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PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO Temática Interdisciplinar: Eletricidade Estática - 18996611969

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1 
 
PRODUÇÃO TEXTUAL EM GRUPO 
 
Temática Interdisciplinar: Eletricidade Estática 
Curso Engenharias Premium Semestre: 3º/4º 
Disciplinas 
integradoras 
Legislação e Segurança do Trabalho; Cálculo Diferencial e 
Integral III; Desenho Técnico; Desenho Auxiliado por 
Computador; Princípios de Eletricidade e Magnetismo; 
Seminário Interdisciplinar IV. 
Professores 
Alessandra Negrini Dalla Barba; Aroldo Salviato; Eduardo 
Costa; Flávia Gonçalves; Jenai Oliveira Cazetta; Karen Garcia 
Rachid; Keila Tatiana Boni; Nathália dos Santos Silva; Mariana 
da Silva Nogueira. 
Conteúdos 
interdisciplinares 
Eletricidade estática; formas de comunicação dos desenhos 
técnicos; desenho técnico a partir de ferramenta computacional 
AutoCAD 2018; coordenadas esféricas e técnicas de 
integração; Segurança em atividades envolvendo eletricidade 
estática. 
Competências 
- Conhecer a comunicação eficiente nas formas escrita, oral e 
gráfica dos desenhos técnicos, tornando-se aptos a planejar, 
supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de 
engenharia. 
- Conhecer as boas práticas na manipulação de componentes 
eletrônicos. 
- Conhecer os procedimentos de trabalho em ambientes que há 
risco de acidentes devido à eletricidade estática. 
- Conhecer as técnicas de apresentação do Desenho Técnico 
fazendo uso da ferramenta computacional (AutoCAD 2018 
versão em inglês). 
- Conhecer e aplicar corretamente técnicas de integração, bem 
como operar em coordenadas esféricas. 
Habilidades 
Os estudantes deverão ser capazes de: 
- Analisar e Interpretar conteúdos textuais e gráficos; 
- Liderar; 
- Ser criativo; 
- Trabalhar em equipe; 
- Tomar decisão; 
- Raciocinar de forma lógica; 
- Raciocinar de forma crítica e analítica. 
Objetivos de 
aprendizagem 
- Praticar a teoria aprendida; 
- Representar e compreender corretamente peças gráficas; 
- Manipular corretamente a ferramenta computacional 
AutoCAD. 
- Aplicar técnicas de integração e operar em coordenadas 
esféricas. 
- Manipular de maneira correta e segurança os componentes 
eletrônicos. 
- Elaborar orientações para equipes de trabalho que envolvam 
a prevenção de acidentes por eletricidade estática. 
 
 
 
2 
 
Prezados alunos, 
Sejam bem-vindos a este semestre! 
A proposta de Produção Textual Interdisciplinar em Grupo (PTG) terá 
como temática “Eletricidade Estática”. Escolhemos essa temática para 
possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas 
disciplinas desse semestre. 
Nesse trabalho vocês realizarão pesquisas, reflexões e experimentos a 
respeito de diversas abordagens relacionadas às disciplinas desse semestre, 
de modo que tais abordagens estarão atreladas à temática Eletricidade 
Estática. Tudo isso será realizado a partir de um contexto ao qual vocês serão 
inseridos, ou seja, a partir de uma Situação Geradora de Aprendizagem (SGA). 
 
ORIENTAÇÕES DA PRODUÇÃO TEXTUAL 
 
1. Formação dos grupos: após compor os participantes do grupo (no máximo 
7 estudantes), informe ao seu tutor presencial. 
 
