO E COMPETIDORES
A empresa atua no ramo alimentício, com vendas de variadas quitandas, pães, salgados e bolos de vários sabores, além de comercializar outros produtos como, água, sucos, refrigerantes e sorvetes, entre outros produtos vendidos em ocasiões especiais no estabelecimento. O Público alvo é bem amplo, pois vai desde as crianças até idosos, principalmente das classes C e D.
Segundo matéria da revista Veja (edição 1959, semana de sete de junho de 2006), 76% dos brasileiros consomem pão no café da manhã e 98% da população são consumidores de produtos panificados. Ou seja, as padarias são as responsáveis diretas pela chegada e consumo de pães e outros produtos pelos brasileiros. Já as padarias de grande porte não representam volume expressivo na cadeia de produção (ver cadeia de produção na pag.12), justamente por não conseguirem a mesma aproximação junto ao consumidor final. A Panificação está entre os seis maiores segmentos industriais do país e busca novos desafios e tecnologias que permitam sua afirmação definitiva como setor de relevância no cenário econômico.
Um dos principais concorrentes da Mais Pão são as industrias de pães de forma e pães de queijo de marcas fortes disponíveis nos supermercados que roubam uma considerável parcela do mercado de quitandas artesanais. Exemplo: Pullman e Casa do Pão de Queijo. Porem, na região que está localizada há varias padarias e confeitarias que competem com o empreendimento, são empresas de pequeno porte que possuem o mesmo publico alvo: Classes C e D de todas as idades. Listamos algumas delas: Panificadora Lara, Via Sabor Delicatessen e Le Crocant Padaria.
6 MARKETING E VENDAS
Toda estratégia de marketing tem como objetivo sustentar o processo comercial do negócio, baseado neste objetivo, a estratégia da empresa será atrair e satisfazer um público predeterminado que busca a sensação de bem-estar através do consumo. Uma das estratégias empregadas será a promoção de vendas, nela pode-se definir um calendário promocional para o ano todo, potencializando as datas comemorativas (Natal, Dia das Mães, Pais, Crianças, etc). Além disso, haverá um investimento em novos produtos com a intenção de conquistar a preferência dos clientes, assim eles terão alternativa de fugir do cardápio repetitivo de sabores oferecidos pelos concorrentes. A degustação é uma arma poderosa para o aumento das vendas, ela permite que os clientes experimentem e gostem dos produtos que desconhecem. É uma boa medida para o lançamento de produtos, além de ser uma opção barata para as empresas.
Os empreendedores irão fazer a divulgação das promoções e lançamentos através de impressos gráficos que além de serem entregues ao público que transita por perto, será realizado um acordo com os estabelecimentos da região para que esses impressos sejam disponibilizados no local, na qual as pessoas interessadas terão acesso. Além disso, a divulgação também acontecerá por meio da internet: será utilizado o marketing viral explorando redes sociais preexistentes para produzir aumentos exponenciais nas vendas. Será realizado com frequência promoções como instrumento de fidelização dos clientes.
7 ANALISE ESTRATEGICA
A análise estratégica faz parte integrante da gestão estratégica das organizações e engloba o pensamento estratégico, a análise do meio envolvente e a análise da própria organização. O objetivo da análise estratégica é entender a posição estratégica da organização através da identificação do panorama das influências chave no presente e futuro da organização, bem como equacionar as oportunidades proporcionadas pelo ambiente e entender as competências da organização.
Para facilitar a análise estratégica das organizações foram sendo criadas diversas ferramentas e técnicas entre as quais a análise SWOT. 
A análise SWOT ajuda a ter clareza do negócio, possibilitando que se identifiquem quais pontos fortes explorar e quais pontos a trabalhar no âmbito de toda a gestão empresarial. Essa ferramenta ajuda a determinar a posição atual da empresa e antecipar o futuro, visando às oportunidades e precavendo as ameaças.
8 PLANO FINANCEIRO
Em um cenário econômico cheio de incertezas, crises econômicas e grande concorrência, o planejamento financeiro mostra-se não somente como uma ferramenta para a boa gerencia, mas sim como algo necessário a sobrevivência da empresa. Planejar as finanças da empresa é criar uma estratégia econômica, para que se atinjam os objetivos que podem ser de curto ou longo prazo, da maneira mais estruturada e precisa possível. Realizando este processo, a empresa obtém o seu crescimento financeiro e estrutural planejado com maior facilidade e auxilia a mesma a possuir sustentabilidade em seus empreendimentos.
O planejamento é um indispensávelcomponente para as empresas, impossível obter bons resultados numa empresa sem um bom planejamento, independentemente de ser o setor produtivo. As empresas devem adaptar-se as condições de mercado, que mudam constantemente, afetando o tempo disponível para a tomada de decisões.
8. 1 Investimento Fixos
O investimento fixo corresponde a todos os bens necessários para que o negócio possa funcionar de maneira apropriada.
8.2 Estoque Inicial
Foi estimado um prazo médio de permanência em estoque de 30 dias.
8.3 Capita de Giro
O capital de giro é o montante de recursos necessário para o funcionamento normal da empresa.
8.4 Investimento Pre Operacional
Compreendem os gastos realizados antes do início das atividades da empresa, isto é, antes que ela abra as portas e comece a vender. São exemplos de investimentos pré-operacionais: despesas com reforma (pintura, instalação elétrica, troca de piso, etc.) ou mesmo as taxas de registro da empresa, consultoria e serviços de advogados.
8.5 Investimento Total
Investimento Total é a somatória dos: 
• Quadro 8.1 – Estimativa dos Investimentos Fixos; 
• Quadro 8.3 – Capital de Giro; 
• Quadro 8.4 – Estimativa de Investimentos Pré-Operacionais
8.6 Estimativa de Faturamento Mensal
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Observa-se que a decisão de tornar-se empreendedor pode ocorrer aparentemente por acaso ou por diversos motivos. Para Dornelas (2005), essa decisão ocorre devido a fatores externos, ambientais e sociais, a aptidões pessoais ou a um somatório de todos esses fatores, que são críticos para o surgimento e o crescimento de uma nova empresa. Para Dornelas (2005), o processo empreendedor tem início quando um evento gerador desses fatores possibilita o início de um novo negócio.
O mundo e o mercado estão sujeitos a mudanças; a cada dia surgem novas oportunidades e ameaças. Assim sendo, é importante que a empresa se adapte às novas realidades. Um plano de negócio é essencial para empresas que querem expandir no mercado, pois empreender é sempre um risco, mas empreender sem planejamento é um risco que pode ser evitado. O plano de negócio, apesar de não ser a garantia de sucesso, irá auxiliar os gestores nas decisões mais acertadas, assim como a não se desviar de seus objetivos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PLANO DE NEGOCIOS. Publicações Eventuais. Disponível em http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/Como-elaborar-um-plano-de-neg%c3%b3cio. Acesso em 01 de maio. 2017.
Revista Veja, edição 1959, semana de 7 de junho de 2006.