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Auditoria - passos • Introdução – Na introdução, o auditor aborda os seguintes assuntos: • Nome da empresa auditada; • Período da auditoria; • Realização do exame, de acordo com as normas de auditoria geralmente aceitas, visando a emissão de um parecer sobre as demonstrações contábeis. Esse parágrafo é importante devido ao fato de que a empresa espera normalmente que todas as suas falhas sejam reveladas no relatório do auditor. • Comentários e sugestões – Os comentários e sugestões devem ser ordenados no relatório. A título de exemplo, poderia ser por grau decrescente de importância do assunto ou por ordem de grupamento das contas no balanço patrimonial. O ponto deve ser redigido de forma clara e sucinta e ter certo encaminhamento lógico. A fim de facilitar o entendimento do assunto relatado, os auditores, de forma geral, dividem cada ponto em três parágrafos, a saber: Procedimento em vigor ou situação constatada; Identificação das razões fundamentais que levaram à ocorrência dos fatos. Representam os motivos pelos quais ocorreu um desempenho inadequado ou não. Da correta identificação das causas depende a correta elaboração de recomendações de forma construtiva. • Falta de segregação de função; • Falta de rodízio de empregados (rotatividade de atividades entre eles, visando garantir menor vulnerabilidade a situações como férias, saídas de funcionários); • Desconhecimento inconsciente; • Tempo insuficiente para a realização da tarefa; • Falta de capacitação e/ou comunicação; • Negligência ou descuido; • Normas inadequadas, inexistentes, obsoletas ou impraticáveis; • Falta de recursos humanos, materiais ou financeiros; • Falta de supervisão adequada; • Falta de organização; • Fragilidades nos controles internos. Influências ou conseqüências É a identificação detalhada dos efeitos provocados pelo fato ocorrido. São os fatos que demonstram a necessidade de ações corretivas em resposta aos problemas identificados. Sempre que possível, o relatório de auditoria deve expressar a conseqüência quantificada em valores monetários ou em outra unidade de medida. As conseqüências mais típicas são: • Uso antieconômico ou ineficiente dos recursos humanos, materiais ou financeiros; • Perdas potenciais de receitas; • Violação de disposições legais; • Gastos indevidos; • Relatórios sem utilidades ou imprecisos; • Controle inadequado dos recursos ou atividades; • Insegurança na adequação dos trabalhos. Sugestões ou recomendações • Sugestões propostas pelo auditor para a regularização da situação encontrada, se aplicável. Após a discussão dos achados e a entrega do relatório de auditoria, o auditor deve acompanhar a aceitação de suas recomendações, de modo a garantir a eficácia do seu trabalho. A fase do acompanhamento ou monitoramento normalmente é realizada no transcurso da auditoria subseqüente, na fase do planejamento, e consiste na ação proativa do auditor, objetivando contribuir para o aprimoramento das operações do auditado. Normalmente, quando um problema ou ponto de auditoria permanece na visita seguinte, é mencionado no relatório de auditoria que o mesmo ponto já foi mencionado na visita anterior e permanece inalterado. Regras gerais para a elaboração do relatório: • Manter a redação na linguagem corrente, sem erros gramaticais; • Não redigir em “CAIXA-ALTA”; • Redigir o ponto em 3 partes básicas: Introdução, desenvolvimento e conclusão; • Utilizar linguagem direta, evitando rodeios desnecessários; • Evitar gírias, chavões; • Evitar termos rebuscados ou difíceis; • Não dizer o óbvio; • Explorar o recurso dos exemplos; • Valorar os achados; • Evitar parágrafo de contradição; • Conferir todas as informações; • Referenciar os achados com os papéis de trabalho (vide capítulo sobre os papéis de trabalho); • Somente emitir relatório após sua discussão com o auditado e a sua completa revisão; • Não utilizar gerúndios. Drª Gabriela C Amato 7 • Legais: são aquelas com amparo na lei ou convenção coletiva de trabalho.