2. Leitura e interpretação da SGA: na Produção Textual em Grupo (PTG) 
vocês deverão, num primeiro momento, conhecer a Situação Geradora de 
Aprendizagem (SGA). Num segundo momento, vocês deverão envolver-se com 
a SGA, inserindo-se no contexto apresentado para realizar as tarefas previstas. 
Para realizar essas tarefas, sigam as orientações fornecidas nesse material e 
embasem-se em fundamentações teóricas diversas: livros das disciplinas, 
teleaulas, web aulas e outros materiais complementares, sejam estes indicados 
pelos professores ou pesquisados por vocês. 
 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
A eletrostática estuda os fenômenos elétricos causados por cargas 
elétricas em repouso. Essas cargas podem ser resultantes da transferência de 
elétrons entre corpos que são colocados em contato. 
A carga elétrica é uma característica intrínseca das partículas 
carregadas e a eletricidade estática é um fenômeno de acumulação de cargas 
elétricas em um corpo (condutor, semicondutor ou isolante). Essa eletricidade 
 
3 
 
deve-se ao fato dos átomos dos corpos apresentarem desequilíbrio quanto a 
sua neutralidade. 
No século XVI, Otton Von Guericke inventou o primeiro dispositivo que 
gerava eletricidade estática, conseguindo, através dele, uma centelha elétrica. 
Já no século XIX, Robert J. Van de Graaff construiu as primeiras máquinas 
eletrostáticas utilizadas para acelerar partículas. 
O acúmulo de cargas eletrostáticas pode gerar faíscas, provocando 
consequências drásticas quando na presença de substâncias inflamáveis, 
componentes microeletrônicos, aeronaves, automóveis, etc. Por exemplo, um 
foguete brasileiro na base aeroespacial de Alcântara (2003) explodiu causando 
a morte de diversos técnicos e engenheiros. Presume-se que esse acidente foi 
causado pela descarga de uma centelha estática no foguete. Um exemplo mais 
recente é o maior incêndio da história de Portugal, que aconteceu em junho 
desse ano, matando 64 pessoas. As autoridades portuguesas ainda investigam 
como foi que o fogo começou, mas se cogita o fato da causa ser uma faísca de 
um raio na vegetação seca. 
Quando abordamos a respeito de eletricidade estática, outro assunto 
relacionado é à respeito de raios. 
Muito antes da eletricidade ser descoberta, no século XVIII, era quase 
impossível saber que a atmosfera terrestre é composta por correntes elétricas 
e que os relâmpagos representam formas de eletricidade (MORALES, 2011). 
De acordo com o INPE/ELAT (1995): 
A maior parte dos estudos sugere que os relâmpagos tendem a 
aumentar com o aquecimento global. Estima-se que para cada 
grau de aumento de temperatura aumente de 10% a 20% o 
número de relâmpagos no planeta, sendo a região tropical a 
mais afetada. Fenômenos climáticos como o El Niño e a La 
Niña também podem afetar a ocorrência de raios, embora seus 
efeitos possam variar de um evento para outro em função da 
magnitude e extensão do fenômeno, e da região considerada. 
Estes fenômenos estão relacionados com a temperatura 
superficial das águas no oceano pacífico equatorial e sua 
interação com os ventos equatoriais. 
 
 
4 
 
A figura a seguir ilustra um raio atingindo uma árvore. Como a árvore 
estava úmida, a maior parte da carga se deslocou pela água sobre a árvore e 
ela não foi danificada. 
 
Fonte: <http://thoth3126.com.br/quase-500-mil-raios-atingiram-o-rs-em-36-horas-el-
nino/>. Acesso em 28 de jul de 2016. 
 
Vale a pena dizer que as cargas sempre procuram o caminho mais fácil 
entre a terra e a nuvem, por isso é que os raios tendem a se estabelecer entre 
os locais mais elevados: árvores, antenas, e mesmo pessoas que estiverem 
em campos abertos. 
No Brasil, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mantém o 
Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT), criado em 1995, sendo o primeiro 
grupo de pesquisa sobre raios criado no Brasil que faz parte do Centro de 
Ciências do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 
considerado uma referência mundial nas pesquisas sobre eletricidade 
atmosférica. 
Para introduzir os seus estudos sobre Eletricidade Atmosférica, utilize os 
materiais disponibilizados pelo INPE/ELAT em 
http://www.inpe.br/webelat/homepage/ (acesso em 18/07/2016) e também na 
reportagem publicada em http://revistapesquisa.fapesp.br/2016/05/19/a-capital-
dos-raios/?cat=ciencia (acesso em 18/07/2016) sobre a Capital dos Raios. 
 
Referências: 
INPE/ELAT. Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais/Grupo de Eletricidade 
Atmosférica. São José dos Campos - SP, 1995. 
 
MORALES, Carlos Augusto. Introdução a eletricidade atmosférica. Departamento de 
CiênciasAtmosféricas do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas 
da USP. São Paulo, 2011. 
 
5 
 
 
SITUAÇÃO GERADORA DE APRENDIZAGEM (SGA) 
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), com o objetivo de formar 
um novo grupo de pesquisa sobre eletricidade, vai oferecer um curso de 
capacitação para um grupo de engenheiros. No primeiro módulo desse curso, o 
objetivo é capacitar o grupo de engenheiros à respeito de eletricidade estática 
em diversas situações. 
 
Agora, é com vocês! 
Suponham que vocês façam parte desse grupo de engenheiros que 
serão capacitados. Nessa capacitação, serão designadas à vocês diversas 
tarefas, as quais são apresentadas na sequência, na forma de situações-
problemas. 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA 1 
Problemas causados pela eletrostática – como evitar? 
 
Naturalmente em nossas atividades, como estamos em contato com 
vários materiais, verificamos alguns efeitos desagradáveis, como pequenos 
choques. A fonte destes incômodos, como sabemos, é a transferência de uma 
entidade física conhecida como carga elétrica. Atualmente, esta transferência é 
compreendida baseando-se no fato de que elétrons podem ser removidos dos 
átomos de um objeto e ligados aos átomos de outro (Halliday, 2003). 
Quando uma pessoa caminha com sapatos de solado emborrachado por 
um piso com características isolantes ela impede que as cargas elétricas 
geradas em suas atividades sejam descarregas. Roupas de lã ou poliéster 
podem aumentar a intensidade desse fenômeno, deste modo, acumulamos 
eletricidade estática. 
Considerando que esta pessoa, ao longo do seu dia de trabalho, está 
acumulando um grande potencial elétrico, suas chances de choques 
aumentam. No caso de contato com componentes eletrônicos, que possuam 
um potencial menor, o encontro destes corpos podem proporcionar uma fina 
camada de condução, onde o principal efeito é causar faíscas, e consequente 
risco de queimar alguns componentes de sua placa eletrônica. 
 
6 
 
Portanto, dependendo de como um equipamento e/ou um componente 
eletrônico será manuseado, eles podem ser afetados pela eletricidade estática. 
Além da segurança do produto, no caso o componente eletrônico, um 
aspecto de grande importância sobre os problemas que podem ser 
ocasionados pela Eletricidade Estática é o risco contra a vida e o patrimônio 
por meio de explosões. Tanto o trabalho envolvendo explosivos, quanto a 
manipulação de inflamáveis pode ter sérias consequências se afetados pela 
eletricidade estática. 
 Uma faísca liberada pela eletricidade estática em um ambiente propício 
pode causar acidentes de gravíssimas proporções, e infelizmente estes não 
são raros, apesar da existência de Normas Regulamentadoras para estas 
atividades. 
Considerando que existem diferentes maneiras de se evitar a ocorrência 
da eletricidade estática, a primeira tarefa para o grupo de engenheiros em 
capacitação é descrever as orientações de cuidado: 
a) Às vestimentas adequadas, procedimentos de segurança e 
equipamentos auxiliares para o trabalho com componentes 
eletrônicos; 
b) Às diretrizes contidas nas NRs sobre a prevenção de riscos e 
acidentes nas atividades com explosivos e produtos inflamáveis. 
A segunda tarefa é pesquisar um acidente de trabalho que ocorreu 
devido à falta de cuidados com eletricidade estática, e tenha resultado em 
explosão ou incêndio. Na sua pesquisa deve conter: 
c) As ações indevidas ou descuidadas que, de forma conjunta, 
propiciaram o acidente; 
d) As medidas de cuidado, regulamentadas pela norma, que poderiam 
ter evitado o acidente. 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA 2 
Os misteriosos relâmpagos de bola 
 