(CLT art. 473 e normas coletivas do sindicato) • Abonadas: é faculdade do empregador não descontar o período ausente. • Justificadas: mediante comprovante, não amparado por lei, mas liberado pelo empregador. • Injustificada: é a situação sem amparo legal e não liberada pelo empregador. Drª Gabriela C Amato 8 • Importante! A empresa é obrigada abonar até 10 (dez) minutos diários de atraso.(CLT art. 58 § 1º). • Nota: O empregado que apresentar comprovante falso, comete mau procedimento, passível de justa causa, CLT art. 482 alínea “b” e Código Penal Art. 299 – “Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante: Drª Gabriela C Amato 9 • Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos, e multa, se o documento é público, e reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa, se o documento é particular. • Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registro civil, aumenta-se a pena de sexta parte”. O empregado para receber a remuneração do repouso semanal remunerado - DSR (Domingo e Feriado) deverá cumprir integralmente sua jornada de trabalho na semana. Podendo a empresa descontar o DSR na proporção de 1/6 na semana, quando do descumprimento da obrigação. Entende- se como semana o período de Segunda-feira a Sábado. Lei 605/49. Drª Gabriela C Amato 10 • O texto " deverá cumprir integralmente sua jornada de trabalho na semana" previsto no art. 6º da Lei 605/49, vigente, não deve ser interpretado com referência somente as faltas, mas também aos atrasos ou descumprimento da pontualidade que o empregado comete sistematicamente, prejudicando sobremaneira a produção da empresa. Esse tem sido o entendimento dos doutrinadores, podendo a empresa aplicar o desconto do DSR na proporção de 1/6 na semana. Drª Gabriela C Amato 11 • Exemplo 1: O empregado com salário base de R$ 900,00 por mês, falta na empresa 1 (um) dia na primeira semana do mês sem justificativa. R$ 900,00 (/) 30 (=) R$ 30,00 por dia. Faltou 1 dia e perdeu 1 domingo da semana que faltou. R$ 30,00 (x) 2 = R$ 60,00 de desconto pela falta e DSR. • Exemplo 2: O empregado com salário base de R$ 900,00 por mês, atrasa 1 hora na empresa na primeira semana do mês e sem justificativa. R$ 900,00 (/) 220 - jornada mensal (=) R$ 4,10 por hora. Atrasou 1 hora e ainda perde 1 domingo da semana que chegou atrasado. R$ 4,10 (x) 1 hora de atrasos e (+) 1 dia que representa o domingo = R$ 34,10 de desconto pelo atraso e DSR. Drª Gabriela C Amato 12 • Nota: Caso na semana de cálculo do desconto do DRS exista um feriado, o mesmo deverá ser acrescido ao domingo. • Exemplo 3. O empregado com salário base de R$ 900,00 por mês, falta na empresa 1 (um) dia na primeira semana do mês sem justificativa e nesta semana existe um feriado. R$ 900,00 (/) 30 (=) R$ 30,00 por dia. Faltou 1 dia e perdeu 1 domingo (+) 1 feriado da semana que faltou. R$ 30,00 (x) 3 = R$ 90,00 de desconto pela falta e dsr. Drª Gabriela C Amato 13 • Limites máximos legais ART. 7º , inciso XIII da CF • 8 horas por dia • 44 horas por semana • Limite contratual pode ser inferior • HORAS EXTRAS • Adicional mínimo 50% Drª Gabriela C Amato 14 Compensação da jornada de trabalho • Aumento de horas de trabalho, em um dia, com a correspondentediminuição em outro. • LIMITES • Máximo de 10 horas por dia e 44 horas semanais • Acordo escrito, individual ou coletivo Drª Gabriela C Amato 15 • Trabalhado em turno de revezamento – Jornada de 6 horas. • Empregados excluídos da jornada de trabalho (artigo 62 da CLT) VENDEDORES PRACISTAS OU VIAJANTES, GERENTES, EMPREGADOS EM FUNÇÃO DE CONFIANÇA, EMPREGADOS DOMÉSTICOS Drª Gabriela C Amato 16 Horário noturno • Das 22 horas de um dia até as 5 horas do dia seguinte EQUIVALE A 52 MINUTOS E 30 SEGUNDOS, ou 7 horas noturnas equivalem à jornada completa de 8 horas • Adicional mínimo - 20% Drª Gabriela C Amato 17 Descanso semanal remunerado (DSR) • Mínimo de 24 horas seguidas • Preferencialmente aos domingos • Feriado = domingo • Não concessão = pagamento em dobro Drª Gabriela C Amato 18 • Recebem o DSR os empregados que cumpriram integralmente a sua jornada de trabalho na semana que antecede o repouso • Pontualidade = assiduidade • Horista Cumpre a jornada DSR é pago • Mensalista Não cumpre a jornada DSR é descontado Drª Gabriela C Amato 19 Período de Descanso • OBSERVAÇÃO Serviços permanentes de mecanografia, a cada noventa minutos trabalhados, deverá haver um intervalo de dez minutos. Drª Gabriela C Amato 20 Intervalos na jornada de trabalho • DENTRO DA JORNADA Jornadas de até 4 horas - não há Jornadas maiores que 4 e até 6 horas -15 minutos Jornadas maiores que 6 horas - de 1 a 2 horas ENTRE JORNADAS 11 horas NÃO CUMPRIMENTO HORAS EXTRAS Drª Gabriela C Amato 21 Jornada de Trabalho Reduzida • É a redução da Jornada de Trabalho de 8 horas diárias e 40 semanais para 6 horas ou 4 horas diárias, respectivamente, com remuneração proporcional, calculada sobre a totalidade da remuneração. Requisitos: Ser ocupante exclusivamente de cargo de provimento efetivo. Drª Gabriela C Amato 22 • Observado o interesse da Administração, a jornada reduzida com remuneração proporcional poderá ser concedida a critério da autoridade máxima do órgão, vedada a delegação de competência. • 2. A jornada reduzida poderá ser revertida em integral, a qualquer tempo, de ofício ou a pedido do servidor, de acordo com o juízo de conveniência e oportunidade da Administração. • 3. O servidor que requerer a Jornada de Trabalho reduzida deverá permanecer submetido à jornada que esteja sujeito até a data de início, que deverá estar fixada no ato de concessão. • 4. É vedada a concessão de Jornada de Trabalho Reduzida com remuneração proporcional ao servidor: • a) sujeito a duração de trabalho estabelecido em leis específicas; e ao • b) ocupante de cargo efetivo submetido à Dedicação Exclusiva. Drª Gabriela C Amato 23 • 5. O servidor poderá, durante o período em que estiver submetido à jornada reduzida, exercer o comércio e participar de gerência, administração ou de conselhos fiscais ou de administração de sociedades mercantis ou civis, desde que haja compatibilidade de horário com o exercício do cargo. Tal prerrogativa não se aplica ao servidor que acumule cargo de professor com outro cargo técnico, conforme relacionado nos incisos I a VI do caput do Art. 3o da Medida Provisória no 1.917/99. • 6. Os ocupantes das carreiras de Magistério Superior e de 1o e 2o Graus não poderão aderir à Jornada de Trabalho Reduzida com remuneração proporcional. Drª Gabriela C Amato 24 • 7. O auxílio-alimentação a ser concedido ao servidor cuja jornada de trabalho seja inferior a 30 horas semanais corresponderá a 50% do valor devido em Jornada de Trabalho de 40 horas semanais. • 8. A redução da jornada não implica perda de vantagens permanentes inerentes ao cargo efetivo ocupado, ainda que concedidas em virtude de leis que estabeleçam o cumprimento de 40 horas semanais, hipóteses em que serão pagas com a redução proporcional à Jornada de Trabalho Reduzida. • 9. O servidor que solicitar redução de jornada de trabalho com remuneração proporcional poderá perceber vencimento básico inferior ao salário mínimo. Drª Gabriela C Amato 25 • Fundamentos Legais: • 1. Medida Provisória nº 19 de 17 de 23/8/99.