Existe uma forma de relâmpagos que são denominados relâmpagos de 
bola, relâmpagos globulares, bolas de fogo ou relâmpagos raros. No interior do 
 
7 
 
Brasil, eles são chamados de “mãe do ouro” e, segundo a lenda, seu 
aparecimento indicaria a existência desse metal no subsolo da região. 
 
http://cienciasaqui.blogspot.com.br/2012/07/o-que-sao-relampagos-de-bola-globulares.html 
http://hypescience.com/10-fenomenos-eletricos-estranhos-encontrados-na-natureza/ 
 
Pouco se sabe a respeito desses tipos de relâmpagos. Eles têm duração 
média de, aproximadamente, 4 segundos, assumem forma quase sempre 
esférica (de raio entre 5 e 20 cm), cores que variam entre branco, amarelo e 
azul, brilho semelhante ao de uma lâmpada fluorescente, emitem um som 
muito agudo, como um forte assobio, e desprendem um odor forte (geralmente 
de enxofre), terminando numa explosão ou desaparecendo repentinamente. 
Muitas vezes, esses relâmpagos são confundidos com Óvnis ou 
fantasmas. Até meados do século passado eram considerados ilusão de ótica 
ou uma interpretação errada de outros fenômenos naturais. 
A teoria mais recente para explicar a sua origem foi divulgada em 2000, 
na revista britânica Nature. Pesquisadores da Universidade de Canterbury, 
Nova Zelândia, afirmam que o intenso calor gerado pela penetração de um 
relâmpago comum no solo produz pequenas partículas (nanopartículas) de 
Silício e outros compostos. Essas partículas se unem, formando uma rede de 
filamentos e armazenando certa energia química. Ao cessar a descarga 
elétrica, esses filamentos se vaporizam e adquirem a forma de uma esfera. À 
medida que se oxidam lentamente no ar, essas partículas perdem a energia 
armazenada e emitem luz e calor. Tudo isso em alguns poucos milissegundos. 
Como a esfera se forma apenas no fim desse processo, ou seja, da 
vaporização à oxidação, o observador tem a impressão que ela se materializou 
no ar. (http://fisica.icen.ufpa.br/aplicada/classif.htm) 
Essa nova teoria também explicaria como o relâmpago de bola é capaz 
de atravessar as portas e janelas das residências sem causar danos. A rede de 
 
8 
 
filamentos, sendo flexível e movendo-se com o ar, poderia passar pelas fendas 
existentes nas portas e janelas, se reorganizando do outro lado. Mas, outra 
particularidade deles é o poder de atravessar objetos maciços, como paredes 
ou fuselagem de aviões, o que ela não consegue explicar corretamente. Ainda 
assim, os estudos prosseguem. (http://fisica.icen.ufpa.br/aplicada/classif.htm) 
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco 
(UFPE) conseguiu reproduzir este fenômeno em laboratório. A pesquisa foi 
divulgada em um artigo da New Scientist de 2007. Assista no link 
https://www.youtube.com/watch?v=KVDU-6opEqA (Real Ball Lightning Created 
in the Lab) e saiba mais sobre esse fenômeno. 
Considerando a situação, e sabendo que o raio em questão pode 
assumir o formato de uma esfera, podemos estudar o campo elétrico de uma 
esfera condutora, buscando compreender melhor o fenômeno apresentado. 
Suponha que numa esfera condutora isolada, a carga distribui-se 
uniformemente em sua superfície. Se o raio da esfera é 𝑅 e a carga total é 𝑄, 
então a densidade superficial de carga é constante e igual à carga total dividida 
pela área da superfície da esfera, ou seja, 
𝜎 =
𝑄
4𝜋𝑅2
 