(D.O.U. 24/8/99). • 2. Medida Provisória nº 2.092/01. • 3. Portaria Normativa SRH/MPOG nº 07, de 24/8/99. (DOU de 25/8/99), com o parágrafo único do artigo 26 revogado pela Portaria Normativa SRH/MPOG nº 1, de 30/01/2009 (DOU de 2/02/2009). Drª Gabriela C Amato 26 TRABALHO DO MENOR: O QUE PODE E O QUE NÃO PODE? • O artigo 402 ao 441 da CLT trata do Trabalho do Menor, estabelecendo as normas a serem seguidas por ambos os sexos no desempenho do trabalho. • A nossa Constituição Federal, em seu artigo 7º, inciso XXXIII considera menor o trabalhador de 16 (dezesseis) a 18 (dezoito) anos de idade. • Segundo a legislação trabalhista brasileira, é proibido o trabalho do menor de 18 anos em condições perigosas ou insalubres. Os trabalhos técnicos ou administrativos serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco à saúde e à segurança. Drª Gabriela C Amato 27 • Ao menor de 16 anos de idade é vedado qualquer trabalho, salvo na condição de aprendiz a partir de 14 anos. • A partir dos 14 anos, é admissível o Contrato de Aprendizagem - este deve ser feito por escrito e por prazo determinado conforme artigo 428 da CLT (na redação dada pela Lei 11.180/2005). • Ao menor é devido no mínimo o salário mínimo federal, inclusive ao menor aprendiz é garantido o salário mínimo hora, uma vez que sua jornada de trabalho será de no máximo 6 horas diárias, ficando vedado prorrogação e compensação de jornada, podendo chegar ao limite de 8 horas diárias desde que o aprendiz tenha completado o ensino fundamental, e se nelas forem computadas as horas destinadas à aprendizagem teórica. Drª Gabriela C Amato 28 • Outra função que pode ser exercida por menores é o Estágio - Lei 6.494/77. Alunos que estiverem freqüentando cursos de nível superior, profissionalizante de 2º grau, ou escolas de educação especial podem ser contratados como estagiários. O estágio não cria vínculo empregatício de qualquer natureza e o estagiário poderá receber bolsa, ou outra forma de contraprestação que venha a ser acordada, devendo o estudante, em qualquer hipótese, estar segurado contra acidentes pessoais. • O atleta não profissional em formação, maior de quatorze anos de idade, poderá receber auxílio financeiro da entidade de prática desportiva formadora, sob a forma de bolsa de aprendizagem livremente pactuada mediante contrato formal, sem que seja gerado vínculo empregatício entre as partes. Drª Gabriela C Amato 29 • O artigo 427 da CLT determina que todo empregador que empregar menor será obrigado a conceder-lhe o tempo que for necessário para a freqüência às aulas. • A prestação de serviço extraordinário pelo empregado menor somente é permitida em caso excepcional, por motivo de força maior e desde que o trabalho do menor seja imprescindível ao funcionamento do estabelecimento. • O empregado estudante, menor de 18 (dezoito) anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares. Drª Gabriela C Amato 30 • É proibido ao empregador fracionar o período de férias dos empregados menores de 18 (dezoito) anos. • Outras características no contrato de trabalho com menores: • São proibidos de trabalhar no horário das 22:00 as 05:00 (considerado como noturno); • É licito ao menor firmar recibos de pagamentos, mas a rescisão, deverá ter a representação dos pais ou responsáveis legais;• Mesmo que o menor fique afastado para cumprimento de serviço militar e não receba nenhum vencimento da empresa, deverá ter seu FGTS depositado mês a mês. Drª Gabriela C Amato 31 • A classificação dos locais ou serviços como perigosos ou insalubres decorre do princípio da proteção integral à criança e ao adolescente, não sendo extensiva aos trabalhadores maiores de 18 anos. Os trabalhos técnicos ou administrativos serão permitidos, desde que realizados fora das áreas de risco à saúde e à segurança. • A proibição poderá ser elidida por meio de parecer técnico circunstanciado, assinado por profissional legalmente habilitado em segurança e saúde no trabalho, que ateste a não-exposição a riscos que possam comprometer a saúde e a segurança dos adolescentes, o qual deverá ser depositado na unidade descentralizada do Ministério do Trabalho e Emprego da circunscrição onde ocorrerem as referidas oportunidades. • Sempre que houver controvérsia quanto á efetiva proteção dos adolescentes envolvidos nas atividades constantes do referido parecer, o mesmo será objeto de análise por Auditor-Fiscal do Trabalho, que tornará as providências legais cabíveis.
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