Para determinar o campo elétrico num ponto 𝑃 qualquer, que está a uma 
distância 𝑟 do centro da esfera, é conveniente definir o eixo dos 𝑧 com origem 
𝑂 no centro da esfera e passando pelo ponto 𝑃, como apresentado na figura 
seguinte: 
 
Fonte: https://def.fe.up.pt/eletricidade/calculo_campo.html 
 
É possível dividir a superfície da esfera em várias partes, com 
dimensões reduzidas. A partir do campo produzido por cada parte, no ponto 𝑃, 
o campo total pode ser obtido pela sobreposição de todos esses campos. 
 
9 
 
A figura anterior apresenta também uma pequena região infinitesimal de 
superfície navizinhança de um ponto 𝑆 com coordenadas esféricas (𝑅, 𝜃, 𝜙). As 
coordenadas 𝜃 e 𝜙 são avaliadas da seguinte forma: 
 O ângulo 𝜙 é medido a partir do eixo 𝑧, num plano que passa por 
esse eixo e pelo ponto 𝑆. O aumento infinitesimal 𝑑𝜙 desse ângulo 
descreve um arco de círculo de comprimento 𝑅 𝑑𝜙. 
 O ângulo 𝜃 é medido num plano perpendicular ao eixo dos 𝑧. A 
distância de 𝑆 até o eixo 𝑧 é igual à 𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜙. O aumento infinitesimal 
de 𝜃 conduz a um arco de círculo de comprimento 𝑅 𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑑𝜃. 
Logo, a área da região infinitesimal na vizinhança do ponto 𝑆 é dada por: 
𝑑𝐴 = 𝑅2 𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑑𝜃 𝑑𝜙. 
Obtém-se a carga infinitesimal nessa região através da multiplicação 
desta área pela carga superficial: 
𝑑𝑞 =
𝑄
4𝜋
 𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑑𝜃 𝑑𝜙. 
Essa carga infinitesimal pode ser considerada uma carga pontual e, 
assim sendo, o módulo do campo que ela produz no ponto 𝑆 é dado pela 
expressão do campo para uma carga pontual: 
𝑑𝐸 =
𝑘|𝑄|
4𝜋𝐾𝑠2
 𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑑𝜃 𝑑𝜙 
onde 𝑠 é a distância desde a região infinitesimal na superfície da esfera até o 
ponto 𝑃. 
O vetor 𝑑�⃗� forma um ângulo 𝛼 com o eixo 𝑧. Por cada pedaço 
infinitesimal de superfície esférica na vizinhança do ponto (𝑅, 𝜃, 𝜙), o pedaço de 
superfície na vizinhança de (𝑅, 𝜃 + 𝜋, 𝜙) produz um campo com o mesmo 
módulo na equação acima e com o mesmo ângulo 𝛼 em relação ao eixo 𝑧, mas 
oposto de forma que as componentes dos dois campos perpendiculares ao 
eixo 𝑧 anulam-se e só fica a componente paralela ao eixo 𝑧. 
Conclui-se, então, que o campo total deverá ser na direção do eixo 𝑧 e, 
para calculá-lo, basta integrar a componente 𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑑𝐸 do campo produzido pela 
região infinitesimal 
𝐸 = ∫ ∫ 𝑐𝑜𝑠𝛼
2𝜋
0
 𝑑𝐸
𝜋
0
=
𝑘|𝑄|
4𝜋𝐾
∫ ∫
𝑐𝑜𝑠𝛼 𝑠𝑒𝑛𝜙
𝑠2
𝑑𝜃 𝑑𝜙
2𝜋
0
 
𝜋
0
 
 
10 
 
Expressando os dois ângulos 𝜙 e 𝛼 em função da distância 𝑠, pela lei 
dos cossenos aplicado ao triângulo da figura a seguir 
 
obtemos 
𝑅2 = 𝑠2 + 𝑟2 − 2 𝑠 𝑟 𝑐𝑜𝑠𝛼  𝑐𝑜𝑠𝛼 =
𝑠2 + 𝑟2 − 𝑅2
2𝑠𝑟
 
𝑠2 = 𝑅2 + 𝑟2 − 2 𝑅 𝑟 𝑐𝑜𝑠𝜙  𝑐𝑜𝑠𝜙 =
𝑅2 + 𝑟2 − 𝑠2
2𝑅𝑟
 
Lembre-se que 𝑅 e 𝑟 são constantes para todos os segmentos da superfície 
esférica. 
A expressão para 𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑑𝜙 obtém-se derivando a equação do 𝑐𝑜𝑠𝜙 
(𝑐𝑜𝑠𝜙)′ = (
𝑅2 + 𝑟2 − 𝑠2
2𝑅𝑟
)
′
  𝑠𝑒𝑛𝜙 𝑑𝜙 =
𝑠
𝑅𝑟
 𝑑𝑠 
Logo 
𝐸 =
𝑘|𝑄|
4𝜋𝐾
∫ ∫ (
𝑠2 + 𝑟2 − 𝑅2
2𝑠𝑟
) (
1 
𝑠2
) (
𝑠
𝑅𝑟
) 𝑑𝑠 𝑑𝜃
𝑠𝑚𝑎𝑥
𝑠𝑚𝑖𝑛 
 
2𝜋
0
 
𝐸 =
𝑘|𝑄|
8𝜋𝐾𝑅𝑟2
∫ ∫ (
𝑠2 + 𝑟2 − 𝑅2
𝑠2
) 𝑑𝑠 𝑑𝜃
𝑠𝑚𝑎𝑥
𝑠𝑚𝑖𝑛 
 
2𝜋
0
 
𝐸 =
𝑘|𝑄|
8𝜋𝐾𝑅𝑟2
∫ ∫ (1 +
𝑟2 − 𝑅2
𝑠2
)𝑑𝑠 𝑑𝜃
𝑠𝑚𝑎𝑥
𝑠𝑚𝑖𝑛 
 
2𝜋
0
 
onde 𝑠𝑚𝑖𝑛 e 𝑠𝑚𝑎𝑥 são os valores mínimo e máximo da distância 𝑠 em 𝜙 = 0 e 
𝜙 = 𝜋. 
 Considerando a última expressão apresentada, como podemos 
determinar o campo elétrico quando 𝑃 pertence ao interior da esfera? E no 
caso de 𝑃 estar na parte exterior à esfera? 
 Vocês deverão investigar as questões propostas, a partir do 
desenvolvimento apresentado, indicando todos os cálculos e justificativas 
necessários para o estudo desse problema. 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA 3 
 
11 
 
Placa Mãe de Computador 
 
 Desenhar uma “placa mãe de computador”: 
Aplicando os conceitos de Desenho Técnico e Desenho Auxiliado Por 
Computador, vocês deverão replicar uma “placa mãe de computador” que será 
enviada para os setores de segurança do trabalho e laboratórios de estática 
onde será arquivada para fins de controle. 
O objetivo do desenho visa o compreender melhor o equipamento, 
principalmente, os cuidados necessários para manuseio das peças e seus 
componentes, e que, aliado a esse fator, temos as questões a respeito de 
eletricidade estática. Conhecer o projeto é fundamental para o engenheiro que 
estará sempre em contato com essa técnica e apto na sua vida profissional. 
Nessa situação vocês deverão desenvolver duas atividades, que devem 
estar de acordo com as normas de padronização de desenho da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), sendo elas: 
 
Atividade 1: DESENHO TÉCNICO MANUAL 
Desenhar a perspectiva desta placa utilizando a malha isométrica 
disponibilizada e aprendida na disciplina de Desenho Técnico. 
É importante utilizar todos os conceitos apresentados na disciplina, 
como margens, traços, legenda, escala, nome dos alunos, etc. O desenho deve 
ser feito a mão livre, utilizando todo material de Desenho Técnico mecânico. 
A placa deve ser construída com os componentes eletrônicos, ou seja, é 
fundamental que vocês utilizem as dimensões reais dos componentes e da 
placa, vocês podem ainda ter uma placa em mãos e coletar as medidas. O 
desenho deve ser escaneado e anexado à Produção Textual em Grupo (PTG). 
 
Observação: 
 A escolha da folha de desenho e a escala fica a critério do grupo. 
 Lembrem-se que a escala escolhida também altera a escala da 
malha isométrica. 
 Não esqueçam de preencher corretamente a legenda, 
principalmente com a escala e as medidas utilizadas. 
 
12 
 
 Ao escanear a folha com o desenho, caso o grupo tenha 
escolhido desenvolver em folha sulfurize ou manteiga, coloquem 
uma folha em branco com malha isométrica ao fundo, para 
aparecer no arquivo e assim ser possível a avaliação do desenho. 
 
Atividade 2: DESENHO AUXILIADO POR COMPUTADOR 
Projeto da placa em CAD, utilizando o software AutoCAD 2018 versão 
em inglês. O objetivo desta atividade, além de resgatar os comandos de 
construção do desenho, de edição e de precisão a serem aplicados na 
construção da placa, consiste na aplicação prática dos conhecimentos a 
respeito da criação, configuração e inserção dos conceitos abordados na 
disciplina de Desenho Auxiliado por Computador. 
Vocês deverão construir o projeto da placa em 2D, vistas ortogonais 
desse objeto, utilizando os recursos vistos nas disciplinas de Desenho Técnico 
e Auxiliado por Computador. 
A construção deverá ser em relação ao método do 1º Diedro, e não se 
esqueçam de montar a prancha com margens e legenda, e aplicação da 
contagem é fundamental para impressão do desenho, o formato da folha 
deverá ser proporcional a escala escolhida pelo grupo. 
 
Lembrando: 
 A escolha da escala deverá ser de maneira que o desenho esteja visível 
na impressão, mas vocês não vão entregar cópia impressa, só digital. 
 Vocês devem identificar os componentes com linhas de chamada no 
desenho. Os componentes devem ser feitos em blocos, ou seja, devem 
ser agrupados. 
 O Arquivo no AutoCAD, deverá conter os Layers necessários ao 
desenho, a prancha e a margem, e o desenho deve ser apresentado 
com cotas. 
 O arquivo deve ser configurado no S.I. (Sistema Internacional), não se 
esqueçam da configuração das unidades. 
 É necessário disponibilizar o arquivo na PTG em .DWG (AutoCAD) e 
a(s) prancha(s) salva(s) em .PDF. 
 
13 
 
 Os arquivos .DXF são os mais comuns na troca de desenhos e projetos 
de peças para serem utilizadas em softwares de CAM e máquinas de 
corte automáticas. A peça será encaminhada para corte a laser, então é 
necessário da extensão .DXF também. 
 Vocês precisam ter em mente que o projeto da placa deverá ser 
executado. 
 
SITUAÇÃO-PROBLEMA 4 
Roteiro de aula experimental 
 
Na etapa final do primeiro módulo de capacitação, vocês, enquanto 
grupo de engenheiros, deverão fazer um roteiro de aula prática sobre: 
(1) Eletrização por atrito; 
(2) Eletrização por indução; 
(3) Eletrização por contato; 
(4) Montagemde um pêndulo eletrostático; 
(5) Montagem de uma Bobina de Tesla; 
(6) Montagem de uma Gaiola de Faraday; 
(7) Placa mãe do computador escolhida (considerem a SITUAÇÃO-
PROBLEMA 3) juntamente com a discussão sobre os componentes que a 
compõe e os danos que podem ser causados nessa placa caso não seja 
manuseada de forma correta (considerem a SITUAÇÃO-PROBLEMA 1); 
(8) Eficiência de para-raios. 
 
Consulte: (http://efisica.if.usp.br/eletricidade/basico/carga/raio_relampago/) 
 
Todos esses sete procedimentos deverão estar contidos em um único 
roteiro e cada uma dessas propostas deverão ser realizadas 
experimentalmente e vídeo gravadas. Para isso, considerem as seguintes 
orientações: 
a) Na introdução da aula, todos os integrantes do grupo deverão se 
apresentar e deverá ser feita uma discussão sobre: 
 O que é eletricidade estática; 
 
14 
 
 Correlação entre ação gerada, tensão gerada em ambiente 
seco e em ambiente úmido; 
 Percepção da descarga eletrostática de acordo com a tensão 
de descarga; 
 Cálculo do campo elétrico devido a uma esfera (relâmpago de 
bola); 
 Processos que se utilizam da eletricidade estática. Descreva 
pelo menos um processo. Exemplos: processo de filtragem e 
precipitação eletrostática; pintura eletrostática; funcionamento 
de uma impressora jato de tinta; funcionamento de uma 
impressora laser; funcionamento de uma fotocopiadora. 
b) Todos os integrantes do grupo deverão aparecer nos vídeos, porém, 
não necessariamente em todos os experimentos. 
c) Realizar a filmagem dos experimentos em local com boa iluminação. 
Filmem cada passo da situação problema 4 em separado e, depois, 
editem os vídeos, fazendo somente 1 arquivo. 
d) Não colocar nenhuma música no vídeo. 
e) O tempo total do vídeo deve ser entre 30 e 45 minutos. 
f) Sejam criativos nos experimentos. 
g) O vídeo deverá ser postado junto com o trabalho teórico. Caso não 
dê para postar o vídeo, poste-o no youtube e mande o link. 
 
ROTEIRO DE AULA PRÁTICA 
 
Dúvidas sobre como elaborar o relatório de aula prática? A seguir 
elencamos o que não pode faltar no relatório: 
I. Objetivos 
Os objetivos devem ser descritos de forma sucinta e clara. 
Observação: os objetivos sempre se iniciam com um verbo! 
II. Introdução 
A introdução deve envolver uma fundamentação teórica com os itens mais 
importantes referentes ao tema “Eletricidade Estática” e que serão 
explorados no procedimento experimental. 
III. Material Utilizado 
 
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IV. Procedimento Experimental 
Descrição detalhada de toda metodologia que deverá ser usada nos 
experimentos. Faça esquemas e/ou diagramas dos aparelhos utilizados. 
V. Referências Bibliográficas 
Toda a bibliografia utilizada para elaborar o relatório deverá ser citada. 
Utilize a norma ABNT para a colocação das referências. 
VI. Anexos (se necessário): Os anexos são utilizados para colocar alguma 
dedução que seja importante e deva ser utilizada nos cálculos das 
grandezas físicas da experiência, fotos do experimento, etc. 
 
NORMAS PARA ELABORAÇÃO E ENTREGA DA PRODUÇÃO TEXTUAL 
 
A Produção Textual em Grupo deverá ser postada em seu ambiente virtual. 
Nessa produção, vocês deverão obedecer as normas a seguir: 
a) Deve ser elaborada conforme as normas da ABNT. A estrutura geral do 
trabalho deve contemplar os elementos Pré-textuais, Textuais e Pós-
Textuais, exigidos em um trabalho acadêmico. 
b) Deverá ser em formato word. 
c) Deverá ser realizada em grupo de no máximo 7 alunos. 
d) Deverá ser apresentada à turma no momento da aula atividade da 
disciplina de Seminário da Prática. 
e) Ao definir quem serão os participantes do grupo, informem seu tutor. Isto 
é importante para que ele possa acompanhar e saber quem são os 
grupos que já estão formados. 
f) Em caso de dúvidas para elaboração do trabalho, vocês deverão buscar 
orientações junto ao tutor à distância. 
g) Atenção aos prazos de postagens! 
 
Um ótimo trabalho! 
Equipe de professores

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